Arkane: O segredo dos Lírios

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Black Town,casa Phantomhive, 10:11.

Erisa estava preocupada com Arkane, depois de chegarem a cidade e tudo aquilo acontecer ela apenas deu um papel e chaves com o endereço de onde todos ficariam para Jade e saiu correndo em direção onde as pessoas gritavam.

Era uma manhã chuvosa, assim que as pessoas gritaram: “Cão do inferno” a chuva começou a cair; o céu cinzento estava de um azul profundo, como se já fosse noite. Eles estavam na casa dos Phantomhive, mas aparentemente só uma empregada jazia lá a espera dos mesmo por ordens de seus superiores, a serviçal disse que aquela era a casa que sua Mestre ficava algumas vezes por investigações e coisas do tipo, disse que ela fora lhes concedida por um pedido de Arkane.

A chuva do lado de fora enchia alguns baldes de água que ali estavam, o jardim era lindo. Erisa o observava em pensamentos distantes de onde e como estaria sua amiga. Alex e Diego disseram que mais tarde iriam atrás dela caso ela não voltasse cedo ou que a chuva não parasse e disseram que provavelmente ela parou em algum lugar por causa da chuva e que logo ela iria para a casa. Erisa duvidava de tudo aquilo, conhecia Arkane como ninguém e sabia que quando Arkane começa, ela não para. Mas dificilmente Arkane viria para casa cedo.

Erisa deu um suspiro e colocou seu rosto na mesa do mais branco mármore em que estava á sua frente, até nas cadeiras feitas de madeira na cor branca tinha o “P” dos Phantomhive.

–Senhorita Erisa?- disse a serviçal Katrina ao seu lado de uma forma carinhosa – Está se sentindo bem? Desde que chegou da viagem não comeu só vê a chuva cair. – ela disse com certa preocupação.

–Está tudo bem sim, obrigado pela preocupação. Por favor se retire, quero ficar só. – ela disse sorrindo para Katrina, que devolveu o sorriso e se retirou.

A chuva fazia pequenos sons quando batia na janela, Erisa sabia que algo de ruim iria acontecer naquela cidade.

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Black Town, 11:00.

Arkane andava em passos largos e rápidos pois chovia, algo que a mesma estranhou por completo fora o cheiro que chuva tinha. Normalmente quando uma cidade tinha alguma praia por perto a chuva deveria ter o leve cheiro da água salgada do mar. Essa não tinha, algo que Arkane odiava era quando mudavam o cheiro da água, a água já tinha um cheiro perfeito, por que mudá-lo? Isso ela não sabia.

Ela viu a biblioteca municipal a sua frente, finalmente tinha chegado onde queria. Entrou com certa pressa, o cheira daquela água a enojava. A biblioteca estava vazia, apenas a bibliotecária estava ali, a biblioteca não era simples ou pequena, pelo contrário era grande e recheada de livros. Arkane pediu ajuda a bibliotecária e perguntou onde ficaria a sessão dos eventos municipais a mesma apenas apontou a direção com um belo sorriso no rosto. A bibliotecária era uma senhora de idade, tinha quase 80 anos mas mesmo assim queria manter seu amado trabalho, tinha cabelos prateados em cachinhos, eram curtos, os olhos num terno castanho.

Arkane agradeceu a ajuda e tirou o livro e alguns anos atrás, o ano em que o atual prefeito foi eleito, aqueles livros tinham apenas pequenas informações sobre acontecimentos na cidade, nada grande ou interessante demais. Uma página chamou a atenção de Arkane, a página dizia que no mesmo dia em que o prefeito se candidatou os assassinatos pelo Cão do inferno tiveram início, já tinha seu primeiro suspeito, o prefeito, para ela era óbvio demais, a história seria o seguinte: O prefeito invocou ou arranjou um Cão do inferno para assustar os cidadãos e prometerá que se fosse eleito impediria os ataques da besta, mas algo tinha de errado nessa história, se o prefeito prometerá impedir os ataques como a besta havia atacado seu próprio filho? O próximo candidato a prefeito e que provavelmente ganharia repetindo a mesma promessa? Talvez ele tivera algum ressentimento do filho? Algum ódio ou mágoa? , aquilo não fazia o menor sentido na cabeça de Arkane, teria que fazer investigações próprias, por si mesma, já havia percebido que aqueles livros no momento eram inúteis.

Se despediu da bibliotecária quando notou que a chuva parará, tinha ficado em meio de uma ou duas horas na biblioteca.

Foi em direção das ruas mais pobres da cidade, todas as casas estavam literalmente abandonadas e vazias, somente uma casa restará de todas aquelas. Arkane andou em direção a ela, viu um homem de roupas sujas e velhas cortando lenha ao lado de fora no jardim para ser exata. Olhou para o céu e percebeu que a chuva havia parado mais as nuvens continuavam ali para ameaçá-la. Algo ela havia notado desde que havia colocado o pé na cidade, tudo era cinza e morto, não tinha uma cor viva, nada que fosse brilhante, nada violeta ou verde, nada mesmo, até as casas por dentro.

Parou em frente a pobre casa com o portão quebrado quase caindo ao chão, as madeiras da cerca estavam rachadas e despedaçadas. O homem assim que viu as vestes e a cor dos olhos da jovem, percebeu no exato momento que ela não era dali.

–Olá poderia falar com o senhor?- disse Arkane calmamente.

