A ultima descendente escrita por Nathy Burnley


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Demorou mas saiu, me perdoem mesmo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/515531/chapter/6

POV Alvo

–Cara, por que é tão difícil acordar você? –Perguntou Henri depois de jogar água na cara de Alvo.

–Que horas são? –Perguntou Alvo.

–São 7h30. –Respondeu Henri.

–Por que me acordou tão cedo assim? –Perguntou Alvo assustado.

–Testes para quadribol cara, seu irmão vai nos matar se não formos pra lá. –Alvo se levantou, e foi ao banheiro tomar banho, era sábado ele tinha que ir logo, pois depois do teste da Grifinória era o teste da Lufa-Lufa, então ele não podia perder tempo, os dois desceram as escadas juntos logo após Alvo sair do banheiro. Eles foram tomar café da manhã, lá estavam vários alunos da Grifinória, os que iriam fazer o teste e os que iriam assistir os testes, Alvo sentou na frente de sua irmã que estava de costa para a mesa da Sonserina, Alvo viu Anna Baddock sentada ao lado de Emma que estava na frente de Kurt, Lilian acompanhou o olhar de Alvo e logo olhou para ele sorrindo.

–Por que esta olhando assim para a Anna? –Perguntou ela em tom alto o suficiente para que Henri também ouvisse.

–Por que ele ainda esta querendo saber: por que ela não gosta dele sem ao menos o conhecê-lo. –Respondeu Henri olhando para Anna também.

–Na verdade é: por que ela argumenta tanto quando se trata de mim. –Disse Alvo cortando os risinhos de Henri e Lilian.

–Ela parece que está nervosa. –Disse Lilian os fazendo olharem de novo para a mesa da Sonserina, Anna estava escarlate de raiva.

–Cale a boca Kurt, não estou nem ai se vai ou não fazer os testes, eu não vou. –Falava Anna, ela realmente estava brava.

–Está com medo Baddock? Você é monitora agora então não posso fazer nada com você que você vai e me dá detenção, então vamos resolver isso no campo. – Falava Kurt em um tom alto. Anna se levantou e se inclinou na mesa pra ficar cara a cara com Kurt.

–Eu não tenho medo de um imbecil feito você! –Ela saiu da mesa da Sonserina e se aproximou de Tiago que estava ali próximo colocando nomes na lista de quem ia ou não participar dos testes. –Potter eu quero me inscrever para os testes de quadribol.

–Para o que exatamente? –Perguntou Tiago.

–Para artilheira. –Tiago riu e pegou um pergaminho que estava próximo a ele.

–Temos sete inscritas para artilheira, você vai ter que ser realmente boa pra entrar no time.

–Dane-se. –Ela andou até Lilian. –Você vai fazer os testes?

–Vou sim, você quer se sentar aqui. –Anna olhou para Alvo e para Henri.

–Sua família toda vai vir pra cá que nem ontem à noite? –Perguntou Anna.

–Não, só Alvo e Henri estão aqui. –Disse aos risinhos. Anna sentou do lado dela e começou a comer.

–E Henri é da sua família?

–É o melhor amigo de Alvo, então é como se fosse.

–Vai fazer os testes é Baddock? –Perguntou Henri.

–Vou. –Disse Anna comendo um pedaço de bacon.

–Por que exatamente você vai fazer os testes? –Perguntou Henri. Anna olhou para Henri como se fosse dar uma resposta super má educada, mas ela viu que Alvo estava olhando.

–Kurt, ele está com raiva de eu ter dado uma detenção para ele e me desafiou. –Disse Anna, bebendo um pouco de suco.

–E você só vai por isso? Por um desafio? Você é realmente boa no quadribol? –Perguntou Henri entrelaçando seus dedos.

–Sim, ele está duvidando da minha capacidade que nem você, meu pai jogava quadribol comigo dês que eu era criança.

–Então está jogando por que quer competir com Kurt não por que quer ganhar a taça para Grifinória? –Anna riu muito, uma risada sarcástica e alta.

