Lost And Found escrita por Insomniac Killjoy


Capítulo 20
I've Come Home


Notas iniciais do capítulo

HOEEE. COMO VÃO? Duas coisas antes de começarem a ler:
1- desculpem a demora. Estava me sentindo meio mal, estava sem criatividade e não consegui escrever todo o capítulo muito rápido.
2- Agora as coisas vão complicar (não é desculpa não minha gente huehue). Tenho q estudar muito e to sem tempo pra escrever, desculpem novamente.
ENJOYYYY x-x



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Dentro do avião, voltando para casa, fico em um tipo de batalha interna. Não queria deixar meu pai, mas também queria voltar para casa.

O tempo passou rápido, mais do que eu estava imaginando que faria. E lá estava eu, apenas meia hora para desembarcar. Não foi nada chato a viajem. Na maioria das vezes em que fiquei em sua casa, meu pai me esquecia e ia trabalhar, e lá ficava eu, sozinha na enorme casa dele. Provavelmente minha mãe me mandou para lá por isso, como eu iria ficar sozinha, acabaria refletindo. Além do mais, meu pai costuma ser bravo, então ele iria me dar uma bronca. Mas não disse nada sobre expulsão.

Acabo tirando um cochilo e acordo com um pouco de turbulência que ocorre quando o avião pousa.

Finalmente desembarco e vejo a metros de mim minha mãe, Magnus e Simon com um cartaz todo enfeitado e com o meu nome. Não consigo deixar de sorrir.

Xx

Como ainda era de manhã, minha mãe leva todos nós ao Java Jones, um dos lugares que eu e Simon mais vínhamos, mas por algum motivo, com o tempo, paramos de vir. Sinto falta disso, e até me sinto culpada por ter me afastado um pouco dele.

Todos se sentam em uma mesa no fundo, com assentos duplos. Dou um pulo ao lado de Simon e coloco as mãos sobre seus ombros.

–Vamos, digam seus pedidos que eu e Simon vamos lá.

–Um suco de uva.

–Cappuccino- diz Magnus olhando seu reflexo no espelho que sempre o acompanha. Ele solta um suspiro e revira os olhos- Ainda bem que sentamos aqui nesse canto, olha esse delineador mal passado, que horror.

–Vamos- digo empurrando Simon até o balcão.

Percebo que uma garota está praticamente secando ele. Não sou a única que notou. A posição dele, mãos nos bolsos, costas eretas e olhos perdidos na estrutura do lugar indicam que ele percebeu. Dou uma cotovelada nele, que dá uma cambaleada.

–O que? O que foi?

–Aquela menina está praticamente arrancando pedaço de você apenas com o olhar. Leve alguma coisa para ela, sei lá.

–Ahn... Clary... –ele ajeita os óculos e passa a mão no cabelo, o bagunçando mais ainda- Sabe o que é...

–Próximo por favor- diz a voz estridente da atendente. Dou uns passos a frente e apóio-me no balcão.

–Um café expresso, um suco de uva e um cappuccino- viro-me para Simon, que parece meio... Nervoso. –Vai querer alguma coisa?

–Café. Apenas café.

–Perdão, dois cafés expressos.

–Mais alguma coisa senhorita?

–Muffin de chocolate- ela diz o valor total e eu tiro algumas notas do bolso.

Enquanto esperamos nosso pedido, Simon fica meio aéreo, como se procurasse palavras ou coisa do tipo. Nem preciso pesar antes que minha boca pergunte o que está o deixando daquele jeito.

–Eu acho que você vai me achar um idiota depois de dizer isso- dou um sorriso e apoio meu cotovelo no balcão – Mais idiota que Rose Tyler.

–Ok, o que você fez? Não engravidou ninguém, não é?

–Você tem uma amiga, aquela que viu Star Trek com a gente outro dia- ele se refere à Izzy. Faço um breve movimento com a cabeça – Então... Seria quão estúpido eu dizer que acho que gosto dela?

–Extremamente estúpido- ele empalidece na mesma hora. Simon sempre foi descontraído e bem aberto comigo, sobre qualquer assunto, exceto amor. Ele parece outra pessoa quando se trata disso- Mas, seria bem melhor se você dissesse que gosta dela.

Ele fica mais tranquilo depois que falo isso. Falta apenas o cappuccino de Magnus para que voltemos para nossa mesa.

–Não fale para ela, ok? Por favor, Clary.

–Minha boca é um tumulo.

Xx

Izzy me ligou mais tarde, anunciando que terá uma festa na praia de Coney Island. Eu disse que iria e inclui umas pessoas na lista.

