Acredite em meu poder escrita por Kanadechi
Notas iniciais do capítulo
Eu mudei um pouco o modo de falar do Garvini, pois normalmente as fadas não falariam as mesmas gírias que a gente, enfim, espero que gostem.
Enorme! Realmente enorme — Thomas estava boquiaberto com tão grande era o castelo.
— Surpreso não é mesmo, humano.
— Quantas vezes tenho que dizer para me chamar de Thomas?! — O rosto dele ficou um pouco avermelhado pela raiva mas logo depois voltou ao normal — Bem onde eu vou encontra-la?
— Não precisa ter pressa.
— Como não? Lúthien está nas mão daquele louco, sabe-se lá o que ele irá fazer!
— Acalma-te, saibas que o homem que vistes é alguém muito importante para o reino das fadas, suponho que jamais ele iria de fazer mal à ela.
— Eu não ligo.
— Não o que?
— Por acaso você está entendendo minha língua?
— Essa palavras desconheço.
— Não importa, apenas quero Marie ao meu lado.
— Falas de Lúthien, não é?
— Que seja, apenas me ajude, O.K?
— Hã?
— Vai me ajudar, certo?
— Sim.
"Que cara complicado"
Os dois exploraram por todos os lados, não havia ninguém, nem mesmo um serviçal, não havia nada.
— Isso é normal? — Perguntou Thomas irritado por não encontrar logo o que queria.
— Isso o que?
— Esse lugar, tão... Vazio...
— Eu não sei no seu mundo mais no nosso as fadas reais moram sozinhas, elas não se luxam, se é que me entendes...
— Entendo perfeitamente, meu caro — Thomas tentou falar mais refinado na frente da pequena fada.
— Espere — Ele colocou a pequena varinha na frente dele.
— O que houve?
— É nessa... Sala! — Garvini usou magia para abrir a porta
Quando a porta se abriu um estrondo ecoou por todo o castelo. Naquele quarto havia uma pequena cama e várias flores espalhadas pelo quarto.
"Onde estás?
Como estás?
Quero sentir sua presença em mim
Apenas fique aqui"
A garota que estava na janela cantarolava como se aquilo fosse uma súplica. Os enormes cabelos violetas tocavam o chão que já havia sido tomado pela beleza das flores que estavam em todo lugar.
— Marie? Ou seria Lúthien?
— Thomas?! — Ela se virou e o encarou com seu grandes olhos violetas médios.
— Então essa é sua verdadeira forma?
— Falas o meu cabelo?
— Isso não importa! Eu senti tanto sua falta, que...
— Se afaste de mim — Ela me empurrou.
— Marie?
— Não chame esse nome, suma, suma daqui! Voltes para à terra, é aquele lugar que pertences! — ela voltou a olhar pela janela e algumas lágrimas escorriam pelo seu rosto.
— Por qual motivos você está falando assim comigo?
— Eu me lembrei de tudo, eu não amo você, eu amo Beren — Ela tentou segurar as lágrimas.
— Essa não é você! — Thomas a abraçou e segurou firme — Não é a garota dócil que eu conheci, não é...
— Largue ela, maldito! — O mesmo homem de cabelos brancos que havia levado de volta para o reino das fadas estava encarando Thomas.
Tanto Thomas quanto Garvini se espantaram ao vê-lo ali.
— Então é o tal Beren?
— Para ti é, príncipe das fadas, vossa alteza, o escolhido entre as fadas, o filho de Bútrin, irmão de Beritrin, bravo guerreiro do reino, destinado por Latithiny, a rainha das fadas e deusa desse mundo, acolhedora dos fracos e onipotentes, destinado os deuses e fiel aos seus súditos, Beren.
— Não tem mais nomes? É melhor falar que ainda dá tempo. — Thomas ironizou o que deixou Beren furioso.
— Eu não o perdoarei humano — Ele apontou sua varinha no coração de Thomas — Sinta o meu poder!
Ele o jogou para longe o que fez com que ele batesse a cabeça e caísse por cima das flores.
— Pare, Beren! — Suplicou Lúthien — Vá embora daqui Thomas, este não é seu lugar, eu não amo à ti.
Ela abaixou a cabeça e encostou no peito de Beren
— Sorte a sua que minha princesa é piedosa. — Beren abaixou a varinha e acariciou os longos cabelos da jovem.
Thomas olhou para o rosto de Lúthien e não reconheceu a mulher que havia sido tão amigável e amorosa com ele. O rosto dela havia mudado, não havia uma expressão feliz, seus olhos violetas perderam a vida, seu corpo já não exalava o perfume das flores, seu rosto de pele delicada estava opaco, sua boca avermelhada já está seca e pálida, suas maçãs do rosto já não tinha o tom avermelhado e seus cabelos já não tinham mais brilho. Mesmo com toda a beleza que restava a pequena princesa e fada daquele lugar, já podia se dizer que não era a mesma, apenas uma expressão de dor e solidão estavam, cravados na bela jovem.
— Se é seu desejo eu irei embora daqui — Falou Thomas com a cabeça baixa.
— O que?! — Garvini se espontou com tão rápida aceitação dele. — Mas...
— Vamos Garvini! — Ele falou em um tom que nunca havia falado antes — Eu quero voltar ao meu mundo, esse é meu desejo.
— Sim.
— Mas antes uma coisa — Thomas interrompeu antes que ele fizesse o feitiço — Eu fiz isso por ela , não por você
— Que seja — Beren falou de um modo como se ele não fosse nada.
— E Lúthien — Ela se espantou ao ouvir o nome dela sair da boca do belo moço humano — Espero que seja feliz e não sintas o que sinto agora, ter sua confiança traída pela mulher que ama duas vezes não é algo que possa se superar rapidamente, eu não lhe desejo sofrimento pois te amo o bastante para isso, apenas seja feliz, mesmo que não seja ao meu lado.
Thomas se segurou para não deixar suas lágrimas caírem na frente dela.
— Vamos!
— Debrezality!
Logo os dois já não estavam mais naquele quarto mas sim na frente da bela árvore. Já começava a escurecer e Thomas percebeu que o céu adquiria uma cor acinzentada e triste.
— O céu... — Garvini chamou a atenção daquele homem que já não via mais beleza no amor.
— O que há?
— Ele só se torna acinzentado quando acontece algo de muito ruim com a princesa, a cor do céu é a cor dos olhos da princesa, se ele não brilha mais como antes significa que ela já não está tão feliz...
— Isso já não me importa, eu quero realizar meu segundo desejo!
— Tem certeza, eu não acho que a princesa.
— Eu não quero saber dela, ela me disse com suas próprias palavra que não me ame ama — Ele o interrompeu.
— Mas...
— Apenas me tire daqui, agora!
— Sim... Debrezality!
Então tudo se tornou escuridão novamente, e o pobre Thomas estava de volta ao lugar chamado Terra.
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