Capitulo nove.

Decisão

Elesis dormiu direto por quase doze horas, acordando somente no dia seguinte em seus aposentos. Ao movimentar a cabeça viu Iris e Yoko, arrumando algumas coisas que Elesis percebeu serem bandagens, em uma caixa grande de madeira. A ruiva abaixou o olhar, vendo uma grande quantidade de bandagens enroladas em todo o seu abdômen.

A ruiva tentou se levantar, porem uma forte tontura a pegou, forçando a mesma a se deitar novamente. Yoko ao ver a ruiva acordada, correu para o seu lado.

—Não tente se levantar ainda! – falou ela preocupada – Você perdeu muito sangue, ainda precisa se recuperar.

—O que aconteceu? – perguntou Elesis, pois sua memoria estava um pouco bagunçada.

—Você perdeu, foi isso que aconteceu – falou uma voz masculina, cortando Yoko antes que a jovem pudesse responder.

Elesis ergueu o olhar, encontrando Koumei parado na porta de seu quarto. O jovem adentrou o cômodo e Yoko e Iris curvaram-se para ele em sinal de respeito. Koumei dispensou as duas garotas que saíram apressadas do local, deixando Elesis sozinha com ele.

Koumei pegou uma das cadeiras que havia ali e sentou-se próximo a garota, sua expressão era de total desinteresse, como se fazer aquilo fosse incrivelmente entediante.

—Como eu perdi? – perguntou Elesis, buscando em sua memoria o desfecho da luta.

—Kouen a atacou, fazendo um corte profundo em seu abdômen – falou ele, apontando para as bandagens – Você caiu e desmaiou logo em seguida.

Elesis suspirou, pois lembrou-se de sentir uma dor excruciante em sua barriga antes de cair.

—Bem, eu tenho alguns assuntos a tratar com você – falou ele, abanando-se com o leque – Como por exemplo o casamento entre você e Kouen.

Elesis engasgou-se com a própria saliva, pois havia esquecido completamente do acordo.

—Não me diga que esqueceu? – falou Koumei rindo levemente.

Elesis rapidamente começou a pensar em varias maneiras de fugir, pois não poderia se casar com o ruivo, ainda tinha que voltar para sua casa, seu planeta, sua dimensão, seus amigos.

—Sugiro que nem pense em fugir – falou o ruivo, como se pudesse ler seus pensamentos – Primeiramente por que não conseguiria. E segundo, se tentar fugir, pode acabar causando uma guerra entre Kou e Balbadd, e você não quer que isso aconteça, não é?

Elesis soltou um longo suspiro.

—Ele...ele realmente pretende casar comigo? – perguntou Elesis, em um sussurro.

—Kouen é imprevisível – falou Koumei – Mas você foi à primeira mulher que o deixou sem palavras, isso sem contarmos o fato de você ser uma guerreira incrivelmente habilidosa. Kouen gosta de mulheres fortes, então você tem dois pontos positivos com ele.

Elesis olhou para o garoto com desespero em seus olhos, o que fez Koumei dar um risinho.

—Me diz, do que ele não gosta?! O que ele mais odeia! – falou a garota, movimentando-se na cama, porem a dor em seu abdômen à fez encolher-se levemente.

—Eu não sei realmente o que ele odeia – falou Koumei suspirando levemente – Mas acho que fraqueza é uma dessas coisas.

Elesis suspirou, enquanto abraçava seu próprio corpo.

—O que vai acontecer agora? – perguntou a garota, com a voz um pouco fraca.

—Kouen quem ira decidir – falou o ruivo, suspirando em seguida – Acredite, eu sou contra esse casamento, uma vez que possivelmente precisaríamos de um casamento politico com o reino de Reim – falou ele, olhando fixamente para seu leque – Acredito que Kouen ira pensar nisso também, espero que ele pense, pelo menos.

Elesis sorriu para ele, que se surpreendeu com a reação da ruiva.

—Você é um bom irmão – falou a garota, sorrindo, porem suspirou logo em seguida – Bem, seja como for, estarei preparada, afinal, eu escolhi esse caminho, e irei trilha-lo de cabeça erguida.

Koumei assentiu levemente e se levantou, pois já havia confirmado o que queria ali, ele então saiu, dizendo para Elesis que iria deixa-la descansar. Assim que saiu o jovem viu Kouha parado ao lado da porta, a sua espera.

—Então, o que achou irmão Koumei? – perguntou ele, ligeiramente curioso, pois ele ainda não havia conseguido uma oportunidade de falar com a garota.

