Dinner escrita por Ruki-chan


Capítulo 2
Decisão


Notas iniciais do capítulo

Olá de novo! (:

Estou voltando aqui com mais um capítulo de Dinner. Este aqui ficou bem mais longo que o anterior e, espero eu, mais engraçado. Hehe... Mas, antes de começarem a ler eu queria esclarecer uma coisa.

Alerta de Spoiler. Quem aqui não acompanha o mangá semanalmente, pode passar direto:

Quem aqui já leu o capítulo 266 vai estranhar eu me referir aos pais de Akashi, assim no plural. Mas peço que relevem, afinal, a fic já estava sendo escrita antes de lançarem esse capítulo, portanto, finjam que a mamãe está presente. Hehe... ;]

Só isso, boa leitura! :D



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CAPÍTULO 2: Decisão

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A cozinha da casa não era das maiores, mas ainda assim, possuía um tamanho considerável. Com bancadas em torno de quase todo o perímetro do cômodo, várias prateleiras e utensílios de cozinha dos mais variados tipos, todos poderiam dar um jeito de trabalhar ali partilhando o mesmo espaço.

Ou pelo menos, era o que Akashi esperava.

— Mas, por que você não contratou um buffet ou algo do tipo? — Momoi perguntava enquanto Akashi dava passagem para que ela e os outros entrassem antes dele.

— Meus pais não deixaram. — Esclareceu ele.

— Então... Eles queriam era foder com você mesmo. — Dizia Aomine atento aos detalhes do cômodo. Akashi o fuzilou pelas costas, com o olhar, claro.

— Na verdade, meus avós apreciam uma comida mais... Caseira.

— E pediram pra você resolver o jantar... Que chato... — Consolava a rosada.

— Eles exigem muito de você, Akashi-kun. — Kuroko disse a fim de consolar o amigo.

O dono da casa esperou cada um de seus amigos e conferiu para ver se já estavam todos por lá.

— Um, dois, três, quatro, cinco... Cadê o outro? — Perguntou percebendo que certo gigante não estava entre eles.

— Muk-kun? Ele não está aqui?

— Ele estava do meu lado. — Acrescentou Kuroko.

— Sumiu. — Completou Aomine.

— Como um cara de dois metros e meio de altura some desse jeito?! — Perguntava Kise ao azulado.

— E eu sei lá! Não acredito que aquele idiota conseguiu escapar. — E Aomine foi fuzilado pelo maléfico olhar de Akashi mais uma vez.

— Olha ele aí... — Apontou Midorima usando o braço do bichinho de pelúcia. Murasakibara carregava consigo uma caixa suspeita que tinha tirado sabe Deus de onde.

— O que foi? — Perguntou preguiçosamente a todos enquanto tentava abrir a tal caixa.

— Seu maldito...! — Akashi aumentou o tom de voz gradativamente e quase saltou no pescoço do maior. — Esses são os biscoitos da minha mãe!

— São? Desculpe, eu os vi na despensa. É que eles pareciam tão apetitosos... — Fitou a embalagem. — Eu pago depois.

— Como você encontrou a despensa?! — Midorima questionou surpreso.

— Você não entende! Se meu pai contar uma caixa a menos desses biscoitos, ele vai me matar! Ou no mínimo demitir todos os empregados com acesso a despensa! — Akashi estava em pânico.

— Os biscoitos são da sua mãe e é o seu pai que fica bravo? — Kise não entendia. E nem os outros.

— Seu pai deve ser uma criatura muito perversa, não, Aka-chin? — Por pouco Murasakibara não deixou o menor roubar-lhe a caixa da mão. Ele foi mais ágil, e enquanto Akashi corria e saltava para tirar-lhe o doce, este deu um passo para o lado fazendo com que o menor quase desse com a cara na parede.

— Vocês são tão ricos... Por que fazer tanto drama por uma caixa de biscoitos? — Aomine perguntava com desdém.

— Atsushi... Seu filho da...! — A fim de revidar a esquiva do ‘amigo’, Akashi pegou uma das várias facas de um faqueiro próximo e atirou em Murasakibara, que desviou por pouco.

