O Dia Depois do Amanhã escrita por Joy


Capítulo 4
Preparativos


Notas iniciais do capítulo

Meus lindos e lindas, gostaria de pedir perdão a todos vocês por ter me ausentado, admito que pensei em para e excluir essa história. Mas, por gostar muito do anime e, não o fiz. Aconteceram algumas coisas que me fizeram desanimar um pouco, mas estou aqui, voltei e entendo se muitos não sentirem mais o desejo de ler essa história que eu aprendi a amar muito.
Realmente gostaria que todos voltassem a ler "O dia depois do Amanhã", mas entendo se vocês não quiserem mais e sinto muito por isso. Gostaria de deixar bem claro que agora voltei pra valer e vou me esforçar pra não demorar a postar os capítulos.
Aproveitem bem a leitura, esse capítulo não é muito grande, mas é a partir dele que as coisas começam ficar interessantes.



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Passou-se uma semana e meia, Miroku andava inquieto e sua mulher já havia percebido algo de estranho em suas atitudes. Aquele segredo de sua recente experiência o estava corroendo por dentre os ossos. Ele precisava partilhar de seu segredo com alguém. Mas como? Como encontrar as palavras adequadas para um assunto tão delicado?

O monge não achava o assunto em si difícil de ser tratado, mas sim a reação de seu amigo em descobrir que era a reencarnação de uma sacerdotisa. Ele poderia desacreditar da palavra de Miroku, levando tudo como apenas uma brincadeira do amigo. Se fosse a reencarnação de um monge talvez não reagisse da forma esperada, mas Inuyasha além de cabeça dura é um tanto preconceituoso, não seria fácil aceitar sua realidade.

A única pessoa com quem ele poderia contar naquele momento era sua esposa, e procurava entender o motivo pelo qual não lhe revelou a verdade desde o inicio. Então, decidido, se aproxima de Sango que preparava a janta, naquela noite seria servido um delicioso Sakiyaki (que significa assar com rastelo. Na época feudal, essa forma de cozinhar era muito comum entre os camponeses, e guerreiros samurais que o faziam no intervalo de suas batalhas, os alimentos eram arrumados dentro de uma espécie de caçarola japonesa, e suspensos numa pequena fogueira até que o prato estivesse pronto. Nos dias atuais esse nome é usado para identificar a refeição que é preparada). Miroku a abraça por traz de forma amável, sem malicia, o que se tornava totalmente fora de seu costume, e dá-lhe um leve beijo no rosto, logo depois sussurra em seus ouvidos num tom preocupante para a moça, revelando o desejo de conversar com a mesma.

Sango então se vira, e com um olhar de quem não estava entendendo o motivo para tal, pergunta o que aconteceu. Pois, seu jeito, e aquela forma de aproximação a estava deixando preocupada. Ela realmente não entendia o motivo para aquilo, bastava contar-lhe tudo sem cerimônias, mas esse seu comportamento só deixava a pobre mulher aflita e bastante curiosa. Na última vez que teve essa estranha e similar atitude, Miroku ausentou-se por um bom tempo, deixando uma exterminadora angustiada em casa com os filhos que não paravam de aprontar um minuto se quer, afinal eram crianças e não entendiam o que a mãe estava passando. Ela já podia prever que não era um assunto banal, o que estava a caminho. Percebendo o silêncio de seu amado e na tentativa de amenizar a tensão do ambiente, a jovem mãe resolve buscar a atenção dele para si.

De frente ao marido, Sango o abraça de forma maliciosa, desliza sua mão direita subindo das costas até os cabelos do rapaz, e com a mão esquerda o acaricia em sua nuca, usando apenas essa mão faz-lhe leves massagens no local, ao mesmo tempo em que o acariciava mexendo com os dedos em seu cabelo liso, causando-lhe alguns arrepios. Não demorou muito para que aquela mulher sedenta começasse a distribuir vários beijos no pescoço de seu amado marido, subindo aos poucos até seus lábios com forte desejo, deixando assim perceptível todas suas intenções impuras.

Não era essa sua intenção, mas Miroku não resistia àquela caricia que sua bela esposa gostava tanto de lhe fazer, e que sempre que possível a repetia como se fosse um ritual amoroso. Naquele momento o mundo para ele parou de girar e não lhe interessava mais nada, nem os filhos, nem a janta, muito menos Inuyasha. Sua preocupação em conversar com o amigo se esvaiu de sua mente, como as lembranças se despedem de uma pessoa que sofre um forte impacto na cabeça, e num instante se vê com amnésia. Tão rápido quanto um leão em alta velocidade numa perseguição por sua presa.