—Ela é forte, uma mulher extraordinária – falou Koumei, com um leve sorriso nos lábios – Acredito que será uma boa rainha.

—Entendo – falou Kouha, sorrindo e se virando para ir embora – Então o irmão Kouen vai estar em boas mãos.

—Pode se dizer que sim – falou o ruivo, andando ao lado do irmão mais novo – Mas ainda acho isso uma idiotice.

—Bem, depende certo? – falou Kouha, sorrindo – Se ela for uma nobre no seu próprio mundo, então não será tão ruim, e poderemos expandir o império para outras dimensões.

Koumei apenas assentiu, a verdade era que essa possibilidade vinha martelando em sua cabeça, mais ele sabia que seria impossível abrir um portal para o mundo da garota com a tecnologia que eles possuíam atualmente. Isso se eles esquecessem o fato de que ela poderia ser uma simples plebeia sem poder algum.

O ruivo então se abanou com o leque, afastando aqueles pensamentos, pois tinha muitas coisas para fazer.

 Após a visita de Koumei, Ka Koubun veio até o quarto da ruiva, e com o recipiente de metal começou o processo de cura, pois tudo que haviam feito no dia anterior era parar a hemorragia e curar os órgãos internos.

Agora o moreno curava a pele por fora, buscando evitar deixar uma cicatriz na pele da garota. Elesis observava tudo de olhos arregalados, era verdade que os poderes de Arme poderia fazer algo parecido com aquilo, mais demorava muito tempo, e mesmo depois de curado, tinham que tomar cuidado, pois a nova pele era mais frágil e por isso o cuidado era redobrado.

Já a cura que Ka Koubun fazia em seu corpo, era quase como regressar no tempo, a pele nova se fechava e ficava exatamente como a anterior, e apesar do processo ser demorado, não havia dor, o que estava fazendo Elesis dar alguns suspiros de alivio.

Após quase três horas de tratamento intenso, Ka Koubun finalmente anunciou que havia terminado. De seu rosto escorriam incontáveis gotas de suor, e o moreno aparentava estar mais pálido do que nunca.

Yoko rapidamente trouce um copo de agua gelada para o moreno, que bebeu tudo de uma única vez enquanto se sentava um pouco ofegante na cadeira que havia ali.

—Pode se levantar se quiser – falou ele, sorrindo levemente.

Elesis movimentou-se com cuidado enquanto tocava seu abdômen com a ponta dos dedos, completamente chocada.

—Incrível – falou ela, sorrindo e dando um tapinha leve aonde a poucos momentos havia um enorme corte.

—Consegui reconstruir completamente a sua pele e músculos – falou ele, orgulhoso de si mesmo – Esta como antes do corte, então não precisa se conter. Fiz tudo isso sem deixar cicatriz, sou mesmo incrível.

Elesis riu levemente.

—Obrigada – falou ela, sorrindo. Ka Koubun sentiu seu coração acelerar ao ver a ruiva dizer aquilo, sentindo seu rosto esquentar levemente.

Porem, antes que pudesse se embananar nas palavras, um toque na porta chamou a atenção de ambos. Yoko foi até a porta e a abriu levemente, vendo Seishuu Ri ali.

—Entre – falou Elesis, calmamente, enquanto arrumava o top que usava, pois estava usando roupas da moda de Balbadd.

O homem ponderou, porem Yoko abriu completamente a porta, deixando livre para que ele entrasse. Ka Koubun então pediu licença e se retirou do local, deixando a ruiva a sós com Seishuu.

Elesis vez um movimento leve para Yoko e Yuki, as duas logo entenderam e foram em direção à cama, arrumando-a rapidamente. Elesis seguiu para uma mesa que havia no quarto, sentando-se lá e convidando Seishuu para sentar-se consigo.

—Estou recebendo muitas visitas hoje – comentou ela, sorrindo e olhando encantada para as cobras que Seishuu Ri tinha como cabelo – Venha, sente-se.

Ele então foi até a mesa se sentou-se de frente para a garota, sentindo o desconforto inicial passar ao ver que ela era uma pessoa normal e muito simpática. A verdade era que ele estava receoso em falar com a garota, já que ela aparentou ser alguém nobre e com ótimo comportamento, além de ser estupidamente forte, e como a garota seria sua rainha, sabia que tinha que trata-la cordialmente.

Porem ao vê-la ali usando roupas casuais e tratando-o como um igual, notou que ela não era nada do que ele havia pensando. Ela era, assim como ele, alguém do povo, sem frescuras ou chatices que ele estava tão acostumado a ver nos nobres que havia no império Kou.

