Sonhadora de estante escrita por contadora de estorias


Capítulo 1
Despedida?!?


Notas iniciais do capítulo

Estou re-escrevendo os capítulos, por isso o primeiro pode estar diferente do segundo o segundo diferente do terceiro e etc...



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—Corre Ken ou ele irá nos alcançar! —Eu corria sem deixar meu amigo para trás, não acredito que meu ultimo dia na cidade seria encerrado com um cão raivoso nos atacando.

—Eli! Espera! —Não fazia nem cinco minutos que corríamos e Ken já estava botando os bofes para fora.

—Espera nada! Não vou morrer antes de me mudar! —Eu peguei a mão dele e puxei para que ele não parasse, pois alem de tudo se parasse viraria ração de cachorro.

Quando estávamos para atravessar a avenida ele tentou me parar usando o corpo como peso.

—O sinal vai abrir! —Ele gritava.

—Ainda dá tempo! —Eu o puxei com ambas as mãos e corremos conseguindo atravessar em segurança, mas para a nossa alegria o sinal abriu antes do “totó” conseguir passar e ele ficou nos olhando como se dissesse “perdi a minha presa que droga!”

—Ainda bem que o transito essa hora é bem movimentado, não é? —Eu respirava aliviada.

—Claaaaaaro... —Havia me esquecido que o Ken fica meio bobo quando eu chego muito perto.

—Agora podemos seguir nossos caminhos... —Soltei a mão dele.

—Não! —Ele falou bem alto como se acordasse de um sonho ruim. —Quer dizer... Você vai se mudar então vou passar o máximo de tempo contigo. —Ele estava corado e ele parecia muito serio.

—Tudo bem... —Ele era meu amigo mais próximo, mas o jeito dele era pegajoso e chegava ser até ciumento algumas vezes mesmo assim era a pessoa que não é da família que eu mais gostava de ficar perto.

Nós caminhamos juntos por uma rua conhecida pelas maravilhosas e caras lojas que tinha lá, nos paramos pra olhar uma loja de pet's tinha um mais fofo que o outro. Continuamos, a caminhar ate que eu percebi que o Ken tinha parado na frente de uma loja.

—O que houve? —Eu voltei e também fui olha a vitrine.

—Você quer comer um bolo daquela loja? Dizem que é o melhor da cidade.

—Ah, não. Deve ser bastante caro... Você não precisa gastar todo seu dinheiro.

—... Mas você vai embora.

—Falando assim ate parece que nós nunca mais vamos nos ver. —Eu me virei e continuei andando. —Vamos rápido, minha mãe já deve estar subindo pelas paredes por causa da minha demora.

Ele levantou a cabeça, sorriu e correu para me acompanhar, quando chegamos à rua da minha casa nós nos despedimos como sempre fazíamos, só que desta vez ele veio correndo até mim e me abraçou por um instante pensei que ele ia me beijar.

—Então até logo. —Disse ele se afastando. Estranhamente ele não parecia triste, ele correu um pouco olhou para trás sorriu e acenou.

Aquilo foi estranho... Estranhamente fácil, achei que quando fosse me despedir dele choraríamos, ele primeiro e depois eu. Percebi que já fazia algum tempo que estava parada lá como uma boba, será que eu queria que as coisas fossem como eu havia imaginado?

Corri para casa e quando cheguei ao portão minha estava mandando meu pai transportar as malas e caixas e quando me viu mandou pegar algumas também. No fim da tarde estava tudo pronto, meus pais se despediam dos vizinhos e eu entrei logo no carro e fiquei encolhida nos bancos de trás dividindo espaço com as coisas que a minha mãe não quis de jeito nenhum que a empresa de mudanças levasse.

Meu pai foi o primeiro a entrar e ele me olhou pelo retrovisor...

—Filha a cidade que vamos não é tão longe daqui. Tenho certeza que vai gostar de lá.

—Tudo bem, eu não estou triste é que. Sei lá, a outra cidade parece ser muito melhor que essa, porém aqui tem outras coisas e...

— Vai sentir falta dos seus amigos? —Meu pai às vezes parecia adivinhar o que estava sentindo.

—Exatamente! —Olhei para onde minha mãe estava. —Eu quero sair daqui ainda hoje!

—Vocês são muito apressados, já estou indo! —E continuou conversando.

—Se fosse comigo ela já teria me arrastado pelas orelhas. —Meu pai sorriu.

Quando minha mãe finalmente entrou no carro estava cheia de presentes, docinhos e coisinhas de despedida. Minha estava muito animada durante o caminho, ela contava 1001 historias de como ela se divertia quando era mais jovem com a irmã.

No momento que chegamos saí do carro na esperança de encontrar uma rua super movimentada cheia de jovens, porem essa era igual ou pior que a outra. Certo, primeira decepção. Agora é só esperar a segunda chegar e se decepcionar de novo com a escola e os novos colegas...


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