Rivais escrita por Strife


Capítulo 13
Cap. 12- Nova inquilina


Notas iniciais do capítulo

Perdão pela demora, meus amores.
Esse ano já começou complicado. Tô tentando conciliar minhas horas no cursinho com a universidade e com meu tempo de relaxar em casa. Mas ainda falta muito Ç.Ç.
Paciência, pequenos gafanhotos, eu não morri (ainda).
Enfim. Aproveitem o capítulo e comentem.



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— Me esconde!

— Oi?

— Rápido, me esconde!

— Sorte sua que não estamos muito longe de casa. -começou a se alongar.

— Não! Devem ter milhares de policiais lá! -Tapei a boca antes que alguém nos notasse.

— Por isso você vem comigo. -passou um braço por baixo de meus joelhos e outro por minhas costas.

(...)

— Obrigada. -resmunguei quando ele disse que já havia terminado.

— Então... Pode me contar o que aconteceu? -sentou ao meu lado.

— Sobre? -fingi não entender.

— O Velásquez... -desviou o olhar, o que foi estranho- E... Todo o resto.

(...)

— Meu deus! Me empresta um celular.

— O que vai fazer? -estreitou os olhos.

— Preciso dar sinal de vida para a Valentina e o Alberto. Eu nunca falto à escola!

— Hoje não tem escola.

— Não importa!

Ele me entregou o aparelho e saiu dali. Não antes de dizer um autoritário "Coma alguma coisa".

Passei quase uma hora pendurada no celular falando/sendo ameaçada pela Tina.

Em meia hora ela estaria ali comigo. Ótimo.

(...)

— Ela precisa de roupas, um óculos, um celular, sandália e tudo mais. -foi o que eu ouvi o Lucas falando para minha amiga rosada.

— Ei! O que? -terminei de abrir a porta, puxando-a para dentro.

— Isso aí. -tirou um cartão do bolso e a entregou.

— Lucas! Você não tem o direito! Eu não posso aceitar nada! -peguei o cartão das mãos dela e coloquei rente ao peitoral do garoto.

— Não pode. Vai. -segurou minhas mãos, ainda com as mesmas sobre seu peito.

— Nem pensar.

— É... Desculpa interromper a discussão do casal, mas... Catarine você está tão linda! -pulou em cima de mim, em um abraço apertado.

— O- O que? -senti meu rosto esquentar.

— Não que você fosse feia, mas... Ai meu Deus! Você parece um anjinho com esses cabelos maravilhosamente maravilhosos que, aliás, são ruivos e lisos.

— Exagero. -revirei os olhos.

— Além de ter um corpo perfeito! E seus olhos verdes são brilhantes e vívidos, contrastando com toda sua palidez e lábios rodados... Vadia!

— Valentina, não exagera.

— Lucas, você está apaixonado por ela, não é?

— Valentina! O que é isso? -olhei feio para ela.

— Ué... -deu de ombros.

— Vão logo.

— Calado, Lucas.

Ele nos empurrou para fora e jogou o cartão de crédito, fechando a porta.

— Ei! Eles vão me ver aqui fora desse jeito! Meu pai vai...

— Sugiro que vão logo para o shopping então. Boas compras. -falou alto suficiente para que escutassemos do lado de fora.

— Odeio ele. -resmunguei para a garota.

— Eu gostei dele. -sorriu.

— Não brinca. -bati a mão na testa.

— Ok. Ele está de olho em outra pessoa,  de qualquer forma... -deu de ombros e segurou minha mão- Vamos às compras.

Corremos para a parada de ônibus, já que eu tinha receio que alguém me visse. Por sorte tinha um coletivo já de saída.

— Você... Corre bastante hein. -arfou, pagando.

— Eu jogo, afinal. -dei de ombros.

— Garota feia. -deu um tapa em minha perna.

— Tudo bem, agora senta aí. -apontei para os bancos vazios.

Impressão minha ou todo mundo parece, mesmo discretamente, olhar para mim?

— Tem alguma coisa em meu rosto? -encarei a garota ao meu lado.

— Na verdade... Tudo em seu rosto! Você é muito bonita, garota!

— Fala baixo, criatura.

— Ei! Perderam alguma coisa aqui!? -gritou para um grupo de jovens atrás da gente.

— Não. Mas eu bem que gostaria de me perder com essa ruivinha! -uma voz masculina gritou.

— Valentina... Pelo amor de Deus... -abaixei a cabeça, fervendo de vergonha.

— Mas ele era até bonitinho... -resmungou e ficou quieta no seu assento.

(...)

— Valentina... Sério... Eu não posso aceitar!

— Calma, Cat. Aproveita.

Já havíamos entrado em diversas lojas, e a Tina sempre levava alguma sacola consigo -aproveitando que o idiota do Lucas ligou pra ela dizendo a senha do cartão-. Comprou um celular branco de última geração e um chip, vestidos, saias, shorts, blusas e uns dois casacos, além de uma bota, um tênis e uma sapatilha... Tudo para mim! Ah, e uma tinta de cabelo para ela.

— Mas..  Eu vou pagar tudo! -bufei.

— Ok. Boa sorte então. -deu de ombros- Vamos em alguma ótica? -me encarou.

— Pelo menos isso. -revirei os olhos e a segui.

Acabei escolhendo um do mesmo modelo do meu, só que com a armação roxa.

— Por que usa esse fundo de garrafa mesmo?

— Não é um fundo de garrafa. E eu gosto desse estilo.