—Kouen me pediu para escolta-la – falou ele, observando o modo como ela o observava, parecia que ela olhava para uma joia nunca vista, encarando-o – Algum problema?

—Nenhum – respondeu ela, notando que estava o encarando fixamente – Desculpe ficar te olhando...mas é que.... – começou ela, ponderando se deveria pergunta ou não, porem Elesis apenas suspirou – Essas cobras...elas são reais?

Seishuu arregalou os olhos, para rir em seguida, fazendo Elesis corar um pouco envergonhada.

—Sim, são – respondeu ele, as cobras então se agitaram em sua cabeça, fazendo os olhos da ruiva brilharem de excitação e surpresa.

—Legal... – comentou ela, baixinho – Posso tocar?

Elesis não esperou uma resposta, se levantando e tocando com a ponta dos dedos uma das cobras, porem diferente do que imaginou, a mesma basicamente enroscou-se em sua mão enquanto esfregava o rosto contra o seu dedo, pedindo carinho.

Elesis riu levemente enquanto as outras cobras se levantavam e iam em direção a ruiva, querendo carinho também, porem Seishuu cortou o barato de seu enigmático cabelo, fazendo Elesis rir levemente.

—Desculpe – falou ela, se sentando – É que isso é tão diferente, mas tão legal ao mesmo tempo.

Seishuu apenas sorriu de canto.

—Bem, Kouen quer me ver então – falou ela, mostrando que havia prestado a atenção nas palavras proferidas por ele – Nesse momento?

—Sim – respondeu ele. Elesis sentiu uma ansiedade crescer dentro de si, pois não queria encontrar com o ruivo tão cedo, porem não era como se tivesse escolha. Após um sonoro suspiro, ela se levantou e andou em direção à cama.

—Irei demorar um pouco – falou ela, olhando para Yuki e Yoko – Afinal, se serei rainha, não posso aparecer desarrumada na frente do rei.

Seishuu Ri sentiu um certo peso nas palavras da ruiva, ele percebeu que ela de fato não queria ser rainha, pelo menos não rainha de Kouen, mas também parecia que ela já havia aceitado esse destino. “Uma mulher forte, de fato”, pensou ele, se levantando e anunciando que a esperaria do lado de fora.

Elesis então virou-se para suas ajudantes, Yuki rapidamente entendeu e foi até o banheiro colocar a banheira para encher, já Yoko foi até o armário e começou a procurar por algum kimono que fosse bom o bastante para Elesis.

Após dez minutos a banheira já estava cheia, e Yuki já ajudava a ruiva e despir sua roupa, entrando na agua quente logo em seguida. Como sempre Yuki ajudou a garota a lavar os chamativos cabelos ruivos, e Yoko veio ajudar a garota a se lavar.

Depois do banho, Elesis seguiu para o quarto, vendo Ambre e Iris paradas ali, esperando. Assim que se aproximou as duas vieram e começaram a arruma-la, Yoko pegou o kimono que havia escolhido e começou a ajudar a garota a se vestir enquanto Ambre e Iris secavam os cabelos longos da garota.

O kimono dessa vez era dourado com flores de lotos bordadas por toda a barra e manga na coloração branca, os adereços eram um tecido de tamanho médio enrolado em sua cintura e fazendo um grande laço nas costas. O tecido transparente e de coloração dourada e com brilho, deu um toque simples, porem deslumbrante a roupa.

Assim que terminou de se vestir, Yuki se aproximou com um estojo de maquiagem, realizando uma maquiagem parecida com a da primeira vez, porem dessa vez a sombra em seus olhos era branca e com pequenos brilhos igualmente dourados, nos lábios um batom vermelho forte e brilhante, pois dessa vez Yuki não quis apagar o brilho da garota, na verdade elas pareciam querer fazer a ruiva brilhar ainda mais, como se ela fosse uma joia recém polida.

Nos pés as mesmas meias, porem os sapatos dessa vez eram claros e pareciam ser feito de madeira clara com algum tipo de verniz, mais por sorte não eram escorregadios. Nos cabelos, Ambre dividiu lateralmente e fez duas tranças de cada lado, que se juntavam ao chegarem na parte de traz de sua cabeça, o resto do cabelo ficou solto, e Yuki colocou uma espécie de argola muito parecida com uma coroa feita totalmente de ouro.

Após terminar o cabelo Elesis se levantou, sentindo as mangas excessivamente longas do kimono pesarem em seus braços, imaginando se teria que usar roupas como aquelas todos os dias, porem afastou esse pensamento ao sentir uma fragrância ligeiramente doce próxima a si.

