–- No dia seguinte --

Era manhã de domingo, a luz do Sol invadia o meu quarto por entre as cortinas. Ele estava brilhando como nunca, até eu, que nunca fui muito fã de claridade fiquei admirado com seus raios de luz. Era como se ele estivesse sorrindo para mim.

Eu estava prestes a me aconchegar nas cobertas para voltar a dormir quando fui interrompido por alguém batendo em minha porta.

Atsushi: Quem é?

Yuya: Abra a porta nii-san.

Atsushi: Abra você mesmo Yuya, você tem braços não tem? – Eu não estava nem um pouco afim de sair da minha cama tão confortável.

Yuya: Então tá.

Como eu estava de costas para porta eu apenas ouvi o rangido da porta se abrindo, e em seguida , para minha surpresa, escutei uma voz que eu não esperava escutar numa manhã de domingo.

Tatsuo:Bom dia Sato-san.

Atsushi:”Espera, essa voz é do...”

Me virei lentamente com medo de confirmar o paradeiro daquela voz, embora eu já tivesse quase certeza de quem seria.

Atsushi:Por que diabos você está aqui?! —Disse me levantando subitamente.

Tatsuo:Estou começando a suspeitar que você seja satãnista Sato-san, pela quantidade de diabo que você fala.

Atsushi:E eu estou começando a suspeitar que você seja surdo! Me responda porcaria!

Tatsuo: Hora hora, não é óbvio? Eu vim te buscar para irmos ao café –Disse com o seu sorriso habitual que já estava me dando nos nervos.

Yuya que ainda estava plantado ao lado de Tatsuo, ao ouvir aquilo fez uma cara de confuso, porém não perguntou nada para esclarecer a dúvida.

Atsushi: Yu-yuyaaa, já não está na hora de você fazer o café da manhã? –Disse empurrando Yuya para fora do quarto e fechando a porta logo em seguida.

Atsushi:Tá maluco falando isso na frente do Yuya?

Tatsuo:Ã? Mas ele ainda não sabe da oferta?

Atsushi:Claro que não, nem toquei nesse assunto com ninguém!

Tatsuo:Por que?

Atsushi: Porque eu tenho vergonha obviamente!

Tatsuo fez uma expressão tão triste que logo percebi que havia falado besteira, mas como não havia chance de eu me desculpar eu mudei de assunto numa tentativa de desfazer aquele clima pesado.

Atsushi:Enfim! Não tinha necessidade de você vir me buscar em casa né?! E mais, você sabe quantas horas são? São sete da matina!

Tatsuo: Mas eu tive medo de você desistir de ir, e quando percebi eu já estava tocando a campainha da sua casa. –Disse também deixando o que eu tinha tido de lado— Agora vamos logo, as cliente costumam chegar cedo, e eu também tenho que te explicar muitas coisas quando chegarmos.

Atsushi:Iik, explicações? Precisa mesmo? –Disse expondo meu lado preguiçoso.

Tatsuo: Claro que sim! É totalmente necessário! Você ainda continua com essa ideia de que ser um bom mordomo é fácil?!

Atsushi:Olha aqui se-

Tatsuo:É bom você se arrumar logo que nós não temos tempo a perder! Eu estarei te esperando você lá em baixo. E se por acaso você desistir de ir eu vou contar tudo para o Yuya-kun!Ou você quer quer eu te vista de novo?

Atsushi: Nem morto.

Tatsuo:Você tem 10 minutos.

Tatuso fecha a porta com força e desce as escadas com a mesma voracidade, tanto que eu pude escutar seus passos.

Atsushi:Me sinto no exército...

Eu apenas aceitei a situação, me vestir com roupas simples e fui para o andar de baixo.

Atsushi: Estou pronto. –Disse com uma voz de desanimo.

Yuya e a droga do Tatsuo estavam sentados no sofá conversando se não me engano sobre o programa de TV que estavam assistindo.

Atsushi: Yuya, eu vou dar um saída beleza?

