Nesse instante meu celular começou tocando. Não estava reconhecendo o número mas atendi mesmo assim.

-Alô?

-Bom dia. – Falou uma voz masculina do outro lado da linha, que eu sinceramente não estava reconhecendo.

-Quem fala? – Perguntei amargamente.

-Jazz. – Responderam e eu me xinguei mentalmente pela minha grosseria.

-Jasper! Bom dia. – Me corrigi falando mais animada.

-Bom dia flor. Queria convidar você para um café da manhã comigo. Já tomou? - Me perguntou amável.

-Não, não. Acordei à pouquinho tempo. - Suspirei.

-Ótimo. Recomendo a esplanada ao lado do Citrus Country Library. Estarei lá esperando você. – Falou desligando a chamada.

Nem esperou eu dizer quanto tempo iria demorar a me arranjar. Simplesmente falou que estaria esperando por mim. Há homem mais maravilhoso que esse?

Me arranjei em tempo recorde. 15 minutos. Não queria deixar Jazz esperando por mim muito tempo.

-Onde você vai? – Nessie perguntou.

-Vou tomar o café da manhã com um amigo perto da biblioteca da cidade. Não esperem por mim. – Anunciei pegando as chaves do Jeep e mandando um beijinho pelo ar.

Arranquei a alta velocidade para a biblioteca e estacionei meu Jeep do lado de uma maravilhosa Ducati. De quem seria?

Me perdi em pensamentos naquela mota que nem notei Jazz chegando. Ele parou ao lado da mota passando a mão por ela e se encostando nela em seguida.

-Gostou? – Perguntou pra mim com aquele ar de bad boy. Amei!

Ele vestia umas calças jeans desbotadas e com rasgões e uma blusa de regata branca. Trazia pendendo em um dos ombros seu casaco de couro preto e na ponta do nariz uns óculos Ray Ban.

-É sua? – Perguntei completamente enfeitiçada pela moto… e pelo dono dela, admito.

-É – Respondeu sorrindo pra mim e de braço cruzado, exibindo os seus musculosos bíceps. – Vamos tomar o café da manhã? Estou esfomeado. – Convidou esfregando uma mão na barriga e passando a outra pelos meus ombros. Me arrepiei toda com o cheiro maravilhoso que ele exalava. Reconheci logo o perfume como sendo o meu preferido. Diesel for Man.

-Vamos. – Respondi num suspiro, sentindo um arrepio me passar pela espinha.

Ele nos encaminhou até uma mesa na esplanada da confeitaria. A mesa estava repleta de bolos, frutas, torradas, geleias, sucos variados, café, chá, chocolate e leite.

-Eu adiantei o pedido…se você não se incomodar. Se quiser algo mais que não esteja aqui, é só pedir. – Declarou primeiramente passando a mão no meu cabelo e depois segurando minha mão carinhosamente. Mais uma vez eu estremeci e esqueci como era falar. Ele pigarreou e segurou o riso e eu acordei do transe.

-Claro…que não me importo. – Respondi encabulada e, certamente, rubra. Me sentei em uma cadeira, que ele ajudou a puxar e a sentar, faça-se notar, e sentou na cadeira em frente à minha.

-Então, me fale de você. – Incentivou ele.

-De…mim? – Gaguejei um pouco perplexa.

-Sim, de você. Ou tem aqui mais alguém. – Brincou gargalhando de leve. – Fale de suas irmãs… - Sugeriu ao acaso.

-Bem, como já havia dito antes, eu sou a mais velha das três, com 21 anos. Depois vem a Rosalie com 19 e a Renesmee, a caçulinha, que vai fazer 17.

-A Rosalie é aquela loira? Parece mais velha. - Constatou.

-A mais assanhada, quer você dizer. – Anui um pouco maldosa.

-Espampanante eu diria. – Corrigiu gargalhando em seguida me fazendo gargalhar junto. – A Renesmee tenho a impressão que não a vi.

-É uma ruivinha. Ama fotografia e é uma avoada que só ela mesmo. – Descrevi superficialmente.

-Fotografia? Interessante. Eu tenho um grande amigo que também é fotografo. Com certeza sua irmã iria gostar de conhecer ele. Jacob Black, já ouviu falar? – Perguntou e eu arregalei os olhos tentando não me engasgar com o chocolate quente que bebia.

-Como não. Ele estava cantando minha irmã ontem. Tive uma péssima impressão dele a princípio. - Contei me relembrando com receio da noite anterior.

-O Black? Cantando alguém? Tenho mesmo de conhecer essa sua irmã. Deve ser muito especial. Ele é muito tímido e vive fugindo da mulherada. Houve uma altura que eu pensei que ele fosse boiola. Mas agora sua irmã tirou todas as possíveis duvidas que eu pudesse ter. – Declarou divertido e um poucou espantado. Eu escutava aquilo tudo boquiaberta. E eu que pensei que fosse algum garoto que vive de mulheres e boa vida. Coitado.

-Acredita que eu achei que ele fosse maior de idade e quase o acusei de assedio e pedofilia? – Contei envergonhada e Jazz gargalhou bem alto, pendendo a cabeleira sensualmente para trás.

-Não precisa nem de se preocupar com o Black. Ele é um excelente rapaz…e virgem. – Sussurrou a última frase, se inclinando para a frente para eu escutar. Meu queixo deve ter despencado cinco andares.

-Você tá brincando! – Sussurrei de volta incrédula.

-Não. – Assegurou prontamente se recompondo. – Pode confiar sua irmã a ele. Estará mais que segura. - Afiançou dando um longo gole no seu suco.

Continua…