Apenas eu e você. escrita por Carina Everllark


Capítulo 6
Capítulo 5.


Notas iniciais do capítulo

Hey gente, queria falar umas coisinhas com vocês. É que, no último capítulo, eu quase não tive comentários, tipo quase nada mesmo! Eu não implico muito com isso, não tenho metas nem nada do tipo, só que nos outros capítulos teve mais... E vocês me falaram que estavam gostando da história, então por que não comentam? Por favor, nem que seja um "estou gostando", já ficarei feliz. Não tenho muuuitos acompanhamentos, nem muitos comentários, mas sou feliz com o pouquinho que tenho, só quero saber se estão gostando. Tipo, pra vocês que sempre comentam, muito obrigada, vocês me deixam muito feliz, sério, amo vocês



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KATNISS COMO VOCÊ PÔDE? – Peeta grita me olhando nos olhos, posso ver a dor em seus olhos. Ele acha que eu o traí. Sabia que não podia ter contado, eu sabia! Eu devo ser uma droga de pessoa mesmo, só sei dar trabalho...

– Peeta... Me desculpa, eu, eu...

– NÃO KATNISS! ISSO NÃO TEM DESCULPA! NÓS TINHAMOS UM TRATO QUE ERA NÃO SER AMIGOS DE NINGUÉM! ISSO É UM RISCO ENORME PARA NÓS KATNISS! ELA VAI QUERER SABER MAIS! – ele se vira de costas para mim. – EU, EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊ FEZ ISSO. E DA NOSSA PROMESSA ‘SÓ EU E VOCÊ NO MUNDO’? EM? EM?

Essa frase. Isso foi o suficiente para lágrimas escorrerem pela minha cara como uma cachoeira. Lembro-me de quando fizemos esse trato.

FLASHBACK ONN

– Nós não vamos conseguir... Eu quero minha família Peeta, quero minha vida de volta... – eu chorava em um canto da cozinha.

– Ei Katniss, nós vamos conseguir sim. Sua família quer ver seu crescimento lá de cima, querem ver você bem. E foi você que me disse isso um dia, lembra? E vamos enfrentar tudo isso juntos. Você não está sozinha – ele me abraçou. – Estamos juntos nessa. – eu me agarrei a ele de uma forma tão desesperada que foi como se não nos víssemos a décadas.

– Vamos fazer um trato? – ele perguntou e eu assenti. – Vai ser só eu e você no mundo. Juntos. Para enfrentar a vida. Apenas eu e você.

FLASHBACK OFF

Nesses instantes eu já corria para o meu quarto e me trancava. Lágrimas caiam de meus olhos e eu soluçava feito uma doida. Poxa, a Delly é uma pessoa boa. Se Peeta a conhecesse com certeza gostaria dela. Não posso acreditar que ele gritou desse jeito comigo. Não acredito... E eu... Eu quebrei nosso trato, eu fiz uma coisa imperdoável. Mas eu reverterei isso, voltará a ser apenas eu e ele no mundo. Porque desde sempre foi assim e quero que sempre seja assim.

Sinto-me uma boba agora. Chorando feito uma criancinha por qualquer coisa. E ele também foi muito criança, gritar daquele jeito por besteira... Somos duas crianças sem família, essa é a verdade. Não passa cinco minutos e eu escuto ele sussurrar do outro lado da porta:

– Katniss, abre a porta... – ele suspira. – Não foi a minha intenção... Eu juro... Desculpe-me... Por favor...

Sento-me no chão, encostada na porta, só para ouvir melhor sua voz rouca. Que voz... Como eu amo essa voz... Queria muito abrir a porta agora e abraça-lo com todas as minhas forças. Mas não posso, primeiro porque tenho que mostrar que estou brava com o jeito que ele me tratou e segundo não somos nada além de melhores amigos.

– Por favor, Kat... – percebo que ele encostou a cabeça na porta e faço o mesmo. Imagino que nossas cabeças estão encostadas na mesma altura na porta. E não sei porque, mas achei isso muito clichê. Acho que sou muito romântica. Quando eu era criança, eu adorava ver cenas de casais nas novelas que minha mãe assistia. Eu achava fofo.

– Katniss, por favor. Sei que está me ouvindo. Abre a porta. Eu só quero conversar...