Yuya:Mas você ainda nem tomou café...

Atsushi:Eu não estou com fome agora.Vamos Tatsuo. –Disse indo em direção a porta, e Tatsuo me seguindo logo atrás.

Tatsuo: Fico feliz te ver logo de manhã.

Atsushi:Cala a Boca.

–- No Café --

Assim que abrimos a porta de entrada fui surpreendido com algo pesado pulando em mim me derrubando no chão.

Atsushi:Aiii

Eu ainda não sabia o que havia me atirada no chão, pois estavam com os olhos fechados atordoado por causa da queda.

Masayoshi: Atsushi-chan~~ Que bom que você veiooo!

Atsushi:Ma-masayoshi! Saía de cima de mim droga!

Masayoshi:Desculpa, mas eu não pude evitar. Eu estou tão feliz que você veio.

Atsushi: Escute aqui! Quero deixar bem claro, só porque eu vim aqui não quer dizer que eu tenha aceitado trabalhar nessa espelunca! Eu vou apenas experimentar trabalhar aqui por um dia, e se eu não gostar vou rejeitar a proposta e nunca mais se fala nisso...Entenderam?!

Masayoshi: Sim! Entendi claramente. –Disse com uma voz tão alegre como se tivesse certeza de que eu aceitaria a proposta.

Atsushi:Então, por onde começamos?

Tatsuo: Parece que você finalmente aceitou a situação.

Atsushi: Eu só quero que isso acabe logo.

Masayoshi: Então que o treinamento comece! Tatsuo, deixarei Atsushi-chan em suas mãos.

Tatsuo: Entendido Masayoshi-sama. –Disse se ajoelhando ao seus pés.

Atsushi:Er...Eu espero que eu não tenha que fazer esse tipo de coisa também.

Tatsuo: Bem Sato-san, eu tomei a liberdade de preparar uma sala para que eu possa te explicar as coisas essenciais para que você se torne um mordomo esplendido. Então vamos?

Atsushi:”Quando ele está aqui ele fale de um jeito estranho, chega a ser um pouco engraçado”—Soltei um pequena risadinha.

Nós dois fomos para um sala pequena onde havia apenas duas cadeiras, um armário e um quadro negro já com algumas anotações. Lá nós passamos alguns minutos, que pareceram uma eternidade, onde Tatsuo me explicou coisas básicas, porém que eu achei bem complicado, como o tom de voz que devemos usar, a postura de cada centímetro do nosso corpo, tipos de sorrisos para diferentes meninas, frases chave, nomes do pratos mais pedidos, a forma de como devemos andar e servir os pedidos, e muitas outras coisas que eu já nem me lembro mais.

Tatsuo: Certo, agora que você já sabe o básico, podemos começar o treinamento prático.

Atsushi: Mas já? Eu mal tive tempo para decorar essas frases chiques.

Tatsuo: Não se preocupe, o melhor jeito de se aprender é na prática. Agora vamos, você precisa se vestir, o café está prestes a abrir.

Atsushi: Falando nisso, eu não me lembrei de trazer a roupa que eu usei aquele dia...

Tatsuo: Tudo bem, nós temos um enorme e variado estoque de roupas para você desfrutar. Na verdade, já imaginando que você iria se esquecer de trazer o smoking, eu mesmo escolhi uma outra roupa para você. Aqui está.

Tatsuo abriu o armário que ali estava e tirou um outro smoking de dentro. Ele era preto, com botões vermelhos como sangue e com algumas pequenas rosas também vermelhas nas pontas das mangas e no colarinho, com uma gravata branca, e o que mais chamava atenção, uma rosa branca no bolso do tão belo paletó.

Tatsuo:Formidável não? Acho que vai combinar lindamente com seus cabelos vermelhos.

Atsushi: Até que não é tão ruim. –Não querendo admitir que ele tinha feito uma boa escolha.

