Sonhos de Uma Outra Vida 2 escrita por Luhni


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Yoo minna!!!
Nem demorei dessa vez não é? Ok, eu não postei no dia indicado, mas foi porque eu acabei mudando as datas e postando primeiro um capítulo da minha nova fic Reparação, mas aqui estou! E eu tenho que agradecer a todos que mandaram review, foram poucos, mas me fizeram muito feliz! ^^
Sem mais delongas...
Boa Leitura!



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Olhava a pequena peça cintilar contra a luz que vinha da janela do quarto, observava os detalhes para se certificar que era o mesmo cordão que havia sido furtado de si anos atrás. Porém, por mais que quisesse refutar a ideia ou dizer que não passava de uma mera coincidência, ela sabia que aquele pequeno objeto lhe pertencia. Fossem os riscos pela falta de cuidado ou pela leve curvatura em uma das letras de seu nome, aquele era o seu cordão. Depois de tantos anos... suspirou sem saber ao certo o que pensar.

Sua noite havia ido por água abaixo após ter encontrado isso e o bilhete no casaco e foram exatamente as palavras contidas naquele pequeno pedaço de papel que a fizeram ficar preocupada e pedir que Hideo a levasse para casa imediatamente. “Hideo...” cobriu o rosto com um dos braços ao lembrar como ele fora atencioso consigo e como ela escondeu dele o “presente” de natal que recebera, mas ela havia ficado tão nervosa que só queria voltar pra casa e se certificar do que estava acontecendo. Além disso, estava mais preocupada com quem havia lhe devolvido o cordão.

Olhou mais uma vez o objeto, ele estava em poder de Hikari da última vez que o vira, mas o moreno estava preso, então como? Hikari poderia ter dado ou até vendido o seu cordão para qualquer pessoa durante os anos em que estava com ele, afinal ele sempre a escondia de si para que não tentasse reavê-lo. Porém, outra coisa também lhe vinha à mente e era aquele bilhete. Em breve nos veremos. Aquelas palavras não saiam da sua mente e por um momento cogitou a possibilidade de que a pessoa parecia conhecê-la, sentiu um arrepio na espinha ao pensar que Hikari pudesse ter escapado da prisão. Se fosse isso ele não descansaria até se vingar dela, tinha certeza.

Levantou-se da cama em um salto e passou a andar de um lado pro outro do quarto, ainda havia o fato de quem havia lhe entregado o bilhete, ela tinha certeza que havia sido aquele bêbado, somente ele ficou perto o suficiente da mesa em que estava. Ele devia ter aproveitado o momento em que foi ajudar Hideo a se levantar para guardar tudo no seu casaco, Bufou irritada consigo, havia marcado bobeira, aquela era a regra básica para conseguir roubar alguém, distração, mas no seu caso havia sido usada para ganhar algo. Isso a fez ficar mais apreensiva, ele sabia exatamente o que fazer e mais uma vez a imagem de Hikari lhe veio a mente. Será que era ele ali? Ou ele estava tendo a ajuda de mais alguém? Ela também não poderia descartar a ideia de ser outra pessoa, mesmo não tendo ideia quem seria.

– Droga! – estava irritada por estar pensando naquilo e não ter nenhuma resposta, mas ela não podia esconder isso dos pais. Eles deviam saber o que estava acontecendo, talvez até soubessem o que fazer.

Saiu do quarto com o cordão em mãos e desceu apressada as escadas a fim de procurar os mais velhos. Já era quase hora do almoço e como era uma data festiva sabia que encontraria a mãe na cozinha, rumou para o cômodo, mas parou abruptamente ao ver a cena entre o pai e a mãe.

Sakura ria, segurando uma colher de pau suja enquanto Sasuke estava emburrado por estar com massa no rosto. Sua esposa realmente parecia uma criança às vezes, custava ela lhe dar uma prova? Precisava brigar e depois despejar a massa grudenta no seu rosto? E rir de si ainda por cima? Aquilo realmente estava o irritando e já sabia como dar o troco. Sorriu de canto com a ideia e aproveitando a distração da mulher, se aproximou sorrateiramente até prendê-la contra a bancada da cozinha.

– Sasuke-kun? – indagou confusa ao marido que somente sorriu antes de lhe beijar ferozmente. Sakura ficou extasiada com tudo e acabou se rendendo as caricias do marido que a apertava contra si, porém quando menos esperava, sentiu o moreno se afastar tão rápido quanto se aproximou e estranhou ao vê-lo rir baixinho.

– Acho que agora estamos quites – disse ao passar o dedo na bochecha da rosada e tirar um pouco de massa.

– Sasuke-kun! – brigou ao sentir que o rosto estava coberto de pasta – Não é justo! – disse emburrada ao se afastar do marido e procurar um pano para limpar o rosto – Você vai ver depois e... filha! Já acordou? Está tudo bem? – indagou Sakura ao perceber Saori parada na porta da cozinha.