Yoko se aproximou de si com um frasco pequeno de vidro, cujo qual Elesis observou com extrema curiosidade. Yoko virou o frasco aonde caiu uma gota de um óleo na ponta de seu dedo, Yoko então pegou o pulso de Elesis e passou a gota ali, fazendo a fragrância se espalhar pelo quarto.

—Óleo perfumado – falou Yoko sorrindo – Esfregue um pulso no outro para espalhar a fragrância.

Elesis fez como foi mandado, sentido a fragrância de alguma flor que ela não conhecia se espalhar por seu corpo. Assim que fez isso, Elesis seguiu até a porta e a abriu, vendo Seishuu Ri parado a sua espera.

O homem arregalou os olhos ao ver a ruiva ali, caminhando com graça e leveza ao, parecia que a garota flutuava enquanto caminhava com a postura perfeita, sem alterar seu centro de gravidade. O kimono combinou perfeitamente com seu tom de pele, ela estava tão bonita quanto à primeira vez que a viu.

—Estou pronta – anunciou ela, sorrindo levemente, encantando-o com sua grassa.

—C-Certo – falou ele completamente chocado.

Os dois caminharam sem pressa pelos longos corredores do palácio, e por onde passavam chamavam a atenção, principalmente dos guardas que não conseguiam desviar os olhos da ruiva.

Após alguns minutos caminhando chegaram ao mesmo salão da ultima vez, Elesis podia ouvir varias vozes, sinalizando que o salão estava cheio. Seishuu Ri anunciou para o guarda que a garota havia chegado, e após alguns segundos de espera, as majestosas portas se abriram, revelando o salão cheio, e no centro dele, sentado no trono estava Kouen, com cara de poucos amigos.

Assim que a ruiva entrou, todos os nobres do local soltaram exclamações de surpresa, chocados e encantados com a beleza da garota.

—Mandou me chamar majestade – falou Elesis, curvando-se perante ao rei, que sorria de canto.

—Sim – falou ele, levantando-se do seu trono. O ruivo fez um sinal com as mãos e o salão silenciou-se – Creio que se lembra de nosso acordo.

Elesis arrumou sua postura mantendo uma feição neutra.

—Sim, lembro-me perfeitamente dele.

—Ótimo – falou o ruivo – Pois eu estou cancelando-o.

—O que??! – falou Kouha, surpreso. Nem mesmo Elesis conseguiu conter uma exclamação de surpresa, assim como todo o salão.

—Quando lutamos , pude sentir na sua espada o seu desejo de retornar ao seu mundo – falou o rei – Creio que seria muito desumano de minha parte mantê-la aqui, ainda mais quando não deseja isso.

Elesis o encarava surpresa.

—Mas isso não significa que irei ajuda-la – falou o rei, sorrindo de canto – Terá que encontrar o caminho por si só. Porem devo dizer que meus homens são livres para escolher se querem ou não ajuda-la. Se decidirem que sim, eles têm minha total permissão.

—Muito obrigada majestade – falou Elesis, curvando-se respeitosamente, porem em seus lábios um belo sorriso estava presente. Ela então olhou para Alibaba que sorria assim como Aladdin.

Kouen abriu a boca para encerrar aquela reunião quando Koumei o interrompeu, tocando seu ombro e pedindo permissão para falar. O jovem então dispensou os nobres, que saíram contrariados do salão, algo que surpreendeu Kouen, pois o irmão raramente tomava atitudes como aquelas.

Assim que os nobres saíram, Koumei fez um gesto simples com a mão e duas empregadas vieram trazendo duas almofadas vermelhas com alguns itens. Kouen olhava tudo com uma expressão leve de surpresa, pois estava genuinamente surpreso com o irmão mais novo.

—Er... bem... – começou o jovem, coçando levemente a cabeça com um olhar desinteressado – Por mais que Kouen tenha dito isso, eu já havia preparado algumas coisas que irão ajuda-la em sua busca.

O ruivo sinalizou com a cabeça e as moças levaram as almofadas até Elesis, que se mantinha seria, escutando tudo calmamente.

—Estou lhe dando três itens fundamentais para a sua busca – continuou ele – Um mapa detalhado do império Kou, com todas as Dungeon presentes no nosso território, inclusive aquelas que foram conquistadas – ele apontou para a outra almofada – Ali tem um passaporte e dinheiro o suficiente para viver muito bem aqui por pelo menos cinco anos, não que eu ache que dinheiro seja um problema para Alibaba. Creio que esses itens serão importantes para a sua busca.