Tatsuo:Certo, então se vista para que possamos abrir o café –Disse acompanhado de uma risadinha.

Atsushi:”Acho que eu não disfarcei muito bem...”—percebi que a minha tentativa de esconder que eu tinha gostado do smoking tinha sido em vão logo que notei a cara de admirado que eu estava fazendo que deve ter me entregado.

Eu então vesti o smoking, o que deu um pouco de trabalho, e fui para o salão principal onde todos estavam a minha espera.

Jun:Atsushi-kun~! Você está lindo de doer! Aposto que as nossas clientes vão ficar felizes com o nosso novo produto! –Disse segurando os meus ombros.—Agora vamos, só estávamos te esperando para abrir a porta.

Atsushi:Agora que a hora ta chegando eu estou ficando nervoso.—Senti que meu coração batia com mais força.

Tatsuo: É fácil Sato-san,venha aqui.

Tatsuo me leva até a porta onde todos os mordomos estão devidamente em seus lugares. A entrada do café se trata de um pequeno corredor onde não há nada além de um tapete vermelho que nos leva até o salão principal, os mordomos estavam enfileirados diante da porta, 4 em uma parede do corredor e mais 3 na outra, com um espaço vazio que eu supus que seria onde eu iria ficar, deixando o espaço entre eles livres para que as clientes andassem pelo formidável tapete vermelho.

Tatsuo: Sato-san, como nós estamos sem tempo eu terei de te apresentar os outros mordomos em uma outra oportunidade.

Atsushi:Não me importo.

Tatsuo:Já esperava...Enfim, relembrando o que eu te disse mais cedo, na recepção das damas tudo que você tem que fazer é se inclinar levemente enquanto diz a frase que eu te ensinei, e depois é só você chamar uma das damas para lhe mostrar a mesa. Normalmente nós seguimos uma determinada ordem, mas hoje vamos deixar a primeira dama com você.

Atsushi:Tá tá tá, mas espera, o que eu devo dizer quando abrirmos as portas mesmo?

Tatsuo: Você estava mesmo prestando atenção nas minhas explicações hoje mais cedo?

Atsushi:As vezes eu me distraía um pouco só isso!

Tatsuo: Ok, vou dizer mais uma vez, mas não se esqueça de novo! É “sejam bem vindas à Porta para o Paraíso”

Atsushi: Porta para o Paraíso? O que é isso?

Por algum motivo que eu desconheço, depois de fazer a minha pergunta todos ficaram em silêncio me olhando com uma expressão de confusos.

Tatsuo: Essa pergunta é seria?

Atsushi:É –Disse ainda não entendendo a situação.

Tatsuo: É serio que você ainda nem ao menos sabe o nome do café??!! – Tatsuo perde sua compostura de mordomo ao dizer isso.

Atsushi: Ã? Ele tem um nome? – Disse também surpreso.

Tatsuo: Claro que tem!

Atsushi: Mas como eu vou saber?! Nós sempre nos referíamos a ele por café.

Tatsuo: Porque o nome é grande, mas eu pensei que mesmo assim você soubesse o nome!

Atsushi: Eu não sei de tudo ok!

Jun: Deixem esse briguinha para depois vocês dois! Agora nós temos que abrir! – Disse interrompendo nossa “briga”

Atsushi e Tatsuo: Sim!

Tatsuo: Boa sorte Sato-san.

Atsushi:Valeu.

Jun finalmente abri a porta dando início para o meu treinamento. Como ele diziam, já havia muitas clientes esperando a sua abertura.

Mordomos: Sejam bem vidas à Porta para o Paraíso. Atsushi:Sejam bem vindas à Janela para o Paraíso.

Atsushi:” Ai droga, errei! Espero que ninguém tenha percebido.“

Mas minhas preces não foram ouvidas, pois logo após o meu primeiro mico todos olhavam fixamente para mim com uma cara de quem acabou de ver o placar do jogo Brasil versus Alemanha.

