Acredite em meu poder escrita por Kanadechi


Capítulo 6
A fatídica canção de amor antes de nos encontrarmos




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Thomas chegou desesperado em casa.

— Garvin! Garvin? Estou pronunciando certo?! — Ele gritava e procurava a fada que havia sumido. — Eu ainda tenho um desejo, você tem que realiza-lo!

Mas não importava o quão alto Thomas gritasse a pequena fada não aparecia.

— Mas que merda! Apareça logo sua fada estúpida!

— Que palavras horrendas — A fada apareceu atrás dele — Achas que é fácil se transporta para esse mundo? Pareces um Charlox! E é Garvini, G-a-r-v-i-n-i.

— Char... O quê? Pare de me xingar nessasl línguas estranhas!

— Charlox é um criatura bastante grossa e que tem o costume de gritar com as pessoas, essa criatura vive no mundo das fadas e...

— Eu não tenho tempo para aprender história — Ele o interrompeu — Apenas me leve de volta ao mundo das fadas, preciso me encontrar com Marie ou Lúthien, como a chama, novamente.

— Hum... Interessante, o que fez o mudar de ideia? — Garvini se sentou no ombro do homem.

— Que tal você realizar meu desejo e depois que eu salvar Marie eu te explico.

— A princesa corre perigo?

— Acha que eu estaria dessa forma se ela estivesse bem?

— Eu entendi... Debrezality! — Logo toda a paisagem foi se alterando lentamente até a figura da árvore aparecer novamente para os olhos do humano. — Você já sabe o que fazer.

Thomas tocou na árvore, e do fundo do seu coração desejou ver novamente Marie, era quase como se ela fosse a essência de sua vida, toda a natureza parecia sofrer junto com eles dois. Thomas apareceu dentro de um grande castelo, ele tinha certeza que era o que Marie estava.

— Parece que dessa vez seu desejo foi tão grande que o levou diretamente até aqui. — Garvini falou enquanto sentia que algo de ruim estava prestes a acontecer.

— Entendo, mas preciso encontra-la o mais rápido possível — Thomas deixava visível seu desespero, ele precisava encontra-la, como alguém que busca a luz na escuridão.

"Porque estou sozinha?

Por que estou aqui?

Preciso de ti

Junto de mim

Preciso de sua luz

Ela que reduz

A dor em meu coração

Cheio de escuridão"

Aquela canção começou a circular pelos ouvidos de Thomas, ele a conhecia perfeitamente bem, tanto a voz quanto a canção. Ele saiu correndo em direção onde o som vinha.

— Humano, onde vás? — Garvini esta confuso.

— Não está ouvindo essa música?

— Que música?

— Então você não pode ouvir — Thomas ficou pensativo — Talvez seja uma canção apenas para mim, porque ela precisa de minha ajuda, claro!

— O que estas falando?

— Apenas me siga, Garvini.

"Pelo menos pronunciou meu nome certo"

Os dois correram por um longo corredor que parecia interminável, após isso subiram várias escadas até chegar ao encontro de uma sala especial. Era a última no corredor, Thomas sabia que ela estava ali. Não demorou muito para que ele corresse o mais rápido que pode. Ao chegar na frente da porta, ainda ofegante, abriu lentamente. A bela Lúthien ainda descansava na cama, ela segurava um pequena rosa branca, ao olhar para os dois de frente para si levou um susto.

— O que fazem aqui? Por que voltou, Thomas? Eu já não disse... — Ela não teve coragem de terminar.

— Eu sei que ainda me ama, eu sinto isso, você não pode negar, ninguém pode! Se você estava em perigo por que não me disse antes? Por que?

— Como você sabia? — Ela falou ainda com a cabeça baixa.

— Isso não importa, eu te amo, eu morreria por você!

— E por que eu te amo que eu não te quero ver morto... — Lúthien deixou algumas lágrimas percorrerem seu rosto, ela tentava mais do que tudo não mostra-las para seu amado.

— Acha que eu iria morrer assim tão fácil? E se for pra morrer prefiro que seja ao seu lado, pois eu não aguento viver nem um dia longe de ti, e sei que sentes o mesmo que estou sentindo.

— Mas...

— Por favor, acredite em mim...

— Acreditar? — Lúthien enxugou suas lágrimas e olhou para o homem, que a encarava com seus grandes olhos, quase implorando para que ela acreditasse nele. — Eu acreditarei, acreditarei no poder do nosso amor!

— Que lindo — Garvini parecia comovido com o que tinha acabado de acontecer.

— Como se eu fosse deixar vocês escaparem assim tão fácil.... — Uma voz rouca sussurrou nos ouvidos de Thomas o que fez ele se afastar imediatamente.