–Henri eu odeio a casa em que eu estou, não sei você e não sei a Lilian, mas eu odeio muito mesmo. –Disse ainda rindo no final.

–Tem suas vantagens ser da Grifinória. –Disse Henri com desdém.

–Então me diz quais são? –Perguntou Anna olhando para ele.

–Somos a 20 anos invencíveis no quadribol e na taça das casas, e têm uns meninos muito bonito tipo eu. –Disse Henri com um olhar sedutor.

–Ok, vamos para o campo, já deu a hora. –Disse Alvo levantando e indo em direção ao campo de quadribol depois que viu Tiago se levantando, Alvo pegou sua vassoura, era a mais veloz dessa geração Dragons 200, seu pai havia comprado pra ele quando soube que ele era o novo apanhador da Grifinória.

–Ora, ora, ora se não são as pessoas que eu queria ver se passa nos testes. –Disse Tiago, Alvo olhou para trás vinha vindo Henri, Lilian e Anna.

–Então Tiago o que devemos fazer? –Perguntou Henri, e todos os outros jogadores se aproximaram pra ouvir.

–Bem, temos dois goleiros pra fazer os testes, três apanhadores, quatro batedores e oito artilheiros, vou fazer o seguinte, vou formar dois times com um goleiro, dois batedores e quatro artilheiros, e vou soltar o pomo, ou seja, os três apanhadores são encarregados de tentar pega-lo e quem pegar o pomo primeiro é o novo apanhador, deixa eu ver Henri, Leyla, Derek, Anna, Lilian, Joe e Jobs são um time Dreck, Jena, June, Vitor, Muyou, Paul e Grew são o outro time, enquanto Alvo, Alex e Beth são os apanhadores, formação times. –Disse Tiago separando os times. Todos se colocaram em posição, Alvo viu Henri e Dreck indo para aros opostos, viu Anna concentrada na goles na mão de Tiago, que primeiro soltou o pomo e deixou que ele voasse para longe, logo Tiago jogou a goles para cima, quem pegou foi a própria Anna que driblou dois jogadores e marcou um gol para o time dela. Ela é realmente boa pensou Alvo, que mesmo prestando atenção no jogo procurava o pomo, mas não achava então voltou sua atenção para o jogo sua irmã era outra artilheira que na quinta tentativa conseguiu o gol para o time dela. Alvo então viu algo dourado brilhando um pouco abaixo de Dreck, e voou para pegar o pomo, que era realmente muito rápido, ele viu pelo canto do olho que Alex e Beth também avistaram o pomo, Beth estava mais próxima, mas a vassoura de Alvo era realmente muito veloz, Beth quase pegou o pomo, mas um balaço acertou ela, então só estavam no jogo Alex e Alvo, Alvo foi se aproximando estava sentindo o pomo nas pontas dos seus dedos, ele se inclinou e capturou o pomo. Alvo foi reduzindo a velocidade junto com Alex, os dois pararam no ar.

–Você é muito bom Alex, vou ver com Tiago se ele deixa você pelo menos como o reserva do time. –Disse Alvo sorrindo para ele.

–Obrigado, é a minha primeira vez como apanhador.

–Sério? E você joga tão bem assim? –Perguntou Alvo perplexo.

–É que sempre eu fui batedor, goleiro, artilheiro e nenhuma dessas eu ia bem, então resolvi tentar como apanhador, bem também não deu certo, mas eu cheguei perto. –Disse fazendo suas orelhas ficarem vermelhas.

–Com certeza vamos ter você como nosso apanhador reserva, você é incrível cara.

–Obrigada Alvo, então aquela ali quem é? –Alex apontava para Anna Baddock.

–Ah essa é a Anna Baddock. –Disse na hora em que ela deu um super drible em June.

–Você a conhece? – Perguntou Alex que parecia bem interessado.

–Conheço, mas ela não gosta muito de mim.

–Por quê? –Perguntou ele desviando o olhar dela, para encarar Alvo.