— Brega. Por isso te confundem com uma nerd esquisitona!

— Eu...

— Ah é! Você é uma nerd esquisitona! -gargalhou.

— Vamos embora. -dei um tapa em seu braço.

Assim que me virei, bati contra alguém, o que fez meu óculos novo cair no chão.

— Ai. Desculpa... -abaixei, pegando-os.

— Olha quem eu encontrei.

Eu não acredito que ele está aqui!

— Catz, conhece? -a rosada me cutucou.

— Lembra da história? Pois é... -virei a cabeça discretamente na direção do garoto.

— Sai de perto dela! -me puxou para trás de si.

— É só irmos embora. -segurei no braço dela.

— Mas pra onde você pensa que vai sem dar um beijinho no seu namorado antes, hein princesa? -barrou o meu caminho.

— Não sou sua namorada, muito menos sua princesa. Agora, com licença, estamos com pressa.

— Não fica chateada, meu amor.

— Vamos. -puxei a rosada para longe do loiro.

— Não ignore um Velásquez, senhorita Morgenstern.

— Eu não...

Valentina deu um chute nas partes baixas do garoto e depois começou a correr, puxando-me pelo braço.

Em menos de dois minutos estávamos à caminho de casa. Quer dizer... Casa do Lucas.

— Você é insana, sabia!? -gritei com a mesma, o que chegou a assustar o motorista do táxi.

— Pois é, mas salvei sua pele.

— Louca! -a abracei.

Ela ligou pro Beto logo em seguida, marcando de nos encontrarmos na casa do capitão.

(...)

— Eu só não mato vocês duas por que eu sei que iam fazer falta! -se jogou em cima da gente.

— Certo. Vamos entrar, por favor? -pedi.

— Com você pedindo toda manhosa assim, fica difícil negar. -ele piscou para mim e entramos.

— Leva pra gente. -Tina entregou as sacolas para o moreno, vulgo, dono da casa.

— Eu levo. -suspirei e peguei as sacolas das mãos do garoto. Tentei, pelo menos.

— Pode deixar.

— Eu insisto! -tentei pegar.

— Não. -desviou e correu para as escadas.

— Vocês estão bem próximos... -o loiro estreitou os olhos em minha direção.

— Impressão sua. -ignorei seu olhar.

— Ela é tapada, meu amor. -Valentina passou pelo loiro, dando um tapa estralado em suas nádegas.

— Tô vendo, flor. Sabia que o Lucas é conhecido no colégio por sua aparência, talento, dinheiro e, principalmente, temperamento? -se jogou no sofá da sala.

— Acredito. Ele é bem temperamental. -falei.

— Não, não. Você não entendeu. Ele é muito calado e, quando fala, geralmente se mostra muito irritadiço. -voltou a falar.

— Ele é irritado. Inconsequente também. Daria certo com você, Valentina. Acredita?

— Claro que sim. -riu a garota- Enfim. Preciso pintar os meus cabelos de novo.

— Vai ser o quê agora? Rosa pink?

— Alberto! Eu só vou retocar! A cor está saindo. -cruzou os braços.

— Ok fofa. -revirou os olhos acinzentados.

— Catarine, você conseguiu! O treinador já era e ainda fez o desgraçado do Leo pedir desculpas! Yeah! Conseguimos, conseguimos... -a rosada começou a cantar e dançar a música de Dora A Aventureira.

Menos, por favor. -era impossível não sorrir com aquele povo.

— Sério. Você é o cara!

Tina era quase surreal! Louca!

Passamos o resto da tarde e um pouco da noite conversando, discutindo, rindo e acabando com os estoques de comida da casa. Os dois loucos foram para casa às 21:00 em ponto, alegando estar tarde, sendo que era apenas uma desculpa suja para não arrumar a sala e lavar os pratos. Deixaram tudo para mim.

Ai ai...

Comecei a arrumar a sala, demorando mais ou menos trinta minutos na arrumação. Depois reuni os copos, pratos e talheres e levei para a cozinha, logo começando a lavá-los na água fria.

— Precisa de ajuda?

Deixei um talher cair no chão, e ainda molhei minha roupa.

— Pode, por favor, aparecer como uma pessoa normal? -desliguei a torneira e virei para trás.

— E como uma pessoa normal aparece? -se aproximou da pia e eu virei novamente, voltando a enxaguar o que restou.

— Normalmente. -ele soltou uma risada meio anasalada.

— Ok. Vou lembrar disso. Precisa de ajuda?

— Não.

O silêncio se instalou entre nós, mas eu não me importava muito com a sua presença ali.

— Olha... -enxuguei minhas mãos- Eu não pretendo ficar muito tempo por aqui, espero que meu pai viaje logo para eu poder ir para casa.

— Não me importo.

— O que? -ajeitei os óculos.

— Que fique aqui. Não me importo. -voltou o olhar para mim.

— Mas eu me importo. -sai dali, em direção ao quarto.

— Vamos ao hospital. -segurou meu braço.

— Fazer o que?

— Já viu o quanto seu tornozelo está roxo e inchado? -ergueu uma das sobrancelhas.

— Não está tão ruim assim. -revirei os olhos.

— Vamos. Agora.

— Não obedeço à você, sabia?


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Notas finais do capítulo

Comentários?
Alguém aí?
Gente, eu não sei se essa fic vai ser longa, eu já escrevi alguns capítulos (uns 3), mas não tenho mais certeza de nada da minha vida.
Me ajudem, por favor. Qualquer sugestão, alguma coisa...
Até! ^^



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