Dinner escrita por Ruki-chan


Capítulo 3
Compras — Parte I


Notas iniciais do capítulo

Voltei! E não me atrevi a vir de mãos vazias. ;D

O capítulo da vez talvez tenha ficado chato, grande (tanto é que tive que dividi-lo, se não vocês me matariam) e muito descritivo, confesso. E muitos de vocês já devem estar cheios de toda essa enrolação para fazer a porcaria do jantar! Mas, entendam: eu estou AMANDO escrever essa fic. Vocês não sabem o quanto eu dou risada, sério. Então, tenham paciência que logo acaba... #sqn

Agradecimentos aos usuários: MuraAkaFanGirl13, Marry Jane, KiraKozato, Rafaela Souza e Amanda Sousa. Acreditem, por vocês que eu estou tendo ânimo para escrever, obrigada de verdade. n.n

Mas, eu tenho que ser sincera... Vejo que alguns membros do site estão favoritando a fic [e eu agradeço muito por isso], mas não estão comentando. Pessoal, melhor que adicionar a fic aos seus favoritos, é incentivar e sugerir coisas novas! Imaginem só o quanto vocês terão a mais por esse simples gesto de carinho. ^____^

E antes que comecem a ler, só mais um aviso, aguentem aí: Talvez vocês achem este capítulo um pouco apelativo, [um pouco... –q] mas, pensem que foi por uma boa causa. Alguém aí precisava se vingar do Aomine. U.Ú Curiosos? Então, boa leitura!



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CAPÍTULO 3: Compras – Parte I

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Akashi estava arrependido. Arrependido por pedir ajuda aos amigos e ainda mais arrependido por ter dispensado seus empregados – principalmente o motorista, ah como ele fazia falta... Agora, ele e os demais estavam andando rumo ao local onde o mesmo afirmava ser o único da cidade em que encontrariam os ingredientes necessários para o preparo das receitas do livro.

— Não acha que vamos perder muito tempo andando até lá? — Protestava Midorima, e com razão. Ele fazia questão de lembrar o capitão do erro de dispensar seus criados.

— Não temos escolha. — O ruivo cortou o assunto.

— Tanta coisa naquela despensa... Mas, nada do que precisamos. — Kise dizia triste e inconformado.

— Estou com fome! — Choramingou Murasakibara diminuindo o ritmo.

Todos ignoraram, pois já estavam acostumados com as reclamações vindas do mais alto.

— Vamos logo Muk-kun! — Incentivou a rosada, mas Murasakibara somente bocejou em resposta.

— Akashicchi, por que não pegamos um táxi? — Sugeriu Kise.

— Nem pensar.

— Podíamos pelo menos pegar um ônibus? — Perguntou com lágrimas nos olhos.

— Estava pensando nisso. Mas antes, vamos nos exercitar até chegar à avenida principal. — Kise bufou diante do esclarecimento.

— Andar é um porre. — Reclamou Aomine - que até ali estava se comportando muito bem, diga-se de passagem.

— Vamos imaginar que isso seja uma espécie de treino. — Akashi disse.

— Treino? — Era a vez de Kuroko intervir.

— Sim. Um treino mais brando.

— Bem mais brando. — Reforçou Midorima recordando-se das exaustivas tardes de treino na Teiko. Akashi sorriu em resposta para o amigo.

Conformados, ou nem tanto assim, todos continuaram andando. Mas, Murasakibara diminuía o ritmo pouco a pouco sendo empurrado por Momoi durante boa parte do caminho.

(...)

O destino dos amigos era uma espécie de mercado que se assemelhava bastante a uma feira estrangeira. Akashi comentou que por lá, além de produtos típicos, encontrariam diversas mercadorias importadas, e dentre elas, alguns dos distintos ingredientes que precisavam.

— É aqui. — Apontou Akashi descendo do veículo.

— Chegamos! — Exclamou Kise satisfeito.

— Até que enfim... — Desabafou Aomine assim que saiu do ônibus.

— Que exótico... — Midorima ajeitou os óculos na face e apoiou seu objeto da sorte sobre o antebraço. Notou que o mercado emanava uma aura agradável. Aquele certamente era um ótimo lugar para passear com a família ou amigos, pensava ele.

— Satsuki, você está bem?! — Aomine reparou que a rosada repousava as mãos nos joelhos e parecia estar passando mal. Kuroko ajudou a amiga a se sentar num banco próximo da entrada.

