O significado da dor escrita por Alicia


Capítulo 13
Indecisão


Notas iniciais do capítulo

altas putarias, segura as criança no canto do sofá



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"Aceito". Uma palavra que se esconde diante de inúmeras declarações de amor, desde um pedido de casamento até uma pergunta tosca como "você aceitaria ir tomar um sorvete comigo depois da aula?". É tão significativo não só como pessoalmente como sentimentalmente. Sentimentos. A unica coisa pura que ainda resta nesse mundo. São coisas genuinamente delicados que comovem o melhor de qualquer pessoa ou animal. Filmes são um exemplo plausível, eles retratam exatamente isso, mas de um modo apelativo que arranca uma ponta de desconfiança no expectador que diminui a credibilidade. A apelação usada não é nada mais nada menos que uma mistura de criatividade com uma pontinha de realismo e um tempero a gosto de ironia. Não, essa definitivamente não é a definição de "apelativo", é apenas uma palavra comum no vocabulário popular (mas que quase ninguém sabe falar o significado correto com precisão exata) no qual atribuí um significado "meigo" que encaixaria perfeitamente, como o sutiã certo nos seios suaves de uma dama, nessa metáfora que interliga o filme à realidade. Filmes são espelhos do que seria supostamente se a ficção fosse real e a expectativa algo além do que ela é.

"Que foi docinho? -perguntou ele enquanto desviava a cabeça dos meus dedos sedentos de vontade para lhe fazer cafuné- não sei... Você parece meio quieta demais, pensativa demais e esquisita também" "nada, só estou pensando" respondi finalmente conseguindo fazer o cafuné "só estou pensando" repeti, mas de um jeito inaudível só para mim "e pensando o quê?" pergunta ele parecendo um cãozinho fofinho sonolento "hum, coisas difíceis de explicar... Sobre nada e como do nada surgiu tudo e nesse tudo apenas coincidências que une as pessoas certas. Não existe destino e nem um deus" "você não acredita em deus bebê?" "não é exatamente não acreditar, apenas acho errada essa ideia de deus que todos acreditam. Apenas acho que o nosso e criador de tudo seria algo que deu início a tudo, seria sei la, o big bang e ele esta longe de ter todo o mérito por todas as nossas conquistas ou se somos dignos de ir ao paraíso ou não... Também não acredito sobre esse negócio de céu e inferno" "e como pode ter tanta certeza sobre isso?" "eu não tenho... simples" "e você tem certeza de alguma coisa?" "não" "nem de nada? nem da gente?" ele brincou "não e não" nesse momento a brincadeira ja havia morrido "por quê?" "eu não sei, não sei exatamente o que quero. Hoje eu posso querer você e amanhã? Posso simplesmente acordar e querer ir embora, posso mudar meu sabor de sorvete favorito ou posso gostar de outro cara... Não posso simplesmente prometer o que não tenho certeza. Com você eu só vivo na indecisão e talvez eu goste de viver assim. Amanhã eu posso gostar de outro cara, e depois de amanhã? Eu posso querer voltar. Mudar de opinião é tão fácil e a indecisão está tão na moda". Ele se levanta e é impossível não perceber que esta puto (toda vez que fica puto seus olhos ficam ambos de um azul claro e áspero assim como o humor dele). Ele fica tão lindo nervoso "então para você eu sou algo sem muita importância como a porra do sabor de sorvete? Puta merda Melissa" "não é isso" " então explica porra. Quer saber? Nem explica. Que se foda. Vou embora e se você não for atrás com a certeza de que sou o que você quer, mas não querer só por hoje, mas amanhã e depois de amanhã. Não sou seu brinquedinho, tenho sentimentos e tenho sentimentos por você. Você não pode simplesmente me foder assim. Você parece um robô, cuidado para não morrer de hipotermia com o frio do seu coração" "para Daniel" "não, espera que não terminei ainda. Existem pessoas que precisam de cérebro, mas não para serem menos ignorantes... A ignorância é uma dadiva, e sim para serem menos hipócritas, também tem aquelas que precisam de um paladar descente para sentir com nitidez o melhor gosto da vida que as drogas o tiram, aquelas que precisam de sanidade para não se perderem nesse mundo fodido e acabarem cedendo aos caprichos dele e virar prostituta ou ladrão, que são os únicos enfeites das ruas agitadas a noite, e aquelas como você que precisam de um coração que não bombeie só o sangue, mas que bombeie sentimentos... Algo que diferencie elas de um ser frio e grotesco" "mas... eu tenho sentimentos" falei quase sem voz " tem? Não parece. É tão engraçado, uma vez você me disse que seu maior medo era eu acordar um dia e não sentir mais nada por você, mas você faria isso sem hesitar por um segundo sequer. Como mais sincero sentimento, vai tomar no cu" ele pegou o violoncelo e sumiu pelo horizonte.