– H-Hai... – murmurou sentindo as bochechas corarem pela cena de carinho que vira entre os mais velhos – O que estão fazendo? – indagou a fim de mudar o assunto.

– Eu estava preparando um bolo para hoje à noite e seu pai... – olhou para Sasuke que acabava de lavar o rosto na pia da cozinha - ... Bom, ele estava aqui – e deu de ombros, fazendo Sasuke arquear uma sobrancelha.

– Não fui eu que quis acordar cedo, alguém pediu a minha ajuda – rebateu para a esposa ao se aproximar da filha e bagunçar os cabelos dela – Mas e você, quer alguma coisa hime? – indagou para a menor.

– Nem conversamos quando você voltou ontem – Sakura disse ao voltar a mexer a mistura e depois se voltou para a filha, curiosa – Como foi o encontro com o Hideo-kun?

– Foi bom... – disse um pouco tímida. Ela não queria que a conversa fosse para esse lado e ouviu o pai bufar ao seu lado.

– Se vão falar disso é melhor eu ir terminar de arrumar as coisas para mais tarde – disse um pouco desconfortável. Sabia que estava tendo dificuldades em aceitar o namoro da mais nova, mas qual pai gostaria de saber o que um cara faz com a sua filha quando está a sós? Sentiu uma veia pulsar ao pensar nisso, se o Uzumaki quisesse viver mais alguns anos era melhor ele se manter na linha e não aprontar nada.

– Tudo bem Sasuke-kun, depois eu conto para você! – piscou Sakura brincalhona e o moreno revirou os olhos antes de se despedir com um beijo rápido e ela aproveitou para lhe sussurrar – Ciumento!

– Ainda tem pasta no seu rosto – devolveu com um sorriso de canto ao passar mais um pouco de pasta no nariz da esposa que correu para limpar enquanto brigava consigo. Em seguida se despediu da filha que somente ria dos dois – Nos vemos mais tarde hime, cuide da sua mãe – disse ao dar um beijo na testa da menor que meneou a cabeça em concordância.

– Esse Sasuke-kun... – murmurou, enxugando o rosto.

– A senhora também provoca – disse risonha e se sentou à mesa da cozinha e Sakura sorriu.

– Tudo bem essa não é a questão, mas sim como foi o encontro? Quero detalhes! – disse empolgada, voltando a mexer a massa e Saori suspirou, era agora, tinha que falar do colar.

– Bom, eu...

– Sakura-san precisa de ajuda? – Chiyo disse ao entrar na cozinha e ver a patroa cozinhando.

– Chiyo! O que está fazendo aqui? Hoje é natal, eu não lhe dei uma folga? – rebateu Sakura para a velha senhora que apenas encarava com o cenho franzido a pilha de louça suja que se formava na pia.

– Eu resolvi ver se a senhora não precisava de uma mão e pelo visto eu fiz bem em vir – disse apontando para as panelas sujas e Sakura sentiu seu rosto esquentar.

– Eu vou arrumar depois, não se preocupe – respondeu rapidamente. Sakura sabia o quanto Chiyo não gostava que mexessem na “sua” cozinha, afinal era a governanta quem fazia a comida e coordenava os outros empregados. A velha senhora suspirou e arregaçou as mangas da blusa antes de ir para o lado da rosada.

– Sei que a senhora quer que tudo seja perfeito para hoje e não faz mal eu ficar um tempo a mais antes de ver o meu filho e meus netos.

– Não sabia que tinha um filho Chiyo-baa – Saori disse curiosa.

– Eu tenho dois filhos, mas a minha filha mais velha, eu não tenho muito contato... – murmurou um pouco triste e Saori olhou para mãe sem saber o que dizer, afinal não queria deixar a senhora deprimida.

– Pensei que houvesse feito as pazes com ela – disse Sakura enquanto colocava a pasta em uma fôrma de bolo. Ela conhecia um pouco da história da velha senhora.

Chiyo aparecera para lhe ajudar com a casa e com Daisuke depois do incêndio em sua casa já que no início não tinha nem condições de cuidar do próprio filho devido o estado de depressão que entrara. A idosa sempre conversava consigo e tentava lhe animar e, às vezes, falava da própria vida como o fato dela ter brigado com a sua primogênita quando era mais nova por causa da filha ter se envolvido com um rapaz cujos atos eram deveras duvidosos. O rapaz vivia metido em problemas em virtude da ganância de conseguir uma vida melhor e por causa disso sua filha havia cometido muitos erros e engravidado cedo, abandonou a família por muitos anos, e foi Chiyo quem ficou responsável por tudo durante anos, até que as coisas se resolveram.

