Três meses depois *

Len pov~

Depois de tudo aquilo Rin ainda não havia se recuperado. Saber que sua própria irmã se matou por causa dela deve ser muito doloroso... Eu não pude ir no lugar de SeeU e agora Rin está assim... Sem vida...

– Len...- Rin chamou-me ainda melancólica.

– Sim, meu amor?- A abracei.

A mesma aconchegou-se em meus braços... E como sempre desde duas semanas atrás começou a chorar. Se isso alivia a dor dela eu não me importo de ficar o dia inteiro consolando ela assim.

– E-Eu... Eu quero visitar o túmulo de SeeU...- Gaguejava vez ou outra por conta do choro.

– Ok...- Beijei sua testa.-Troque de roupa e eu a levo lá.- Sorrio gentilmente.

Vou para a cozinha enquanto Rin se dirige em direção ao banheiro.

– Como isso foi acontecer com a gente?...- Suspiro e pego uma laranja. - A loirinha me odiava naquela época... - Rio fraco e começo a descascar a mesma.

Sento-me na cadeira e espero Rin.

Rin pov~

Adentrei o banheiro com certa preguiça. Eu estava sentindo enjôos faz um tempo e meus pés doíam, que estranho... Mas no momento me sentia um lixo.

– É tudo culpa minha... - Suspirei e despi-me , logo adentrei a banheira com certa preguiça.

– Será que o Len me odeia? Eu estraguei sua vida...- Suspirei fundo e lágrimas formaram-se novamente em meus olhos...- D-Droga...

Antes eu havia pensado que SeeU estava morta, agora.... Ela realmente está...

Encaro fixamente a tesoura que Len havia usado para cortar alguns fios soltos da toalha dele.

– Isso... Resolveria nossos problemas... Certo?.-Encarei aquilo com olhos melancólicos, eu não quero morrer... mas não quero viver.

– Eu...- Vou em direção a tesoura.- Eu... Não quero que Len sofra mais...

Seguro a tesoura o mais firme que consigo, minhas mão estavam soadas, eu estava nervosa, eu quero viver por ele, mas também morrer por ele.

– Rin...? Você ta demorando muito...- Len bufa.- Ei, abre logo, a gente não ia sair?

– L-Len...- minha voz sai trêmula.- Desculpa por tudo que eu fiz na sua vida...

– R-Rin, o que você ta dizendo?.- Len tenta abrir a porta desesperado, desculpe, isso vai acabar logo.

– Eu estou indo me desculpar com SeeU...- Len batia desesperado na porta.

– Rin! Pare de dizer besteiras! Eu te amo! Seeu deu a vida para te salvar! Não faça algo assim!.- Len a esse ponto estava quase arrombando a porta....

– Ei Len...- Destranco a porta.- Brincadeira!.- Mostro a língua.

– Você é louca!.- Len grita comigo... pela primeira vez...

– D-Descula.- Rio meio triste.

Len me abraça com toda sua força. Eu retribuo o abraço.

– Haaaaaaam Rin....- Len olha para o teto.- Sua toalha caiu.- Seu rosto estava completamente corado.

– P-P-Pervetido!!!!.- Me abaixo rapidamente e pego minha toalha.

Len se vira e eu volto para o banheiro, coloco uma regata qualquer, um shorts preto e meu all star cano longo, claaaro que sem esquecer meu inseparável laço.Saio do banheiro e procuro Len.

–Len, to proooooonta!.- Olho ao redor e nada do loiro shota.

Desso as escadas com certa pressa, onde o loiro está?

– Leeeeeeeeeeeeeeeeeeeen, desgraça loira!!! Cadê você!??.- Berro pela casa, isso Rin! Acorda o bebê da vizinha!

Olho para o jardim e vejo Len brincando com um bebê, seu sorriso era gigante, e uma mulher corada e brincando com eles, mais fácil dizendo... Encarando meu Len!! O QUE ESSA VADIA PENSA QUE TA FAZENDO BRINCANDO DE FAMILIA COM MEU MACHO SHOTA?!

– Len!.- Corro até o quintal e fico ao lado dele.- Não suma assim tão do nada! E o que você ta fazendo?.- Olho para a criança, que fofa. Na verdade, eu meio que amo crianças, tão inocentes e fofas... hehehe.

– Ah, desculpe... é que eu meio que gosto de crianças e eu ajudei esse garotinho a pegar a bola dele.- Riu.- Desculpe amiguinho, tenho que ir. A senhorita monstro quer que eu leve ela pra ficar gorda de tanto sorvete que vai comer.- Riu-se mais uma vez.

