Never More escrita por Matheus Henrique Martins


Capítulo 5
Dupla Interessante




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Olho meu reflexo no espelho nessa manhã de quarta-feira e gemo audivelmente ao ver o curativo em cima de minha sobrancelha direita, um breve lembrete sútil de que tentaram me matar.

Patty e Kate insistiram na noite anterior que eu me cuidasse, e eu poderia fazer isso, se não estivesse com medo e soubesse quem tinha feito aquilo - o Vampiro não precisaria ter feito aquilo, se quisesse me matar eu já estaria morto.

Eu sei que sou mais perigoso que quem quer que tenha tentado me explodir dentro de meu carro, mas não consigo deixar de pensar na imagem de alguém se abaixando no meu carro e instalando a bomba...

– Deixa disso, Light - digo a mim mesmo, tentando afugentar os pensamentos e terminar de me arrumar para a escola.

A escola seria uma boa depois desse longo final de semana louco e bizarro, ficar entre pessoas normais e sadias deve me fazer esquecer toda essa loucura.

Ou não.

Me volto para meu reflexo e afago meu cabelo castanho cacheado, um pouco úmido depois de meu banho. Meu cabelo é exatamente como eu - uma anomalia - às vezes fica castanho-alourado, às vezes fica num tom preto, dependendo do estado dele.

Hoje, ele está num tom castanho normal e básico, suave e sem nenhum tom loiro se insinuando nele.

Antes de descer para o primeiro andar, dou uma última olhada em meus olhos azuis, outro lembrete sútil de que o dia de ontem vai continuar me perseguindo.

Por que meus olhos estavam daquela cor? Eu posso sim ser uma anomalia, mas os meus olhos?

Eu sei que sou anormal, mas até nesse mundo cheio de fantasmas e outras criaturas, isso representa um péssimo sinal.

– Você vai querer carona?

Bart pergunta assim que termino meu café da manhã. Ele esta todo arrumado, vestido em uma polo da Inglaterra e posso sentir o cheiro de Hugo Boss por todo o cômodo.

– Ahn... claro – eu agradeço. – Não que eu me incomode, mas posso saber de onde veio tanta disposição para você fazer isso?

Bart é um irmão muito legal, mas não me deixaria tocar em seu carro nem morto. Então presumo que tenha algo por trás desse favor inesperadamente gentil.

– Digamos que... alguém da sua escola esteja envolvido. Uma amiga sua.

– Uma amiga? – franzo a testa. – Eu só tenho duas amigas naquela escola e uma delas tem apenas treze anos e um namorado, já a outra tem apenas...

Ele me olha como se eu tivesse deixado algo passar e eu pisco um milhão de vezes, não acreditando no que estou pensando.

– Espera um pouco, Patty tinha um namorado, mas eles terminaram recentemente. Você e elas estão...?

– Não – ele parece desapontado. – Mas estou afim dela. Você não se importa, não é? Eu não quero furar o olho de ninguém e...

– Nem se preocupe. Eu e Patty somos só amigos.

– Ah, então acho que esta ótimo para mim.

– Mas, espera um pouco.

– O que? Qual o problema?

– Patty só tem treze anos.

Ele franze a testa para mim.

– E?

– E daí que você tem quase dezoito!

– E? – ele insiste.

– Você não é meio velho demais para ela?

Bart ri e começa a andar até a entrada de casa, completamente debochado.

– Vença seus próprios preconceitos White, vença seus próprios preconceitos.

– Aí Whitezinho! Quem fez isso com você! Me fala, hein?

Minha amiga humana, e anormalmente histérica, Beverly Falls dá um beijinho em meu curativo e faz um biquinho com os lábios carnudos.

Beverly é loira, alta e tão linda que não faço ideia do que faz em uma escola tão chata quanto a Fox High, nem no que viu em mim para começar uma amizade.

Ela tem namorado, que por ironia também se chama White e eles estão juntos à cinco meses. Mas isso não me impede de sorrir quando ela acaricia meu rosto ou quando pega minha mão e, discretamente, a coloca em sua coxa.

