After Human Race. escrita por QueenOfConeyIsland, Ket


Capítulo 6
Capítulo 6 - Louise


Notas iniciais do capítulo

Oioi gentee! Só passei pra agradecer a todos que estão acompanhando a fanfic, e para dizer que espero muito que gostem!



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Louise sentiu a energia do lugar em questão de segundos.

Chegar aquela mesma campina verde, sobre um céu estrelado e sentir a energia de paz entre as academias, trazia uma sensação aconchegante para seu coração. Ver todos os bruxos que competiam entre si largarem esse sentimento bruto e agressivo de competitividade era fascinante para ela.

Pela terceira vez consecutiva, a Academia de Bruxas de Salém era a ultima a chegar no Samhain, e era um pouco humilhante, não só ao ponto de vista de Louise, chegar por ultimo. Cornélia não parecia se importar, ela dava aquele sorriso magnífico para todos os presentes, e deixava bem claro que ela era a Rainha daquele local. Louise admirava a confiança de Cornélia, e se espantou quando soube que Martha Thompson, diretora da Academia de Bruxas New England, uma academia para bruxas certinhas e extremamente nojentas, disse a Cornélia que parasse de usar esse sorriso, pois ela não era a rainha. A resposta de Cornélia foi com certeza a melhor do século: "Ao contrário de algumas, eu não preciso pressionar outras para impor que sou rainha, é só minha presença encostar no local que as pessoas percebem". Logo, as bruxas de New England se tornaram rivais fervorosas das bruxas de Salém.

As vestimentas sempre marcavam muito todos ali. Os meninos da Giles Corey todos de farda branca, as meninas da New England com seus vestidinhos brancos dizendo "Somos boas moças", depois haviam os garotos meio "alternativos" da Merlin's Sons usando roupas brancas diversas, e entre outros. Mas com certeza, as coroas de flores da nossa amada Academia de Bruxas de Salém se destava. Louise riu quando viu as meninas da Betty Parris School assoviarem para elas.

Logo Cornélia se juntou ao conselho dos sete grandes bruxos para ser iniciado o Samhain do Dia de Todos Os Santos, ou Halloween. Algumas palavras comoventes do conselho, que na opinião de Louise, já ficava deprimente devido as repetidas vezes que era proferidas, e então começou o verdadeiro Samhain. Adrianne, Amélia, Isa, Kaily, Leigh Ann, Louise e Sia conversavam em rodinha enquanto tomavam ponche, logo Anna Young, uma aluna da Betty Parris que era bem amiga das meninas, pulou encima de Louise.

– Meninas! - Ela gritou mesmo com a voz rouca. - Tenho que admitir, vocês são as mais legais esse ano. Cornélia está de parabéns!

As meninas riram e agradeceram. Logo a morena baixinha se virou para Louise e disse:

– Temos que conversar! Meninas! Vou roubar a Lou de vocês um instante!

Anna correu saltitando a campina até chegar em uma parte mais afastada onde algumas meninas conversavam. Uma delas, alta de cabelos pretos e curtos olhou Louise, que estremeceu e após voltar de seu transe Anna a fitava com uma cara estranha.

– Lou..? - Ela disse.

Louise tremeu e disse:

– Diga.

Anna ajeitou a saia branca que ficava um pouco acima dos joelhos e disse:

– Se lembra do Isaac Johnson? Da Giles?

Louise franziu o cenho e disse:

– O idiota? Com certeza.

Anna riu.

– Meu irmão disse que ele está querendo ficar com você.

Louise riu.

– Não! Sem chance! Não adianta ser bonitinho, tem que ser bom de coração.

Anna franziu o cenho e disse:

– Ashton diz que você é muito difícil, e que acha que nunca se apaixonou.

Louise riu da careta que Anna fez e disse a puxando para um abraço.

– Anna, um dia eu vou me apaixonar por alguém, pode ser qualquer pessoa, desde que tenha um bom coração. Diga a seu irmão que eu estou bem até agora.

Anna riu e disse:

– Qualquer um?

Louise assentiu rindo e se virou. A menina de cabelos pretos ainda encarava ela. Louise se perguntou se havia algum dia feito alguma coisa para aquela garota...

Amélia passou como um raio por Anna e Louise. Anna franziu o cenho e perguntou:

– Amélia! Onde vai?

Amélia olhou para os lados e disse:

– Fugir de uma pessoa.

Louise gargalhou.

– Henry de novo?

Amélia afirmou e disse:

– Ele está atrás de mim, tenho que ir.

As duas riram e saíram andando até Ashton, irmão de Anna, que fumava um cigarro encostado a uma árvore. Os cabelos pretos no melhor estilo James Dean, tinha no rosto sua melhor expressão de menino mau, usava uma camisa branca amassada e um calção branco. Ele parecia estar em outro lugar, não ligando nem um pouco para o Samhain. As duas chegaram uma de cada lado de Ashton, e o menino as olhou sorrindo e tirando o cigarro da boca.

