Serpente e Leão escrita por Tami


Capítulo 13
Não posso fugir, a responsabilidade chegou


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura *-* .



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Todos os dias, as sete e meia nós treinávamos, e todos os dias tínhamos ensaio para o baile. Depois de muita discussão e reunião, foi decidido que não iriam treinar somente os alunos da Armada de Dumbledore, afinal, quando os comensais viessem precisaríamos de toda ajuda possível, portanto, toda Hogwarts começou a treinar.

Após duas semanas do incidente na casa dos Malfoys, Narcisa, a mãe de Draco, foi em Hogwarts conversar com ele.

– Mãe? O que faz aqui? – Draco abriu a porta do quarto estranhando ao ver sua mãe.

– Podemos conversar? – Narcisa disse, entrando. – Oi Hermione! – eu estava sentada no sofá, lendo.

– Oi Narcisa!

– Por favor, me chame de Cissa! – sorri e assenti.

– O que quer conversar mãe?

– Ah, vou sair, para deixá-los à sós. – eu disse, já me levantando.

– Não, quero que os dois escutem. – voltei a me sentar. Narcisa entrou no dormitório e sentou-se na poltrona e Draco sentou-se ao meu lado. – Depois daquele dia, me separei de Lúcio, ele estava louco, queria matar os dois e eu não consegui ficar lá ouvindo-o dizer isso, agora estou na casa de uma velha amiga. Mas não foi isso que vim falar com vocês... – ela deu uma pausa, pareceu respirar, pegar fôlego e segurar um choro. – Eu quero que os dois fujam.

– O que? – falei.

– Por que mãe?

– Draco, Hermione, vocês não poderão ficar juntos nunca com Lúcio Malfoy, Voldemort e Bellatrix Lestrange vivos. Lúcio está possesso de raiva, Voldemort aparenta estar fraco, mas sua magia está mais forte do que nunca e Bellatrix, ela é uma louca, e adoraria ver os dois mortos. Por favor, me escutem, Voldemort virá dentro de alguns dias matar os dois, ele não está tão interessado em matar Harry tanto quanto está interessado em matar os dois. Vocês tem que fugir.

– Cissa, desculpe-me, mas não podemos.

– Concordo! – disse Draco, pegando na minha mão.

– Isso vai muito mais além que nós dois... Temos que parar Voldemort já, o mais rápido possível.

– Vocês não entendem né? Vocês vão morrer! – estremeci.

– Não, não vamos! Cissa, Voldemort tentou matar meus amigos e a mim, e agora quer matar Draco também, desculpe-me, mas vou lutar até o fim. Treinamos para isso, nos preparamos! – retruquei.

– Tudo bem, não consegui convencê-los agora, mas por favor, pensem no caso, pensem na possibilidade de fugirem, é o melhor para vocês.

– Mãe, não se preocupe, ficaremos bem, quem tem que se preocupar é a senhora, meu pai não deve ter gostado nada da senhora ter saído de casa!

– Filho, eu estou bem, não se preocupe! Mas enfim, vim aqui para tenta-los convencê-los de fugir, como não consegui, já vou! Espero que mudem de ideia. – disse se levantando e dando um beijo no rosto do Draco e outro em mim.

– De qualquer forma, obrigada pela visita e principalmente, por se preocupar conosco. Ficaremos bem, ok? – falei.

– Eu sei que irão. Até logo! – e saiu.

– Tem certeza que não devemos fugir? – disse Draco para mim.

– Draco, claro que não!

– Eu sei, só estava brincando! – e me beijou.

Logo depois do nosso “momento de amor”, dormimos juntos, de conchinha. Acordamos as 3 da manhã aos prantos, Harry batia na porta nos chamando. Levantamos meio sonolentos, e abrimos a porta.

– Vamos, acordem, precisamos de uma reunião urgente!

– Tá bom, espera ai... – eu disse.

Harry ficou nos esperando na porta enquanto Draco e eu pegamos nossos roupões.

– Até que enfim, vamos logo. – mal chegamos na porta e já tivemos que sair correndo atrás do Harry. Eu estava quase caindo de sono.

Chegamos a sala precisa. Lá estava o grupo de sempre (Rony, Kim, Gina, Luna, Haniel, e agora com a nossa chegada, Harry, Draco e eu).