Que o corno se foda.

– Eu já disse, B, eu não sei – digo meio presunçoso. – Meu carro apenas explodiu, por sorte eu não estava nele.

– Oh, Light!

Ela me abraça bem apertado e eu deito minha cabeça em seu ombro magro, dando um olhar malicioso para O Outro White, que esta nos encarando do outro lado do pátio com uma raiva evidente.

– Você sabe que ele vai te falar um monte depois, não sabe? – sussurro em seu ouvido.

– Foda-se – eu quase consigo sentir ela revirando os olhos. – Se ele gostasse mesmo, viria atrás.

Eu me afasto e a encaro, preocupado.

– O que aconteceu? Ele fez algo com você?

Ela desvia os olhos, com uma expressão fria, e depois volta a me olhar nos olhos.

– Eu acho que ele esta me traindo.

Primeiro eu franzo a testa, com a tensão de suas palavras, mas então caio na risada meio segundo depois.

– Não existe nenhuma chance de isso ser verdade, - eu afago a mão dela. – B, olha pra você, e agora olhe para ele. Acha que alguém tão sortudamente feio trairia alguém como você?

Ela balança a cabeça.

– Não faz ideia do quanto ele é cobiçado. Você é um garoto, não faz ideia do que eu estou falando. Ele é muito bonito, você não entende.

Eu engulo em seco. Na verdade, sei muito bem.

– Ele não faria isso, confie em mim.

Ela delibera por um segundo e morde o lábio inferior, as unhas bem feitas crispando ao lado de seu corpo magro.

– Você acha?

Eu balanço a cabeça, fazendo que sim, pisco para ela e dou um sorriso torto e confiante.

– Ah – ela dá de ombros. – Você deve ter razão.

Ela se despede de mim e volta para seu grupo de amigas sentadas no topo da escadaria da escola.

Ando preguiçosamente até meus amigos e eles me olham com surpresa e temor, me pergunto por que.

– Só pode ser mentira – William começa. – Você estava conversando com aquela garota?

Eu meneio a cabeça.

– Qual o problema?

– Me diz qual não é o problema? – Austin rebate.

– Eu conheço Beverly a vida inteira, o que posso fazer?

William se anima.

– Pode apresenta-la para mim, isso você pode fazer!

Ele e Austin dão risadas enquanto reviro os olhos, é impossível ter uma conversa quase séria com esses dois, mas talvez não sejam eles. Estamos no último semestre do primeiro colegial e o ano enfim esta acabando. Depois de um ano inteiro de me matar de estudar, vou ter minhas férias merecidas em algum lugar como a praia de Ibiza.

Só que não.

De repente, ouço um barulho seguido de risadas grossas e rodas no chão do pátio. Me viro e vejo dois skatistas rindo, um sentado no chão com seu skate, que tem uma imagem de girassol, e o outro de pé, em cima de um skate com um desenho de uma... cobra.

Eu avalio o rosto de cada um deles e vejo que os conheço muito bem, até mais do que talvez gostasse de conhecer.

São eles dois: O Garoto Trovão e o Narigudo Antipático, e eles são... amigos.

Pisco cem vezes, achando que aquilo é uma bizarra brincadeira, mas não adianta, aquilo é mesmo verdade. Eles estão aqui.

Todo esse tempo, eles eram amigos, como não pude fazer essa ligação antes? Como pude ser tão idiota de não ter visto isso antes?

Enquanto encaro os dois, percebo que são mesmo muito próximos, pois ambos dizem uma palavra e caem na risada, como velhos amigos. Como irmãos, até.

Não, eles não são irmãos, suas feições são muito diferentes, o Narigudo tem pele albina e o Garoto Trovão tem quase um bronzeado, sem falar do cabelo e da cor dos olhos, que não tem nada a ver.

Eles estudam aqui? , me pergunto reparando que o Narigudo esta com uma mochila nas costas.