– Louise... - Ele disse rouco. - As meninas de Salém se superaram este ano, hein?

Louise riu. Ashton tragou seu cigarro novamente e disse:

– Quem é a morena nova?

Louise sorriu de canto.

– Kaily Lundgreen. Porque?

Ashton deu uma risada anasalada e disse:

– Ela é interessante. Tem olhos bonitos.

Anna colocou as mãos para o alto e disse:

– Hmm! Já entendi! Vou procurar Thomas, não vejo aquele arranha céu faz séculos. Ashton, não fique dando encima das minhas amigas.

Os dois riram vendo Anna se distanciar. Louise se pôs a frente de Ashton e disse?

– O que temos então? Quer que eu apresente os dois?

Ashton sorriu se desgrudando da árvore e disse:

– Você me conhece bem, Lou.

Louise sorriu.

– Acho que ela vai gostar de você.

Os dois andaram até Kaily e ficaram por lá, até Louise deixar os dois conversarem sozinhos. Louise avistou Sia e Amélia que conversavam secretamente e se juntou a elas. Sia sorria igual a uma idiota e Amélia ria.

– Sobre o que conversam? - Louise perguntou.

Sia sorriu abertamente.

– Brian me chamou para sair.

Amélia sorriu.

– Um encontro as escuras, faz tempo que não vemos um, não é mesmo, Lou?

Louise assentiu comentando:

– Ashton está conversando com a Kaily.

Amélia abriu a boca e depois disse:

– Não creio! Oh céus! Os dois combinam tanto! Digo, ele é todo Arctic Monkeys e a Kaily é toda Arabella! Meu Deus!

Sia sorriu.

– Agora só falta você, Amélinha! Henry está vindo ai.

Amélia revirou os olhos e disse:

– Podem ir, eu resolvo sozinha.

Sia saiu com Louise aos braços e disse:

– Lembre-se, amiga: Fardas são sensuais!

Louise gargalhou e viu Amélia fazer careta.

Sia observou Kaily e Ashton conversando um pouco longe da campina. Louise a ouviu suspirar e sorrir, o que fez com que Louise sorrisse também. Logo ela desviou o olhar para a fogueira, e viu que uma mulher de vestido branco e cabelos loiros completamente bagunçados atravessar a campina em direção a grande fogueira e cair no caminho. As meninas foram alarmadas pela grande euforia. Ouviam-se gritos de surpresa e outros sons. Louise olhou para todos os lados e viu Cornélia gritar para que todos se unissem na fogueira. As duas correram em direção a ela e a medida que foram se aproximando, observaram os detalhes da mulher caída no chão. A camisola branca estava suja de sangue, ela tinha um buraco de bala na testa e estava com terra em todos os locais. Todos os bruxos e bruxas se uniram.

Cedric Alus, um dos sete supremos e diretor da Giles Corey, se aproximou da mulher e mesmo com o par de luvas brancas impecáveis que usava, enfiou a mão direita dentro do buraco na testa da mulher. Todos observaram ele retirar uma bala de prata da testa dela. Sia tapou a boca indicando que estava nauseada, e Louise olhou para o lado. Cedric olhou para Cornélia e outros membros do conselho e disse, se virando para os bruxos:

– Caçadores de bruxas. Temos caçadores de bruxas na região, apaguemos a fogueira e cada um volta pra suas respectivas Academias com seus diretores e anciões. GILES COREY! FORMAÇÃO! COMIGO!

Kaily se juntou a Louise e a Sia, com Amélia a seu lado, e logo Adrianne e Isa se juntaram. Leigh Ann foi chegando completamente acanhada e agarrou-se ao braço de Adrianne. As meninas se juntaram e seguiram para a fila da Academia de Bruxas de Salém.

O caminho todo foi silencioso e assustador. Se os caçadores haviam chegado aos pântanos, não demorariam muito tempo a atacarem as Academias. Cornélia mantinha sua posição forte e destemida por fora, mas por dentro, todas as meninas sabiam que ela estava morrendo de medo. Os caçadores de bruxas eram de longe, o pior medo de todos ali, eles aterrorizavam mais do que qualquer coisa, e só daquela situação da fogueira, já dava motivo o suficiente para nenhum bruxo ou bruxa sair de sua academia. Ninguém ali queria morrer.

Ao chegar no casarão, sem dar nenhuma palavra, e as preces, Cornélia abriu a porta branca e deixou que todas as meninas entrassem no casarão. Assim que todas entraram, ela trancou a porta, fechou todas as janelas, e trancou todas as portas. Logo ela reuniu todas no salão central e disse:

– Devemos ficar atentas, meninas. Agora mais do que nunca precisamos umas das outras. Boa noite a todas, amanhã não haverão aulas.

E assim a noite terminou. Todas subiram para seus devidos quartos sem dar nenhuma palavra, fechando todas as janelas, e temendo pelo dia seguinte. Deixaram que a noite as envolvesse, e aquele dia terminasse com uma pergunta: Onde estão os caçadores nesse exato momento?


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