—Sim, serão – falou Elesis, pegando os itens com cuidado. A ruiva então olhou para Koumei e curvou-se – Muito obrigada – falou ela, e ao erguer seu corpo novamente a jovem mostrou a Koumei um belíssimo sorriso, que fez o pobre ruivo ficar sem palavras e até mesmo gaguejar levemente.

—Boa sorte – falou ele sorrindo.

—Creio que um guia seja indispensável para a sua jornada – falou Hakuei, sorrindo e olhando para Seisyun Ri que sorriu – Seisyun os acompanhara, pois ela conhece muito bem as terras de Kou.

—Agradeço muito Hakuei – falou Alibaba, sorrindo.

—Mais alguém? – perguntou Kouen, sorrindo de canto para Koumei que apenas abanou-se com o leque, tentando ignorar o olhar do irmão.

—Eu gostaria de ir majestade – falou Seishuu Ri, fazendo todos os guardas de Kouen soltarem exclamações e encara-lo com um olhar chocado – Se o senhor permitir.

Kouen então soltou uma sonora gargalhada, o que surpreendeu Elesis, pois ela não esperava por isso.

—Sinto como se tivesse perdendo meus súditos e familiares para você ruiva – falou ele, sorrindo – Isso faz eu começar a me arrepender da minha decisão de deixa-la ir – o ruivo então olhou para Seishuu ri, que mantinha-se com um joelho no chão e a cabeça baixa – Façam como quiserem, apenas lembrem-se de retornarem vivos.

E com essa fala Kouen se levantou e saiu, deixando o salão a passos calmos e com um sorriso divertido no rosto. Assim que ele saiu, Alibaba suspirou aliviado, tanto por ver Elesis bem como pelo ruivo ter desistido daquela ideia maluca de casar-se com ela.

Ao ver Kouen saindo, Elesis suspirou de alivio e alegria, estava feliz tanto pelo fato de Kouen tê-la libertado da jaula que ela criou para si mesma, como por Koumei tê-la ajudado. A jovem então andou até Aladdin que pegou os itens que ela havia ganhado, abrindo o mapa com um sorriso no rosto.

Elesis então andou até Koumei, que estava quase saindo do local, a ruiva o alcançou e movida por seus sentimentos o abraçou, algo que surpreendeu todos, inclusive o próprio garoto.  Ao notar o que havia feito, se afastou do mesmo e se curvou, mantendo a graça e leveza de seus movimentos.

—Muito obrigada – repetiu ela. Koumei levou alguns segundos para retornar ao seu estado normal, algo que fez Kouha, que estava ao seu lado, rir levemente da expressão de surpresa do irmão. Koumei apenas assentiu com a cabeça e continuou seu caminho.

Elesis manteve-se curvada até o ruivo sair do salão, levantando a cabeça somente quando ouviu a porta do salão se fechando. A ruiva então andou até Hakuei, agradecendo a morena que apenas riu e disse que “estava apenas fazendo o que achava certo”.

Logo todos saíram do local, ficando somente Alibaba, Seishuu Ri, Seisyun Ri e Aladdin. Seisyun Ri aproximou-se de Aladdin e começou a estudar o mapa junto com Seishuu, que também conhecia as terras de Kou.

Enquanto os três discutiam por onde começar, Alibaba aproximou-se de Elesis, que apenas observava o trio discutindo.

—Isso realmente me surpreendeu – falou o loiro, sorrindo – Tenho que agradecer Kouen e Koumei apropriadamente depois.

—Sim – falou a ruiva, suspirando de alivio com um sorriso nos lábios.

—Bem, devo admitir que estou nervoso – falou Alibaba – A muitas coisas que não conhecemos, e muitos perigos que vamos encontrar – ele olhou para Elesis, que assentiu – Esta preparada para isso?

Elesis assentiu com a cabeça.

—Eu tenho que voltar o mais rápido possível – falou ela seriamente.

—Mas...mudando de assunto – começou Alibaba, fazendo Elesis olha-lo com um olhar de duvida – Esta muito bonita senhorita Elesis. Realmente, muito...muito bonita.

Elesis sentiu seu rosto esquentar, Alibaba realmente sabia como deixa-la sem graça.

—Alibaba, decidimos por onde vamos começar! – falou Aladdin, chamando a atenção de ambos – Mas vamos precisar viajar por pelo menos três dias.

—Bem – falou o loiro se aproximando – Vamos começar logo então!

E com essa frase todos saíram do salão, pois tinham uma jornada para começar.