Não Podemos Saber Tudo escrita por Caçadora das Estrelas


Capítulo 7
Sorrisos Sofridos


Notas iniciais do capítulo

Atrasei muito de novo! Desculpa.
Eu vou ser rápida porque tenho que estudar que eu tenho prova amanhã. Minhas aulas terminam essa terça, nas férias eu vou escrever mais, juro.
Eu conheci a Luisa Palomanes minha gente! Pra quem não sabe ela dubla a Astrid!!! E ela me falou um coisa bem legal sobre como foi trabalhar dublando nossa querida viking e vou postar o que ela falou nas notas do próximo capítulo, tá bom?
Ta aí o Hiccstrid de vocês, seus fofos, e mais uma coisinha...



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Quem me dera o mal tivesse, definitivamente ido embora, quem dera estivéssemos eternamente seguros, quem me dera! Depois do jantar fui direto para casa, tranquila, sentindo-me segura, como em todas as noites depois da "derrota" de Drago, pena que a confiança, em tão grande quantidade, nunca é uma coisa boa. Aquela manhã de Outono foi apenas uma prova disso.
Acordei com o som de gritos desesperados e o som da corneta feita de chifre, avisando um ataque surpresa. Levantei da cama e me vesti correndo, apanhei meu machado, que se encontrava apoiado na parede, e pulei a janela, cai direto na cela de Tempestade, que me apanhou no ar em um razante, consegui ensiná-la a manobra para situações de emergências, depois de muito treinamento e quedas bem dolorosas.
Soluço se juntou a mim no ar, montado em Banguela.
– É um incêndio! Estão bombardeando o Grande Salão! - Avisou-me meu namorado.
– Quem? - exclamei em uma pergunta.
– Não sabemos ainda. - respondeu-me.
– Ah! Maravilha.
Quando alcançamos o Grande Salão metade dele já estava em chamas, daria um trabalhão para reconstruir tudo! Alguns vikings tentavam, inutilmente, apagar o fogo com baldes de água. Nem o evoluído sistema contra incêndios que tínhamos possuía a capacidade de apagá-lo, o fogo já havia avançado demais.
Olhei para o céu, não havia nenhum dragão, só a fumaça cinzenta das chamas, que cobria cada vez mais a paisagem, dali alguns minutos nada mais seria visível. Descemos de nossos dragões e Soluço começou a colocar ordem na bagunça, ele estava ficando bom naquilo.
– Vocês, vão buscar mais água! Vocês, reabastessam o sistema contra incêndios! - ordenou Soluço, todos obedeceram sem hesitar. - Algum ferido, Baldão?
– Até agora não, senhor! - respondeu o homem enorme com um balde na cabeça. Senhor, era tão estranho ver meu namorado, de apenas vinte anos, sendo chamado assim.
– Ótimo. - disse Soluço.
Quando eu estava me virando para ir buscar mais água, fortes jatos de água começaram a espirrar do céu, bem em cima do Grande Salão, extinguindo todas as chamas em questão de segundos. Olhei para cima, a fumaça não me permitia ver quase nada, apenas um enorme vulto negro que desceu em nossa direção.
Um dragão, ou melhor, uma dragoa, e um cavaleiro, ou melhor, uma amazona, ambas conhecidas, Verena e Vinola, que tinha o focinho pingando de água. Verena desceu, sorridente, e começou a acariciar a cabeça de seu dragão.
– Boa garota, muito boa! Estou muito orgulhosa de você, viu? - elogiava, a garota de cabelos incrivelmente longos.
– Senhor, o fogo foi apagado! - disse um Bocão muito encharcado, provavelmente atingido pelo jato de água.
– É, Bocão, eu percebi. Por favor, avise os outros. - disse Soluço, encarando Verena e Vinola, com os olhos arregalados.
– Sim, Senhor! - Bocão se retirou.
– O que foi? - perguntou Verena, percebendo o olhar de Soluço e meu queixo caído.
– Eu que lhe pergunto! O que foi isso? - exclamou Soluço.
– Bem, Vinola é da classe marinha não é? Faz isso desde que nasceu, como um Scalderível, só que a água dos Beate-Konrad é fria. - explicou Verena.
– Fria? Então, fora as garras e dentes, eles são quase inofensivos?
– Inofensivos Soluço?! Você viu a força daquele jato? É capaz de dividir uma pessoa ao meio. - exclamei.
– É verdade. Verena, você não viu quem nos atacou, viu? - perguntou, meu namorado.
– Não, não vi. Mas, Astrid, você não notou algo diferente no fogo?
– O quê? - perguntei.
– Eram, muito claras, quase brancas. Só dragões de um lugar específico cospem chamas assim, os dragões de Svart og Hvitt.