–Nem eu sei. –Disse Alvo soltando uma risadinha sem graça. Tiago apitou lá em baixo fim dos testes, ou seja, ele iria indicar os novos integrantes do time.

–Realmente vocês impressionaram hoje, todos deveriam ser do time. –Disse Tiago e havia sinceridade no que ele dizia. -Mas só pode ter sete integrantes, o que é uma pena, mas enfim o nosso goleiro é o mesmo do ano passado, eu sou um batedor e Derek outro, Anna, Lilian e Paul são os novos artilheiros, e o nosso apanhador é o Alvo. –Anna olhou para Alvo como se não acreditasse, ele sorriu ao saber que ela odiaria muito mais ficando todo esse tempo juntos.

–Então Henri foi difícil? –Perguntou Alvo.

–Não, sua irmã e a Anna estavam no meu time. –Alvo riu.

–Para onde vocês estão indo? –Perguntou Lilian que estava acompanhada de Anna.

–Hoje o dia tá lindo, vamos ficar nos jardins conversando, vocês querem ir com a gente? –Perguntou Henri, o que fez Alvo olhar feio para ele.

–Vamos sim. –Disse Lilian sorridente.

–Lilian eu acho que eles querem ficar sozinhos. –Disse Anna vendo a expressão de Alvo.

–Bobagem Anna, vocês duas são convidadas especiais. –Disse Henri entrando no meio das duas, e colocando o braço no ombro de Anna, que não reagiu e sim se aproximou mais dele, para irem conversando. Eles chegaram a baixo de uma árvore que a sombra chegava até a parede do castelo, pois a árvore era bem próxima, dali eles podiam ver o lago e a Floresta Proibida, Anna se encostou na parede ao lado de Lilian e Henri enquanto Alvo se deitou na frente de todos, e começou a pensar, seus pais ainda não haviam mandado nenhuma carta o que era estranho, pois eles mandavam sempre no segundo dia em Hogwarts, eles deviam estar resolvendo problemas, pelo que Rose disse o time nacional da Irlanda teve um pequeno acidente quando alguns bruxos encapuzados invadiram o treino deles e jogaram a maldição Cruciatus em um dos jogadores, papai devia estar ocupado procurando esses bruxos e mamãe devia estar ocupada também cobrindo essa reportagem, sim papai e mamãe não perderiam a oportunidade a não ser que estivessem muito ocupados no trabalho. Alvo olhou de relance para Lilian e viu Anna olhando para frente como se algo muito interessante estivesse por ali, mas na distancia que estava olhando só havia o tumulo de Dumbledore, devia ser para isso que estava olhando, ele olhou de novo para ela, ela estava olhando para ele, com o mesmo olhar de ódio de sempre, ele desviou o olhar e viu que Derek Longbottom vinha se aproximando então ele sentou no gramado.

–Oi pessoal. –Cumprimentou Derek. –Lilian você quer ir à biblioteca estudar agora ou depois seria melhor?

–Vamos agora. –Disse Lilian se levantando.

–Espera ai, estudar pra que Derek? –Perguntou Alvo com os olhos semicerrados.

–Herbologia, Lilian está com dificuldades na matéria e como meu pai é o professor ele me ensinou muito, então eu posso ajudá-la. –Explicou Derek.

–Vamos Derek, Alvo não precisa ficar cuidando da minha vida toda hora. –Disse Lilian puxando Derek para o castelo. A raiva estava subindo pela garganta de Alvo, ele olhou de novo para Anna ela estava segurando um risinho.

–Cara onde eu deixei minha revista sobre quadribol? –Perguntou Henri depois de ele ficar falando e falando sem parar.

–Não sei acho que lá no quarto. –Disse Alvo deitando no gramado de novo.

–Então eu vou lá pegar, você vai ver Anna quando eu voltar com a revista, você fez o mesmo drible que a Mullet das Harpias. –Disse Henri saindo correndo para pegar a revista. Ele ficou sozinho com Anna, ele olhou para ela de novo e ela estava olhando para ele.