— Você poderia ter me matado Aka-chin. — Desabafou a vítima sem esboçar uma reação precisa.

Já os outros observaram a cena boquiabertos.

Murasakibara retirou a faca da parede e a utilizou para abrir a embalagem.

— Pra mim já chega. Passar bem e boa sorte... — Midorima seguia em direção ao corredor. Mas, foi contido por um Akashi flamejante.

— Nem ouse me deixar aqui com esses imbecis, Shintaro. — Rosnou.

— Ok, ok. — Ajeitou os óculos visivelmente amedrontado.

— Acho melhor começarmos. — Iniciou Momoi.

— O que faremos, Akashi-kun? — Kuroko ajeitava-se em um dos altos bancos do balcão central da cozinha.

— Tenho um bom livro de receitas. Vou buscá-lo.

— Peraí! O que você tá planejando? Não pode exigir muito de nós. Lembre-se de que não sabemos cozinhar direito... — Relembrou Kise.

Akashi simplesmente ignorou o comentário do loiro, revirou os olhos e saiu os deixando a sós.

— Bom! É a minha deixa. — Obviamente, Aomine tentaria escapar.

— Dai-chan! Não se atreva!

— Qual é?! Até parece que vocês querem ajudar esse cabeça de tomate!

— Vai abandoná-lo mesmo depois daquela ameaça?! — Midorima perguntou incrédulo.

— Vou! E aposto que vocês querem fazer o mesmo que eu.

Todos deram um passo para trás, exceto Murasakibara.

— É isso aí Murasakibara! Vamos logo!

— Você tá louco?! Com um estoque daqueles só saio daqui expulso! — Afirmou sentando-se ao lado de Kuroko enquanto devorava os cookies sem piedade.

— Traidor!

— O que foi? — Ele havia voltado rápido demais.

— Ah! De onde você saiu?! Você também é um fantasma?!

Kuroko o encarou tediosamente.

— Olhem só. — De frente para todos no balcão, Akashi abriu o tal livro que continha, segundo ele, as receitas mais apropriadas para a ocasião.

— Legal! Comidas típicas pelo mundo. — Lia Momoi enquanto folheava as primeiras páginas.

— Inglês, é? — Perguntou Aomine.

— É um livro importado.

— O que na sua casa não é?

— Dai-chan!

— É mentira?!

— Cale a boca, Aomine-kun. — Exigiu Kuroko. Aomine o fitou com uma veia saltada na testa.

— Como eu dizia... — Iniciou Akashi. — Vamos escolher algo daqui para o jantar. Acho que o mais apropriado seria um prato principal, com acompanhamentos e a sobremesa.

— Concordo com o último. Podemos ir direto pra sobremesa. — Gracejou Murasakibara com o dedo na boca.

— Ninguém te perguntou nada. — Cortou Aomine.

— Mine-chin?

— O quê?

— Vai se foder. — Murasakibara era mesmo um doce quando irritado.

Todos riram. Menos Aomine, ele estava puto.

— Boa Murasakibara! — Cumprimentou Kise dando-lhe um tapa nas costas.

— Tá todo mundo contra mim agora?!

— Ninguém mais aguenta você, Aomine. Até o Kuroko já te mandou ficar quieto. — Comentava Midorima.

— Humpf! — Aomine bufou e saiu pisando duro em direção a pia procurando um copo para beber água. — É isso que eu ganho por querer ajudar...

— Desde quando mesmo que você queria ajudar? — Midorima provocava de novo.

— Não enche!

Todos, estavam em forma de círculo, ou quase, cochichando sobre o que poderiam (finalmente) preparar para o jantar quando...

‘Crasc!’

— O que foi isso?! — Akashi foi o primeiro a levantar a cabeça e olhar diretamente para Daiki que envarava com cara de paisagem o que parecia ser uma taça quebrada no chão.

— Olha só... Alguém quebrou isso aqui... — Dizia cinicamente.

— Seu idiota! Olha só o que você fez!! — Gritava inconformado.