– E fiz, mas não é fácil as coisas voltarem a serem como era antes e o pior é que dificilmente vejo os meus netos... pelo menos ela conseguiu tudo o que queria e sei que a família dela pode se sustentar – disse um pouco desgostosa.

– Então você vai passar o natal onde, Chiyo-baa? – Saori indagou, querendo evitar aquele clima tenso.

– Com o meu filho mais novo e a sua família. – falou começando a lavar a louça com um sorriso ao se lembrar dos netos. Ela podia não ter toda a sua família reunida e nem ter a oportunidade de ver o seu neto mais velho, que criara durante os anos mais difíceis, mas ela ainda tinha uma família ao seu lado e sabia que todos estavam bem. Era somente isso que importava a velha senhora.

– Arigatou Chiyo – disse a rosada para a senhora que sempre lhe ajudava e em seguida se virou para a filha – Hoje é a primeira vez que passamos o Natal todos juntos, quero que tudo saia perfeito, afinal é a sua época favorita, não é Saori?

– Época favorita? – indagou confusa e um pouco surpresa.

– Hai! Você não se lembra? – questionou um pouco saudosa antes de continuar – Você sempre era a primeira a acordar na casa e saia procurando os presentes de todos. Daisuke ficava uma fera por você sempre achar os dele.

Saori ouviu tudo calada e não pode deixar de ficar pensativa a respeito disso, as coisas eram muito diferentes antes de ir para o orfanato. Era um pouco engraçado e ao mesmo tempo triste ver que tantas coisas haviam mudado, principalmente ela. Quanta coisa não havia perdido? O quanto ela própria não devia ter mudado?

– Não lembro... – falou com um sorriso sem graça e Sakura sentou ao seu lado, colocando a mão sobre a da filha.

– Gomen... sei que ainda há memórias que você não conseguiu recuperar e...

– Não é isso, é só que eu não fazia ideia que eu gostava do natal antes... – interrompeu a mãe com a voz mais baixa.

– Mas você vai se lembrar! Tenho certeza disso, hoje será um ótimo dia, você vai ver! – exclamou Sakura para animá-la – Não é mesmo, Chiyo? – voltou-se para a velha senhora que aquiesceu.

– Se depender de mim, será inesquecível, pelo menos a parte da comida eu garanto! – a idosa se manifestou e Saori sorriu para as duas mulheres. Ela também queria que tudo fosse perfeito naquele dia.

– Mas agora me conte, onde você e Hideo foram ontem? – Sakura indagou mais uma vez e Saori, mordeu os lábios, hesitante, antes de iniciar sua narrativa.

–*-

Havia passado o dia com a mãe e Chiyo, ajudando-as nos preparativos para o jantar que aconteceria daqui a pouco. Olhou para a mão que segurava o pequeno cordão e suspirou, não havia conseguido contar o que acontecera, sua mãe estava tão empenhada em deixá-la feliz, que tudo saísse perfeito naquele dia, que no último minuto se acovardou. “Eu posso contar depois!” pensou “Não vai acontecer nada!” repetia para si e apertou o colar como se pudesse fazer suas palavras virarem verdade.

– Saori, está pronta? – Daisuke irrompeu no quarto da irmã, dando-lhe um susto.

– Baka, vai entrar assim no quarto da mãe! – xingou, jogando um travesseiro no irmão que desviou com facilidade.

– Não obrigado – disse com um sorriso zombeteiro no rosto – E acho que a oka-san não vai ficar feliz se eu entrar dessa forma no quarto dela. – e se deitou na cama da menina que se levantou, indo em direção a penteadeira– O que está fazendo? – indagou Daisuke curioso.

– Nada, apenas guardando algo – disse ao guardar o colar em uma pequena caixinha, trancando-a em seguida dentro de uma gaveta. Não queria que ninguém visse aquilo por enquanto.

– Sei... – murmurou Daisuke desconfiado.

– Vai ficar deitado ai por quanto tempo, baka? – desconversou Saori já do lado da porta e Daisuke apenas bufou antes de seguir a irmã.

Desceram a escada discutindo como era o costume dos dois, Daisuke prendia a menor ao enganchar um braço no pescoço dela, chamando-a de baixinha enquanto Saori discutia com ele e batia o cotovelo no peito do rapaz para que a soltasse.

– Se continuarem discutindo vou colocar os dois de castigo, ouviram? – Sasuke se pronunciou ao ver a briga entre os mais novos e na mesma hora eles se separaram – Assim está melhor – falou com um sorriso de canto e observou Sakura surgir atrás dos filhos ao descer a escada.

– Vejo que estão todos prontos e belíssimos, não é? – Sakura elogiou ao ver os filhos e o marido na sala.