Será que sou tão idiota que nem percebi os dois nessa escola o ano inteiro? Será que eles estão aqui a muito tempo? É, talvez eu tenha sido mesmo.

Preciso resolver isso, logo.

Percorro os olhos pelo pátio, procurando minhas parceiras e as encontro. Patty no meio de um grupo de garotas, que não gostam da minha amiga Beverly, e Kate com um carinha, que parece não sei por que, mas esta lhe entregando uma tulipa.

Sei que deveria chama-las, mas é melhor não, quem sabe o que aqueles dois são capazes de fazer? Ainda mais juntos? E se elas forem bloqueadas de novo?

Antes que eu chegue até os dois, o Garoto Trovão levanta a cabeça e me encontra, e pelo modo como me olha, não esperava me ver aqui.

Ele murmura algo para o Narigudo e ele cruza os braços imediatamente, me encarando da mesma forma daquela noite. Com antipatia.

Quando penso que o Garoto Trovão vai se esconder atrás dele, ele se vira de costas e começa a correr.

O que? Esta com medo de mim?

Encaro seu cabelo escovinha de costas enquanto ele corre e, não sei bem por que, mas meus olhos se prendem nele, não me deixando perde-lo de foco, perdê-lo de vista.

Só paro de olhar quando percebo que meu corpo esta parado. Eu tento ir para frente, mas ele não deixa.

Então eu pisco e vejo que não é meu corpo que esta me impedindo, e sim o Narigudo, que me impede com uma de suas mãos grandes.

– Aonde pensa que vai? – ele me encara.

Percebo que ele esta segurando minha mão e eu a solta na hora, sentindo um formigamento ao fazer isso.

– O que vocês pensam que estão fazendo? O que fazem aqui na minha escola?

– Não é sua escola – ele revida. – E o que te faz pensar que eu vou te dizer? – ele repete as palavras daquela noite e eu sinto minha raiva aumentar.

Não gosto dele.

– Vocês são perigosos!

– O que você sabe sobre a gente?

– Que estão por trás de tudo. O assassinato, o bloqueio, isso é culpa sua!

– Sim, é minha culpa o bloqueio – ele admite. – Mas ele não tem nada a ver com isso!

– Como não tem? Ele não é seu parceiro?

– Ele é, mas...

– Vocês nos enganaram desde o começo, - bufei. - E eu pensando que ele era um inocente que precisava ser salvo.

Ele respira fundo pelas narinas grandes.

– O que você vai fazer?

Pelo que vejo, ele parece temeroso com o fato de que eu vá machucar o Garoto Trovão, e isso me deixa animado, de alguma forma. Parece que estou gostando de vê-lo sofrer.

– E se eu machucar? – lanço essa em tom de desafio.

Ele engole em seco e percebo que esta tremendo.

Tiro proveito disso e o lanço no chão num piscar de olhos, jogando caixas de papelão em cima dele para ganhar tempo. E então me viro para ir atrás do Garoto Trovão.

Os corredores da escola estão vazios, mas as salas sempre ficam abertas e solitárias, de modo que os alunos consigam ficar se pegando dentro delas, contanto que nenhum inspetor enxerido te pegue no flagra.

Por experiência própria, me lembro de um caso que Kate resolveu no ano passado, sobre uma garota demoníaca que matou pelo menos catorze alunos debaixo dos nossos narizes.

Katherine a encurralou em uma dessas salas e ateou fogo na garota, e eu me lembro de que a sala era a última do corredor leste.

Quando entro na sala, ali esta a comprovação; o Garoto Trovão esta no fundo da sala, e fica surpreso ao me ver – ou isso ou ele gosta de esbugalhar os olhos por puro esporte.

– Honestamente, vir na minha escola – eu estalo a língua, fingindo desaponto. – Foi realmente uma ideia muito, muito estupida.

Ele me lança um olhar que reconhece isso e levanta as mãos no ar, parecendo desistir. Mas então começa num tom suplicante.