Eu estava imóvel quando ouvi a voz de Tatsuo sussurrar para mim :

Tatsuo: Esquece isso! Leve a dama para mesa.

Atsushi: Qual eu devo pegar? –Respondi com outro sussuro.

Tatsuo: Qualquer uma, apenas faça!

Eu deu um passo a frente me retirando daquela tão organizada fila.

Atsushi:É...Então...Hoje eu vou te levar até a sua mesa— Disse me referindo a primeira garota que entrou.

Tatsuo:”Bem, poderia ter sido pior...Agora que as coisa vão ficar difíceis,boa sorte Sato-san!”

A garota que agora seria a minha cliente, me seguiu até a mesa que a levei, e como não sabia qual critério se usava para escolher uma mesa, se é que tivesse um, eu a coloquei na mesa primeira mesa que vi.

Eu peguei o cardápio que estava em cima da mesa e disse orgulhoso uma das poucas frases que ainda lembrava.

Atsushi: Este é o nosso cardápio madame. Meu nome é Atsushi Sato, e hoje estarei cuidando de você, pode tomar o tempo que for necessário para escolher o prato. E quando você ENFIM tiver se decidido é só tocar esse pequeno sino que eu virei imediatamente.

Depois de dizer brilhantemente a minha fala deslumbrante, eu fui até um pequeno sofá perto da mesa da “madame” e me sentei desajeitado como sempre.

Eu mal pude me sentar que Tatsuo se aproximou depressa de mim e começou a sussurrar de novo.

Tatsuo: O que você tá fazendo sentado aí?

Atsushi: Uai, estou esperando ela me chamar.

Tatsuo: Mas você não pode ficar aqui! Nós temos uma sala de espera justamente para isso.

Atsushi: Mas se eu ficar aqui eu vou chegar mais rápido quando ela me chamar besta.

Tatsuo: Você só tá com preguiça de ir até a sala não é?

Atsushi:....

Tatsuo:Deus é Pai, levanta logo daí e vá para sala de esperar, parece até uma criança. –

Disse me puxando pelo braço e me levando até a bendita sala.

Lá estavam apenas alguns mordomos que ainda não conhecia pois a nossa apresentação teve que ser adiada, e Jun. Logo que entrei , o naturalmente alegre Jun veio a meu encontro.

Jun: Atsushi-kun! E ai, como foi ?

Atsushi: Foi perfeito! Os olhos da guria estavam brilhando! E se os meus olhos não me enganam, eu acho que vi ela babando! – Disse com os braços na cintura e o nariz empinado.

Jun: Eu sabia que você ia conseguir Atsushi-kun! Se você aceitar trabalhar aqui , você vai se tornar o mordomo mais famoso em poucos dias.

Atsushi: Aaah, sem chance Jun-senpai. Você é sem dúvida muito melhor que eu, e eu fico honrado que pode ter você como senpai,Jun senpai~.

Jun:.....

Atsushi:Jun-senpai?

Jun:Eu...eu....acho que eu virei de vez gay....

Atsushi: É o que ? – Disse voltando para minha personalidade habitual.

Notei que a minha piadinha havia feito o rosto do Jun corar.

Atsushi:”Talvez eu tenha mesmo talento pra isso” – Pensava antes de ser atacado novamente por Jun, mas se bem que dessa vez eu meio que mereci.

Jun: Atsushi-kuuun, case-se comigoooo.

Atsushi: Jun!! Eu só estava brincando, me larga!

Eu disse essas palavras assim como quando Jun me abraçou mais cedo, e para minha própria surpresa, desta vez tinha dado certo. Jun me largou no mesmo minuto em que pedi.

Jun: Então você estava apenas brincando com o meu coração puro? Cruel ! Você é muito cruel Atsushi-kun! – Disse choramingando.

Atsushi: Esse chorinho não vai adiantar!

?? : Sato-san !

Me virei para direção de onde tinha ouvido a voz.