– Vai embora Peeta. – agora respondi firme, querendo mostrar que não quero falar com ele. Mesmo que o que eu queira seja totalmente o contrário. Eu quero que ele fique. Que ele entre no meu quarto e permaneça aqui comigo.

POV. PEETA

Meu coração doeu ao ouvir a voz de Katniss tão determinada em me mandar embora. Tão firme, fria, como se nós nem tivéssemos uma relação. Na verdade, uma amizade. Fiquei mais alguns minutos na porta de seu quarto e pude ouvir seus passos pelo chão. Depois levantei-me e fui para o meu quarto. Admito que tentei dormir, mas não consegui nem por um minuto sequer.

Só conseguia pensar nessa possível amiga de Katniss. Cujo nome eu nem sabia. E se ela fosse uma má pessoa? E se levasse minha Kat para o mau caminho? E se ela quisesse se aproveitar de Katniss? E se ela fosse de uma gangue de pessoas que queriam sequestrar a Kat?

Balancei a cabeça tentando tirar essas bobagens da cabeça. Então, milhares de momentos meus com a Katniss invadiram minha cabeça. Nós fazendo guerra de travesseiros, guerra de comida, cócegas, um jogando terra no outro, um jogando baldes de água no outro, um empurrando o outro...

Desde pequenininhos, éramos sempre só eu e ela. Quando estávamos juntos, era como se o mundo parasse. Nossas brincadeiras, era como estar no céu. Nossas conversas, era como estar conversando com um anjo. Pegar sua mão, era como tocar o céu. E sempre foi assim. Sempre será assim.

Nunca deixarei que nada de mal aconteça a ela. Nunca. Sempre a protegerei. Minha Katniss.

*

“Bip bip bip!” Argh! Esqueci de desligar o despertador, hoje é sábado e eu não precisava acordar tão cedo.

Pior, eu dormi de calça jeans e uma camisa branca de decote V ontem. Droga!

Resolvi que levantar é o melhor a se fazer, afinal, não consigo dormir mais mesmo. Fiz minha higiene matinal e escrevi a seguinte carta:

“Kat. Queria te pedir desculpas pela briga desnecessária de ontem. Acho que, podemos conversar e discutir sobre o assunto de sua amiga... Mas, não posso prometer que aceitarei nada. É que, nós tínhamos um trato, uma lei. Somente eu e você no mundo, lembra? Mas, tudo bem. É que no momento que você me contou, fiquei muito triste e bravo. Mas, só quero conversar agora. Me desculpa, nunca quis te fazer chorar, nunca... E você ainda diz que não sou um monstro, mas eu sou sim. Me desculpe...

Peeta”

Peguei um casaco, dinheiro, e saí para a rua. Acho que andar um pouco pela cidade esfriará minha cabeça.

POV. KATNISS

– Peeta?! – saio pela casa gritando seu nome. Já procurei por todos os cantos e ele nada de aparecer. Oh não... Será que ele fez alguma besteira? Oh não...

Chego à mesa da cozinha e encontro uma carta de Peeta pedindo desculpas... Anw, que fofo ele... Pare Katniss!

Ele provavelmente foi ao mercado, ou qualquer coisa do tipo.

*

Já faz sete horas que eu acordei e nada de Peeta chegar. Já passou da hora do almoço. Eu comi Doritos que tinha no armário. Já liguei em seu celular, mas ele deixou-o em casa. Aonde ele se meteu meu Deus?

Resolvi colocar um filme na sala e espera-lo. Afinal, o que mais eu poderia fazer?

*

POV. PEETA

Andei muuuuuuuuuuuito hoje. Fui para o centro da cidade, comprei comida, comprei roupas para mim e capinhas novas para meu celular. E, comprei um presente para Katniss. Tenho certeza que ela vai gostar.

Chegando na porta de casa, comecei a ouvir os gritos. Abri a porta correndo e corri pela casa procurando Katniss. Que raios aconteceu com ela?!

– KATNISS?! – subi as escadas. A porta de seu quarto estava entreaberta. Olhei assustadíssimo para dentro e meu alívio foi instantâneo. Graças a Deus.