***


– O que Verena quis dizer com aquilo? - me perguntou Soluço. Já estava escurecendo, estávamos na colina, para onde sempre íamos quando queríamos paz. Estava com a cabeça apoiada em seu ombro e ele mexia em meus cabelos, os dedos inquietos.
– Aquilo o quê? - me fiz de boba.
– Sobre Svorg sei lá o quê. - eu ri.
– Svart og Hvitt?
– Isso aí. Que porcaria é essa?
– Bem, Soluço, acho melhor que a própria Verena te explique. Eu só posso te falar que é uma ilha.
– Poxa! Tem certeza que não pode me contar?
– Tenho. É um segredo da Verena, Soluço!
– Nem se eu te convencer?
– Nã... Convercer como? - um sorriso malicioso surgiu em seus lábios.
– Assim. - Ele beijou minha orelha, depois minha bochecha, devagar, e finalmente seus lábios chagaram aos meus, doces e ao mesmo tempo famintos, uma onda de calor percorreu todo o meu corpo. Seus braços apertaram minha cintura e minhas unhas se fincaram em seus ombros. Nossos beijos ficaram desesperados, e eu só queria ele, nada mais ao meu redor existia além de nossos corpos, colados um no outro. Seus lábios seguiram até meu pescoço, leves, causano-me arrepios. Quando sua boca voltou para minha ele se afastou só um pouco para recuperarmos o fôlego e encostou a testa na minha.
– Eu te amo. - sussurrou e eu pude sentir o ar quente de sua boca em meus lábios.
– Eu também te amo. - sussurrei de volta. Quando estávamos quase nos beijando novamente o som de alguém limpando a garganta me fez dar um pulo e me afastar de Soluço.
– Érr... Ahn... Desculpe... Ahn... interromper. É que Estrume está acusando Baldão de ter roubado sua ovelha, e a briga está bem feia, Estrume está ameaçando com um machado e... - foi dizendo Bocão.
– ...E eu tenho que ir lá resolver, não é? - interrompeu Soluço.
– Aham. - confirmou o homem enorme com bigodes loiros. Meu namorado suspirou, infeliz, e seus olhos encontraram os meus, tristes.
– Me desculpe, Astrid, eu...
– Tudo bem, vai lá. - falei. Ele se levantou e depois se agachou para me dar um beijo de despedida.
– Boa noite, Milady.
– Boa noite.
– Tchau Astrid, eu juro que te devolvo seu namorado depois, tá?
– Tudo bem Bocão. - lhe dei um sorriso amarelo, ele sorriu de volta.

***


Quando estava indo para casa, ouvi duas vozes conhecidas sussurrando, e não pude evitar ver o que era. Naldo e Verena conversavam, sozinhos, atrás da casa de Soluço, me escondi o melhor que pude, em um ponto atrás de Verena, onde saberia que ela não me acharia. Só peguei o final da conversa.
– Bem, hã, então é isso, Verena. - disse Naldo, coçando a nuca. - Eu sei que você só me vê como um amigo, mas eu realmente gosto de você e eu não quero que...
– Quem foi que disse isso? - Verena o interrompeu. - Quem foi que te disse que eu só te vejo como um amigo?
– Mas, você não vê?
– Fala sério, Naldo! Eu sempre soube que você gostava de mim. Você não sabe disfarçar muito bem, mas eu sei. Para sua informação, eu também gosto de você, gosto muito.
– Sim Vere! Gosta, mas como amigo.
– Não, imbecil! - exclamou ela revirando os olhos, me esforcei ao máximo para segurar a risada. - Eu gosto de você de verdade, como mais que um amigo.
– Claro que sou seu melhor amigo, sou o único que você tem! Mas é que...
– Ai! Cala a Boca!. - exclamou Verena, em seguida ficando na ponta dos pés, ela era realmente muito baixa, e abraçando o pescoço do garoto, quando seus lábios se tocaram o pensamento " Own, mas que coisa mais fofa, meus deuses!" Foi derretendo meu cérebro de uma só vez. Senti um dedo cutucando meu ombro, era Brenna.
– Ei, Astrid! O que você está fazendo aí? Por acaso você viu o Naldo... - coloquei o meu dedo sobre os lábios para fazê-la ficar quieta e indiquei os dois beijoqueiros com o outro dedo. Ela deu uma olhada e voltou a me olhar, estupefata.
– Santo Odin! - murmurou. - O que é aquilo?
– Seu irmão arranjando uma namorada. - respondi.
– Ai, deuses. Isso é fofo, mas é nojento, estou orgulhosa, mas me sinto traída. Estou confusa!
–Você não sabia que seu irmão gostava da Verena?
– Claro que sabia! Todo mundo sabia! Só não tinha ideia de que era recíproco, Verena sempre o tratou de modo tão rude...
– Bem, eu também tratava o Soluço assim, até mesmo quando eu já gostava dele. Às vezes, o fato de gostarmos da pessoa apenas nos irrita ainda mais, devido ao fato de ela estar nos fazendo gostar dela, entende? - dei uma espiada nos dois, Verena e Naldo já haviam se afastado, havia sido um beijo longo, e se encaravam, ambos com um enorme sorriso no rosto.
– Sim, entendo, se bem que eu também tratava Erick mais ou menos assim. - um sorriso triste brincou em seus lábios. - Ele era muito irritante.
– Quem é Erick?
– Era meu namorado, uma pessoa maravilhosa.
– Então por que terminaram? - questionei.
– Não terminamos. Ela, hã, ele faleceu, uma flechada. Eu, eu não gosto de falar sobre isso. - ela respondeu, encarando ochão, os olhos marejados.
– Deuses, Brenna, eu sinto muito mesmo.
– Não, não tudo bem. - ela olhou para Verena e Naldo e sorriu. É engraçado como a felicidade pode ser tão contagiante, como as risadas das pessoas de quem gostamos nos fazem rir, é engraçado o quão boa é a sensação. É uma pena que toda alegria tenha de vir com um sofrimento de brinde.


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Notas finais do capítulo

Vocês acharam que eu não ia juntar os dois? kkkk Meus amores, um segredinho, essa sempre foi minha intenção! Mas será que vai durar? Não sei! ( verdade mesmo, não pensei nisso ainda kk)
POR FAVOR COMENTEM!!
Beijos!!!



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