Em um ávido beijo, Miroku aproveita-se da investida da mulher, e aprofunda aquela situação que se tornara cada vez mais incontrolável. Somente ele sabia o quanto ansiava por mais de sua formosa esposa, e não se contentaria com apenas aquela demonstração de carinho que ela havia lhe feito, era nítido sua apreciação pelas mãos de sua amada naquele local, mas no momento não era o suficiente. Então, as mãos do monge começaram uma dança ritmada que mudava o estilo lentamente pelo corpo de Sango, iniciava com uma romântica e delicada valsa, alternando com um sensual e devasso tango, enquanto ele a beijava de forma intensa.

A mulher já enlouquecia com o forte e experiente toque do marido, e permitia-se escapar alguns gemidos, enquanto arqueava levemente as costas para traz e era amparada pelos braços fortes de seu amante. Que sem sessar as caricias, a guiava em direção à parede. Fora de si, Miroku começa a levantar o kimono de Sango subindo das pernas da mulher até as nádegas vagarosamente, e com as mãos leves causando um grande arrepio na exterminadora, finalmente ele a ergue para que ficasse com as pernas enlaçadas em suas costas.

O eterno casal apaixonado já ia à loucura, quando um odor desagradável invade suas narinas e imediatamente um ar burlesco preenche o local. Os amantes começam a rir descontroladamente, lembrando-se da janta que Sango havia posto no fogo para cozinhar, e que nesse exato momento estava estragada devido ao tempo exagerado de cozimento. Não era um fogão como os dos dias atuais e sim uma fogueira. Uma pequena fogueira. Assim o fogo queima com mais eficiência, além do mais a refeição já estava sendo preparada há um tempo e Sango apenas vigiava, quando seu marido a surpreendeu amorosamente por de traz. Somando a distração dos dois com o tempo de cozimento e o material usado, era de se esperar o resultado. A comida estava queimada.

O casal divertia-se com a situação, e entre risos Sango retirou a refeição da caçarola, enquanto Miroku buscava os ingredientes para um novo e melhor banquete, este seria especial, pois a mulher não prepararia só, mas seu esposo a ajudaria e faria com imenso amor e carinho. Trocavam caricias simples em meio aos afazeres, e então a preocupação de Miroku voltou a perturba-lo. Mas antes que pudesse pronunciar-se, Sango toma a frente, calmamente.

— Querido, o que aconteceu? Você quer me contar sobre o real motivo de seu sumiço, é isso, não é Miroku? — Sango não era nenhuma pouco ingênua, entendia que toda aquela história de, “... Ajudar as pessoas de uma pequena vila, que foi destruída por um enorme youkai, e blábláblá...” tratava-se de uma desculpa. Uma tola desculpa inventada para esconder a gravidade da situação. Miroku podia enganar a Inuyasha, mas enganar sua esposa? Impossível. Ela já havia ligado todos os pontos, desconfiava do comportamento estranho do marido, mas deixaria que ele decidisse o momento certo para contar-lhe, entretanto esse momento estava demorando demais para chegar, e a mente de Sango já conjecturava o que poderia ter acontecido. — Achou que eu não desconfiaria Miroku seu baka! — Permitiu-se sorrir singelamente com seus pensamentos, ao ver a expressão assustada do marido. Ela sabia que Miroku jamais a trairia. Mas, até nesse ponto sua mente chegou, imaginando que poderia haver outra mulher nessa história toda, e que ele estava receoso de lhe contar a verdade.

Miroku decidiu começar a falar, mas simplesmente as palavras não saiam, ele não era capaz de dizer absolutamente nada para sua amada. Por quê? Qual o motivo dessa situação constrangedora? Era um monge experiente em batalhas e quando o assunto era seus ensinamentos, não deixava a desejar, sempre prestou bastante atenção em todo e qualquer ensinamento de seu mestre, quando estava no período de discipulado. O rapaz era ao extremo interessado em qualquer gota de conhecimento, que lhe atingia aos ouvidos e as vistas. Sua determinação em não permitir que a sua linhagem definhasse aos poucos e em futuramente vingar-se pela morte de seu querido pai, era de se maravilhar a qualquer pessoa que tivesse contato com sua história. Era o motivo de orgulho para seu mestre, mas agora não encontrara palavras para conversar com a esposa sobre algo que ele sabia tão perfeitamente.