Daisuke e Sasuke usavam roupas parecidas, o mais novo uma calça jeans escura com uma blusa social branca e por cima estava um blazer preto, “Sempre tão formal!” pensou ao ver o filho e depois seu olhar se voltou para o marido que usava uma calça social preta da mesma cor da blusa que se encontrava dobrada até os cotovelos, sorriu ao ver como o marido estava belo e por fim observou a filha. Saori usava um vestido vermelho, de alças finas, deixando a mostra o colo da menina e com um decote em formato de “V”, a cintura era marcada por um pequeno cinto de brilhantes e a saia era um pouco rodada e com vários folhos dispostos um abaixo do outro. Porém não pode deixar de arquear a sobrancelha ao ver que por cima do belo vestido a filha usava um casaco branco sem mangas.

– Saori porque está com esse casaco? – indagou para a menina que sorriu encabulada antes de responder.

– Me sinto melhor assim – e deu de ombros. A rosada já iria protestar, porém Sasuke havia sido mais rápido.

– Também acho que está melhor assim hime, não ouça sua mãe! – declarou. Era melhor que filha se cobrisse já que o Uzumaki iria estar ali naquela noite e Sakura revirou os olhos com o comentário do marido.

– Sasuke-kun, você... – porém mais uma vez o marido havia sido mais rápido ao se aproximar dela e beijá-la de surpresa na frente dos filhos.

– Você está linda – disse com um sorriso safado ao apertá-la mais contra si. A mulher usava um vestido verde-esmeralda um pouco solto, mas que marcava bem sua cintura fina, deixando à mostra as pernas torneadas que ele tanto amava. Sakura não pode deixar de corar, esquecendo-se de brigar com o marido que voltou a beijá-la.

Saori olhou dos pais para Daisuke apenas para vê-lo com as bochechas coradas assim como as dela deviam estar por verem a situação em se encontravam. Cutucou Daisuke com o cotovelo como se mandasse que ele fizesse algo e o rapaz pigarreou para chamar a atenção do casal.

– Então, está todo mundo bonito, mas já deu, né? – falou sem graça e os pais riram do constrangimento dos filhos.

– Certo, nossos convidados devem estar chegando e... – antes que pudesse terminar a campainha soou, chamando a atenção de todos – Sasuke, vá atender que eu vou falar com os garçons e ver se está tudo em ordem, ok? – disse apressada ao se virar para ir em direção à cozinha.

Sasuke olhou para os filhos e suspirou antes de fazer como a mulher pedira, arrastando-os junto com ele.

– Yoo Temee! Feliz Natal! – gritou Naruto ao cumprimentar o amigo que fez uma careta pelo o escândalo do amigo.

– Feliz Natal Sasuke-san! – Hinata fez uma pequena mesura a fim de ser mais educada que o marido assim como os filhos.

– Humf, Feliz Natal – murmurou com um pequeno sorriso e abriu espaço para os amigos entrarem.

– Feliz Nat... – Saori tentou murmurar, porém se interrompeu ao sentir Hana lhe abraçar fortemente.

– Feliz Natal Saori-chan! Nem acredito que estamos passando o natal juntas depois de tanto tempo! Eu não me lembro direito de tudo, mas sei que nos divertíamos muito e agora vamos poder fazer as mesmas coisas e...

– Hana, dá um tempo! – Hideo mandou, afastando a irmã da namorada que estava atônita.

– Você quer a Saori só pra si, onii-chan, pensa que eu não sei? – murmurou Hana com um bico emburrado e Hideo e Saori coraram ao ver que todos escutavam a loira.

– Mas ele está certo, tenshi! – exclamou Naruto ao se aproximar do jovem casal – Além do mais a Saori-chan está colocando um pouco de juízo na cabeça de Hideo, eu não podia estar mais feliz por ter uma nora dessa! – e abraçou a menina que ficou ainda mais sem graça.

– Eles não são casados Naruto – Sasuke rebateu para o loiro que murmurou algo como “fase de negação”, mas Saori preferiu ignorar os mais velhos ao ouvir a conversa do irmão com Hideo.

– Está preparado para o resultado? – Daisuke indagou calmo.

– Com certeza! E as minhas notas serão mais altas que as suas teme, pode apostar! – Hideo respondeu com um sorriso confiante antes de tocar o punho com o do amigo. Sorriu ao ver que eles não pareciam mais tensos devido aos exames de admissão. – Ei, gatinha não vai falar comigo direito? – questionou à namorada com um sorriso antes de se aproximar dela.

Saori sorriu e fechou os olhos a espera do beijo do loiro, mas antes que pudesse sentir os lábios do Uzumaki ouviu seu pai pigarrear e puxá-lo em direção a sala.

– Vamos nos sentar e conversar enquanto os outros não chegam – decretou Sasuke apertando discretamente o ombro de Hideo que acenou afirmativamente com a cabeça diversas vezes.

– H-Hai!