Minha mãe disse que não teria problema eu ir, então eu já deixei minha roupa separada e me encarreguei de avisar meus dois convidados. Combino tudo com eles e depois me concentro em me arrumar.

Depois de pronta, Simon buzina. Olho na janela e vejo que é mesmo o que eu pensava. Desço correndo e abro a porta.

–Vamos com a van de Eric?

–Claro- diz ele sentado na janela do motorista. Coloco meus óculos de sol, dou um tchau para minha mãe e vou até o automóvel velho e todo arrebentado. O sol já está se pondo, daqui a uma meia hora ele some completamente. –Digo que estou afim da menina e você arranja uma festa com ela no mesmo dia?

–Claro. Sou um tipo evoluído de cupido.

Xx

Ao chegar, fico no telefone, caminhando pela praia ao lado de Simon, falando com Izzy para saber onde ela está. Não demora até que eu veja a fogueira na areia, algumas pessoas dançando, rindo e conversando.

Apresso o passo até lá, sentindo a areia entre meus dedos. Deixei meus sapatos na van, para não carregá-los.

Izzy me vê de longe e corre até nós, segurando seu vestido azul e branco. Seu cabelo está com pequenas tranças com fiozinhos dourados e ela usa um bracelete dourado também. Parece algum tipo de deusa da beleza. Ela dá um pulo e me abraça com força.

–Fiquei com saudade de você- ela diz ainda com os braços em volta de mim.

–É, posso dizer o mesmo.

–Ok- ela se afasta de mim, se controla e olha para Simon- Oi!

–Oi - ele dá um sorriso torto. Percebo que ela o encara por mais alguns segundos e então, começa a caminhar para onde as pessoas estão.

Passa uma musica de Florence and The Machine. Algumas pessoas dançam, outras comem ou conversam. Simon e eu nos sentamos em uma metade de tronco de arvore. Izzy senta-se ao meu lado e me da uma cotovelada de leve.

–Jace está perto da água. Eu distraio seu amigo - sorrio para ela e me levanto.

Começo a andar para o mar enquanto Izzy fala com Simon. Olho para frente e me concentro em achar Jace. E vejo um garoto de costas para mim, com os braços cruzados, olhando o mar.

Antes que ele me perceba, pego meu celular e tiro uma foto, que fica realmente boa. Então guardo o aparelho e caminho até ele. Paro atrás do loiro e fico na ponta dos pés, tampando seus olhos com minhas mãos.

–Adivinha quem é- digo. Sinto o seu sorriso crescendo e uma das mãos dele sobe até os olhos e começa a desenhar círculos nas costas da minha mão.

–Pelas mãos delicadas deve ser Alec- solto uma gargalhada.

Ele tira minhas mãos de seus olhos e se vira. Antes que eu diga alguma coisa, ele segura meu rosto e me dá um beijo. Uma das minhas mãos repousa em seu peito e sinto algo gelado em meus dedos, um pingente. A outra mão brinca com seus cabelos na nuca.

Quando me afasto dele, seus olhos brilham e ficam com uma tonalidade um tanto anormal com a luz do sol poente. Ele levanta meus óculos e sorri ao ver meus olhos. Minhas mãos deslizam por seu braço e seguro suas mãos. Sinto-me tão pequena em relação a ele. Analiso-o por um momento.

Percebo uma coisa que mudou desde minha viagem. Na parte interna do braço dele agora há um desenho que antes não estava. Solto uma de suas mãos e ergo seu braço, analisando a marca permanente.

–Gostou?

–Na verdade- analiso o desenho da caveira de perfil, com metade do crânio cortado e suspenso no ar e flores saindo de dentro da cabeça, onde ficaria o cérebro- Gostei.

–Fiz essa dois dias depois que você foi viajar.

–Vamos para a fogueira?- pergunto, lembrando-me de Magnus, que ainda está para chegar, e Simon, que está com Izzy.

–Por quê? Aqui está bom. Podemos sentar no chão e ver o mar até o sol sumir, depois vamos para lá- mordo meu lábio inferior, meio nervosa em dizer que vou ter que esperar um amigo chegar e que outro amigo está me esperando.

–Não... Tem um amigo me esperando- ele levanta a sobrancelha –Vamos, eu te apresento ele.

Mas ao voltar não encontro nem Simon nem Izzy por ali.

POV Isabelle

A música que toca é agradável, mas não me ajuda a acalmar os nervos.