–Você é do Governo ou do Império? – o homem disse assustado.

–N-Não estou apenas passando viagem por aqui com alguns amigos, só por hoje, queria f-fazer umas pequenas perguntas. – ela disse um pouco nervosa.

O homem olhou um lado da rua, olhou o outro, olhou as esquinas nervoso e fez um gesto para que a menina entrasse em sua casa.

Ao entrar Arkane viu a miséria e a pobreza do lugar, os móveis eram bastante velho, alguns estavam perto de quebrar, tinha uns porta-retratos na parede , estavam o homem e uma mulher, sorriam felizes como se tudo estivesse bem, aquela foto com toda a certeza era antiga pois as feições do homem que estavam a sua frente eram de cansaço e sofrimento, não era igual ao homem da foto.

–Querida...- ele a chamou em quase um murmuro, a mulher veio e logo ficou por trás de si- O que deseja perguntar jovem, por favor fale baixo.

–Bem, desejaria saber mais sobre a série de assassinatos que estão ocorrendo na cidade, isso não é comum. – Arkane falou com a voz baixa.

–Senhorita, devo dizer-lhe que todos já sabemos que isto é anormal, mas o medo nos toma por completo, alguns dizem que é tudo por culpa do prefeito, dizem que ele é o culpado disse tudo, por favor, nos ajude...-quando ele falou : “ ajude” deixou uma lágrima caiu e ele passou a mão suja no rosto, o virando, chorando ainda mais, mas baixo, mesmo assim era suficiente para Arkane ouvir, e se sentiu ferida por dentro após ver aquilo- Isso é tudo que eu sei...- ele disse , os olhos estavam vermelhos.

Arkane foi em direção a porta, onde, pela primeira vez, tirou o chapéu e o segurou com o braço ao lado de sua cintura.

–Dou lhe a palavra de honra dos Zelda, que irei resolver e retirar-lhes toda a miséria. – ela abriu a porta e se retirou.

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Casa dos Phantomhive, 18:00.

–Diego, Alex! Está ficando tarde! Vão procurar por Arkane!- disse Yoora preocupada.

–Vão indo mesmo! São os machos daqui não é mesmo?!- disse Selene se sentando no sofá.

–Estou preocupada!- Erisa andava de um lado ao outro pela sala desesperada.

–Nós iremos- Diego foi cortado pela porta abrindo bruscamente. Era ela.

–Percebi que estou na boca do povo não é mesmo?- Arkane disse com irritação na voz tirando as botas.

–Arkane!- disseram as três em uníssono.

–Estávamos preocupadas!- disse Thalita aparecendo na sala com uma espécie de bolo.

–Nós também estávamos!- disseram Diego e Alex.

Arkane deu um longo suspiro e revirou os olhos.

–Irei dormir estou cansada, vamos ficar nesta cidade até eu resolver tudo o que tenho para fazer, vocês vão me ajudar certo? Estou realmente cansada! Estou exausta! – ela subiu as escadas- Boa noite.- disse por final.

–Não vai jantar?- disse Yoora.

–Não quero.- disse e se ouviu uma batida de porta, foi certamente do quarto de Arkane.

Alex e Diego suspiraram.

–A raiva dela não tem fim? Mulheres são mesmo complicadas...- disse Diego sendo interrompido por Jade que lhe dera um soco no braço direito.

–Somos apenas perfeitas, diferentes dos homens, os homens são seres idiotas...- disse Meredy.

–Espero que esteja tudo bem...- murmurou Marth no canto de uma parede.

Com toda a certeza do mundo, não estava.

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Death City, Ezreal Street.
10:00.

A briga já tinha começado chamando todos os comerciantes e pessoas que estavam a passar para observá-la.
Era incrível, pela primeira vez para alguns, outros já acostumados, viram guardas do Governo apanhando igual palhaços em meio a rua, ouvia-se gemidos de dor vindo deles a cada soco e chute, o que diabos, ou quem diabos, estava batendo nos guardas? Algumas sorriram, já sabiam a resposta.

A menina se mostrou aos olhos do povo que estava ali pela primeira vez desde o inicio da briga.

Os cabelos castanho-avermelhados se revelaram (cujo eram ondulados) mostrando a franja repicada, seus cabelos iam até sua cintura, os olhos de lindo e belo verde-esmeralda, a pele alva e delicada, por trás de sua franja, tinha um óculos do estilo aviador, usava uma camisa branca e uma jaqueta marrom claro por fora sem mangas, um short curto preto da mesma cor da jaqueta, e uma bota marrom também clara que iam até seus joelhos.

–Idiotas, onde está todo o poder que disseram ter agora pouco?- a jovem se abaixou até ficar da altura dos homens no chão ficando com uma cara indignada.

–E-Ela é um monstro!- o mais gordo dos três homens se levantou

–S-Saia de perto de mim!- ele se levantou e correu com medo igual aos dois que lhe acompanhavam.

Ela teve uma expressão curiosa em seu rosto depois que eles saíram correndo.

–Idiotas...-disse por fim.

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Jade: Será mesmo que está tudo bem? Será que não é uma mentira da senhora RAIVA AMBULANTE? – Chibi Jade.

Meredy: Arkane-chan é legal demais para isso!- Chibi Meredy.

Jade: Será???

Meredy: Descubra isso no...

Jade/Meredy: DESTROÇOS DE UM CORAÇÃO PARTIDO! CAPÍTULO III!