– Acho que o Sasuke-san ainda precisa de um pouco mais tempo, assim como você Naruto-kun – murmurou Hinata risonha e Naruto bufou com a menção ao namoro da filha.

– Nem me lembre daquele filhote de preguiça Hina-chan! – falou o loiro cruzando os braços e Hana inflou as bochechas com raiva.

– Otou-san, o Ryuu-kun não é um filhote de preguiça! – contrapôs irritada.

– Se ele é filho do preguiçoso do Shikamaru e dorme tanto quanto ele, não tem apelido que fique melhor – Naruto disse em uma pose contemplativa até que teve uma ideia – A não ser que você prefira outros apelidos tenshi! Podemos pensar em um juntos! – exclamou contente e Hana começou a discutir com o pai que somente ria ao ver a cara da filha enquanto andavam até Hideo, Daisuke e Sasuke.

Saori riu mais uma vez ao ver aquilo e agradeceu por seu pai não ser o único ciumento ali e se virou para Hinata que também apreciava a tudo do seu lado. Hinata era uma mulher muito bela, tinha a aparência de um anjo e tão delicada e educada quanto qualquer princesa que já imaginara, ao mesmo tempo em que sabia ter pulso forte quando preciso e Saori já havia presenciado aquela outra faceta em algumas oportunidades.

– Algum problema Saori-chan? – Hinata questionou ao notar estar sendo observada pela menina.

– Lie, é só que... – hesitou e passou a mexer em uma mecha do cabelo um pouco acanhada – ...eu nunca a agradeci por ter me ajudado naquela época e por ter me trazido para a minha família. Arigatou Hinata-san – disse por fim com um sorriso no rosto e fez uma leve mesura para a perolada.

– Não tem porque me agradecer. Você sempre foi muito querida por todos nós e todos sentiram a sua falta, eu fico feliz de ter conseguido ajudar meus amigos de alguma forma e a você também – Hinata disse acariciando as madeixas de Saori que a encarava de forma terna.

– Oe, vocês duas o que estão fazendo? – Naruto gritou, chamando a atenção das duas.

– Gatinha, porque não vem aqui? – Hideo pediu com um sorriso forçado no rosto e Saori entendeu que ele devia estar querendo ajuda para se livrar do pai.

Hinata e Saori se entreolharam em um olhar cúmplice de que mais nada precisava ser dito e assentiram antes de dirigirem até os rapazes e vislumbrarem uma Sakura radiante ao lado de Sasuke, oferecendo alguns aperitivos que estavam sendo devorados por Naruto.

–*-

O jantar estava acontecendo perfeitamente, da forma como Sakura havia imaginado, todos os seus amigos estavam presente, bem como os filhos destes que pareciam interagir muito bem entre eles. Daisuke segurava a mão de Sasame que conversava algo com Hana e Ryuu, enquanto Saori parecia brigar com Ichiro, e Daisuke e Hideo se metiam na conversa da Uchiha mais nova para impedir que houvesse um assassinato.

– Ei testuda, se eu não achasse que a Akane-chan fosse a nora que eu pedi a Kami, eu ia torcer para a Saori – confidenciou e Sakura riu com o comentário.

– Acho pouco provável aqueles dois juntos, meu Hideo combina bem mais com a Saori – Hinata se intrometeu com orgulho do filho que segurava a mão da namorada.

– Além disso, Akane sabe lutar pelo o quer, não iria desistir tão fácil – Tenten tomou partido da filha.

– Não sejam problemáticas – Temari revirou os olhos e as cinco mulheres se entreolharam e riram dos comentários, era bom ver todos juntos e felizes e terem essas conversas bobas, parecia que finalmente tudo estava nos seu devido lugar.

–*-

Suspirou ao sair pela porta e encostou-se a uma das vigas da varanda, mesmo que fosse bom ficar rodeada de tantas pessoas ela ainda não estava acostumada com isso e, às vezes, precisava de um tempo só para si, como agora. O jantar estava sendo ótimo e como sempre quando todos se reuniam havia muita bagunça e muita gritaria. Mas ela gostava desse clima agradável e familiar que se instaurava quando estavam juntos, apesar de algumas coisas lhe irritarem como o fato de que Hana realmente estava determinada naquele dia, com a ajuda de Sasame, a fazê-la entrar para as líderes e Ichiro parecia se divertir as suas custas com isso. Sorriu em deboche ao pensar que ele nem imaginava que era Akane quem participaria do grupo de pompons do colégio ano que vem.

Levantou os olhos, sentindo algo estranho, como se alguém estivesse a observá-la, olhou para os lados, mas não havia ninguém... Aquela sensação estava deixando-a nervosa e começou a andar pelo jardim sem saber ao certo o que procurava. Quando estava mais perto do portão de acesso a casa pôde ver um carro estacionado bem à frente com alguém encostado neste. Aproximou-se discretamente, tentando não chamar atenção e observou que havia mais alguém ali. Era aquele homem, o mesmo homem que vira saindo da sua casa há um tempo.

