Bring Me To Life escrita por Liza Weasley


Capítulo 2
Leading you down into my core


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoinhas! Aqui está mais um capítulo. Espero que gostem :3



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Você realmente acha que vou ficar escrevendo uma carta maior do que o normal em um dia só? Até parece, não tenho o seu tempo. Tenho que separar uma parte do meu dia para continuar escrevendo um pouco, o máximo possível. E acho que é por isso que ela vai ficar maior do que a média.

Como é acordar e saber que vou te ver? Putz, cara, é maravilhoso. Eu me sinto mais completa, eu tenho a certeza de que vou poder ser feliz. Porque apenas ver o seu rosto, mesmo que seja na minha mente, já me faz me sentir melhor. Como é saber que a sua cara é o consolo da sua melhor amiga?

Claro, que tem aqueles momentos em que o seu rosto está triste e, no mesmo instante, sinto raiva de mim mesma porque me questiono se poderia evitar essa expressão. Sim, eu sei que poderia. De alguma forma, eu sei que poderia.

É estranho dizer que sinto raiva de mim mesma em algum lugar que não seja o meu diário. Mas acho que está na hora de também lhe dizer isso. Porque você precisa saber, antes de se questionar se deveria ou não me aceitar, que tenho um pouco de auto-decepção.

Acredito que você não deve querer nada mais sério comigo. Sou uma garota instável. Não sei o que quero exatamente, nem porque o quero. Posso estar feliz em um momento e triste em outro, mas é raro você me ver feliz de verdade. Porque eu acho que, em todos os momentos que ri, era apenas enganação do meu cérebro para que meu coração se sentisse bem.

Mas você é uma exceção.

Quando eu olho para os seus olhos, me sinto como se fosse poderosa e pudesse ter tudo o que desejasse. Sinto-me como se meu cérebro não estivesse fingindo, e nem precisasse.

Mas, ao mesmo tempo, sinto uma culpa crescendo no meu corpo. Porque eu sei que nunca vou conseguir ser tão boa com você quanto você foi para mim, e talvez eu não seja a melhor companhia para você.

Não, não é talvez. Eu não sou uma companhia para ninguém. A qualquer momento posso começar a chorar depois de uma onda de risos porque não acredito que eu consiga ser feliz, a não ser que esteja com você. Posso explodir, gritar com todo mundo, amarrar a cara e querer quebrar as coisas por motivo algum. Posso deixar meu sangue cair através de cicatrizes feitas na minha pele.

Isso tudo porque não sou uma boa pessoa, nem nasci para ser uma. Nasci apenas para ocupar espaço e só continuo aqui porque espero que algo aconteça entre nós.

Me desculpe. Eu pareço estar mostrando por quais motivos devemos ficar juntos. Parece que estou tentando fazer você ficar com pena de mim.

Nós não devemos ficar juntos, mas, se você quiser – e apenas se você quiser – nós podíamos tentar. E, se der certo, continuar. Mas não se veja obrigado a ficar comigo apenas porque acha que tenho necessidade de atenção, e, mesmo que eu tenha, não a alimente. Porque, senão, posso virar um monstro maior do que já sou.

Engraçado eu estar guiando você até meu interior. Nunca achei que fosse precisar fazer isso, afinal, você sabe tanto de mim que até assusta – mas não de verdade; é de um jeito legal.

Mas aqui estou eu, tentando te explicar que sou depressiva de uma maneira que não pareça que preciso de ajuda, porque não preciso, já que acredito que nada possa me salvar. Tudo o que preciso é da sua presença, de preferência todos os dias, todas as horas, todos os minutos. Preciso é saber que você ainda se importa comigo e, talvez, com a minha sanidade mental.

Hoje, na escola, foi um dia comum. Você foi e nos divertimos bastante, não sei se irá se lembrar disso quando essa carta for entregue, porque sabe que pretendo que seja grande o suficiente para que eu passe um mês escrevendo-a.

O Peter me perguntou se eu tinha começado a ideia e eu lhe encarei porque você estava bem ao meu lado e quero muito que isso seja uma surpresa. Depois que se afastou, eu contei para ele que sim e que ia muito bem. Mas não contei da minha pequena meta.

Não sei o que é se apaixonar. Não sei o que é amor. Não entendo o motivo de esses casais ficarem repetindo o tempo todo que se amam.

Ou talvez eu saiba. Talvez eu esteja me apaixonando por você, e sei que, a cada momento que olho nos seus olhos, gosto ainda mais de você. Talvez eu esteja neste exato instante descobrindo o que significa amar alguém. Mas ainda não entendo como eles aguentam isso.

Acho que não se deve falar para alguém que o ama. Porque, na verdade, não se deveriam denominar os sentimentos. Amor é quando o “gostar” atinge certo ponto. Mas qual ponto?

É tudo muito estranho nesse mundo. Não é a toa que certas pessoas querem se livrar dele.

Inclusive eu.


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Notas finais do capítulo

Reviews, please :)



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