–Você foi muito boa no jogo. –Disse Alvo pra quebrar o clima.

–E você só capturou o pomo por sorte, o Alex estava mais próximo, porem você se inclinou. –Disse ela olhando para o lago.

–Você tava prestando atenção? –Perguntou Alvo se sentando para encará-la melhor.

–Na verdade dês da hora que você tinha avistado o pomo todo mundo prestou atenção. –Alvo riu.

–Eu sou tão bom assim? –Ele perguntou mais para si mesmo do que para Anna.

–Deve ter herdado dos seus pais. – Disse ela colocando desprezo na voz.

–Na verdade eu gosto de jogar mesmo, e você pelo que eu sei sua mãe não jogou quadribol na infância de onde vem todo aquele dom? –Anna olhou para ele, o avaliando.

–Meu pai jogou pela Sonserina um pouco, mas perdia sempre por causa do seu pai, então ele desistiu.

–Ah não quero ser indelicado, mas seu pai morreu de que? –Perguntou Alvo olhando para ela, Anna ficou pensando por um tempo, talvez pra debater na sua mente se respondia ou não a pergunta de Alvo.

–Você não vai me deixar em paz até descobrir sobre isso né? –Perguntou ela depois de pensar um pouco.

–Não. –Disse Alvo com um sorriso torto.

–Meu pai foi assassinado por um comensal da morte, lembra que eu comentei sobre uma tradição que minha família deveria seguir? –Perguntou ela.

–Lembro sim.

–Meu pai não queria seguir a tradição, ele queria ficar em paz com a família dele, mas mesmo o Lord das Trevas ter morrido ele ainda deixou leais seguidores, e eles são muitos, estão disfarçados em todos os lugares, e um deles matou meu pai.

–Só por que seu pai não quis seguir uma tradição? –Perguntou Alvo perplexo.

–Não Potter, é complicado e a história é longa. –Disse Anna desviando o olhar para floresta.

–Pode me contar se você quiser. –Anna olhou para ele com uma raiva visivelmente.

–Não me trate como se fosse sua amiga por que eu não sou. –Ela voltou a olhar a floresta.

–Anna eu sei que me odeia, não sei o motivo, mas você nem me conhece e fica tirando conclusões sobre mim que nem existem, dês do primeiro dia aqui em Hogwarts eu queria conhecer você, dês do dia da cabine, mas você sempre não deu bola, e quando temos uma oportunidade de conversarmos civilizadamente você estraga tudo. –Disse Alvo bagunçando o cabelo e depois cruzando os braços.

–Você não entende Alvo, eu bem que queria ser sua amiga no dia da cabine, mas eu não posso e é por isso que você não consegue entender, eu simplesmente não posso ser sua amiga. –Logo que ela fechou a boca Henri chegou com a revista de quadribol, não deu tempo de Alvo nem pensar direito, mesmo com Henri ao lado dela mostrando a revista ela ainda olhava para Alvo, que se levantou.

–Eu vou dormir um pouco, hoje a gente tem detenção. –Disse e nem esperou a resposta deles, foi se retirando, e parece que o tempo tinha passado rápido por que quando ele recobrou a consciência ele estava deitado na sua cama no dormitório com as palavras de Anna ecoando em sua cabeça. Eu simplesmente não posso ser sua amiga, o que ela quis dizer com isso? Obvio que se ela explicasse para ele por que não podia ele até entenderia, mas que resposta foi “eu simplesmente não posso ser sua amiga”? Alvo acabou dormindo de tanto pensar.

–Cara vai jantar você daqui a pouco tem que fazer sua ronda e depois ir para a detenção. –Henri havia bombardeado Alvo com vários travesseiros.

–Ta cara, já vou levantar. –Alvo esfregou os olhos. –Como foi ficar sozinho lá em baixo com a Baddock?

–Muito legal. –Disse Henri enquanto Alvo ia indo em direção ao banheiro. –Eu acho que gosto dela. –Alvo parou abruptamente e virou para encarar Henri perplexo.

