A Força da União escrita por Harukko


Capítulo 20
E a Situação de Repete


Notas iniciais do capítulo

Li muito feliz as sugestões para esse aspirante a casal oficial ;) Cheguei a conclusão de que Saleb é um bom nome :) #Partiu #Fic #AForçaDaUnião



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/516805/chapter/20

– Eu nem lembro a última vez que sorri por olhar as estrelas. Gosto muito de Breaking Benjamin, mas jamais poderia imaginar que algum dia dançaria uma música deles. – ele aproximou-se do meu ouvido e sussurro – Obrigado. – percorreu o caminho até minha boca e me beijou...

______________________________

Eu fiquei incrédula, enquanto ele tocava meu rosto e me beijava, eu fiquei com os braços abaixados sem saber o que fazer, se o abraçava ou se o empurrava para longe. Por que ele estava fazendo isso? Ele sempre me irritou e gostava de me ver brava, agora está me beijando? Isso é meio curioso.

Por incrível que pareça eu deixei, e continuei ali parada enquanto ele conduzia a situação. Após nos separamos para tomar ar, eu fiquei o fitando de uma forma espantada.

– Está esfriando cada vez mais. – ele tirou a camisa xadrez que estava usando – Vista, ou vai pegar um resfriado.

Eu vesti sem fazer comentários. Fiquei meio desconcertada por ele estar sem caminha, eu não conseguia deixar de notar o seu peitoral forte e tentador.

Ele ficou um tempo olhando as estrelas em silêncio, eu não me atrevi a falar algo, afinal, eu nem saberia o que falar.

– Já está na hora de ir. – ele pegou a minha mão e descemos as escadas. –Está tudo bem? – perguntou ele já em frente ao quarto.

– Está, eu só... – não completei a frase.

– Ok, a gente se vê amanhã. – ele virou-se para andar.

– Caleb, espera! – disse.

Ele olhou em minha direção, então eu me aproximei e dei um beijo em sua testa.

– Boa noite. – murmurei sorrindo e entrei no quarto.

Sinceramente eu não sei o que pensar. Caleb, Nicholas, estou mais confusa ainda. Tomara que uma noite de sono ajude a organizar meus pensamentos.

Sarah Off

Narrador On

Na manhã seguinte, todos se acordaram para tomar café da manhã e logo partir. Sarah foi a última a se vestir e arrumar a cama, só havia ela dentro do quarto, quando Rebecca entrou.

– E aí, Sarah?

– Oi. – respondeu Sarah em um cumprimento impassível.

Rebecca foi pegar alguma coisa em sua mochila, talvez seu celular ou qualquer coisa assim, quando reparou na camisa xadrez aos pés de Sarah.

– Ei! Espera aí! – ela aproximou-se – Essa camisa é... é... O que você fez?

– Hã?

– Por que a camisa do Caleb está aqui com você?

– Do que está falando Rebecca? Eu não sei.

– Você sabe sim! – Rebecca encarou Sarah como se quisesse atacá-la naquele momento – Talvez você tenha feito uma visita para ele à noite e trouxe uma lembrancinha!

– Não é nada disso!

– Então o que é? – Rebecca a empurrou bruscamente – Eu já disse, é melhor você ficar longe do Caleb! Ele é meu, meu, entendeu?!

– Para com isso Rebecca, nós somos apenas amigos. Ele não é um objeto que precise de dono, ele é uma pessoa que pode escolher o que quer!

– Então quer dizer que houve algo entre vocês, sua vagabunda! Eu vou matar você! – Rebecca deu um tapa no rosto de Sarah.

Depois a empurrou e a deixou contra a parede.

– Rebecca... – Sarah estava ficando sem ar, pois Rebecca estava pressionando seu pescoço – Pare... c-com isso!

Rebecca cansou os braços, dando chance para Sarah empurrá-la. Sarah tentou correr, mas acabou tropeçando no pé da cama e caindo, Rebecca imediatamente pegou as pernas dela e começou a arrastar para dentro do quarto.

– Me solta! Me solta, Rebecca! – gritou ela.