– Por favor, não, eu posso explicar, eu juro que posso.

Eu cruzo os braços.

– Vamos lá, quero ouvir então. O que diabos vocês dois são?

– Eu já disse, sou como você!

Cerro os dentes.

– Você esta sempre vindo com essa, acha que eu sou idiota? Uma inocente foi morta por causa do seu amigo Narigudo e você ainda diz que é como eu? Ha! Eu não sou idiota!

– Health não sabia – ele diz. – Ele pensou que você e suas amigas fossem vampiros e então as bloqueou.

– E quanto à antes? – questiono. – Kate estava tendo uma visão, e então ela foi bloqueada. E a visão era sobre você! O que prova que vocês estão juntos nessa!

– E estamos!

Eu aperto os olhos.

– Calma – ele pede. – Estamos juntos sim, mas estamos do mesmo lado que vocês! Acredite em mim!

Balanço a cabeça.

– Eu nem sei quem são vocês, como pode me pedir isso? E como pode esperar que eu confie em você quando encontro vocês aqui, na minha escola?!

– É nossa escola também – ele rebate essa. – Estudamos aqui desde o começo do ano, assim como você.

Eu sinto um arrepio de desconfiança.

– E nunca nos notou antes?

Ele revira os olhos.

– Claro que sim.

– Tá vendo só!? – eu aponto. – Se vocês estivessem mesmo do nosso lado, teriam ajudado na maioria dos casos que resolvemos por aqui, já que somos tão iguais assim!

– Você não entende...

– Eu entendo muito bem, sim. Vocês são alguma coisa ruim, e estão tramando contra nós, tenho certeza!

Ele suspira alto, como se estivesse cansado de discutir com uma criança, e é claro que fico irritado com isso.

– Ok, White, - ele cruza os braços. – Já que somos conspiradores e estamos tentando matar você e suas amigas, o que eu estou fazendo aqui, apenas conversando com você? Desprotegido e sozinho?

Eu paro, olhando a sala vazia, e escuto o silêncio naquele andar – nenhum som mesmo, apenas o de nossas respirações pesadas.

Ele esta certo, se ele fosse mesmo um Nightmare, se estivesse mesmo armando algo, por que se deixaria ficar sozinho com o membro de um grupo de paranormais poderosos?

Mas então algo me ocorre e vejo que ele pode estar tentando me manipular, agora mesmo, me conduzindo a acreditar em suas palavras para que eu não acabe com ele aqui mesmo.

– Eu nunca insinuei que você queria me matar – eu sibilo. – Nem nada parecido. E também nunca disse meu nome.

A expressão dele vacila com esse comentário, mas é tarde demais – eu o arremesso para trás e levanto todas as cadeiras e mesas da sala, pronto para esmaga-lo.

Penso em Kate e Patty e vejo que nem precisei de ajuda para tirar mais um Nightmare do nosso caminho – vou acabar com ele agora mesmo, sozinho.

Talvez seja melhor assim.

De repente, as mesas e cadeiras voltam ao chão fazendo um barulho bem alto e eu encaro os olhos castanhos do Garoto Trovão... Qual o nome dele mesmo?

Demoro dois segundos para perceber que tem um algo atravessando o meio do meu corpo esguio. Olho pra baixo e sinto uma náusea ao ver a lamina do facão.

– Mas que droga, Health!

Levanto os olhos e o Garoto Trovão esta encarando algo atrás de mim, e eu viro minha cabeça para ver. É o Narigudo. Ele esta com um sorriso de escarnio no rosto albino e seus olhos escuros estão brilhantes. Health, penso, Que nome incomum.

– Não é ótimo se sentir impotente? – ele pergunta numa voz irônica. Sinto um impulso de dizer algo de volta, mas não consigo, parece que toda minha esta se esvaindo... lentamente.

– Deixe-o em paz, Health!

Olho de novo para o Garoto-Trovão/que ainda não sei o nome, e sua expressão é de alguém que esta sofrendo uma dor agoniante.