Atsushi:Ah, é você Tatsuo. O que você quer agora? Eu estou aqui na sala de espera como você me mandou. – Disse indiferente.

Tatsuo: Certo certo...Mas você por acaso não está se esquecendo de algo ?

Atsushi:.... – acenei com a cabeça demonstrando que não sabia a resposta.

Tatsuo: Santo Deus... A sua cliente ! Você devia estar vigiando ela, e em vez disso você está destruindo o coração frágil do Jun. E adivinha, a sua cliente está te chamando já faz uns 5 minutos !

Atsushi: Eita ferro! Eu me esqueci completamente !

Corri até a mesa e fui recebido com um olhar de reprovação da minha cliente, um olhar que dizia mais ou menos : Que feio, você é novo aqui e ainda sim é tão desleixado ! Você devia estar se esforçando mais. Mas eu apenas ignorei, eu com certeza faria ela se esquecer desse desleixo com a minha brilhante encenação.

Atsushi: Desculpe a demora minha dama. – me inclinei suavemente – A senhorita escolheu logo o que vai querer comer ?

Dama: Na verdade, eu ainda não consegui me decidir. Você alguma sugestão ?

Atsushi: Você tá querendo me testar não é? – Sussurrei.

Dama: Desculpe?

Atsushi: Não , não foi nada.

Apesar de não ser muito inteligente, eu logo percebi qual era o planinho dela. Ela queria saber se eu conheço os pratos do cardápio, a especialidade da casa ou coisa do tipo. E eu não conhecia mesmo, mas nada que eu não possa resolver inventando.

Atsushi: Claro minha lady.

Eu pego o cardápio para escolher um prato qualquer oferecer para ela, mole mole. Mas....

Atsushi: “Espera ai, que droga é essa? Eu não sei ler isso, que tipo de língua alienígena é essa? Será que esse café é um café com tema de viagem ao espaço e eu não estou sabendo ? Por que se fosse, o nome “Porta para o Paraíso faria sentid!”

Dama: Sato-san, algum problema? – Disse com um sorrisinho de como se tivesse percebido que eu estava numa situação difícil.

Atsushi: Ne-nenhum minha dama, é que, todos os pratos são tão deliciosos que é difícil escolher só um. Já sei, por que você não come todos eles?

Dama: Comer todos é impossível, são muitas opções.

Atsushi: Então.... Este! Peça este aqui ! – Disse apontando o meu dedo para imagem que vinha junto do nome do prato o qual eu não podia ler pois tinha faltado as aulas alienês.

Dama: Ah, esse não é. Qual é mesmo o nome dele ?

Atsushi: Tanto faz a porcaria do nome! Por acaso saber o nome do bendito prato vai deixar ele mais gostoso? Você vai pensar enquanto come: Nooossa, esse prato é fantástico, ele ia ser ainda melhor se eu soubesse o nome~. – Disse com a minha imitação de voz de mulher que não era lá muito boa.

Dama:...

Atsushi: Não vai fazer diferença vai ? Então pede logo a porcaria do prato, coma e vaza daqui!

Paciência nunca foi um dos meus fortes.

Eu havia acabado de explodir. Tinha acabado de jogar todo o meu esforço fora em menos de 1 minuto. Eu obviamente não estava feliz com que tinha acabado de fazer, tanto que estava sem reação. Todos olhavam para mim sem acreditar com a minha atitude.

Entre os pensamentos que passavam em minha mente, um em especifico me abateu: É sério que eu explodi com a menina só porque ela estava me testando? Depois disso não consigui me segurar e comecei a questionar a minha personalidade como um todo, e não fiquei nem um pouco feliz ao perceber a pessoa que eu era.

Eu ainda estava em transe com pensamentos indo e vindo em minha mente. E só voltei a mim quando um mão pesada segurou o meu ombro.

Tatsuo: Venha comigo Atsushi.

Eu não disse nada, apenas o segui, ou melhor, fui praticamente arrastado. Ainda não acreditado no que eu havia feito.