Não tinha nada, era apenas Katniss encolhida e gritando na cama. Estava tendo um pesadelo pelo jeito. Bem melhor de tudo o que eu tinha pensado.

Mesmo sendo algo talvez natural, a cena dela gritando e encolhida na cama quebrou meu coração. Me senti tão mal que achei que fosse gritar também.

Corri a seu encontro e abracei-a.

– Ei, Katniss! Tá tudo bem, calma... Tá tudo bem... – eu disse e ela acordou assustadíssima em meus braços. Ela suava muito e seus olhos estavam cheios de lágrimas. Dava para enxergar a dor em seus olhos. Isso só me quebrou mais. Era como se a dor dela estivesse se refletindo em mim.

Ela me olhou por alguns instantes e logo em seguida me abraçou. Seu abraço foi tão forte e desesperado que achei que fosse quebrar todos os meus ossos. Seus braços tremiam, assim como todo o seu corpo.

– Shhhh, Kat, o que aconteceu? – perguntei e ela tentou murmurar alguma coisa, mas ela tremia tanto que foi impossível. Eu tremia junto, só de ver seu estado.

– Está tudo bem, calma... Shhhh. – eu afagava seus cabelos em meus dedos.

Com o tempo ela foi se acalmando. Desfiz nosso abraço e olhei em seus olhos. Sua expressão ainda era de dor, medo, tristeza... Fiquei impressionado com o quanto aquilo doeu em mim.

– Me conta o que aconteceu. – sussurrei em seu ouvido enquanto nos ajeitávamos em sua cama. De início, achei tudo aquilo muito estranho. Abraçá-la em cima de sua cama, deitar-me com ela, sussurrar em seu ouvido tão carinhosamente... Que raios é isso?

– E-eu... – ela começou a chorar de novo.

– Fica calma Kat, eu estou aqui, está tudo bem... Fala com calma, estou te ouvindo...

– Eu, sonhei com o dia do... – ela se agarrou a mim chorando – incêndio. Só que dessa vez... Vo-você, n-não sobrevivia... E-eu p-perdia v-você... – seus soluços eram abafados por meu peito.

– Shhh, Katniss. Olha pra mim. – levantei sua cabeça para que ela olhasse em meus olhos – Isso não aconteceu. Eu estou aqui. Bem aqui. Com você. – a abracei novamente. – E sempre estarei aqui com você. Sempre...

Ficamos cerca de meia hora abraçados, em sua cama. Ela foi parando de chorar devagar, mas do nada ela me agarrava e começava a chorar de novo.

– Vamos jantar? – sussurrei, acariciando sua bochecha. Ela assentiu e nos desenroscamos.

Pedimos uma pizza e fomos comer. Uma pergunta ficava martelando minha cabeça desde que ela me contou sobre um pouco de seu pesadelo. Não aguentei:

– Como era seu pesadelo? Tipo, especificamente?

– Eu... Não gosto muito de falar sobre isso Peeta...

– Não vou falar nada, nem te julgar, só quero ajudar...

Ela me olhou por alguns segundos e depois resolveu desembuchar:

– O incêndio tinha começado, só que era diferente. Quando você teve a ideia de pularmos pela janela do meu quarto, o fogo já tinha chegado e a janela do meu quarto não queria abrir de jeito nenhum. Estava emperrada. Você não quis ir procurar outro lugar e suas pernas começaram a pegar fogo. Logo, todo seu corpo estava em chamas. E eu não podia fazer nada. Só ver você morrer queimado na minha frente. – ela começou a chorar de novo.

Terminamos de comer, e suas lágrimas não paravam de cair. Sentamos no sofá e ela se enroscou em mim. Hesitei no começo, mas em segundos já estava abraçando-a.

– Shhh, eu tô aqui, e tô bem. Shhhh. – eu beijava sua cabeça, com o intuito de acalma-la.

Ela negava com a cabeça e chorava mais em meu peito. Como doía ver aquela cena. Sentia meus olhos marejarem de ver seu estado. Aquilo doía tanto, tanto... Minha Katniss nessa situação... Como isso dói... Então ela sussurrou a frase:

– Eu não aguentaria viver sem você.


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Notas finais do capítulo

Esse capítulo ficou menor, mas espero que tenham gostado. Beeeeeeeeijos