Sinto algo, de repente, se retirar de mim rudemente, seguido de um barulho titilante no chão. Olho para baixo, o facão esta bem abaixo das minhas pernas, sujo de algo que conheço bem. Sangue. Meu sangue – droga, meu sangue.

– Você esta bem?

O Garoto Trovão esta bem na minha frente, os olhos castanhos claros brilhantes e preocupados. Penso em algo para dizer para ele, o que dizer ao amigo do Narigudo que acabou de me esfaquear bem nas costas?

– Qual o seu nome?

E ele ri, ou pelo é isso que acho que ele esta fazendo, uma vez que seus lábios estão entreabertos e um som rouco e suave escapa deles ruidosamente.

Sim, o filho da mãe esta rindo.

– Rain – ele responde. – Steve Rain.

Eu meneio a cabeça em resposta, me sentindo como alguém que acabara de se drogar, e sinto minhas pernas cedendo e a sala girando, o sol ferindo meus olhos ao passar pelas janelas.

– Nome estranho – digo, antes de cair no abismo da inconsciência.

Quando acordo, minha cabeça esta latejando e sinto minha barriga formigar. Estou com fome? Tento me lembrar se tomei meu café da manhã, mas só sinto um gosto metálico na boca. Sangue? Por que tem sangue na minha boca?

– Finalmente acordou.

Meus olhos se arregalam e Patty e Kate estão na minha frente, os rostos com expressões debochadas.

– Mas que droga. Onde estou?

Ninguém responde e eu me sento no chão, arquejando com pouco de dor. Estamos no estacionamento interno da escola, conhecido também como estacionamento dos professores.

O ar cheira a borracha queimada e cimento seco, e balanço minhas roupas para tirar a poeira delas.

– O que aconteceu?

Patty da uma risadinha irritante.

– Dessa vez, o Sr. Light está envolvido em mais um escândalo – ela começa a imitar um locutor de tv dramático. – O galã estava estirado no chão de uma sala de aula, inconsciente e com uma cara evidente de quem estava dormindo há horas.

– O que? Ahn? Quer parar de curtir com a minha cara?

– Não, ela não esta – Kate diz. – É verdade, isso aconteceu mesmo e – ela respira fundo antes de continuar. – Pode nos explicar o que diabos aconteceu dessa vez?!

Vasculho minha memória, procurando algo essencial que eu estou esquecendo. A ironia é que isso sempre acontece comigo quando mais preciso de minhas memórias, não é? E sempre por inconveniência, eu acabo desmaiando. Aff.

Isso esta parecendo como a última vez, com o Garoto Trovão – que se chama Steve Rain, na verdade.

Espera um pouco aê...

Agora eu me lembro! O Garoto Trovão, Steve! O Narigudo Antipático, Health! Os dois são colegas – digo, amigos – digo, melhores amigos!

– O quê? – Patty escuta tudo com atenção, agora parecendo séria.

– É isso mesmo – digo em voz alta. – Eles são mesmo amigos. Eles estudam aqui na minha escola e estão aqui desde o começo do ano. O Steve me contou isso.

– O que? – ela guincha. – Quem é Steve?

Estou prestes a responder, mas Kate nos corta.

– Temos que sair daqui – ela diz, os olhos vagando para longe, longe do estacionamento.

– O que é agora? – Patty pergunta, tensa.

Ela a olha uma vez, de um jeito estranho, e pisca uma vez antes de responder.

– Eles estão vindo para cá. Os dois estão mesmo juntos e estão vindo para cá. Temos que ir embora.

– Não! – eu digo, na mesma hora. – Vamos esperar eles, vamos acabar com eles antes que...

– O que aconteceu com você? – Patty de repente desce o olhar para mim.

Eu olho uma ferida no estômago. O facão de Health.

– Vamos embora daqui – Patty me pega pelo braço.

– Não, nós...

– White, agora não – Kate me repreende.

E antes que eu possa discutir mais, estou sendo levado até o meu carro.


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