– Desculpem-me acordá-los essa hora, mas eu recebi notícias não muito boas dos comensais... Eles estão vindo para cá, provavelmente chegarão no prazo de dois dias, eles estão atacando primeiro a casa de alguns bruxos que tem no caminho para cá, e alguns estão atacando os trouxas. Não podemos perder tempo e treinar...

– Agora? – falei em um tom de voz um pouco elevado.

– Não Hermione, mas precisamos fazer algo hoje para atrasá-los, ou não conseguiremos treinar o suficiente!

– Tem razão! – disse Gina.

– De quem você recebeu essas informações? – perguntou Rony.

– Dos centauros.

– E por que não pedimos à eles para atrasá-los? Sei lá, tipo, quem sabe eles possam conseguir com que os trolls os ataquem, quem sabe eles possam criar armadilhas para atrasá-los! – falei.

– Não acho que eles gostariam de arriscar suas vidas, nem os trolls e nem os centauros. – falou Haniel.

– Mas então o que faremos?

– Dementadores! – disse Draco.

– ISSO! – falou Harry.

– Aonde arranjaremos isso?

– Esqueceu que Hogwarts é vigiada por dementadores? É só pedirmos autorização para Dumbledore, ele dará um jeito de pegá-los.

– Tudo bem, mas não vamos falar com ele agora né? – disse Kim.

– É, afinal, com certeza ele deve estar dormindo agora! – falou Luna.

– Tem razão, mas não temos tempo. Eu falo com ele! – disse Harry.

– Boa sorte! Te esperamos aqui. – falou Gina, e logo em seguida deu-lhe um selinho.

– Já volto! – Harry saiu.

Não sei quanto tempo Harry demorou, porque nós nos deitamos no chão e acabamos dormindo, acordei com ele novamente nos chamando.

– Acordem! – Harry sacudia cada um de nós. Todos abriram os olhos, mas ninguém levantou.

– E ai? – falou Rony.

– Consegui! Ele já está mandando os dementadores para aonde os comensais estão. Acho que isso irá atrasá-los pelo menos mais um dia.

– Que ótimo, agora vamos dormir! – falei.

– Espera, antes, queria dizer algo... Não sei como vamos vencer Voldemort, não consegui achar as duas últimas horcruxes, mas continuarei à procura-las por esses dias seguinte.

– Vai ficar tudo bem, você as encontrará. Agora, estou morta, boa-noite.

– Mas...

– Shiu!

– Ok!

O plano dera certo, porque dois dias depois os comensais ainda não tinham chegado a Hogwarts, não estavam muito longe, mas estavam atrasados. O treinamento estava muito intensivo, estávamos exaustos.

– Juro que se os comensais aparecessem agora, eles nem precisariam me matar, porque eu já estou morta de cansaço. – disse Gina ao terminar o treinamento, e eu ri.

– Concordo! Vamos comer algo, to com fome!

– Esfomeada, mas, eu também estou.

Fomos para o refeitório. Eu olhava para o rosto de todos os alunos, e a maioria estava com olheiras.

– Nossa, só de pensar que ainda tem o baile, vou ficar louca!

– Calma, ainda temos a batalha, nem sabemos se iremos sobreviver a ela.

– Credo Hermione, que horror, seja otimista!

– Concordo! – disse Kim juntando-se a nós.

– Ai gente, foi só um comentário. Mas claro que vamos vencer! – pisquei, e ao dar a primeira mordida na pizza de dragão, quis vomitar. Estava assim já havia alguns dias, mas achei que fosse nervosismo, ou algo assim, mas comecei a preocupar.

– Hermione, tudo bem? – Gina colocou sua mão na minha testa.

– Não meninas, preciso ir, depois nos falamos! – sai do refeitório correndo. e fui para o banheiro mais próximo. Vomitei coisas que nem tinha comido, e não foi pouco foi muito. OK, agora era sério. Lavei a boa e sai, sabia o que devia fazer.

Corri para a sala de poções, procurei o que precisava, e achei, era um frasco com uma poção rosa.

– Ai Merlin, por favor, me ajuda! – Sai da sala, fui para a torre mais alta de Hogwarts à procura de um banheiro completamente abandonado, até que achei.

Li as instruções no frasco: “Beba toda a poção, espere cinco minutos e urine. Se o líquido sair verde você está grávida, se sair azul, você não está grávida”. Abri o frasco, e tomei a poção. Cinco minutos depois, urinei, e vi a cor do líquido, que era...