–Você tá afim de Anna Baddock?

–Sim. –Ele disse com as orelhas quase roxas de tão vermelhas.

–Por quê?

–Ah não sei Alvo, ela é bonita, inteligente, gosta das mesmas coisas que eu. –Alvo começou a rir o que deixou Henri sem graça.

–Convida ela pra sair. –Disse Alvo o que surpreendeu Henri.

–Convidá-la pra sair?

–Sim Henri, sei lá ir ao próximo passeio em Hogsmeade com você.

–Eu não acho que ela iria aceitar Alvo.

–Por que não? –Henri tentava responder, mas não saia nenhum som. –Vou fazer o seguinte eu marco um encontro pra mim também com alguém ai vai nós quatro juntos para Hogmeade, eu te ajudo pra não fazer nenhuma bobagem.

–Fechado, mas cara quem você vai convidar pra sair?

–Ah não sei, eu vou me decidir ainda. –Alvo foi para o banheiro, logo saiu com suas vestes de monitor, eles desceram as escadas juntos e deram de cara com Emille.

–Oi meninos, já estão indo jantar?

–Estamos, você vem? –Perguntou Alvo.

–Na verdade eu estava esperando vocês. –Disse ela corando.

–Emille por que você não vem com a gente para Hogmeade? –Perguntou Henri.

–Ah eu adoraria. –Disse Emille com um sorriso enorme no rosto. Eles chegaram ao Salão Principal, Emille foi sentar com sua colega de dormitório, Alvo e Henri foram pra onde estavam sentadas Rose e Dominique.

–Cara por que você convidou Emille pra ir a Hogmeade? –Perguntou Alvo pegando purê e colocando no prato.

–Você ainda não percebeu Alvo ela gosta de você. –Disse Henri pegando uma grande coxa de frango.

–Não por que eu achei que ela gostasse de você. –Disse Alvo olhando para Rose que sorria pra ele.

–Isso Alvo por que você é muito lerdo. –Disse Dominique também ouvindo a conversa. Eles riram por um tempo de Alvo, mas logo pararam por que Lilian e Anna estavam se aproximando, Lilian sentou do seu lado e Anna ao lado dela.

–Vou falar com ela agora por que depois ela vai fazer a ronda. –Sussurrou Henri só para que Alvo pudesse ouvir. E se levantou e se sentou do outro lado de Anna e lá eles ficaram conversando, enquanto Alvo e Lilian conversavam, o principal motivo era por que seus pais não mandaram nenhuma carta ainda, Rose e Dommy disseram que também não receberam nenhuma carta do pai ou da mãe delas, nem mesmo o tio Gui ou a tia Fleur mandaram carta também, isso era muito estranho. Todos os alunos começaram a se levantar, Alvo olhou para o relógio era 20h, ele teria que começar a ronda agora. Alvo se levantou e foi em direção ao salão comunal junto com Henri que estava falando sobre o trabalho que a professora McGonagall pediu para fazermos, todos os alunos da Grifinória entraram, Alvo esperou em frente ao quadro da mulher gorda enquanto Anna olhava dentro do salão comunal, logo ela saiu então eles deveriam começar sua ronda até as 21h depois era por conta de alguns professores e do Sr. Filch.

–Esperem ai os dois. –Era Lucy que vinha atrás deles. –Quando der 21h o Sr.Filch estará esperando vocês no portão da frente junto com Hagrid e quando der 00h se Hagrid não estiver de volta com vocês à professora McGonagall será avisada.

–Ah obrigada Lucy, pra onde você vai agora? –Perguntou Alvo.

–Eu tenho que ir vigiar a Sonserina, ordens da professora, por que houve um pequeno problema com o monitoramento de Scorpius Malfoy. –Disse Lucy olhando para Anna e logo foi embora. Alvo e Anna tomaram seu caminho olhando em todo lugar, uma vez ou outra encontravam a gata do Sr. