Rivais escrita por Strife
Notas iniciais do capítulo
Olha como eu voltei cedoooo u.u
Eu disse que já tinha alguns capítulos prontos ^^
Quero saber uma coisa. Na verdade, várias coisas.
A estória está indo rápido demais?
Vocês esperam que essa seja mais uma fic longa, ou termino ela com mais alguns capítulos?
Help. Preciso de vocês.
Boa leitura.
— Não deixe-a fazer esforço algum nos próximos dois meses. -o médico olhou para a minha panturrilha engessada.
— Eu disse que era coisa séria. -me encarou.
— Mas não... -ele virou o rosto, me ignorando.
— Pode deixar, terei cuidado com essa desastrada aqui. -falou para o médico.
— Lucas! -o repreendi.
— Seu namorado tem razão. Muito cuidado e atenção com esse tornozelo.
— Nós não... -o garoto tapou minha boca com uma das mãos.
— Vou cuidar dela.
— Muito bem, já podem ir. E cuidado!
Eu estava irritada. Muito irritada.
— Foi por uma boa causa. -falou assim que chegamos em casa.
— Eu sei. -resmunguei, pulando em um pé só até as escadas.
— Durma bem. -passou por mim, indo até seu quarto.
Comecei a pular até o meu quarto, xingando mentalmente.
...
Acordei às seis da manhã. Maldito hábito!
Escovei os dentes e tomei um banho quente, o que foi meio complicado, devido ao gesso, aproveitando para lavar e hidratar meus cabelos, que estavam bem grandes, beirando a cintura.
Vesti um short de malha preto e uma regata cinza, colocando um sobretudo preto de mangas, deixei meus cabelos soltos para que secassem e pus os óculos.
Calcei uma havaianas no meu pé bom e desci/pulei em direção à cozinha. Pelo silêncio da casa, o Lucas ainda deveria estar dormindo, afinal, ele não parece ser do tipo que está de pé às 8:00 da manhã de um domingo relativamente frio.
Tomei um café da manhã composto por um suco de laranja e uma fatia de bolo. Estava lavando a louça do meu café, quando, de repente, a porta da cozinha -que leva para a saída pelos fundos (jardim traseiro) da casa- se abre bruscamente.
Uma figura loira e uma castanha se projetam quase à minha frente. Trocamos olhares assustados por alguns segundos e logo começamos a gritar, e cada um foi para um canto da cozinha.
— O que foi?! -um moreno apareceu correndo, meio atordoado.
— Lucas, o que eles fazem aqui? -o encarei.
— O que você faz aqui? -apontou o dedo em minha direção.
— É uma longa história. -olhei furiosamente para o loiro que ainda apontava o dedo em minha direção.
(...)
— Quer dizer que você vai ficar aqui por tempo indeterminado? -o de cabelos castanhos sorriu para mim.
— É... Vou sim. -falei meio acanhada.
— Nossa. Que ótimo. -o loiro muito educado revirou os olhos.
— Leo. -o capitão o encarou.
— Tudo bem. Não ligo. -balancei a cabeça em sinal de negação.
— Como é que é, sua... -Matheus tapou sua boca com uma das mãos, antes que ele terminasse a ofensa.
— Tipo... Só... Você e ele? Sozinhos? -ele alternava o olhar entre mim e o outro moreno.
— É. O que vieram fazer aqui? -bufou.
— Calminha capitão. -levantou as mãos- Só viemos dizer que a garota vai poder ficar no time. Todos aprovaram, mesmo que tenham uns que reclamaram bastante... -fuzilou o loiro com o olhar, que fingiu não ver.
— Sério? Ainda bem. Também né... Depois de tudo o que eu fiz... -cruzei os braços.
— Você bem que podia controlar a língua, sabia? -Leo espalmou as mãos no balcão.
— Eu posso falar. -mostrei a língua.
— Você é muito infantil. -revirou os olhos.
— Não tanto quanto você, que é infantil, incompreensível e idiota!
— Mas eu não sou uma garotinha que não aguenta nem uns carrinhos de merda no campo!
— Ei. Parem.
— Cala a boca, Matheus! -falamos juntos- Não me imita!
— Já chega. -o Lucas se pôs entre mim e o loiro.
— Ele que começou. -bufei.
— Sua garotinha idiota. -resmungou.
— Odeio você!
— Catarine.
— Lucas. -falei entre dentes.
— Parem. -respondeu.
— Eu sabia! Não dá pra ficar aqui. -levantei e, ainda mancando, fui para o quarto.
Passei o resto do dia trancada no quarto, apenas baixando e estudando algumas apostilas pelo "meu" novo celular.
(...)
— Catarine? -acordei com batidas leves na porta.
— Hmm. -respondi com um resmungo.
— Você vai acabar se atrasando para o colégio.
— O que? -peguei o celular- Droga!
Comecei a me arrumar às pressas e, em menos de 15 minutos eu já estava pronta. Corri, do jeito que pude, para a cozinha e peguei uma fatia de pão com geléia, logo indo para fora, em direção à parada de ônibus.
— Merda...! -olhei para a perna engessada que não me deixava correr como eu queria.
— Sobe aí. -uma moto preta buzinou ao meu lado.
— Não, obrigada. -continuei meu percurso.
— Catarine, sou eu, sobe logo ou vamos nos atrasar. -o moreno levantou a viseira.
— Eu sei que é você, e estou dizendo que não vou. -bufei.
— Se você não subir eu espalho pro colégio inteiro que estamos morando juntos.
— Você não faria isso...
— Tenta.
— Você é muito infantil. -bufei e peguei o capacete, subindo na moto.
— Então se segura, estamos atrasados. -riu.