Talvez estivesse constrangido com a situação, mas Sango preparou um ambiente aconchegante e agradável para aquela conversa, e quebrou todo o gelo que rondava o espirito do rapaz com sua atitude anterior. Pensando então no esforço da mulher em retirar sua tensão, ele resolve começar sua explicação.

— Sango... — Ele a chama com uma voz entristecida, fazendo uma longa pausa e com um olhar de cachorro arrependido, dando tempo suficiente para mulher amolecer e ao mesmo tempo gargalhar internamente pelo estado do monge.

— Ah! Mais que olhar é esse? Eu sou tão má assim? Acho que foi pressão psicológica demais. — Pensava ela, não aguenta a divertida situação e solta um leve sorriso de canto.

—... Desculpe-me. Eu devia ter lhe dito tudo desde inicio, logo que chegamos aqui na vila. Mas, agora eu estou pronto pra te falar tudo meu amor, eu preciso da sua ajuda e esse é um assunto muito importante. Perdoe-me, por favor.

O sorriso que surgiu no rosto de Sango desapareceu, como um flash na ora de uma fotografia. Agora sim ela havia se preocupado realmente.

— Não se preocupe Sangozinha, pois não é nada do que passou por sua mente. — Da forma que Miroku conhecia Sango, já calculava o que se passava nos pensamentos da pobre mulher.

De repente surge uma ideia na cabeça do monge e então resolve que aquele era o momento exato para conversar com o amigo.

— Sango, — Chama calmamente fazendo uma breve pausa, como quem pensa no que vai dizer antes de começar a falar. — vamos fazer um grande banquete e convidar Inuyasha, Kagome e os outros. Tem algo que preciso partilhar com todos e você me ajudou a tomar essa decisão.

— Mas, Miroku. Está ficando tarde o jantar não sairá a tempo. — Reclama Sango preocupada com o que seria servido, mas logo Miroku a tranquiliza.

— Fique calma, eu irei ajuda-la minha querida. — Por fim encerrando o assunto e dando-lhe um leve beijo na testa.

~~

— Sessshooumaru-sama! Sesssshoumaru-sama! — Uma voz extremamente irritante aos ouvidos do youkai de audição sensível, o tira de seus pensamentos longínquos. — Por onde o senhor anda Sessshoumaru-sama? — Se perguntava o pobre e pequeno ser verde, de estatura baixa, grandes olhos amarelos e uma boca esquisita semelhante a um bico.

A criaturinha mais parecia uma mosca verde sem asas com duas pernas e dois braços, ou a um sapo verde com orelhas pontudas e que não pula, do que mesmo sua espécie aquática conhecida como Kappa. Corria exasperadamente por entre as árvores da sombria floresta, estava anoitecendo e o covarde youkai tremia de medo a cada vez que ouvia um som diferente de algumas direções da mata.

O Inu Daiyoukai continuava imóvel admirando as tímidas estrelas, que se escondiam do sol temerosas, e a sua bela amante que surgia aos poucos para iluminar aquela gélida noite. Nem sempre o clima era assim tão frio para a maioria dos humanos e youkais, mas para o príncipe de olhar penetrante e longo cabelo prateado, todos os dias e noites eram as mesmas. O clima estando quente ou frio não lhe importava, pois seu espirito sempre adotou uma aparência glacial contra tudo e todos, formando em sua personalidade um iceberg indestrutível e em seu coração um imenso mar extremamente congelante.

Talvez uma característica herdada de sua progenitora, a temida rainha do oeste, esposa do Daiyoukai supremo Inu no Taisho que por sua vez tentava a todo custo reverter a forte personalidade do filho mais velho, sem obter nenhum sucesso. Pois, o jovem vivera a maior parte de sua vida em busca de poder, seu desejo excedia os limites de qualquer ser, seja ele humano ou youkai que cruzassem seu caminho.

Cresceu uma criança bem dotada de ensinamentos nobres, treinava desde seus quatro anos de idade youkai, com os mais poderosos generais do exército de seu pai. Eram ordens de sua mãe que acompanhava a cada passo de seu filho pelo castelo, seu desejo era que o menino se tornasse forte e independente para que futuramente o destino dos Taisho estivesse assegurado, gostava mais de pensar em seus bens e no poder que a família tinha do que nos membros de seu reino ou até mesmo em dar ensinamentos compassivos ao filho, falar sobre a beleza da vida, as paixões e mostra-lo que nem tudo na vida é conquistado com o uso da força.