O restante do dia foi tedioso. As aulas estavam muito chatas, e os professores pareciam nervosos com o que viria. Não pudemos deixar de ver as aulas, Dumbledore obrigou-nos. Eu só queria que aquele dia acabasse logo.

Tentei dormir mais cedo a noite, mas não consegui, então me reuni com as meninas na sala comunal da Grifinória. Elas conversavam o tempo inteiro...

– Não é Hermione? – Gina falou comigo.

– Oi?

– Tá tudo bem? – disse Kim.

– Na verdade não meninas, acho melhor eu ir.

– O que? Não, vai nos contar agora o que foi. Brigou com o Draco? – comecei a chorar.

–Hermione, nos conte! – respirei fundo várias vezes, até que me acalmei, e disse:

– Eu... estou grávida! – elas não demonstraram sequer emoção.

– Ok, isso é bom e ruim ao mesmo tempo. – disse Kim, por fim.

– NÃO! Isso não é bom, vamos lutar numa guerra amanhã, e olha a minha idade para ser mãe. O que eu vou fazer com uma criança? – comecei a chorar novamente.

– Vocês não se preveniram? – perguntou Kim.

– Sim, eu tomava a poção todo mês, não sei o que aconteceu... – parei de falar, queria pensar, e elas também não falaram nada. Foi então que eu lembrei... – Ai não, não, não, não, não, não, não... Como sou tão estúpida? Nossa, foi eu, eu que errei... Eu esqueci de tomar a poção esse mês, e fizemos amor. Que droga! – eu estava morrendo de raiva de mim.

– Calma, o que você tem que fazer agora é contar ao Draco, Hermione! – disse Gina.

– Eu sei!

– MENINAS! CORRAM! ELES ESTÃO CHEGANDO! – Neville apareceu na sala correndo e gritando.

– Como assim? – falei enxugando as lágrimas.

– Harry me pediu para avisá-las, Voldemort está vindo, corram...

– Vá Hermione, e conte ao Draco, nos encontramos depois, vou avisar ao resto! – disse Gina, e eu corri para o meu quarto. Chegando lá, vi Draco arrumando algumas roupas minha em uma mala.

– O que é isso?

– Você vai fugir! – ele nem me olhou, continuou guardando as coisas.

– O que? Não vou! – peguei sua mão e a tirei da mala.

– Eu devia ter ouvido minha mãe antes, você não vai ficar aqui, vai fugir, um centauro vai te levar daqui.

– Draco NÃO! Eu não vou fugir, não quero sem a fracote e nem a princesa em perigo de novo!

– HERMIONE, isso aqui não é algo para você demostrar sua força não, ISSO AQUI NÃO É BRINCADEIRA! Você vai fugir e ponto.

– VOCÊ NÃO VAI ME IMPEDIR. EU VOU FICAR, EU VOU LUTAR, NÃO VOU ABANDONAR AS PESSOAS QUE EU GOSTO! – gritei, e ele me deu as costas e bateu a porta do quarto.

Comecei a chorar, eu não podia contar nada pra ele, não agora, se ele queria me tirar da batalha sem saber que eu estou grávida, se souber agora, ai que ele não vai querer mesmo que eu lute. O que eu faço Merlin? Se eu não contar nada à ele e acontecer algo na batalha, ele vai me culpar o resto da vida. Mas eu não posso me acovardar, eu sei me defender, e não vou deixar nada acontecer com meu filho, e depois da batalha eu conto. Mas antes, tenho que conversar com ele. Abri a porta do quarto e vi Draco conversando com Harry na sala.

– Harry, pode me dar licença?

– Não temos tempo para uma DR de vocês. – DR = discussão de relacionamento.

– Não é uma DR. Por favor? – ele saiu. Andei até ficar de frente para Draco. – Meu amor, por favor, se acalma, nada vai me acontecer, eu juro, eu treinei, eu sei me defender, e qualquer coisa, tem você para me salvar. Eu te amo, vamos vencer essa juntos ok?

– Eu me preocupo!

– Eu sei, mas não adianta nada brigarmos agora, vamos unir nossas forças que é melhor. Ta? Afinal, você não quer se casar comigo um dia? – ele assentiu. – Pois então, pense quando tivermos nossos filhos e a gente puder contar a eles sobre essa batalha, não será divertido? – ele riu.

– Ok, só dessa vez vou deixa-la lutar em uma batalha. Eu te amo!

– Eu também te amo! – e nos beijamos.


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Notas finais do capítulo

E ai? Mereço reviews? Comentários? bjs ;* .



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