— Você... — Os olhos de Thomas queimaram em ódio.

— Calma Thomas — Lúthien colocou a mão em seu ombro — Vamos enfrentar isso junto...

— Juntos? — Beren gargalhou alto, zombando dos dois — Que lindo, oh o amor vence tudo, oh amor. Amor? Isso é história para crianças iludidas — Os olhos de Beren pareciam mais cheios de ódio do que os de Thomas — Sabe o que amor faz? Nada, apenas as pessoas sofrerem acreditando que um dia tudo vai ficar melhor quando não vai! Estou cansado dessa vida inútil, minha mãe sempre dizia que a vida para nós dos arredores do castelo seria melhor, mas ela morreu, morreu de fome, sabe o que é isso princesa? Vocês sabem o que é sofrer? Sabem o que é dor? — Beren segurou a princesa pelos cabelos e a jogou contra a parede.

— Eu não sabia. — Lúthien tentou se levantar.

— Pare de mentir!

— Marie você esta bem? — Thomas tentou correr para ajuda-la mas foi impedido por Beren.

— Eu vou me tornar o rei desse mundo, e quando isso acontecer todos os que me fizeram sofrer pagaram muito caro! — O grito dele estrondou por todo o castelo.

Beren segurou Thomas pela gola de sua camisa e o levantou fazendo com que fosse impossível respirar.

— Não precisa ser assim... — Thomas tentava falar — Eu sei muito bem o que é sofrer...

— Ele tentava buscar o ar na sua fala mais parecia impossível.

— Um humano como você jamais entenderia minha dor! — Ele jogou o homem para longe de si.

— Deixe eles em paz! — Garvini gritou e foi em direção a ele mas Beren sacou uma espada prateada e em poucos segundos cravou em seu peito.

— Garvini! — O pobre humano gritou desesperado ao presenciar a morte de seu companheiro. — Você... Você não precisava machuca-lo, só por que existe uma dor em seu peito não precisa machucar outras pessoas, isso não vai fazer a dor passar...

— Cala-te! — Beren olhava para suas mãos — E continuar sofrendo adiantará de algo? — Ele apontou a espada para Thomas.

— Deixe ele, agora! Debrezality! — Lúthien com sua magia fez com que Beren se afastasse do seu amado. — Não toque nele! Eu fui muito tola em acreditar em palavras tão fúteis como as suas, mas eu não deixarei que machuque ele! Jamais!

— Marie...

— O que você vai fazer? Me matar? Vai em frente, quero ver se você é tão forte assim...

— Marie! Não deixe ele te provocar! Calma.

— Tudo bem, eu terei calma.

— Vocês podem até ter, mas eu não! — Beren puxou sua espada e jogou com toda sua força em direção a Thomas.

— Não! — Gritou desesperada. Lúthien tentou usar sua magia para mudar o percurso da espada mas não foi suficiente, ela perfurou o ombro esquerdo do seu amado que caiu agonizando em dor. — Thomas! — Desesperada tentou se aproximar dele mas uma sombra enorme apareceu por trás da janela daquele local.

— Charlox! Destrua essa princesa e junto esse humano. — Beren ordenou ao monstro que voava, suas enormes asas faziam barulhos tão fortes que estremeciam as paredes, os dentes enormes, que quase saim da boca, batia uns nos outros.

Não demorou muito para que a criatura quebrasse a parede daquele lugar, os tijolos se espalharam por cima de Lúthien que acabou desmaiando com a forte pancada.

— Marie! — Thomas se arrastava até se aproximar da sua amada mas o sangue já se espalhava por toda a sala e seus movimentos ficavam lentos.

— Deixe esse dois morrerem, esses resíduos. — Beren não olhou para trás apenas subiu no terrível monstro que voava.

"Por favor, eu não quero vê-la morrer, eu queria ter apenas um pouco mais de poder, apenas para proteger quem eu amo. Eu não quero ser fraco, não quero ter que jogar as responsabilidades nas costas dela. Eu a amo tanto... Apenas quero que sorria para mim, só mais uma vez" — Os pensamentos martelavam Thomas e ele continuava a se arrastar para próximo de sua amada.

Enquanto ele se arrastava pelo chão Beren olhava a cena com desprezo e nojo.

"Por favor!" — Então o inesperado aconteceu, um chama verde circulava todo o corpo de Thomas, seus olhos se tornaram tão brilhantes quanto a lua, seu corpo se tornou mais forte e seus cabelos cresceram tanto ao ponto de chegar em sua cintura. — Você não vai mais destruir nada!

