A Arte do Amor e da Dor escrita por Bruno Silfer


Capítulo 2
Capítulo 2: Cruzamentos


Notas iniciais do capítulo

Olá gente! Primeiramente me perdoem por ficar tanto tempo ausente. Nem procurarei dar alguma desculpa já que não tenho defesa. O capítulo é pequeno já que ele é uma preparação para o que vem mais para a frente. A partir do próximo cada capítulo terá pelo menos 1500 palavras.

A próxima a ser atualizada será Dragão Negro. Boa leitura ^^



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Os dias passam tranquilos na empresa de publicidade onde Gaara trabalha e para falar a verdade ele estava adorando aquele emprego. Fazia o que gostava e fazia muito bem, diga-se de passagem, ganhava bem e era um lugar relativamente quieto. Em todos os dias ele via aquela mesma garota loira passar no mesmo corredor e entrar na sala do presidente, o que o fez imaginar que eles fossem parentes. Isso foi muito bom, ele gostava de ver aquela garota misteriosa e a desenhou novamente por duas vezes, totalizando três desenhos. Em um certo dia Naruto o chama em sua sala.

– Mandou me chamar? – Gaara pergunta ao abrir a porta da sala.

– Sim. Sente-se.

Ele sentou e pôs-se a ouvir.

– Vim te dar duas notícias. Uma boa e uma ruim.

– Bom... Fala a boa primeiro.

– A boa notícia é que a nossa revista agora será semanal.

– É sério?

– É. Os leitores e assinantes aumentaram muito nos últimos meses. E um dos maiores pedidos dos leitores é que ela passasse a ser publicada uma vez por semana.

– Isso sim é uma boa notícia! Mas qual é a ruim?

– Sabe como é... Como a revista vai ser semanal você terá mais trabalho a fazer.

– Isso é verdade, mas acho que estamos esquecendo algo...

– O que seria?

– Eu adoro o que faço. Não será sacrifício nenhum desenhar semanalmente.

– Assim que eu gosto!

– Viu como eu estava certa amor? – disse uma voz desconhecida.

Ambos viraram o rosto para a porta e notaram a dona da frase. Era uma bela mulher de olhos brancos e cabelos azulados, quase negros chamada Hinata Hyuuga. Gaara lembrava muito bem dela, já que fora sua professora nos tempos de universidade. Quando a viu chegar perto e dar um beijo no seu chefe não pôde deixar de pensar como o mundo é pequeno mesmo. A curiosidade falava mais alto e ele não pôde deixar de perguntar:

– Então quer dizer que vocês...

– Exatamente. – respondeu Hinata – Naruto é meu marido.

– Nunca achou estranho eu te contratar ainda na universidade sendo que eu nem te conhecia? – Naruto perguntou com um semblante divertido.

– Na verdade eu estranhei, mas foquei mais na oportunidade em si.

– Foi a Hina que te indicou. Eu não quis no início, mas, como sempre, ela tem mais tato do que eu para esses assuntos.

Eles riram divertidos. Ali eram bons amigos, não somente chefe e funcionário.

– Bom, agora que foi tudo esclarecido deixa eu voltar ao trabalho. Tenho charges a produzir.

Falou isso e se virou para sair, mas algo lhe chamou a atenção. Era uma revista de modelos que estava em cima do sofá ali presente. Ele a pegou e viu que na capa estava a garota que ele havia desenhado e que adorava vê-la pelos corredores da empresa. O que ela fazia naquela revista? Era uma celebridade?

Vendo a cara pensativa do desenhista Naruto perguntou:

– Está gostando do que vê?

Ele saiu do transe e respondeu:

– Não é isso... É que eu já vi essa garota entrando aqui algumas vezes.

– É verdade. Ela é minha filha.

Isso sim espantou o ruivo, mas isso confirmou que realmente eles eram parentes.

– Realmente o mundo é pequeno...

