A Pedra do Deserto escrita por Sanguini


Capítulo 2
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Trípoli, Terça-feira 9h00min.

Enquanto o dia nascia em Elmore, Dave trabalhava no Departamento de Segurança do Estado, onde os principais arquivos da família ficavam, seu trabalho era dividir as tarefas, todos os dias chegavam missões tanto do governo como dos próprios Fitzgerald, que iam desde investigar um caso de sequestro a assassinar um político importante, todos em favor da família. E era justamente esse poder que o permitia proteger os Watterson.

Naquela manhã, Dave mal conseguiu dormir a noite, depois de por sua camisa com botões brancauma calça preta e descalço (afinal ainda faz parte do cenário de Gumball), o cervo foi para o trabalho, abriu o ficheiro para ver as missões do dia, apenas três missões, ele abriu as cartas. A primeira delas tinha uma ordem para investigar um caso de formação milícia, o outro a um envolvimento de policiais no crime organizado, respirou fundo ao ver a terceira que tinha o selo em losango da família, que indicava não ser uma missão da polícia, quando abriu percebeu que era uma missão de assassinato, seu coração palpitou quando viu a foto do alvo, era a terceira vez que aquela ordem era dada.

– De novo! – Reclamou Dave ao ver a imagem de Nicole no documento

Como era de costume ele dobrou o papel e colocou no bolso, não podia ser visto com aquilo naquele lugar, era como ser um rato no meio de vários gatos, ele tinha que pensar rápido, nisso ele viu a saída dos correios no meio da sala, ele então foi até a portinha de metal e jogou o documento dobrado no buraco, teria apenas alguns minutos para ir lá buscar, ele correu para as escadas e desceu dois degraus por vez, finalmente ele chegou ao térreo, e viu as bacias com as cartas, ele então vasculhou a primeira procurando o papel, algo que o deixou suspeito ao olhar do segurança, Dave passou a olhar procurar na segunda bacia, onde finalmente tinha encontrado o papel, logo depois sentiu um ombro o segurar

– O senhor pode vir comigo? – O segurança com um casaco preto e com os inscritos “Departamento de Segurança” nas costas, perguntou a ele.

Dave pensou rápido

– Para que? – Perguntou Dave, quando o segurança ia falar viu o losango na carta, aquilo não podia sair do prédio, caso a imprensa soubesse disso tudo iria ruir

– Me dê isso agora! – Disse o segurança em tom agressivo

– Essa não! – Dave já pensava em como sair de lá, ele então passou a perna debaixo do segurança o derrubando, tentou então pegar a arma e a munição dele, conseguiu pegar a arma e correu para fora, procurou uma saída no meio da estrada, de qualquer forma ele devia sair dali, então pegou seu celular e discou alguns números, depois de dois toques uma voz rouca atendeu

– Fala! – Disse quem estava do outro lado da linha

– Eu preciso de uma carona – Disse Dave preocupado ao ver dois seguranças saírem do prédio

– Eu estou perto de você, vem logo! – Disse a outra pessoa

– Ok – Respondeu Dave desligando o celular

Dave segurou sua arma com as duas mãos e começou a correr pela calçada, pouco depois chegou a um cruzamento, ele então parou e esperou pelo amigo.

– Cara, onde você está? – Disse Dave se desesperando ao ver que um dos seguranças o tinha visto

Dave tentou disfarçar, mas foi reconhecido por eles.

– Ah droga! – Dave correu para o outro lado da rua procurando ganhar tempo os carros passaram buzinando e esperando que aquilo parasse os guardas, ele olhou mais uma vez, e viu os seguranças ainda atrás dele, finalmente um carro preto parou cantando pneu perto dele

– Graças a Deus – Dave entrou no carro e saiu de lá atirando pela janela, depois se virou pro amigo

– Onde você estava? – Reclamou Dave

– Na farmácia – Disse ele passando a mão no pescoço de dores

– Ah, bom, me leve pro aeroporto – Disse Dave olhando para trás.