Dou risada, mas na verdade estou um tanto nervosa, ou ansiosa. A conversa com Simon foi fluindo e não sei como, mas nós desafiamos um ao outro a beber três copinhos de uísque e três de tequila.

Aqui, o barman não parece se importar com idade. Ele apenas entrega o que pedimos e vai atender outras pessoas. Pegamos o primeiro copos, contamos até três e viramos.

Xx

Nem mesmo sei direito por que estou rindo. Todos os meus sentidos estão um tanto alterados. Seguro o braço de Simon enquanto vou andando até a sua van com ele. Dou risada a qualquer momento.

Ele para ao lado da van e se encosta nela. Eu o encaro e dou um sorrisinho torto. Acho que a bebida entra em ação novamente, para ambos, e eu me vejo em seus braços, beijando-o.

Meu cérebro mal conseguia me guiar direito, imagina para fazer eu me afastar de Simon. Mas, por outro lado, não queria me afastar dele.

Eu prenso seu corpo contra o veiculo e enlaço seu pescoço. Suas mãos vão até minhas costas expostas pelo modelo do vestido e me arrepio quando seus dedos tocam minha pele. Ele beija meu pescoço até a altura da clavícula, então seus lábios voltam para os meus. Ele segura minha cintura, mas vai deslizando a mão cada vez mais para baixo, até o final das minhas costas.

Sua mão vai até a parte de trás da minha coxa e a puxa, fazendo com que minha perna fique envolta de sua cintura. A bebida fala por mim e eu começo a tirar sua jaqueta. Ele tateia a van e abre a porta. Meio que as cegas, entramos nela e ele volta a fechá-la.

POV Clary

Magnus é a pessoa mais sociável que conheço. Não demorou nem dez minutos até que chegasse e estivesse falando com Alec.

–Onde está seu amigo?- pergunta Jace, com os braços ao redor de mim. Dou de ombros.

–Deve ter ido dar uma volta com Izzy- no fundo, fico feliz por isso. Pego meu celular e mudo o plano de fundo da tela de bloqueio. Da foto do Misha Collins pela que tirei de Jace olhando o mar. Depois que vou reparar o horário- Acho que vou procurar Simon. Daqui a pouco preciso ir embora.

–Não quer que eu te leve?

–Vim com Simon e preciso ir embora com ele.

–Espera, o que é isso?- ele ergue meu celular e depois dá uma risada- O que?

–Que foi? A foto ficou legal!

–Ok, desbloqueie ai- eu digito a senha e fico com o celular parado, olhando para as chamas e as pessoas dançando. Quando percebo, a câmera frontal está ligada.

Eu sorrio e ajeito o ângulo do aparelho. Quando vou apertar no botão, Jace vira o rosto e dá um beijo em minha têmpora. A foto fica mais legal do que pensei.

–Tudo bem, preciso encontrar Simon, desculpe- saio de seus braços e lhe dou um beijo rápido- Já volto.

Procuro durante uns vinte minutos. No bar, na beira do mar, na frente do parque de diversões, ao redor das pessoas que festejam. Até me lembrar de que viemos de van.

Bato na porta traseira do veiculo, chamando seu nome varias vezes. Escuto uma tosse e paro de bater.

–Simon? Simon, você está bem?

–É- sua voz está meio embargada.

–Precisamos ir. Saia daí e me encontre lá na fogueira.

Volto e digo a Jace que o encontrei. Fico sentada ao seu lado, com seus braços em volta de mim por algum tempo, até que Izzy apareça, dessa vez de cabelos presos.

–Onde está Simon?

–É que... Ficamos conversamos e comemos umas coisas, aí ele não se sentiu bem. Eu fui pegar água e ele deitou dentro do carro- ela põe uma mão na têmpora e massageia.

–Ah, obrigada por cuidar dele.

–Ele disse que já podem ir.

–Ok- me despeço de Jace e dela, depois grito um tchau para Magnus, que mal ouve.

Sigo para a van e encontro meu melhor amigo debruçado sobre o volante, com a roupa toda amarrotada.

–Sai pra lá que eu dirijo.

–Não- ele resmunga, ajeitando a postura. –Estou bem.

Não pergunto nada e não faço comentários até chegar em casa. É bem obvio que ele acabou bebendo e passou da conta. O jeito que ele dirige deixa claro isso. Por sorte, como era de madrugada, não havia carros suficientes nas ruas para que ele matasse alguém.

Mas meu silencio é provisório, isso é certo.


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Notas finais do capítulo

So....? Curiosos? Mereço reviews? Recomendação quem sabe?