Apenas eu e você. escrita por Carina Everllark


Capítulo 5
Capítulo 4.


Notas iniciais do capítulo

Hey gente, aí vai mais um capítulo, espero que gostem. Por favor: COMENTEM!
Leiam minha outra fanfic: http://fanfiction.com.br/historia/509400/I_hate_you_but_I_love_you/



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POV. KATNISS

Droga! Acordei 3h da madrugada morrendo de sede. Mereço viu! Coloco meu chinelo, coloco um roupão e desço para a cozinha. A casa toda está escura, desço me segurando no corrimão como se fosse uma cega.

Chegando à cozinha, fico com preguiça de ir acender a luz, já que já sei direitinho pegar um copo na pia e tomar água nem me preocupo em ir acendê-la.

Pego o copo e bato em alguma coisa. Alguma coisa que está em pé! Que raio é isso?! Começo a apalpar o que quer que seja na minha frente. É duro, liso e tem alguns pelos. Mais pra baixo tem pequenas elevações, são quatro.

– Ka-Katniss?! – é a voz de Peeta. OH MEU DEUS! EU TAVA PEGANDO NO PEETA!

– AI MEU DEUS, PEETA?!

– Sim... – ele acende a luz e então eu vejo. Ele tá apenas com a bermuda do shorts, seu abdômen está a mostra. Acho que tô com falta de ar. Que lindo, meu Deus, não vou resistir.

– D-desculpa Pe-Peeta... – tento falar, mas estou praticamente babando com a imagem que está a minha frente.

– Cuidado que vai babar em! – ele debocha. – Sei que sou gostoso.

– Ah-Ahn? SÓ QUE NÃO PEETA MELLARK. – saio de meus devaneios e volto a pegar minha água. O corpo dele ainda na minha cabeça.

– Aham, e por que aquela cara pro meu abdômen sedutor?! – ele continua debochando e se aproxima. Dou um tapa em seu ombro e ele faz uma cara fingida de dor. Essa proximidade dele faz-me sentir borboletas voarem no meu estômago.

– Eu já estava indo dormir... Só vim pegar um copo d’água. – me viro para ele, tentando encarar seus olhos e não seu abdômen nu.

– Okay. Boa noite Kat.

– Boa noite Peeta. – subo para o meu quarto e procuro dormir.

**

Peeta e eu já chegamos já chegamos à empresa a uma hora e eles ainda não nos chamaram. Sinceramente, estou um pouco nervosa em saber no que trabalharei até os meus dezoito anos. E se for uma coisa que eu odiar? E se eu não aguentar por muito tempo? Peeta segurou a minha mão e isso foi o suficiente para me deixar mais calma.

– Katniss Everdeen. – alguém me chama de dentro de uma sala. Me senti em um hospital, por ser chamada pelo nome para dentro de uma sala. Entrei e Cory, o entrevistador do outro dia, me esperava lá dentro.

– Bom dia! Como vai a senhorita?

– Bem... E o senhor?

– Ótimo! – ele mexe em alguns papéis – Bom, de acordo com sua entrevista, te coloquei no ramo multi. O ramo multi é assim, você poderá fazer várias coisas, ora trabalhará na cozinha, ora na limpeza, ora com as roupas e muitas outras coisas. Seu período de trabalho será de segunda à sexta, das 14:30 da manhã até as 19:30. O salário é dois mil por mês. O que achas?

Penso um pouco. É... Dá para aceitar esse trabalho, pelo menos não ficarei presa em uma só coisa.

– Tudo bem. Eu aceito. – respondo e ele dá um sorriso.

– Você começa amanhã senhorita Everdeen, mande Peeta entrar por favor. – ele termina e eu saio da sala.

POV. PEETA

– Sua vez Peet. – Katniss saí da sala e eu entro.

– Bom dia Peeta. Como vai o senhor?

– Bem e você? – hesito em dizer você ao invés de senhor, mas acabo dizendo por fim.

– Estou ótimo. – ele olha nos meus olhos e dá um sorriso. – Então o senhor quer ser médico?

– É... Eu gostaria muito. – sorrio.

– Eu ia ser médico, mas minha esposa ficou doente no meio da minha faculdade. Tive que largar tudo por ela, e hoje estou aqui. – ele sorriu triste e eu retribuí.

– Bem sr. Mellark...

– Pode me chamar apenas de Peeta. – o corto.

– Ok, Peeta. Você ficou com o ramo de estudo de ciências naturais. Você ajudará os cientistas da cidade a fazer descobertas. Seu período de trabalho é das 14:30 até as 20:00. O salário é dois mil por mês. O que achas?

Opa. Acho que meus olhos brilharam. Sempre amei ciências e ser cientista é a segunda coisa que eu faria se não fosse ser médico. Oh!

– Sim! Muito obrigada senhor!

– Vejo que se empolgou! – ele sorri para mim. – Também sempre gostei de ciências!

Ele ficou me olhando sorridente por alguns estantes e eu fiz o mesmo.

– Está dispensado. – ele terminou e eu saí.