— Que estranho, fiquei assim de repente... — Ela disse.

— O que está sentindo? — Kuroko questionou a amiga enquanto analisava a temperatura apoiando uma das mãos sobre sua testa.

— Enjoo. — Passou a mão pela bochecha. — Também estou suando frio...

— Enjoada? Você?! — Gritou Aomine.

— Sem escândalos, Aomine. — Repreendeu Midorima.

— Por que o espanto? — Akashi, dono de uma incrível habilidade dedutiva, perguntou de braços cruzados fitando o maior. E se Aomine não o conhecesse, diria que ele estava sendo malicioso com cada palavra proferida daquela maldita pergunta.

— Quer que eu pegue alguma coisa, Momoi-chan? — Ofereceu-se Kise gentilmente.

Momoi negou em silêncio.

— Talvez tenha sido o ônibus... — Lembrou Murasakibara.

— Talvez... — Kuroko tentou concordar. — Mas, não me lembro de Momoi-san se sentir mal em ônibus.

Aomine se surpreendeu diante da constatação do fantasma. Ele tinha razão.

— Por um acaso também está sentindo... — Aomine se conteve por alguns instantes. — Tontura?

— Não. — Ela respondeu. E Aomine expeliu todo ar dos pulmões aliviado.

Ambos se entreolharam e o silêncio pairou no ar por alguns minutos. Kuroko foi o primeiro a se pronunciar. Direcionou seus olhos para Momoi e depois os fixou em Aomine quando perguntou:

— Vocês transaram? — Foi direto. Assustadoramente direto.

Momoi e Aomine o encararam pasmos.

— O quê?! Não!! Nem fodendo! Não mesmo! — Aomine gritava espantado. Ninguém ali esperava uma indagação daquele tipo, ainda mais vinda de quem veio.

— Bela escolha de palavras. — Brincou Midorima colocando o bichinho de pelúcia sobre a boca para esconder o riso.

— Vá a merda, Midorima!! — Gritou novamente. — Você acha mesmo que eu faria alguma coisa com a Satsuki?!

— Aominecchi... Você... — Kise não se conformava. Seu rosto era um misto de admiração e nojo, vai entender...

Murasakibara estava com uma singela gota de sangue saindo de uma de suas narinas, provavelmente imaginando a cena.

— Então, vocês não transaram? — Kuroko perguntou novamente.

— Lógico que não! — Momoi não sabia onde esconder o rosto.

— Oh... Ok. Então não pode ser gravidez. — Concluiu Kuroko no ápice da inocência.

— Não, Tetsu-kun! Você sabe que te amo! E estou me guardando pra você, só você! — Momoi passava as mãos pelos seios fartos enquanto simulava um semblante tímido.

Akashi gargalhava por dentro. Aquele fora o primeiro momento do dia no qual sentiu vontade de rir de verdade.

Entretanto... O escândalo daquela discussão passou a chamar a atenção das pessoas que trafegavam próximas dali. Felizmente, o ambiente aberto favorecia a propagação das ondas sonoras para longe, ajudando para que nem todos os consumidores e funcionários do mercado os ouvissem.

— Acho que... Estão olhando pra gente. — Observou Murasakibara.

— Verdade. — Concordou Akashi olhando em volta. Mas, ele não parecia estar muito incomodado; o constrangimento daqueles dois estava sendo bastante divertido.

— Mas Momoi, isso é verdade mesmo? — Midorima insistia no assunto e parecia estar interrogando um criminoso. Mas na verdade, o que ele queria mesmo era se aproveitar do estado emocional de Aomine para se entreter mais um pouco. Tanto ele quanto Akashi estavam partilhando da mesma vontade.

— Claro que é! — Ela confirmou.

— Hm...

Aomine pigarreou suando frio.

— Dai-chan!

— Que foi? Deu vontade de tossir.

— Não seja idiota! — Repreendeu furiosa. — O que eles vão pensar?!

— Em nada! Ninguém aqui tá mentindo, pô! — Aomine virou-se para o lado.

— Enfim... A vida íntima de vocês dois não me diz respeito. Façam o que quiserem na casa de vocês, mas acho melhor pararmos com esse assunto agora. Momoi, você está se sentindo melhor? — Akashi perguntou por fim.

— Depois disso tudo... Acho que sim. — Fez bico e virou-se no banco. Também não queria encarar o amigo de infância.