Nunca se importou com ninguém, o menino respeitava o pai, admirava-o, mas sempre achou fraquezas que repudiavam seus gostos, nunca desejou seguir seu exemplo. Nunca fora um youkai mau, mas também nunca fez o tipo bonzinho. Só não gostava que ninguém cruzasse seu caminho tentando desafia-lo, ou algo que para ele poderia aproximar-se disso. No entanto, desde os últimos acontecimentos em sua vida, a era do gelo vem perdendo parte de sua força, graças a uma pequena chama que havia se acendido no coração do jovem Taisho. Um sentimento jamais experimentado por ele em sua longa vida de youkai.

Ao perceber que sua mente o levara novamente ao martírio deixando seu orgulho ferido, o youkai franze a testa, estreita os olhos, pressiona o maxilar, suas garras rasgam a pele de suas mãos fechadas com tamanha força e então, solta um leve rosnado de canto dos lábios deixando a mostra um de seus afiados caninos. Apenas Sesshoumaru sabia o quanto repudiava essas tais novas sensações, e pegava-se sempre corrigindo a si mesmo em pensamento. Não se perdoou depois de sua fraqueza há mais ou menos um ano e meio, e agora não estava pronto para tal, talvez jamais se perdoasse e então, viveria sua vida inteira escondendo a sete chaves essa inquietação que o atormentava dia e noite. Somente seu pequeno seguidor sabia de seus segredos e ainda assim não eram todos.

— Sessshooumaru-sama! Finalmente encontrei o senhor. – Se aproxima Jaken habitualmente desesperado, e aos poucos para ofegante diante de seu mestre com as mãos no joelho e de cabeça baixa, aproveitando dos poucos segundos de descanso. — Sessshooumaru-sama, estive procurando pelo senhor, este Jaken estava muito preocupado, Sesshoumaru-sama...

— Jaken! Vamos. – Ordena secamente como de costume, sem se virar e começa a caminhar em passos calmos.

˜

Andava há algum tempo naquele inicio de noite, já havia percebido o diferente silencio de seu mestre que nunca foi de ter muito assunto mesmo, mas que dessa vez estava com uma aura densa e deprimente. O humilde servo se aproxima calmamente e observa o estranho comportamento do príncipe.

Ele está agindo do mesmo jeito que daquela vez... — Pensava o pequeno Jaken olhando fixamente para o youkai. — Sesshoumaru-sama, o senhor deseja falar sobre alguma coisa? – Resolve tentar um diálogo sem sucesso, na esperança de seu mestre partilhar do que estivesse sentindo. — O senhor se sente bem?

Sentindo... Sente... Sentir...

Seria possível o grande Sesshoumaru-sama desenvolver algum tipo de sentimento?

O pequeno servo sabia exatamente a resposta, acompanhava seu mestre há décadas e o conhecia muito bem. Conhecia seu humor, sabia quando estava com fome, com sono, irritado, preocupado ou se sentindo...

— Só? Mas, como é possível sentir-se só, quando meu senhor tem a este Jaken que o acompanha para todos os lados? — Se perguntava Jaken preocupado com sua situação perante o príncipe, se fosse dito em voz alta, quem estivesse por perto certamente não resistiria a uma boa gargalhada. Estava tão concentrado que seus olhos esbugalhados pareciam maiores e o lugar aonde deveria ter sobrancelhas se arqueou unindo com a testa franzida, deixando no rosto do pequeno youkai uma expressão engraçada.

— Não é possível que sinta falta daquela garotinha chata! Já sei! Meu mestre está arrependido por pensar em... Ai! É estranho demais lembrar de uma coisa dessas... Bom, talvez ele tenha se arrependido de ter salvado a vida dela. Não, isso não é problema para meu Lorde. Um Daiyoukai honrado salvaria qualquer um em situação parecida ou não... É realmente o que eu estava pensando e eu que achei que ele havia deixado essa história de lado.

Todos os companheiros de Inuyasha, e até mesmo o próprio Inuyasha, percebeu a mudança na personalidade do Daiyoukai, depois de uns tempos convivendo com a menininha humana, com certeza ela havia ajudado para que ele se tornasse uma pessoa melhor e mais fácil de lidar, mesmo ainda sendo um youkai extremamente frio.

Sesshoumaru, Jaken e A-Un seguiam rapidamente agora pelo ar, deixando o pequeno ainda mais preocupado. Pois, seu mestre parecia estar um pouco apressado.

