Lost And Found escrita por Insomniac Killjoy


Capítulo 24
Nervous


Notas iniciais do capítulo

Hey
Esse capítulo tá mei fraquinho, mas enfim, espero q gostem



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Conheço muito bem minha mãe. Ela nunca se importou muito com suas roupas, a não ser quando vai trabalhar. Acho isso um tanto fútil, e provavelmente puxei isso dela. Mas sei que hoje ela vai querer que eu me vista bem, pois sei quanto esse jantar tem significado.

Tento me vestir da forma mais feminina possível, e quando me analiso na frente do espelho, fico contente com o resultado. Ouço uma buzina e vou para a porta. Minha mãe nem mesmo desce do carro.

Vamos para um restaurante que eu nunca tinha ido, apenas passado na frente. Entramos e depois de eu sentar em nossa mesa, que minha mãe já tinha reservado, ela vai direto para o banheiro.

Fico sentada, olhando para a rua. Começa a chover e meus olhos se prendem no movimento dos carros, de pessoas correndo nas calçadas, rindo ou então irritadas. As luzes vermelhas, azuis e amarelas do tráfego.

–Boa noite senhoritas- aquela voz me tira do breve devaneio e faz-me olhar para trás. Minha mãe acabou de voltar do banheiro, com outra aparência. Pelo visto ela passou maquiagem e prendeu seu cabelo, deixando alguns fios ao lado do rosto solto. Levanto-me e sorrio- Meu Deus é a mesma Clary?

–Não sei, acho que sim- digo abraçando Luke com o máximo de força que consigo, assim como ele faz.

–Que saudade de você- ele me solta e bagunça meu cabelo. Volto a me sentar e ele vai cumprimentar minha mãe. Desvio o olhar para meu celular e finjo estar vendo algo interessante.

O jantar ocorre bem. Sentia falta de Luke. Ele foi transferido para trabalhar na Itália durante um ano, mas agora está de volta. Ele tinha começado a sair com a minha mãe mais ou menos uns oito meses antes de se mudar, e assumiram um relacionamento apenas quatro meses antes dele ir. Luke é amigo da minha mãe há tanto tempo que praticamente sempre foi da família. E fico muito feliz que ele esteja em Nova York novamente.

–Hm, me desculpem, mas acho que já vou pra casa- digo depois de acabar de comer, pegando meu celular e olhando o horário- Hoje tive que acordar cedo e fazer alguns trabalhos na escola. Estou muito cansada- minto- Pego um táxi e daqui a pouco estou em casa.

–Tem certeza querida?- pergunta minha mãe. Afirmo e ela tira algumas notas de sua bolsa.

Despeço-me deles e vou pegar um táxi. Assovio enquanto ando nas ruas. Claro que não estou cansada, mas queria deixar eles sozinhos um pouco.

Chegando em casa, tiro os sapatos e os carrego até meu quarto. Vou ouvindo o álbum Bad Blood enquanto pego minha roupa e vou tomar banho.

Saio do Box e me enxugo. Coloco a calcinha e um sutiã e passo a toalha em meu cabelo para tirar o excesso de água. Enrolo a toalha em volta do meu corpo e saio do banheiro.

Escuto um barulho na janela e paro de andar. Aperto a mão que segura a toalha e vou me aproximando lentamente da pequena varanda. Puxo um pouco a cortina e vejo alguém lá fora, parado, com a jaqueta de couro molhada. Dou um pulo de susto e puxo a cortina, abrindo as portas.

–Por Odin, o que você faz aqui?

–Não gostou eu vou embora. Mas, ninguém recusa minha presença ilustre- ele entra no meu quarto e me olha da cabeça aos pés. Acho que nunca corei mais na minha vida. –Gostei do seu novo estilo.

–Se vire de costas- digo controlando a vontade de esconder meu rosto. Ele não me obedece e alterna o olha ente meu rosto e meu corpo escondido por uma toalha. –Jace!- ele ri e se vira.

Saio correndo com o meu pijama para dentro do banheiro e me visto. Apesar de estar chovendo, ainda está quente, então eu peguei um short e uma regata. E ao sair do banheiro, volto a corar.

Encontro Jace olhando meu quarto. Acima da minha cabeceira há um fio de nylon com várias fotos nele e pisca-piscas amarelados passando por cima. Ele parece atento com as fotos.

–Muito bem, o que te traz aqui?- sento na minha cama com as pernas cruzadas.

–Nada de surpresas então?- ele se senta a minha frente e tira a jaqueta. Olho a estampa de sua camiseta, que tem um &. Fico encarando-a, tentando entender. –Of Mice And Men.

– O que?

–A camiseta. Agora, como foi com sua mãe?- Ele se inclina na cama, apoiando os cotovelos no colchão.

–Nada mal- eu deito e coloco meus pés na parede. Os dedos de Jace começam a acariciar meus cabelos e eu fecho os olhos, me concentrando nisso. –Mas foi bom eu ter voltado pelo jeito.

–Queria te falar uma coisa. Fique longe de Sebastian, ok?- viro meu rosto e olho para ele.

–Você está com ciúmes?

–Não é isso. Eu e ele não nos damos muito bem, e não quero que ele “roube” uma coisa importante para mim- desvio o olhar e sinto minhas bochechas formigarem.

–Isso é ciúmes- me viro e fico de joelhos na cama, olhando para o loiro. –Você está com ciúmes, Jace Herondale?

–Talvez sim, talvez não- ele se ajeita e cruza as pernas – Só não quero que ele se aproxime de você e use-a contra mim.