— Então podemos ir logo às compras? — Perguntou o ruivo forçando um sorriso para a rosada.

— Podemos... — Respondeu seca ainda sem fitar ninguém.

— Ótimo! Por onde começamos? — Kise voltou a falar. E parecia empolgado por notar que haviam tantas coisas interessantes para se ver naquele lugar.

Akashi retirou um pedaço de papel do bolso e o leu atentamente. Midorima ao seu lado, só esperava as ordens. O ruivo tratou de analisar bem os itens da lista e pretendia decidir com sabedoria o que pediria para seus amigos fazerem.

— Não temos muito tempo, vamos nos dividir. — Determinou.

— Ok. — Confirmou Kise ainda animado.

— Como vai ser...? — Murasakibara perguntou coçando a nuca.

— Hm... — Akashi fez uma pausa. — Eu vou com o Midorima. Vocês três vão juntos. — Apontou para Murasakibara, Kise e Aomine, que havia acabado de chegar ao trio.

— Por que eu vou com eles?! Vai ser mais rápido se eu procurar sozinho. — Protestou Aomine.

— Melhor não. Em grupos podemos nos ajudar e assim será mais rápido. — Explicou o capitão.

— Trabalho em equipe? Que inusitado. — Ironizou Aomine. — Já faz um bom tempo que não temos isso aqui. — Bateu o pé.

— E vocês dois vão juntos. — Por fim, Akashi apontou para Momoi e Kuroko. A rosada saltou no pescoço do azulado. Se antes já parecia recuperada, agora era certeza de que ela estava.

— Akashi-kun, não seria melhor eu ir com você? — Insinuou Kuroko.

— Já está decidido, Kuroko. — Midorima afirmou e agarrou o braço do capitão. Ele é que não ficaria a sós com Momoi depois da provocação de minutos atrás. Ela certamente não pararia de falar daquilo por um longo tempo... E ele definitivamente estava sem paciência para aguentar as reclamações dela.

— Tetsuya... Você deve cuidar de sua namorada. — Suspirou. — Lembre-se de que ela quase desmaiou agora há pouco. — Akashi não resistiu e arriscou provocar mais um pouco olhando diretamente para Aomine.

Ele parecia querer descontar o episódio da taça. Só podia ser isso...

— E desde quando esses dois namoram?! — Bradou Aomine.

— Ah, não! Pode parar! Chega de briga! Akashicchi, por favor, diga logo o que vamos ter que pegar! — Kise segurou Aomine antes que ele chegasse perto de Akashi, evitando mais uma discussão.

— Ok, ok. — Dobrou a lista em mãos. — Vocês vão atrás disso aqui. — Akashi pegou o papel dobrado e o partiu num pedaço menor entregando-o para o loiro.

— Nós já voltamos! — Exclamou e puxou Aomine para dentro dos largos corredores do mercado. — Murasakibaracchi! Venha!

— Tenho mesmo? — Perguntou preguiçosamente.

— Vá com eles e eu pago o que você quiser comprar pra você. — Propôs Akashi.

Murasakibara correu em direção a Kise. E sequer cogitou aquilo ser mentira...

— E quanto a vocês dois... — Caminhou na direção de Kuroko. — Vão buscar isso aqui. — Partiu a lista em mais dois pedaços e entregou um deles a Kuroko.

— Certo. Vamos, Momoi-san.

— Sim! — Cantarolou agarrada ao azulado enquanto andavam. Momoi saltitante e Kuroko sendo arrastado.

Akashi virou-se para Midorima e o entregou a última parte da lista.

— Tudo isso? — Expressou ao ler.

— Esperava mesmo que eu deixasse a maior parte com eles?

— Não mas, é que aqui ainda tem bastante coisa.

— Dividi a quantidade dos itens de acordo com o senso de responsabilidade deles.

— E com isso, acabamos ficando com a maior parte...

— Precisamente. — Esse era um ponto que Akashi adorava em Midorima: sua habilidade de compreender e concluir os feitos do capitão. Assentiu sinalizando para que o outro o acompanhasse.

— Então, você acha que todos eles são irresponsáveis?

— Não... Tetsuya não é, mas Momoi deixa a desejar. — E os dois passaram a conversar sobre este e tantos outros assuntos triviais enquanto adentravam ao local em busca dos ingredientes para o jantar.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Logo, logo tem mais! Não esqueçam de comentar, por favor!

Até a próxima!

Beijos. =o.~