After Human Race. escrita por QueenOfConeyIsland, Ket


Capítulo 9
Capítulo 9 - Henry


Notas iniciais do capítulo

Gente! Desculpa a demora e tudo mais! Tivemos muitos empecilhos na hora da postagem e tudo mais, espero que compreendam! Xoxo



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As meninas da Academia estavam alarmadas. Todas de janelas fechadas e portas encantadas pra que ninguém não desejado entrasse na casa.

Na realidade as escolas de bruxaria em geral estavam com os estudos parados pois souberam do acidente na mata do dia anterior. Quanto mais discreto, melhor.

Até Cornelia ficava em casa, não saia para fazer absolutamente nada. Ficava o dia inteiro sentada no sofá vermelho da sala bebendo, fumando e ouvindo frank sinatra. Nem o gato saia de casa para caçar, ficava a maior parte do tempo sentado ao lado de Cornelia ou pedindo atenção das meninas.

Já as meninas estavam extremamente mais quietas. Não se via muitos sorrisos naquela casa, apenas rostos preocupados e chorosos. Algumas meninas optaram por sair da academia por não ser mais um lugar seguro para bruxas, mas Cornelia negou a saída delas falando que tinha tudo sobre controle.

As coisas também não estavam muito bem na Giles Corey. Os meninos não podiam mais fazer esportes fora dos alojamentos porque seria muito perigoso, então a maioria deles estavam de saco cheio daquela baboseira de caçador e queriam acabar com eles na primeira oportunidade. A maioria dos garotos estava cheio de raiva, prontos para o combate com caçadores e nem ai pra o que Cedric Alus fosse dizer ou fazer.

Cedric se comunicava com os outros 7 líderes das escolas e decidiu que ninguém poderia sair dos alojamentos até os caçadores desistirem, mas ele mesmo já estava farto de esperar sentado pra que alguma coisa acontecesse, ele mesmo queria lutar.

Henry tentava dormir quando lhe veio o pensamento de que algo ruim aconteceria no dia seguinte. Algo ruim na Academia. Ele não entendia direito o porque mas esses pressentimentos sempre vinham a sua cabeça e geralmente era coisa seria que acabava se concretizando. Henry ignorou o pensamento esquisito e voltou tentar a dormir. Afinal, aquilo não poderia ter algo a ver com magia, ja que o poder dele era completamente diferente. Talvez tenha sido só uma impressão mesmo...

– Ei, margarida, levantando da cama porque o dia está lindo e ensolarado. - Travis gritou entrando no quarto e abrindo as cortinas.

– E dai? Não é como se a gente pudesse sair daqui. - Hanry levantou a cabeça ruiva e olhou para seu colega que tinha um sorriso largo no rosto. - E pare de me chamar de margarida.

– Eu tenho novidades. - Travis levantou as sobrancelhas animado. - Margarida.

– Desenrola Travis, que eu ja to ficando sem paciência.

– Advinha qual das escolas de bruxaria em Louisiana foi escolhida para patrulhar as academias habitadas por apenas garotas?

– O que?

– Margarida, você ta meio lentinha ne? - Travis debochou. - Nós, os alunos maravilhosos e patrulheiros da Giles Corey, fomos selecionados para proteger as academias habitadas por somente meninas tais como a Betty Parris e a Academia de Bruxas de Salém.

Os olhos verdes de Henry se arregalaram.

– COMO ASSIM?!?! - Henry se levantou depressa se trocando o mais rápido possível.

– Tá louco pra ver a Amelia né? - Travis falou com um sorriso torto nos lábios. Henry parou o que estava fazendo e suspirou.

– Não. Eu já tentei com a Amelia e ela me rejeitou muitas vezes, ja cansei de bancar o bobo com ela. To animado porque existem tantas meninas bonitas na Academia e porque a gente vai finalmente fazer alguma coisa.

– Me engana que eu gosto.

– Cara, eu não sei o que é, mas essa menina mexe comigo. Parece que quanto mais ela foge mais eu quero ela.

– Henry. - Travis disse serio e Hanry se virou para olhar. - Cuidado. Amor é algo que engana e machuca, experiência própria.

– Eu não amo a Amelia, Travis.

– É assim que começa, margarida. - Travis riu e saiu do quarto.

Henry se trocou e desceu as escadas encontrando vários meninos com armas pesadas e utensílios esquisitos. Ficou animado de ver que finalmente ia dar um jeito nesses caçadores.

Cedric estava no centro na frente de uma arara de roupas militares e armas com pequenos papeis presos as roupas. Ele chamava menino por menino para pegarem as roupas se trocarem e ficarem mais a vontade com as armas.

– HENRY BLOCH! - Cedric gritou com as roupas do menino em mãos.