Poucos segundos depois de virarem a esquina para seguirem pela rodovia pra fora da cidade onde estava o aeroporto, um caminhão com carroceria preta atravessou o cruzamento onde eles passavam, fazendo o carro bater com força na lateral, tanto que derrubou o próprio caminhão para o lado, 15 segundos se passaram até começarem a ouvir as buzinas, ele aproveitou para sair de lá rápido, mesmo com a cabeça ferida, ele se soltou do cinto de segurança olhando o engarrafamento ao lado, olhou para o outro lado e viu seu amigo quase morto no banco, ele então abriu a porta e saiu andando com pressa, em uma das mãos estava a pistola e em outra a carta, percebendo que não ia conseguir fugir, pegou o celular e bateu uma foto da carta, enviando para o contado “Blues” e apertou em enviar, um bip e depois “Não foi possível enviar a mensagem”

– Ah, eu não acredito! – Resmungou Dave, pouco depois um homem com jaqueta preta e Jeans azul saiu do caminhão tombado com um revólver branco, Dave se abaixou ao lado do carro esperando a polícia para abafar as coisas, mas ela não ia resolver o problema, não demorou muito para ela chegar com o som dos tiros disparados pelo homem, foram 5, faltava uma Dave atirou de volta até ele finalmente acabar com suas balas, assim Dave conseguiu fugir em meio aos carros, tarde demais para o outro pois a polícia já tinha chegado

Dave correu pela calçada ainda preocupado com a polícia, pois havia o risco dele ser pego, ele só tinha uma saída, tinha que encontrar uma forma de mandar a carta para Nicole ou fugir dali, mas não os dois, ele se viu dividido entre sua amada e ele, sem pensar ele procurou por uma torre de transmissão. Desde o final da guerra civil, o sinal de telefone celular na cidade era terrível, e não eram todos os dias em que o sinal funcionava, ele dirigiu-se até a sede de telefonia mais próxima, deu pra ver que o sinal do celular estava ficando mais forte à medida que ele se aproximava da torre, era o suficiente, ele abriu o programa de mensagens e tentou reenviar à foto, segundos depois a foto carregou e foi enviada, ele respirou aliviado, meio caminho andado, ele então saiu daquela parte e foi andando até o aeroporto, seria difícil escapar de lá sem ninguém vê-lo.

Ao chegar no Aeroporto e arrumou a camisa e pegou sua carteira com seus documentos, respirou fundo e entrou, contando com a sorte, enquanto esperava na fila os próprios policiais do aeroporto ficavam o encarando, só se agia assim em frente a um suspeito, ele tentou não olhar para eles, mas esqueceu a ideia quando o celular de um dos policiais soltou um bip de alerta, o policial que aparentava ter 30 anos, e o outro um pouco mais velho olharam para o celular e depois uma para o outro, o mais velho assentiu enquanto o outro concordava e seguia em direção a Dave

– Senhor, você poderia nos... – Dave derrubou uma das arestas que segurava a fita que dividia as filas, causando um pequeno tumulto no lugar, logo depois ele entrou em meio à multidão, quando estava tentando sair, viu um alemão com a mala aberta, que estava confuso por causa da confusão, Dave não pensou duas vezes e pegou uma jaqueta azul e um boné de mesma cor que estavam na mala do turista e o vestiu, e saiu correndo de lá, procurou outra companhia aérea para comprar as passagens, quando encontrou uma disponível, foi posto um alarme de emergência, fechando então o aeroporto, ele não sabia mais o que fazer, um guarda que fazia a segurança no portão de entrada do avião olhou para ele e o reconheceu, mesmo com seu “disfarce” ele então sacou a arma de serviço e apontou para Dave, que não pôde reagir, logo depois outros chegaram e o imobilizaram, um deles procurou o celular dele, Dave percebeu que aqueles policiais não eram comuns, eram subordinados da família, secretos.

– Larga isso! – Gritou Dave

O policial então fez um gesto com a mão, nisso o outro entendeu e acertou a nuca de Dave com a coronha da arma, Dave então caiu desacordado


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