**

POV. KATNISS

– Não! Peeta eu vou te matar! – corro pela nossa clareira atrás de Peeta. Dá pra acreditar que ele jogou terra no meu cabelo?! – Não acredito que você fez isso! Seu idiota! – agora comecei a me revoltar. Vou ter que passar horas tirando pedrinhas e restos de terra da cabeça.

Pego um punhado de terra na mão e jogo nele de longe. Pegou um pouco em suas costas, sujando a parte de trás de sua camisa.

– KATNISS! ESSA CAMISA ERA NOVA! – ele grita boquiaberto para mim.

– Meu cabelo também é novo! – grito de volta rindo.

– Há há há. – ele diz e pega um punhado de terra na mão, saio correndo antes mesmo dele começar a correr atrás de mim. Pego outro punhado de terra e continuo correndo ao redor da grande árvore que tem na nossa clareira. Escuto passos correndo atrás de mim e continuo correndo.

– Não adianta correr Everdeen!

– Não adiantaria se eu não fosse mais rápida que você! – digo e tropeço em alguma coisa. Caio de quatro no chão, me viro para trás e vejo Peeta vindo em minha direção, levanto-me ainda virada para trás. Peeta, que vinha correndo, ao me ver levantar do chão do nada se desequilibra na minha frente e caí por cima de mim. “Oh não...” penso. Todos aqueles sentimentos voltando à tona em meu corpo. Paixão, ternura, desejo... Te odeio por me fazer apaixonar-me por você, Peeta Mellark!

Seu rosto está cheio de terra e o meu também. Seus olhos estão encarando os meus, e os meus estão encarando os dele. Aquelas imensidões azuis nas quais eu me perco... Sua respiração se mistura com a minha e posso senti-la acelerada em meu rosto. Posso sentir seu coração pulsando contra meu peito, e o meu parece bater na mesma frequência que o dele. Seus lábios a centímetros dos meus.

Passamos cerca de cinco minutos só perdidos um nos olhos do outro. O problema foi que de repente, percebi seus olhos se fecharem. Devagarinho, ele foi chegando mais perto do meu rosto. Eu queria aquilo, mas não queria... Não queria alimentar mais ainda essa paixão fútil que eu tinha por ele. Mas era incontrolável, eu não estava mais respondendo por mim naquela hora...

E seus lábios selaram o único espaço que havia entre nossas bocas. Na mesma hora em que nossos lábios se tocaram, ele hesitou, mas continuou firme no beijo. Era calmo e sem muitos avanços. Seus lábios eram quentes e me levavam à loucura. Quem diria que aquele menino que brincava comigo quando éramos pequenos tivesse esse poder em...

Quando o ar fez falta, ele se afastou e abrimos os olhos. Na mesma hora, ele arregalou os olhos e se pôs de pé em minha frente. Levantei-me também e ficamos nos encarando e tirando a terra de nossa cara. As únicas partes que não estavam sujas eram meus lábios e olhos. Ele se virou do trás e pude ouvir ele sussurrar para si mesmo:

– Ai meu Deus... Ai não... Ai meu Deus...

Coloquei os dedos em meus lábios, já sentindo falta de seu toque.

– Ér... Acho que está na hora de irmos... – disse, a voz baixa.

– É... Katniss, me desculpa... Eu... Eu...

– Tudo bem, Peeta.

Pegamos as coisas e fomos embora sem dar um pio ou nos olhar nos olhos. Chegando em casa fui arrumar minhas coisas para segunda, que é amanhã. Amanhã irei trabalhar na empresa pela primeira vez. Não sei se vou gostar muito de trabalhar, pois não posso fazer amigos e passarei meu dia todo estudando e trabalhando.

**

POV. PEETA

Bip bip bip! O despertador tocou duas horas mais cedo, droga! 4h da manhã, mereço. Pior que eu quando acordo não durmo mais.

Resolvi levantar e ir preparar o café da manhã. Katniss adora pães de queijo e eu também então quase sempre comemos isso. E pra acompanhar: chocolate quente. Katniss. Eu a beijei ontem. O que me deu na cabeça? Eu escondo um sentimento que tenho por ela desde o dia em que conhecemos a clareira que fizemos nossa. Só que eu tento neutralizar isso, afinal, somos apenas melhores amigos. Irmãos para ser mais claro.

Quando deu 5h30min o café estava pronto. Eu que acordo a Katniss todos os dias, pois só temos um despertador na casa, cujo fica no meu quarto, pois ela é uma dorminhoca.

– Katniss, hora de acordar! – começo a subir a escada. A porta do seu quarto está fechada. Encosto minha cabeça na porta e posso ouvir soluços. Oh não... Katniss está nos seus dias de crise de depressão. Desde o incêndio em sua casa ela tem esses dias de depressão, ela não saí do quarto de jeito nenhum. As vezes, consigo animá-la, mas é tão difícil...

Empurro a porta e encontro a cena que mais odeio ver. Ela está encolhida na ponta da cama, com a cabeça entre as pernas. Seu choro é tão sentido que dói para qualquer um ver essa cena.