Ele usava um terno caro, uma das pernas apoiada no automóvel e os braços cruzados em frente ao peito em uma pose relaxada e ao mesmo tempo altiva, seus cabelos negros estavam presos mais uma vez em um rabo de cavalo baixo e seus olhos cerrados, franzindo um pouco o cenho como se estivesse debatendo algo internamente. Saori arqueou a sobrancelha, o que ele fazia aqui de novo? Não era possível que ele iria querer falar de negócios com o seu pai no dia do Natal! Permaneceu escondida, agora era ela quem o observava, mas logo foi vista pelo homem que a encarou em um misto de surpresa e curiosidade e Saori manteve o olhar sobre ele sem saber ao certo que fazer e parecia que o mesmo podia ser aplicado a ele.

Quando conseguiu reunir coragem o suficiente para se manifestar foi pega de surpresa ao sentir uma mão puxar-lhe para trás, saindo das vistas do estranho, e abafou um grito com a mão ao se dar conta que era Daisuke atrás de si.

– Baka o que está fazendo aqui? A oka-san já estava perguntando por você – o moreno brigou e Saori se virou para o irmão ainda sentindo o coração saltar dentro de si.

– Daisuke... Eu só vim pegar um ar quando... – murmurou – ... quando eu vi que tinha um cara do lado de fora! – avisou um pouco nervosa ao rapaz. Não sabia por que havia ficado angustiada com isso, mas achava que era melhor o irmão saber.

– Quem? – indagou e foi para frente do portão para ver de quem sua irmã falava – Não há ninguém aqui Saori – disse e a mais nova andou até o lado do irmão e observou a rua.

O carro continuava ali, mas o homem havia evaporado na noite. Olhou mais uma vez o automóvel e refletiu se ele não havia se escondido lá. Franziu o cenho e começou a abrir o portão para averiguar, mas foi impedida por Daisuke.

– O que está fazendo?

– Eu vou ver se tem alguém lá dentro! – respondeu um pouco irritada.

– Não seja idiota, não há ninguém lá e se tiver deve ser um daqueles jornalistas chatos. Você vai se irritar a toa – disse e Saori revirou os olhos.

– Só que não era um jornalista, era aquele cara que veio aqui há alguns dias – retrucou e Daisuke arqueou uma sobrancelha, olhando mais uma vez para a rua deserta. Ficaram em silêncio por um minuto, Daisuke refletindo sobre as palavras de irmã e Saori a espera do próximo passo do irmão.

– Deixe isso pra lá, vamos entrar – mandou e começou a puxar Saori para dentro de casa que reclamava consigo.

Daisuke acreditava no que a mais nova vira, se ela havia dito que aquele empresário estava ali, era porque estava, mas Saori tinha a tendência de ser muito impulsiva, bater primeiro e perguntar depois, e o fato dela ter corrido para querer sanar todas as suas dúvidas naquele momento, querendo sair de casa para bater no vidro do carro e verificar se o estranho estava ali, era somente a prova de que agira certo. No momento ele tinha que ser a parte racional e impedir a irmã de se meter em mais uma confusão, afinal não sabiam nada sobre aquele homem ou o que ele pretendia com aquela “visita” no meio da noite.

Estava com o pressentimento de que algo estava prestes a acontecer, o telefonema que atendera há pouco e esse incidente com Saori lhe dava mais certeza disso. A verdade era que foi justamente por causa disso que fora atrás da menor. Estavam no meio do jantar e ele aproveitava um pouco para namorar Sasame já que os amigos pareciam conversar sobre alguma coisa que ele não fazia questão de saber. Os lábios de Sasame eram mais atrativos no momento, mas o telefone tinha que ter tocado e seu pai ordenado que atendesse. Porém, agradeceu por ser ele quem havia recebido a ligação, pois simplesmente ninguém falava nada do outro lado da linha e quanto mais perguntava e se irritava por pensar estar sendo feito de idiota, finalmente ele conseguiu captar um soluço e um choro sofrido e baixo, e aquilo o deixou em alerta.

Ele questionou quem era diversas vezes, sempre observando se não estava chamando a atenção dos outros e percebeu que não via Saori em lugar nenhum e isso o perturbou ainda mais. Sem querer perder mais tempo com aquele telefonema, desligou rapidamente e passou a procurar a irmã por toda a casa até encontrá-la perto do portão da casa espiando algo do lado de fora. Suspirou, agradecendo por não ter acontecido nada e por poder ter impedido a mais nova de ter feito alguma burrada. Agora ele próprio ele investigaria essa história ao mesmo tempo em que Saori também pensava que da próxima vez que encontrasse com esse estranho também tiraria tudo a limpo.