– Cala boca, garota!

Rebecca virou Sarah de barriga para cima e sentou em cima dela. Sarah cobriu o rosto, certa de que ia levar socos e tapas, mas isso não aconteceu. Rebecca ergueu os punhos, ficou ofegante, parecia que a qualquer momento iria acertar sua colega, mas abaixou a mão e cobriu o rosto.

– Rebecca...

– Por quê? Por que você isso comigo? – perguntou ela, chorando. – Eu gostava do Caleb de verdade, mas você estragou tudo! - uma lágrima de Rebecca escorreu e acertou a bochecha de Sarah.

– Eu sinto muito, eu sei como é.

– Não, você não sabe!

– Sim, eu sei! Eu já passei por isso. – “e a situação se repete”, pensou Sarah - No começo é um vazio por dentro, que só dá vontade de chorar. É difícil encarar aquela pessoa que não soube usufruir do nosso amor, e a cada passo, uma lembrança, a cada gesto, um sentimento, a cada olhar, uma faca que crava no nosso peito sem dó, sem pena, parece sádico, mas com o tempo descobrimos que não é.

Rebecca saiu de cima de Sarah, limpou as lágrimas e ficou de costa para ela.

– Tanta lealdade, tanta devoção, tudo isso é tratado como lixo, como algo que não importa e que não faz diferença. – continuou - É um impacto tão grande que abala todo o nosso corpo, nossos pensamentos, nossos sentimentos, tudo, até o cantinho mais escondido de sanidade é afetado. Eu sei como é, sei como nos sentimos produtos vencidos, produtos podres que devem ser jogados no lixo.

– Eu não quero mais passar por isso.

Sarah aproximou-se, mesmo Rebecca estando de costas.

– Impossível. Aceite os fatos, não quero esconder nada de você, sei que irá se sentir um empecilho, um adorno, uma coisa inútil, você pode até achar que está no fim do poço, então eu tenho uma dica para você: chore, chore muito. Eu sempre odiei chorar, odiei demonstrar fraqueza, mas escondido eu choro como uma criança. Me dá raiva o fato de ser verdade, de que isso faz muito bem quando não temos saída a não ser aceitar.

Rebecca virou-se para Sarah com os olhos cheios d’água.

– Mas, por que você fez isso? Por quanto tempo pretendia esconder de mim?

– Não, você está errada. – Sarah ficou um tanto nervosa por esse assunto – Caleb e eu, nós... Não há nada entre nós, apenas – ela fez uma pausa – nos beijamos uma vez.

– Como foi?

– Rebecca, eu acho que não é necessário que...

– Como foi? Responda! – gritou ela.

– Foi ontem, na verdade nessa madrugada. Nós saímos escondidos para ver as estrelas no terraço, e acabou acontecendo. Ele me agradeceu por fazê-lo sorrir, pois fazia tempo que ele não sorria vendo as estrelas, e então... Ele me beijou.

– Não tem mais volta. – Rebecca sentou-se em uma das camas – A única vez que ele tomou iniciativa em beijar alguém foi na despedida da Beatriz, ninguém sabe disso, só eu. Beatriz era a vizinha do Caleb e a única menina que ele já gostou, até agora, mas ela viajou para a Inglaterra à alguns anos. Foi difícil para ele esquecê-la, eu tentei consolá-lo com o meu amor, mas para ele eu nunca a substituiria. Mas parece que você pode substituí-la.

– Do que você está falando? Foi só um beijo por causa do momento! Já discutimos, já brigamos feitos ursos, já refletimos, agora acho que já posso sair daqui! – Sarah foi até a porta, mas antes de sair acrescentou – Relaxa, eu não vou contar a ninguém, se você prometer também não contar nada sobre o que aconteceu e sobre o que você ouviu aqui.

Rebecca concordou com a cabeça e Sarah retirou-se.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Parece que a Sarah e a Rebecca tem sérios problemas... Então, gente, Saleb ou Releb? Comente aí, vamos curtir juntos os últimos episódio da fic :') Beijãoo



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Força da União" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.