Um espada cristalizada se formou e caiu sobre a mão de Thomas, sua lamina de esmeraldas brilhava tanto quanto ele, aquela forte luz iluminava todo, o céu mudou sua cor de violeta para verde e logo todas as fadas voaram fazendo um circulo em torno de Beren.

— O que? — Beren falou espantado — Morra! Morra Thomas!

— Peço desculpa mas o único que tem que morrer é você. — E numa velocidade tão rápido quanto a luz a espada se encontrou com o coração de Beren que foi se desmanchando em milhares de grãos até, como a espada, se tornar nada.

Depois de tudo aquilo a luz se foi e o mundo das fadas voltou a sua típica paisagem mas Thomas estava fraco demais, e o homem que flutuava no ar e exalava um brilho e honra enormes, desmaiou e foi caindo lentamente de toda aquela altura, mas as pequenas fadas segurou o seu corpo e o deixou deitado no gramado que ficava em frente ao pálacio de onde tudo começou.

— Thomas! — Ainda tonta Lúthien se levantou e pulou do buraco feito no palácio, deixou seu corpo ir caindo até que quando chegava perto ao solo, com sua magia, foi parando lentamente sua velocidade. — Thomas, você está bem? Thomas! — Ela apoiou a cabeça dele em suas pernas.

— Anjo? Estou no céu? — Thomas deu um sorriso humilde, sua ferida havia se fechado e seus cabelos voltado ao normal.

— O que você fez? Você o matou... Eu sinto pena dele mas fico feliz que tenha me salvado. Além disso parece que sua ferida sarou...

— Hã? Eu o matei? Eu não lembro de muita coisa, minha cabeça doi, apenas me lembro de querer te salvar e depois uma forte luz verde iluminou tudo e... Bem estou agora com você.

— Pela santa Ditryna! — Garvini apareceu magicamente na frente de Thomas.

— Você está vivo?!

— Bem eu não sei como mas eu recebi uma segunda chance e olhe para mim, estou melhor do que nunca.

Thomas deu uma pequena gargalhada. — E quem é Ditryna?

— Não sabes de nada, não é? Ditryna é a fada do amor, ele concebe nos poder para lutarmos por que amamos.

— É verdade — Lúthien se levantou e ajudou a Thomas se levantar, ela segurou firme suas mão e olhou em seus olhos azuis, calmos e brilhantes.

— Eu não sei se isso é realmente é verdade mas se foi essa fada eu fico muito grato por ela salvar meu amor. — Percebendo o que disse as bochechas de Thomas ficaram bastante vermelhas. — Bem, sobre isso, eu tava pensando...

— Não precisa falar mais nada! — Garvini gritou e empurrou o homem que caiu sobre a bela princesa das fadas a qual o beijou em um beijo delicado, doce e cheio de paixão. Seus lábios se juntaram, sua língua se entrelaçaram e Thomas guiou o beijo, como se fosse a primeira vez que o fizesse, como se aquele ato fosse uni-los para sempre, e como num sonho bom eles acordaram e se separam assim voltando para sua realidade.

— Marie, eu te amo.

— Thomas, eu te amo. — Naquele momento os cabelos de Lúthien estavam mais violetas do que nunca visto antes.

— Então quer dizer que tudo terminou bem! — Garvini suspirou relaxado. — E como na profecia, aquele que salvar a princesa este merece o direito de governar toda a população das fadas.

— Vocês querem que eu me torne rei? — Thomas falou surpreso.

— Claro — Alguma fada de longe gritou e logo todas as outras começaram a balançar a cabeça positivamente.

— Eu o declaro rei das fadas! — Garvini gritou.

— Espere — Thomas falou aflito — E minha filha? Eu preciso vê-la!

— Acho que não tem problema de vez em quando você visita-la, ou até mesmo traze-la aqui desde que ela não conte à ninguém. — Lúthien falou alegremente — Adoraria conhece-la.

— Sem falar que com o poder das fadas você pode observar os humanos daqui — Garvini acrescentou.

— Então acho que está tudo okay. — Thomas ficou sorrindo.

— Tudo o que? — Garvini falou confuso.

— Não é nada — Ele deu um pequeno sorriso — Eu serei o rei e como promessa eu quero uma vida igual para todas as fadas.

— Igual? — Logo toda a população começou a cochichar.

— Silêncio! — Garvini gritou — Se o rei prometeu, ele cumprirá.

Por fim todos bateram palmas e gritaram eufóricos — Viva ao rei!

Essa é a história de um simples humano com uma simples vida e mesmo assim com a força de seu amor ele foi capaz de ajudar a todos, maravilhoso, não?

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Notas finais do capítulo

Esse é o fim ^-^
Obrigado a todos que acompanharam o/



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