–*-

Depois daquilo Saori e Daisuke ficaram um pouco inquietos um com o outro. Daisuke sempre perguntava a mais nova aonde iria e sempre permanecia em alerta, era como se ele farejasse que a menina estivesse escondendo algo, e ela sabia que estava. Mesmo assim, ter o irmão a vigiando era um incômodo e por mais que brigasse com ele parecia não surtir efeito. Outra coisa que estava deixando-a apreensiva era o fato de que o mais velho havia pedido para não contar nada aos pais a fim de não preocupá-los. Ela concordou e não pode deixar de pensar que mais um item em sua lista de “segredos para os pais” havia sido incluído.

Mas logo o ano novo chegara e após passar o dia com a família teria um momento sem ter que se preocupar com Daisuke já que ele não poderia a impedir de ir até a casa de Akane e terem a “primeira festa de pijama do ano” como nomeara Hana. E ela queria um pouco disso, queria espairecer do que rondava a sua mente, da sensação de constante vigilância do irmão e de algo mais que não sabia explicar, mas, principalmente, queria tentar esquecer um pouco os pesadelos que pareciam estar piorando depois do “presente” que recebera. Balançou a cabeça para evitar pensar nessas coisas e parou em frente a casa dos Hyuugas, admirando o local.

A arquitetura da casa tinha uma estrutura antiga que a lembrava das construções dos palácios e templos budistas que estudava no colégio. O telhado possuía telhas largas sendo curvadas para cima ao final da construção, dando uma declividade na cobertura. A parte de baixo da casa tinha uma grande porta de madeira maciça e logo em frente, praticamente emoldurando a entrada, havia imensas vigas de apoio. A construção fazia divisa com um parque e a moradia se estendia até quase o outro lado da rua, tendo somente mais duas casas em todo o quarteirão. Aquele lugar parecia cada vez maior toda vez que ia até a casa da amiga, “e eu que pensei que a minha casa era grande”, pensou ao imaginar se perdendo ali dentro.

Começou a caminhar em direção a entrada quando a sensação de estar sendo seguida se alastrou por si mais uma vez. “Kuso, de novo isso?”, ultimamente ela vinha tendo muito essa impressão, porém nunca conseguia enxergar alguém ao seu redor, ou melhor, ninguém nunca se mostrava quando tinha alguém ao seu lado e ela também não nunca tinha a oportunidade de enfrentar quem quer que fosse. Mas agora ela estava sozinha. Suspirou e voltou a observar ao redor e notou uma sombra que vinha dentre as árvores do parque.

– Quem está ai? – indagou para o escuro e cerrou os punhos com força, seja quem fosse aquela brincadeira de gato e rato iria acabar ali. Não se surpreendeu ao não ter resposta, mas ela sabia que a pessoa ainda se encontrava lá, estava brincando consigo. Deu um passo para mais perto do parque.

– Quem é você? Porque está me seguindo? – mais uma vez o silêncio, porém ela não demorou muito e ela conseguiu ouvir o som de passos se distanciando. “Está indo embora...” pensou antes de seguir a sombra, adentrando no meio das árvores. – Oe, você! Pare! – gritou para a figura que não esperava que ela fosse idiota a ponto de segui-lo para dentro do parque. Pelo jeito era mais teimosa do que supunha.

– O que quer? – questionou e Saori seguiu o som da voz, encarando as costas do homem a sua frente.

– Eu é que pergunto! O que quer? O que está fazendo aqui?

– Eu só estava passando e te vi... andar no parque é público, sabia? – estava questionando-se se conversava com a garota realmente, isso poderia trazer mais problemas, mas Saori parecia ficar mais irritada com aquela história.

– Mentiroso! – bradou – Eu te vi na noite de natal também, e no ano novo! Quem é você e o quer comigo e a minha família? – exigiu para o moreno que suspirou e sorriu de canto, “não tem jeito mesmo” pensou antes de virar-se para ficar de frente para a garota.

– Você realmente é bem audaciosa por exigir algo de alguém que nem conhece e nem sabe do que é capaz. Eu posso te machucar, sabia garota?

– Você também não sabe do que eu sou capaz e eu também posso te machucar... – respondeu, colocando a mão no bolso da calça. Ela não tinha nenhuma arma, mas o blefe ainda era o trunfo que mais funcionava.

Ele arqueou uma sobrancelha e se perguntou se ela falava a verdade. Recuou um passo e o braço dela foi mais para trás como se a qualquer momento fosse sacar uma arma para lhe desferir o golpe, pelo jeito ela não estava brincando quando disse que queria respostas e refletiu sobre o que diria.

– Está bem, já estava na hora de você saber de tudo.

– Tudo o quê? – questionou entredentes pela demora dele em respondê-la.