Eram quatro da manhã e o céu estava da cor do inverno, uma cor daltônica e fosca aos meus olhos. O porteiro ja me conhecia e eu estava entrando no predio. Subi andar por andar, até o oitavo, embriagada pela promessa de que iria conquista-lo novamente. Apertei a campainha e esperei a porta ser aberta. "Sabe, não preciso de outra pessoa e nem viver um outro amor, apenas do seu. Mas não posso prometer o que não sei..." falei de um jeito meio tímido deitando a cabeça em sua clavícula "Mel, eu simplesmente quero ser algo além de uma indecisão sua" "você é...".

Seus olhos se destacavam sobre a escuridão de seu apartamento. Ele estava usando apenas a calça do pijama.

Pulei em seu colo e enquanto ele me arrumava em seu colo, encaixando seu quadril nas minhas pernas e encaixando as grandes mãos na minha bunda, eu o beijava de um jeito suave e doce (que seria considerado meloso e nojento para os expectadores, porém o único que eu sabia). Ele me levou até o quarto e me jogou na cama de um jeito forte, seguro e pouco atraente, mas que era capaz de fazer qualquer mulher se sentir sortuda em estar transando com ele. As roupas pareciam sair sozinhas, quando percebi estava apenas de calcinha, derrubei ele e sentei em cima de sua cintura, arranhando a barriga dele de um jeito erótico enquanto mordiscava o lóbulo. "Gosto de mulheres com atitude" sussurrou ele com um sorriso fácil e safado que conseguia fazer minhas pernas tremerem de uma mistura de excitação e felicidade. Ele se sentou (comigo ainda em cima dele) e começou a apertar e mordiscar meus seios e fazer chupões em toda a região que começava da barriga e ia até o pescoço e as clavículas que me faziam gritar "shh, quer que todos do prédio saibam que estamos transando?" ri e fui abaixando a cabeça, dando mordiscadas no caminho, até onde ambos queriam que eu chupasse. Ele deu um urro de prazer quase inaudível e delicadamente segurou meus cabelos para que não atrapalhassem. Seus olhos reviravam de prazer a cada movimento que eu exercia com os lábios e língua, brinquei frenética e gentilmente com o pênis dele, queria chupar ate ele gozar e gozar de novo e de novo e de novo. Até saciar a minha sede e a vontade dele. "Agora é a minha vez de 'brincar'" e ele me deita na cama me beijando e depois beija meu pescoço, minha clavícula, meu seio direito e o esquerdo deixando mais um chupão em cada, minha barriga, virilha, parte interna das coxas e finalmente chegando ao objetivo. Era uma mistura de prazer e ansiedade, pois se a boca fazia aquilo, imagina o pênis que foi feito para isso. A cada mordiscada e chupada no clítoris eu segurava cada vez mais forte os lençóis. Gozei. Satisfeito com o resultado ele automaticamente entendeu que era o momento perfeito para começar. Ele enfiou devagar e parecia que éramos um só. Parecia que ele sabia o que eu pensava e era mais intenso em um momento, mais rápido em outro, mais gentil em outro, mais forte em outro. Era como se no pênis dele fosse guardada uma felicidade que até agora nunca tinha experimentado em outro cara antes, um misto de prazer e euforia com uma pitada de erotismo como qualquer outro bom sexo "casual". Estava quase perto do orgasmo e ele foi indo mais rápido e mais forte e eu fui segurando o gemido que parecia mais um grito de euforia. Dei a ultima arranhada em suas costas e ele o ultimo tapa em minha bunda até então ja rosada e acabou com direito a repetição. Quando realmente acabou ficamos deitados, eu com a cabeça deitada em um dos seus braços e abraçando a cintura dele com uma das minhas coas e ele me abraçando com o braço livre como se eu fosse criar asas e fugir, assistindo o dia colorindo o céu com suas cores alegres e então falei "da próxima vez eu fico em cima. Hm, Acho que vou fazer bolinhos"


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