— Sesshoumaru-sama, — Chama calmamente. — nós estamos indo para vila de humanos em que o senhor deixou Rin, não é mesmo? — Com o silêncio de Sesshoumaru, Jaken entende que sim e finalmente se cala. Minutos depois o príncipe do Oeste se pronuncia.

— Jaken, mais a frente tem uma vila de artigos humanos, desça e compre um kimono para Rin. — Ordena com uma voz calma, pousando com A-Un numa pequena estrada.

Não precisava de mais detalhes, ele já sabia escolher perfeitamente um kimono para a menina. Foi assim há anos, sempre era o servo quem escolhia os presentes da jovem. Como seu mestre é de linhagem real, o pequeno procurava escolher as melhores peças, só assim mostraria seu bom gosto ao príncipe, pois se Rin gostasse, Sesshoumaru olharia seu pequeno companheiro sempre com bons olhos. Essa era a forma de pensar do youkai, preferia encarar a situação como uma chance de mostrar seus serviços e ser reconhecido. Mas, a verdade é que Sesshoumaru não tem jeito, nem paciência para escolher roupas de humanos muito menos para fêmeas, então deixava essa tarefa para Jaken.

Desceu de A-Un e o deixando para trás com seu senhor, foi seguindo em frente, naquela estreita estrada, rodeada por um imenso gramado que aparentemente teria sido cuidado pelas mãos dos jardineiros mais experientes da época, com minúsculas flores espalhadas. Aos poucos davam lugar a arbustos e pequenas árvores separadas umas das outras naquela noite clara, e aos olhos do pequenino ganhavam diversos formatos enquanto passava apressado admirando de lado enquanto distanciava-se de Sesshoumaru-sama, até que diminuindo os passos pôde em fim analisar aquela bela vista que lembrava um quadro pintado pela mão de um grande artista. Mas, no decorrer da viagem o youkai percebeu que as belas árvores e os pequenos arbustos iam aumentando seu tamanho e quantidades, ganhando uma forma estranha e assustadora, subitamente ficando mais próximas umas das outras, aquela pequena rua formada pelo intenso fluxo de pessoas que passavam por aquele lugar, já não estava mais com tanta beleza e charme como dantes.

— Era só o que me faltava! Entrei numa floresta.

Uma densa e apavorante floresta por sinal. Era possível ver uma gota escorrer na testa do verdinho, pela frustração de sua amável visão ter-se desfeito tão rápido.

Segue resmungando até chegar a um populoso e agitado vilarejo, talvez aquele caminho devesse ser um atalho, pois num instante encontrou o lugar que Sesshoumaru havia indicado. O pequeno nunca tinha visitado uma vila humana tão populosa como aquela. Andou por várias, mas nunca em uma tão agitada e brilhante quanto. Estava maravilhado e bobo como nunca, todas aquelas lâmpadas suspensas entre as diversas barracas de comidas. Até ele que não se alimentava da mesma forma que os humanos, sentiu-se tentado a provar alguma daquelas guloseimas, mais a frente encontrou lojas de tapetes e artigos para enfeitar o lar. Era tudo muito fascinante.

Conhecida como Edo, aquela pequena cidade em expansão era o centro de tudo que acontecia naquelas terras. Jaken estremeceu ao deparar-se com grandes construções, centro de treinamentos dos samurais, grandes castelos de vários senhores. Mas, logo lembrou-se que já não havia mais perigos, as guerras haviam sessado quando Naraku teve sua derrota, um período de paz havia se instaurado naquele país. Humanos e youkais viviam em harmonia. Voltou seus pensamentos a tarefa que seu mestre tinha lhe imposto, seguindo para diversas casas de vendas de kimonos. Enfeitadas para chamar mais atenção dos compradores, uma incrível concorrência entre elas. Esteve em praticamente todas, examinou tantos kimonos que já não tinha mais energia. Mas, parou numa loja que o chamou mais atenção. Tão elegante que parecia ser visitada por humanos e youkais de classe alta daquele vilarejo. Logo se deparou embasbacado com um lindo kimono, sem demora puxou sua bolsinha onde guardava suas moedas e comprou aquela peça, de tecido rico e perfeito.

— A menina Rin irá amar esse. — Pensa entusiasmado.


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Notas finais do capítulo

Muito obrigada por lerem, e gostaria que todos comentassem, assim saberei quem continua acompanhando. Quem quiser me dar algumas dicas, criticas construtivas e até sugestões, aceito de coração aberto. Quem quiser puxar minha orelha pela demora, aceitarei também. Amo todos vocês, beijinho! Até o próximo capítulo!



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