— Vai dizer que isso era importado também... — Inacreditável. Ele estava mesmo querendo morrer.

—Dai-chan... — Momoi dizia em tom de reprovação meneando a cabeça para o amigo de infância.

Akashi ficou de joelhos ao lado do cristal em pedaços.

— Essa taça... Era... De um conjunto que minha mãe ganhou quando casou com meu pai. — Falava pausadamente enquanto uma nuvem negra era nitidamente vista se formando acima de si.

Kise assobiou.

— Devia ser bem caro então. — Analisou seriamente. — Vamos sentir saudade Aominecchi! — Acenou sorridente para o amigo que o olhou furioso.

— Você está bem, Akashi-kun? — Kuroko se aproximou de Akashi para tentar confortá-lo.

— Tudo bem. Estou bem... — Respirou fundo. — Essa eu vou deixar passar Daiki... Mas, saiba... Mais um vacilo seu e eu solto os dobermanns e jogo você como isca! — Ameaçou aos berros. E o maior tremeu nas bases. A partir de agora teria cuidado, pois sabia que Akashi não brincava quando irritado daquele jeito.

— Podemos continuar? — Momoi perguntou.

— É melhor. — Concordou Akashi enquanto se levantava rumo ao balcão.

— É... Vou precisar de outro copo. — Puxou a manga da camisa de Akashi como uma criança. Akashi passou as mãos pelo rosto imaginando que talvez, e só talvez, chamar seus amigos não tivesse sido boa ideia.

— Eu pego. — O ruivo foi até um dos armários que continha muitos copos de vidro. — Shintaro... Poderia me passar a escada? — Midorima olhou para o lado e avistou uma daquelas pequenas escadas de três degraus que as donas de casa geralmente usavam para alcançar prateleiras altas.

Todos riram.

— Posso saber qual é a graça?!

— Deixa que eu pego, Aka-chin. — Murasakibara lambeu os dedos (pois afinal, esse é o melhor jeito de se limpar as mãos), se levantou e antes mesmo de abrir a porta do armário acariciou a cabeça de Akashi como costumeiramente fazia com Kuroko.

Akashi deu um tapa na mesma e ficou resmungando enquanto Murasakibara levava o objeto para Aomine.

— Aqui está. — O mais alto entregou o copo a Daiki, que agradeceu radiante.

— Estou com fome. — Anunciou Murasakibara após o feito.

— Mas, já?! — Disseram todos.

— Aquela caixa era muito pequena... — Esclarecia com voz chorosa enquanto bagunçava o cabelo. — Acho que vou pegar...

— Nem se atreva!! Só vai comer na hora do jantar. — Akashi disse puxando o maior antes que ele saísse da cozinha e voltou a bancada. Murasakibara o encarou tristonho.

— Podemos decidir logo que vamos fazer, por favor?! — Implorava Kise já cansado de tudo aquilo.

— Estou tentando! — Retrucava Akashi.

— Podíamos fazer isso aqui! — Momoi apontava para uma das receitas do livro.

— Maca... Macarronada italiana?! — Kise tentava ler com a pronuncia correta.

— Comida italiana? Talvez seja uma boa ideia. — O ruivo colocava a mão no queixo analisando os ingredientes e o modo de preparo.

— Parece bom! — Exclamava Midorima já imaginando o prato feito.

— E não parece ser muito difícil de fazer... — Acrescentou Kuroko.

— Só isso? — Disse o arroxeado insatisfeito.

— Não. Vamos incluir os acompanhamentos. — Retomou Akashi.

— Nunca comi macarronada... — Dizia Aomine num devaneio olhando o horizonte pela janela e ainda bebendo a água que pegara.

— O que fica bom macarronada? — Perguntou Kuroko fitando o dono da casa.

— Não tenho ideia.

— Você nunca comeu isso?! — Exclamou Kise.

— Por quê? Deveria?

— Não, é que... Como vamos saber se isso é bom ou não pra servir pro pessoal?

— Meus avós costumam viajar muito para a Itália.

— E macarronada é um prato famoso por lá. — Acrescentou Kuroko. — Deve ser bem saboroso...