– Não devia falar assim comigo... sobrinha – disse com um sorriso de canto e Saori arregalou os olhos.

– O que disse?

– Meu nome é Uchiha Itachi, eu sou seu tio.

– Isso é algum tipo de piada ou o quê? – debochou sem saber ao certo o que pensar daquilo.

– Sasuke é meu irmão mais novo. Você já deve ter notado a semelhança entre nós. – ela não podia contestar aquilo, desde a primeira vez que o vira, ele havia lhe lembrado de seu pai em uma versão mais velha, mas alguma coisa estava errada nessa história.

– Se você é meu tio... porque o otou-san não me contou sobre isso? – indagou um pouco mais calma, porém cautelosa.

– Não precisa ficar na defensiva, eu não vou te machucar – Itachi se pronunciou ao se aproximar da menina – E sobre a sua pergunta, tivemos... algumas desavenças há alguns anos.

– Que tipo de desavenças?

– Acho que seria melhor ele te contar sobre isso – disse e Saori arqueou uma sobrancelha descrente. Ele realmente achava que aquilo seria o bastante?

– Certo, vou até lá perguntar, aproveito e digo que você está me cercando desde a noite de natal, otou-san vai adorar saber e ainda vai melhorar as suas “desavenças” – ironizou e foi a vez Itachi arquear uma sobrancelha e suspirar.

– Você realmente é uma garota difícil... e muito parecida com ele – murmurou a última frase só para si.

– Já me disseram isso – comentou com um sorriso de canto e Itachi retribuiu o gesto ao ver que ela havia o escutado – Além disso, quero saber o que estava fazendo me seguindo e não é o otou-san quem pode me responder.

– Já disse eu não estava te seguindo, o problema era que eu não sabia como abordar o meu irmão, você mesma viu como ele me tratou naquele dia na sua casa – Saori apenas meneou a cabeça, indicando que lembrava-se e Itachi continuou – Eu pensei que no dia de natal eu fosse conseguir persuadi-lo a me receber por causa da época, mas na hora eu percebi que havia muitas pessoas ali e não sabia se continuava com o que planejei, foi quando você apareceu.

– E porque foi embora sem dizer nada? Poderia ter me abordado ali mesmo.

– Não eu não podia, fui... proibido, por assim dizer, de me aproximar de você e de Daisuke e decidi respeitar a decisão de Sasuke – explicou ao cruzar os braços – Mas isso não significava que você não pudesse me procurar – encarou a menor que franziu o cenho com o que ouvira.

– Então você planejou isso desde o início? – sua voz demonstrava a raiva que sentia por ter sido usada.

– Não se exalte, foi algo que me ocorreu na noite de natal e agi por necessidade ou então não estaríamos aqui.

– Acho que isso não devia mesmo ter acontecido se o meu pai não quer que você se aproxime de nós – retrucou dando as costas para o mais velho a fim de sair dali.

– Saori, não faça como Sasuke, por favor, me dê uma chance de explicar tudo. Me ouça! – pediu e a menina hesitou, ela estaria mexendo com o passado do seu pai e não sabia se isso era uma boa ideia, mas ao mesmo tempo pensou que o pai também devia ter contado a verdade sobre o irmão dele. Suspirou e voltou-se para o mais velho.

– Eu vou ouvir, mas não quero que me esconda nada ou amenize para melhorar as coisas para o seu lado e se eu desconfiar de algo vou embora e conto tudo para o otou-san, entendeu? - disse firme, cruzando os braços em frente ao peito.

– Que sobrinha mais mandona eu fui arrumar - e Itachi sorriu de canto ao ver que teria uma oportunidade. - Tudo bem, eu vou lhe contar tudo.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Não me matem ou a Saori por ela não ter contado nada sobre o colar para os pais, se vocês perceberem bem, ela disse que iria contar, só deu um tempo pelo fato de não querer estragar a felicidade da mãe no dia de Natal. Agora o jeito é esperar para ver quando ela vai contar tudo, mas até lá, talvez, Daisuke com o seu jeito de Sherlock já tenha resolvido tudo kkkk Mais um para se meter aonde não devia XD
E, finalmente o Itachi apareceu!!! Sim minha gente era ele naquele dia saindo da casa do Sasuke quando Saori e Daisuke o viram. Eu sei, o Itachi é lindo *cof* e meu *cof* mas o que será que ele quer com o Sasuke, a Saori e toda a família?
No próximo capítulo vocês vão poder entender um pouco mais da relação do Sasuke com o irmão e o resto da família Uchiha, agora sim as coisas estão esquentando e pegando o rumo certo... esse capítulo foi muito importante para a fic e nos próximos as coisas vão se misturar um pouco, então preparem-se ^^

Alguma dúvida? Qualquer coisa já sabem onde me achar!
Beijos e nos vemos na próxima!



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