–Ele não vai fazer isso- digo me inclinando para perto dele. Fico a apenas alguns centímetros de seu rosto – Gosto de outro louro. E de olhos dourados, de preferência.

–Espero que continue assim então- ele me analisa e segura meu rosto.

Seus lábios têm gosto de maçã. Seguro seus ombros e movo minhas pernas, posicionando meus joelhos ao lado de suas coxas. Ele puxa minha cintura e solto um suspiro quando ele acaricia a base das minhas costas sob a camiseta. Do cabelo, desço meus dedos para sua gola e o mantenho perto de mim.

Sua mão esquerda vai até minha coxa exposta pelo short curto e eu me arrepio. Ele a segura e me deita lentamente, fazendo com que por alguns segundos eu me afaste dele. Encaro seu rosto e ele dá um sorrisinho torto, o que torna minha respiração irregular. Não hesito em enlaçar sua cintura e puxar sua gola novamente.

Ele desce beijos por meu pescoço e eu suspiro com o toque de seus lábios. Sinto a urgência de mantê-lo perto de mim. O mundo não parece existir, nem mesmo importar. O tempo fica distorcido, mas isso é irrelevante.

Empurro seus ombros para o lado e fico por cima dele. Sua respiração está como a minha, forte, irregular, assim como seus batimentos cardíacos. Afasto-me dele e analiso seu rosto, tentando tomar um pouco de fôlego. Ele sorri e é como se eu me derretesse. Seu polegar passeia por meu rosto com movimentos repetitivos.

O vento passa pelas janelas abertas e eu sinto frio, então vou para debaixo das cobertas e fico deitada ao lado dele, encarando-o enquanto ele acaricia meu rosto e meu cabelo. Algumas vezes ele me beija e canta baixinho.

Ficamos ali deitados conversando sobre tudo e sobre nada. Não queria que aquele momento passasse. O sol poderia nascer e eu queria que ele continuasse ali ao meu lado, apoiado em seu cotovelo, sem desviar os olhos de mim.

Eu estava beijando-o quando ouço o motor de um carro e ambos nos afastamos. Ficamos em silencio e ouço a risada da minha mãe.

–Droga! Ela chegou- pulo da cama e ele também. O desespero de minha mãe encontrar Jace aqui toma minha mente e eu não consigo fazer nada além de andar de um lado para o outro. Ele sai em direção a varanda, me dá um beijo na testa e começa a pula a grade –Sua jaqueta- sussurro.

Ele volta, pega a jaqueta e me joga um beijo, me fazendo rir como aquelas garotas de filme clichê que estão completamente apaixonadas. Talvez eu seja igual a elas afinal.

Ele some e eu ouço a porta da frente batendo. Corro para minha cama e me jogo embaixo das cobertas, fingindo que estou dormindo e tentando controlar minha respiração acelerada pela adrenalina.

Xx

O sinal da saída já tocou a mais ou menos dez minutos, mas como fiquei falando com a professora me atrasei. Saio da sala e vou até meu armário. Enquanto o fecho escuto um barulho que me assusta, mas não sei identificar muito bem.

Aperto a alça da minha bolsa e vou caminhando com cautela até o corredor aonde o som veio. E ao ver a cena, me assusto. Jace segura Sebastian pela gola da camiseta e o pressiona contra os armários de dentes cerrados.

–... Você entendeu?- diz o Herondale. Sebastian sorri com sarcasmo. E isso piora a situação.

Saio com pressa em direção os dois e seguro o braço de Jace. Ele olha para mim e percebo o ódio em seu olhar. Ele me lembra um leão, com a presa bem em mãos.

–Jace, vamos embora...

–Esse idiota- começa ele, mas eu balanço a cabeça- Isso não vai ficar assim, seu filho da puta de...

–Jace! Chega!

–Mas querida Clary, agora as coisas estão ficando interessantes- diz Sebastian. Eu o fuzilo com o olhar.

–Não piore as coisas- em um segundo Jace fecha o punho e avança, mas então bate contra um armário, ao lado da cabeça do garoto de olhos negros. Sobressalto-me com sua atitude.

–Venha- ele pega meu pulso e praticamente me arrasta para longe dali.

Xx

Sentado do lado de fora da escola, eu fico encarando o Herondale, que apenas olha para o asfalto, de sobrancelhas unidas e punhos fechados. Não me atrevo a falar nada, apenas a deitar minha cabeça em seu ombro.

–Sabe o que você deveria fazer? Ir almoçar comigo lá em casa.

–Não percebeu ainda que sua mãe não gosta de mim?- sua voz é seca e apesar de eu saber que ele está nervoso, não deixo de me magoar com isso.

–Ok então, não quer ir tudo bem- me levanto e bato as mãos no jeans. Ele solta um suspiro e deixa a cabeça pender para trás.

–Não disse isso- passa as mãos no rosto e se levanta- Eu vou com você.

–Você precisa controlar um pouco sua raiva Jace.

–Mas quebrar a cara daquele cretino uma vez só seria o suficiente.


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Notas finais do capítulo

Bom, eu fazia videos para o youtube uns tempos atrás, mas eu e minhas amigas decidimos recomeçar tudo, e aqui está o nosso primeiro e unico video por enquanto ( https://www.youtube.com/watch?v=3XMIED4-wQo&list=UUoZMHt3fUQ5r0WCO5aut7aw ) , e queria q vcs dessem uma olhada pq vcs são lindjos e maravilhosos :3



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