– Ela é modelo. Como ainda estuda, não pode seguir carreira sozinha, mas aqui ela pode, como podemos dizer, “trabalhar”. O sonho dela é ser atriz.

– Não duvido que consiga.

– Também não.

– Bom, - ele põe a revista no lugar – já estou indo. Até a tarde. – e fechou a porta.

Naruto trouxe a esposa para seu colo e depois de um belo beijo perguntou:

– O que acha?

– O que eu acho? – risada – Acho que veremos coisas interessantes aqui...

– É verdade... O que acha dele?

– Nunca me deu problemas nas aulas. Mora sozinho e é bem responsável.

– E a cara dele olhando a foto da Ino?

– Me lembra a sua cara quando olhava para mim na época que a gente namorava.

– Mesmo? Mas bem que você gostava né? – ele pergunta malicioso.

– Até hoje eu adoro...

Após outro beijo ela completa.

– Agora é ver o que vai acontecer...

Naruto sorriu em concordância.

XXXXX

Gaara voltou à sua sala pensativo. Então ela era filha do chefe e se chamava Ino... Belo nome. Quem diria que aquela bela loira ficaria tão perto de si todos os dias... Mas não poderia reclamar, afinal poderia desenhá-la mais vezes. Agora sim teria que ter cuidado redobrado com os desenhos pessoais dele. Se alguém visse poderia interpretar errado. Mas o que teria de errado para interpretar? Será que já havia algo assim crescendo dentro de si? Sempre considerou algo rápido assim irreal demais, mas não podia negar que aquela garota mexeu com ele.

– Melhor trabalhar de uma vez...

Assim o ruivo pegou seus instrumentos e começou seu desenho, agora semanal.

XXXXX

Final da tarde e Ino volta da aula. Como todos os dias ela passa na empresa dos pais para irem para casa juntos. Quando entrou na sala do pai foi logo recebida com um beijo como era de costume. Eles se davam bem e conversavam muito.

– Vai demorar muito para terminar aí pai?

– Não. Só falta isso aqui. – mostrou o papel que segurava – Mas é coisa rápida.

– É que como não trabalho aqui não tenho nada para fazer...

– Nada para fazer? – Naruto perguntou rindo – Não é você que tem outro ensaio fotográfico amanhã?

– Mas é só amanhã. Eu digo agora.

– Aqui não tem muita diversão. Por que não dá uma volta até eu terminar?

– Tudo bem, mas não demora ta?

– Tudo bem. Daqui a pouco te ligo.

Dito isso ela saiu da sala e pôs-se a andar pelos corredores da empresa. Ela não costumava andar sozinha ali, já que não se interessava muito pelo mundo dos negócios. Não que desprezasse o trabalho do pai, um grande publicitário, ou da mãe, uma professora universitária. Só que ela sabia que não tinha vocação para tais atividades, por isso não quis fazer parte daquilo, o que foi aceito pela família. Ela continuou a andar até chegar a uma sala com uma parede de vidro na frente. Ela bem sabia que aquela era a sala que o desenhista oficial ficava, mas da última vez que reparara naquela sala ela estava vazia. Se estava aberta era sinal que haviam contratado alguém. Movida pela curiosidade ela chegou perto do vidro e olhou para dentro da sala para saber quem seria o novo chargista dali.

Tal foi a sua surpresa quando viu que ali se encontrava um homem muito jovem, talvez pouco mais velho do que ela e de cabelos vermelhos. Ela o achou diferente e passou a vê-lo com mais atenção. Ela viu que ele não reparou que estava sendo observado, estava com um lápis na mão e desenhava muito concentrado. Aquela cena a encantou e lhe bateu uma vontade de conhecê-lo e vê-lo mais de perto. Mesmo ela sendo, teoricamente, uma das donas da empresa, também era educada e deu duas batidas na porta antes de entrar, sendo recebida pelo olhar admirado do ruivo.


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