Todas as roupas haviam sido desenhadas e feitas a mão para que desse melhor resultado a cada poder que o garoto tivesse. Por exemplo, a roupa de Travis era toda feita de elástico para se esticar junto com o seu corpo. Já a de Henry continha uma fibra especial que desaparecia junto com ele.

Muito bem garotos, agora vamos dividir quem vai para a Betty Parris e quem vai para a Academia de Bruxas de Salém. - Cedric gritou depois que todos estavam uniformizados e armados. - Da letra A até a letra G vão para a Betty Parris. Da letra H em diante vão para a Academia.

Henry trocou um olhar de alívio com Travis e seguiu a multidão para a Academia.

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– Ei, gente, que barulho é esse? - Louise disse olhando para as meninas sentadas na mesa. Kaily, Amelia, Leigh Ann, Louise, Sia, Isa, Ravenna e Adrianne jogavam pôquer quando ouviram um barulho de passos, muitos passos.

– Parecem pessoas. - Sia levantou estreitando os olhos.

– Caçadores? - Adrianne perguntou se levantando também.

– Acho que não, eles ainda não sabem a localização exata da casa. - Kaily disse. Amelia foi até a janela da frente a abriu as cortinas.

– É, não são caçadores. - Ela disse com um meio sorriso no rosto. As meninas ficaram curiosas e se levantaram para ver. Logo outra meninas da casa repararam e desceram tentando ver o que estava lá fora.

– Nossa são militares! - Murmurou uma menina.

– Não bobinha, são os bruxos da Giles Corey. - Sia falou mais alto. Ela tinha um sorriso enorme no rosto.

– Eles ficaram sexys nessas roupas militares. - Disse outra menina dando risadinhas. Logo todas as meninas falavam ao mesmo tempo.

– Ei, tem alguém te olhando lá. - Miranda sussurrou no ouvido de Amelia.

– A morena olhou para os meninos e viu um par de olhos verdes olhando diretamente para ela. Sem perceber esboçou um sorriso. Alguém a deu uma cotovelada sem querer e ela voltou a realidade, fechando a cara e saindo de perto da janela. Miranda observou a cena com um sorriso nos lábios.

– Meninas, juntem-se aqui, por favor. - Cordelia disse em frente a porta principal. As meninas se calaram e foram até seu encontro. - Como vocês já devem ter percebido nossos colegas da Giles Corey se ofereceram para fazer a guarda da nossa Academia. Até as ameaças a nossa escola forem eliminadas, os meninos vão patrulhar o lado de fora e os corredores da casa.

As meninas assentiram e Cordelia abriu as portas. Alguns meninos entraram e foram direto para seus postos, outros já estavam preparados no lado de fora. Todo mundo voltou a fazer o que estava fazendo antes. Amelia suspirou e foi buscar um copo de água na cozinha.

– Oi. - Uma voz rouca falou no ouvido da morena. Ela se virou suspirando e dando de cara com duas esmeraldas brilhantes que aquele maldito ruivo possuía no lugar de olhos.

– Honestamente Henry, você não cansa de me seguir? - Amelia empurrou o ombro de Henry. O ruivo pegou a mão dela que estava no ombro dele e colocou em volta de seu próprio pescoço, colocando suas duas mãos na cintura fina da menina.

– Você não cansa de resistir? - Ele murmurou em seu ouvido. Amelia sorriu.

– Não. - Ela disse com a voz meio tremula enquanto ele passava os lábios em seu pescoço. Um choque de realidade a atingiu e ela empurrou ele com raiva e saiu bufando da cozinha.

Se sentou na mesa com as meninas e pegou suas cartas no pôquer. Suspirou novamente.

– O que foi gata? - Sia disse colocando a mão em cima da mão da amiga.

– Ela ta com raiva porque não sabe se vai aguentar ficar muito tempo perto de Henry. - Leigh Ann disse sem tirar os olhos das caras mas sorriu levemente.

– Cala a boca Leigh! E não é nada disso! - Amelia disse com raiva. As meninas da mesa riram. - Eu só acho essa situação ridícula e machista.

– Como assim machista? - Perguntou Ravenna empurrando um bolo de fixas ao centro da mesa.

– Machista sim, nós somos bruxas e mesmo se não fossemos, nós podemos nos defender muito bem sozinhas, não precisamos de proteção.

– Você vé como machismo, eu vejo como sorte. - Sia disse dando um sorriso malicioso quando um dos meninos passou.

– Olha Sia, ta pra nascer menina mais tarada que você. - Ravenna disse e todas as meninas riram.

Amelia olhou para trás na cozinha e viu Henry a observar com interesse. Ele levantou um copo de água, como em um brinde, e bebeu o resto deixando o copo em cima da mesa e assim, do nada, ele desapareceu. Voltou a olhar para frente mas sentiu lábios tocarem seu ombro direito, mesmo que não visse ninguém. Suspirou.

É, esses dias seriam mais difíceis do que Amelia esperava.


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