– Kat, calma, tá tudo bem. – vou abraça-la mas ela me afasta.

– Peeta, por favor, só me deixa aqui. Não estou bem.

– É isso eu percebi, mas hoje nós temos que ir trabalhar e ir para a escola. – vou a seu encontro de novo, ela fica dura, não retribui o meu abraço, porém em questão de segundos ela cede.

– Só queria poder voltar no tempo... Para quando eu tinha quatro aninhos. – ela resmunga em meu peito.

– Também queria... Era tudo tão lindo, a vida não tinha tristeza... Mas, como você dizia, nossos pais estão nos observando lá de cima, e não gostariam de nos ver tristes. Então, levanta e enxuga essas lágrimas. Fiz pães de queijo. – digo e ela me encara. Um sorrisinho de forma em seus lábios e ela resolve levantar, porém ela está fraca, muito fraca. – Te espero lá em baixo, Kat.

Quando ela desce para o café, ela já está com o uniforme da nossa escola e seu cabelo está preso em um rabo de cavalo. Ver que ela conseguiu fazer tudo isso sem desabar na sua depressão de novo me fez dar um dos sorrisos mais lindos do mundo, pelo visto.

**

Hoje na escola foi bem tranquilo. Katniss e eu fizemos tudo direitinho e eu fiquei lembrando momentos felizes para ela, para não acontecer de sua depressão atacar no meio das aulas.

Agora, estou aqui, estudando feito louco o corpo de uma barata na empresa. Eu e Finnick, um outro cientista, trabalhamos juntos nas pesquisas científicas. Ele tenta ser meu amigo, mas eu fico evitando conversa... Eu não posso fazer amizades, e se descobrirem meu segredo e da Katniss? Não acho que Finn seja uma pessoa ruim, mas vai saber né...

– Você está aqui a quanto tempo? – ele perguntou.

– Desde semana passada... – hesito em responder, mas respondo por educação.

– Ah... Eu estou aqui a um ano já.

Continuamos trabalhando até o fim do dia. De vez em quando ele puxava assunto, eu até respondia, mas tentava matar logo o assunto.

POV. KATNISS

Ficar trabalhando sem Peeta foi uma droga. Hoje, estou nos meus dias ruins e só ele consegue me animar. Porém, conheci uma menina que tenta fazer amizade comigo e... Eu tento ignorá-la, mas não consigo. Senti muita falta de uma amiga e acabei fazendo um pouco de amizade com ela... Peeta vai me matar... O nome dela é Delly, ela tem 15 anos, apenas um ano a mais que eu. Nós estamos costurando roupas agora, na verdade, só colocando-as e ajeitando-as na costuradeira.

– Você está aqui desde quando? – perguntei.

– Desde o ano passado, eu e meu irmão Finnick... – ela hesitou. – Se eu te contar um segredo, promete que não vai contar pra ninguém? Ninguém mesmo!

– Claro Delly, pode contar comigo.

– Bem... Eu e Finnick morávamos em outra cidade, mas nós fugimos dos nossos pais. Eles nos espancavam, os dois eram bêbados, voltavam loucos para casa e nós apanhávamos feito loucos. Então, no ano passado, resolvemos alugamos uma casa aqui com o dinheiro da poupança da minha avó. Nossa avó já morreu, ela deixou uma poupança para nós e nós usamos para alugar uma casa. Então, viemos para cá e não demos nem uma dica do nosso paradeiro para nossos pais, e pelo jeito eles também não nos procuraram. Nós temos um tio aqui que concordou com a nossa vinda, ele foi morar conosco na casa, mas não assumiu nossa guarda. Se a polícia descobrir que estamos aqui apenas com o nosso tio, estamos fritos... – ela olha para o chão. – Só te peço que não conte para ninguém.

Então, ela tem quase a mesma história que eu e Peeta! Oh meu Deus! Preciso contar para Peet! Mesmo que ela viva com o tio e o irmão, eles também estão no mesmo barco que a gente! Achei que ninguém nunca fosse fazer a loucura que fizemos, de morar sozinhos e sem guarda. Isso é incrível!

– Contar o que? – zoou e ela ri. Não posso contar o meu segredo e do Peeta a ela, mas preciso contar para Peeta. Mesmo que tenha prometido para Delly que não contaria, Peeta não fará nada, afinal, estamos piores que eles. Eles ao menos tem o tio.

– Seu irmão pegou que área aqui na empresa? – pergunto colocando outra roupa na costureira.

– Cientista. Ele faz pesquisas científicas e etc.

– Ah, meu melhor amigo também está nessa área aqui.

– Como ele chama? – Delly pergunta, eu percebi que ela é um tanto curiosa e amigável e faladeira. Gostei dela.

– Peeta.

– Ah. Você é da escola aqui do bairro?

– Sou e você?

– Também! Podemos nos ver lá amanhã, te procuro!

**

– Peet, preciso de contar uma coisa...

– O que Kat?

– Eu... – hesito em contar sobre Delly... – Eu fiz uma amiga.

– VOCÊ O QUE?!


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Notas finais do capítulo

Gostaram? *-* :3