— Sim... — Concordou Murasakibara babando em cima dele. Kuroko estapeou o peito do maior para que ele fosse para o lado.

— Decidido, então? — Momoi bateu as mãos contente.

— Tudo bem. — Concluiu Akashi.

— Mas, voltando... O que seria bom para servir com isso? — Agora era Midorima quem falava enquanto virava as páginas do livro de receitas da família Akashi.

— Almôndegas. — Soltou Murasakibara.

— Almôndegas? — Duvidou Kise.

— Sim... Almôndegas. — Confirmou o mais alto.

— Você está certo. É costume almôndegas acompanharem o molho da macarronada. — Akashi sorriu satisfeito.

Tanto Midorima, quanto Kuroko, Momoi e Kise estranharam a súbita participação de Murasakibara na decisão. ‘Ele por um acaso entende de comida italiana?’, pensavam eles.

— E isso aí é feito de que? — Momoi e Kise se pronunciaram, e pareciam suspeitar da procedência do dito cujo.

— Carne. — Respondeu Akashi.

— Vai ser bem caro fazer isso, Aka-chin.

— E você acha mesmo que dinheiro é problema pra esse cara? — Aomine havia voltado a conversa e, logicamente, com suas inconveniências.

— Pra janela Aomine! — Bronqueou Midorima.

— Mas, Aomine tem razão, não me preocupo com o custo contanto que o resultado seja no mínimo satisfatório.

‘Satisfatório? Esse é mesmo o Akashi?’, refletia Midorima.

— Ok. Então o jantar está decidido! Vamos acabar logo com isso? — Kise estava impaciente.

— Vocês acham que essas tais, almôndegas já vão ser suficientes como acompanhamento? — Perguntou Momoi.

— Bom... Acho que não teremos tempo para cozinhar algo mais. — Raciocinou Midorima.

— Concordo. — Deduziu Akashi ao constatar que já haviam perdido um bom tempo naquela conversa sem preparar absolutamente nada.

— Então, vai ser só isso mesmo? — Questionou Kise.

— Sim. — Afirmou Akashi.

— Mas... E a sobremesa? — Murasakibara lembrou prestes a chorar.

— Ainda tem isso... — Desabafou Kise.

— Essa é a parte mais fácil, Kise-chin. — Murasakibara olhou radiante para o loiro que forçou um sorriso.

— Um bolo? — Kuroko não parecia querer estender a conversa.

— Ótima ideia, Testsu-kun! — Momoi agarrou o azulado.

— Boa ideia! — Kise sorriu assentindo.

Midorima e Akashi concordaram silenciosamente.

— Só isso?! — Protestou Murasakibara.

— E o que mais você sugere, Atsuchi? — Perguntou Akashi com peso na voz.

Ele ficou quieto.

— E se fosse isso aqui? — Kuroko apontou para mais uma das páginas do livro onde viu uma receita bastante chamativa.

— Petit Gateau?! — Exclamou Kise. — Eu aprovo!

— Eu também. — Concordou Midorima ajeitando os óculos.

— Delícia! Muito bom, Tetsu-kun! — Momoi agarrou o azulado mais uma vez, apertando-o ainda mais forte. Pobre Kuroko...

— Todos concordam? — Até mesmo Akashi já estava farto e exigia que a decisão fosse feita logo.

— Pra mim tanto faz. — Disse Aomine.

— E você, Atsuchi?

— A baba dele não te diz nada? — E Aomine foi apunhalado por um soco certeiro na barriga.

— Seu filho da puta!! — Aomine investiu no maior, mas foi contido por Midorima e Kuroko. Não demorou muito e eles foram empurrados para longe. Momoi gritava para o amigo de infância desistir de revidar a surra de Murasakibara e Kise... Kise ria ao fundo. E muito.

Akashi assistia a briga dos amigos e passou a ter certeza:

Foi um erro pedir ajuda a eles.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Odiaram? Críticas? Comentem! ;D
Lembrem-se: Quanto mais vocês me animarem, mais eu escrevo! Hahaha!

Até a próxima!

Beijos; =o.~