Passei minhas mãos por sua cintura e optei por segurar ali mesmo, um local um tanto estranho para mim tocar em um garoto.
A entrada do colégio estava tumultuada, o que é estranho. Descemos da moto e fomos até lá perto para ver o que estava acontecendo ali.
— Não saio daqui até encontrar minha filha!
— Ai. Meu. Deus.-murmurei, dando meia volta.
Meu pai estava lá. Não só ele, mas boa parte da frota da polícia, todos armados e com uma postura assustadora. Mas, nesse quesito, meu pai era destaque, com uma expressão de arrepiar.
— Ei. Vem. -alguma alma boa, me ajudou a sair daquele amontoado, de volta à moto.
— Aonde vai? Vou perder aula. -falei.
— Vamos, você quis dizer. Não sei, Vamos sair daqui.
— Obrigada então. Mas... Vou perder aula do mesmo jeito. -choraminguei.
— Você é esperta, recupera depois.
— Ali está ela! -alguém gritou.
— Peguem eles!
— Droga. Vamos, rápido. -falei para o garoto.
Subimos na moto e ele deu a partida, saindo dali rapidamente. Alguns quilômetros depois, quando estávamos no centro, cheio de lojas e pessoas de todos os tipos, a moto parou.
— O que aconteceu? -perguntei.
— Acabou a gasolina.
— O que? Lucas, você tem tanto dinheiro, mas andava na reserva!?
— Calma. É que a moto estava com o Leo e ele deve...
— Tinha que ser. -resmunguei- Obrigada mesmo assim, você deveria voltar agora. -suspirei.
— Não mesmo. Vou te ajudar a sair dessa.
— E a sua moto? -apontei para o automóvel.
— Reboque. -pegou o celular do bolso e discou alguns números.
Poucos minutos depois estávamos em direção às lojas.
— O que viemos fazer aqui? -eu olhava de um lado para outro, sem entender.
— Vamos comprar roupas, claro.
— O que? Não trouxe dinheiro.
— Eu pago.
— Pra que isso?
— Vou te ajudar, mas antes... Precisamos de roupas!
...
— Estamos ridículos. -olhei novamente a nossa aparência no espelho da loja.
— Essa era a intenção, para ninguém nos reconhecer. -deu de ombros- Vou lá pagar, espera aqui.
As vendedoras estavam nos encarando como se fôssemos loucos. O que realmente pareciamos ser.
O Lucas vestia agora um short surfista na cor branca que combinava com o chinelo, que era da mesma cor, uma regata rosa pink e um boné de aba. Já eu estava com um vestido estilo medieval e de mangas bufantes que ia até meus joelhos, preto com babados na cor vermelha, e com uma espécie de espartilho na mesma cor que era usado por fora e estava me sufocando e botas de couro marrons de cano longo -um pé da bota, obviamente-, meus cabelos estavam seguros por baixo de um chapéu ridículo cor de rosa, que cobria boa parte do meu campo de visão e meus óculos haviam sido tirados de mim.
— Vamos? -estendeu o braço para mim.
— O que? Vamos parecer mais estranhos do que já somos.
— Pelo menos não irão nos reconhecer. -falou colocando um óculos escuro de lentes gigantescas.
— Por favor, vamos para um lugar com poucas pessoas. -dispensei o seu braço estendido e ele assentiu, "caminhando" ao meu lado.
— Você está bem?
— Sim. Mas quero me sentar.
Fomos até uma árvore bem grande, com muitas folhas que faziam uma boa sombra e nos sentamos na grama, embaixo dela, observando o movimento de pessoas ao longe, passeando com seus animais de estimação, caminhando tranquilamente...
— Catarine.
— O que?
— Você gosta de futebol, certo?
— Eu amo.
— E o seu pai não gosta disso, certo? Por quê? -me encarou.
— É uma longa história... E não quero falar sobre isso. -desviei o olhar.
— Ok. Não vou insistir... Por agora.
— Lucas! -o repreendi.
— Quando vai me ajudar com os estudos? É a sua vez, já que não pode se exercitar. -riu.
— Podemos fazer isso agora. -peguei minha mochila e comecei a retirar o necessário para uma pequena "aula".
...
— Entendeu dessa vez?
— Sim. Catarine, não sou burro.
— Ok. Mas eu não disse isso. -fingi ficar brava e ele bateu no meu chapéu, o colocando para baixo, tapando minha visão- Para com isso. -tirei o chapéu ridículo e o coloquei ao meu lado.
— Desculpe, mas você é estranha.
— O que?! -o encarei, meio incrédula.
— Digo, no sentido de... -me encarou, estreitando os olhos- Desculpe. Só... Estranha. -sorriu.
— O que?!
— Relaxe. Vamos aproveitar nosso dia de folga. -deitou na grama, cruzando os braços atrás da cabeça.
— Ok. Mas antes... -me remexi, um pouco desconfortável- Me ajude com isso.
— O que? -se sentou novamente.
— Isso. -me sentei de costas para ele e apontei para o espartilho.
Ele riu e começou a retirar as fitas. Uma ventania maldita começou a soprar, bagunçando meus cabelos.
— Que coisa. Devem ter embaraçado. -tirei os fios que entravam na minha boca- Por que... -virei o rosto para trás e me assustei quando percebi que meu rosto estava à centímetros do rosto Lucas- pa-pa... rou? -consegui, por fim, dizer.
— Por nada. Já terminei de tirar. -deitou novamente.
— Ah... Obrigada... -falei, morrendo de vergonha.
Ficamos em silêncio por longos minutos, até que o toque de um celular chamou nossa atenção.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Respondam, ok?
Gostaram?
Mais romance, mais confusões, ou mais ação? Ou tudo junto? rsrsrs
Até o próximo ^^