– Ei!- Dei um tapa na cabeça dele.- Desculpe-me pequeno, mas eu infelizmente preciso desse shota pra poder me alimentar.- Agachei-me e beijei sua testa.

*

*

Len pegou o carro e fomos a algum lugar para poder tomar sorvete.

– Rin...- Len me chamou sem se desconcentrar em dirigir.

– Diga.- Sorrio.

– Você já pensou em... Hamm.... sei lá... ter uma família?.- Pera aí... Oi?

– Haaam Len, eu tenho uma família...- O olho como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

– não essa família sua idiota.- Len ri.- Tipo, eu e você e nossos filhos...

– É... bom... eu gostaria...baaaka...- Sussurrei.

– Eu te ouvi.- Sorriu feito um idiota... Droga, eu amo esse sorriso...

– Baaaka...- Olho pela janela, meio corada.

Chegamos enfim a sorveteria, mas espera... Eu conheço aqui.

– Foi aqui que conhecemos Kaito.- Falamos em uníssono. Admito que isso foi meio engraçado.

Olhamos para a sorveteria quem estava lá? A família Shion inteira... Kaito, kaiko, akaito, nigaito, akaiko, ,Taito, Taiko, Kikaito e, Kizaito, mokaito, kamaito, zeito e enfim Nigaiko-chaaan. O pai deles deve ter transado com um arco-íris...

– Oiee geeente.- Fiz pose de diva.- A loira mais gostosa do mundo chegou.

Agora, magine a cena, eu linda e maravilhosa, maravilinda, sendo afogada em meio a milhares de shions. Imaginou? Então... foi isso que aconteceu...

– E-E-E...u... vou morrer... sem ar!- Eu estava literalmente quase morrendo.

– Riiiiiiiiiiiin-chaaaaaaaaaaaaaaaaaaaan!!- Todos gritaram em uníssono,- Sentimos saudades!

– me amem menos plebeus.- Eu disse com voz mandona, ou tentei dizer NE, porque né...

– Nós te amamooooos!.- Nossa, parece até uma platéia de show caraaaaa!!!

– Também amo vocÊs meu povo.- Eu mandava beijinhos para eles.

– Riiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiin-Chaaaaaaaaaaaaan!- Ouço uma voz super aguda me chamar.

– Rato veeeeeeerde-água!- Abracei Miku (depos de escapar com esforço dos Shions)

– Que saudade!

– Eu que digo isso, vadia verde... nunca mais me visitou.

Abracei Miku e fomos tomar Milk shake.

(queeeeeeeebra de tempoooo paaam paaam paaam)

Enfim chegou a noite, foi um dia muuuito bom hoje. Me diverti bastante!

– Rin Temos que ir.- Len chamou-me.

– Ok ok, seu chato.- Dei língua pra ele.

– Tchau Miku, Shions!.- Acenei para eles e abracei cada um deles.

Adentrei o carro e Len nos levou para casa. Já era meia noite e pouca.

– Eu te amo Rin.- Len estacionou o carro.

– Ei Len... Haaam... O que você faria se eu... por acaso, estivesse grávida...?- Falei com voz baixa meio envergonhada.

– Eu gostaria que isso fosse verdade, porque seria uma coisa maravilhosa...- Riu.

– E... Se eu dissesse que talvez... seja verdade...?

Len me olhou serio por um pequeno tempo, logo abriu um largo sorriso.

– Eu... Eu estou tremendamente feliz... Muito feliz mesmo! – Len me abraçou e eu retribui o abraço.

Adentramos a casa e fomos comer o que? Pizza!!!!! Uhuuuuul!!

*ONZE MESES DEPOIS*

O que dizer da minha vida e de Len? Está melhor do que nunca! E sobre SeeU? Bem... ainda me sinto ruim as vezes mas eu agradeço eternamente pelo o que ela fez!

– Len!! O quato do Luke ta arrumado direitinho?.- Gritei enquanto segurava Luke, agora com dois meses! Um fofo!

– Tá siiiiiiim!.- Ouço sua voz.

Subo as escadas com pressa e entro no quarto do meu filho.

– Olhe Luke! Seu novo quarto!.- Sorrio para ele.

Len chega perto de mim e me abraça pela cintura.

– Eu te amo Rin, eu te amo Luke.- Sorri feito bobo.

– Eu amo seu sorriso.

Meu príncipe.

Meu Romeu.