Acredite em meu poder escrita por Kanadechi


Capítulo 4
Um coração despedaçado


Notas iniciais do capítulo

Eu mudei um pouco o modo de falar do Garvini, pois normalmente as fadas não falariam as mesmas gírias que a gente, enfim, espero que gostem.



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Enorme! Realmente enorme — Thomas estava boquiaberto com tão grande era o castelo.

— Surpreso não é mesmo, humano.

— Quantas vezes tenho que dizer para me chamar de Thomas?! — O rosto dele ficou um pouco avermelhado pela raiva mas logo depois voltou ao normal — Bem onde eu vou encontra-la?

— Não precisa ter pressa.

— Como não? Lúthien está nas mão daquele louco, sabe-se lá o que ele irá fazer!

— Acalma-te, saibas que o homem que vistes é alguém muito importante para o reino das fadas, suponho que jamais ele iria de fazer mal à ela.

— Eu não ligo.

— Não o que?

— Por acaso você está entendendo minha língua?

— Essa palavras desconheço.

— Não importa, apenas quero Marie ao meu lado.

— Falas de Lúthien, não é?

— Que seja, apenas me ajude, O.K?

— Hã?

— Vai me ajudar, certo?

— Sim.

"Que cara complicado"

Os dois exploraram por todos os lados, não havia ninguém, nem mesmo um serviçal, não havia nada.

— Isso é normal? — Perguntou Thomas irritado por não encontrar logo o que queria.

— Isso o que?

— Esse lugar, tão... Vazio...

— Eu não sei no seu mundo mais no nosso as fadas reais moram sozinhas, elas não se luxam, se é que me entendes...

— Entendo perfeitamente, meu caro — Thomas tentou falar mais refinado na frente da pequena fada.

— Espere — Ele colocou a pequena varinha na frente dele.

— O que houve?

— É nessa... Sala! — Garvini usou magia para abrir a porta

Quando a porta se abriu um estrondo ecoou por todo o castelo. Naquele quarto havia uma pequena cama e várias flores espalhadas pelo quarto.


"Onde estás?
Como estás?
Quero sentir sua presença em mim
Apenas fique aqui"

A garota que estava na janela cantarolava como se aquilo fosse uma súplica. Os enormes cabelos violetas tocavam o chão que já havia sido tomado pela beleza das flores que estavam em todo lugar.

— Marie? Ou seria Lúthien?

— Thomas?! — Ela se virou e o encarou com seu grandes olhos violetas médios.

— Então essa é sua verdadeira forma?

— Falas o meu cabelo?

— Isso não importa! Eu senti tanto sua falta, que...

— Se afaste de mim — Ela me empurrou.

— Marie?

— Não chame esse nome, suma, suma daqui! Voltes para à terra, é aquele lugar que pertences! — ela voltou a olhar pela janela e algumas lágrimas escorriam pelo seu rosto.

— Por qual motivos você está falando assim comigo?

— Eu me lembrei de tudo, eu não amo você, eu amo Beren — Ela tentou segurar as lágrimas.

— Essa não é você! — Thomas a abraçou e segurou firme — Não é a garota dócil que eu conheci, não é...

— Largue ela, maldito! — O mesmo homem de cabelos brancos que havia levado de volta para o reino das fadas estava encarando Thomas.

Tanto Thomas quanto Garvini se espantaram ao vê-lo ali.

— Então é o tal Beren?

— Para ti é, príncipe das fadas, vossa alteza, o escolhido entre as fadas, o filho de Bútrin, irmão de Beritrin, bravo guerreiro do reino, destinado por Latithiny, a rainha das fadas e deusa desse mundo, acolhedora dos fracos e onipotentes, destinado os deuses e fiel aos seus súditos, Beren.

— Não tem mais nomes? É melhor falar que ainda dá tempo. — Thomas ironizou o que deixou Beren furioso.

— Eu não o perdoarei humano — Ele apontou sua varinha no coração de Thomas — Sinta o meu poder!

Ele o jogou para longe o que fez com que ele batesse a cabeça e caísse por cima das flores.

— Pare, Beren! — Suplicou Lúthien — Vá embora daqui Thomas, este não é seu lugar, eu não amo à ti.

Ela abaixou a cabeça e encostou no peito de Beren

— Sorte a sua que minha princesa é piedosa. — Beren abaixou a varinha e acariciou os longos cabelos da jovem.

Thomas olhou para o rosto de Lúthien e não reconheceu a mulher que havia sido tão amigável e amorosa com ele. O rosto dela havia mudado, não havia uma expressão feliz, seus olhos violetas perderam a vida, seu corpo já não exalava o perfume das flores, seu rosto de pele delicada estava opaco, sua boca avermelhada já está seca e pálida, suas maçãs do rosto já não tinha o tom avermelhado e seus cabelos já não tinham mais brilho. Mesmo com toda a beleza que restava a pequena princesa e fada daquele lugar, já podia se dizer que não era a mesma, apenas uma expressão de dor e solidão estavam, cravados na bela jovem.

— Se é seu desejo eu irei embora daqui — Falou Thomas com a cabeça baixa.

— O que?! — Garvini se espontou com tão rápida aceitação dele. — Mas...

— Vamos Garvini! — Ele falou em um tom que nunca havia falado antes — Eu quero voltar ao meu mundo, esse é meu desejo.

— Sim.

— Mas antes uma coisa — Thomas interrompeu antes que ele fizesse o feitiço — Eu fiz isso por ela , não por você

— Que seja — Beren falou de um modo como se ele não fosse nada.

— E Lúthien — Ela se espantou ao ouvir o nome dela sair da boca do belo moço humano — Espero que seja feliz e não sintas o que sinto agora, ter sua confiança traída pela mulher que ama duas vezes não é algo que possa se superar rapidamente, eu não lhe desejo sofrimento pois te amo o bastante para isso, apenas seja feliz, mesmo que não seja ao meu lado.

Thomas se segurou para não deixar suas lágrimas caírem na frente dela.

— Vamos!

— Debrezality!

Logo os dois já não estavam mais naquele quarto mas sim na frente da bela árvore. Já começava a escurecer e Thomas percebeu que o céu adquiria uma cor acinzentada e triste.

— O céu... — Garvini chamou a atenção daquele homem que já não via mais beleza no amor.

— O que há?

— Ele só se torna acinzentado quando acontece algo de muito ruim com a princesa, a cor do céu é a cor dos olhos da princesa, se ele não brilha mais como antes significa que ela já não está tão feliz...

— Isso já não me importa, eu quero realizar meu segundo desejo!

— Tem certeza, eu não acho que a princesa.

— Eu não quero saber dela, ela me disse com suas próprias palavra que não me ame ama — Ele o interrompeu.

— Mas...

— Apenas me tire daqui, agora!

— Sim... Debrezality!

Então tudo se tornou escuridão novamente, e o pobre Thomas estava de volta ao lugar chamado Terra.

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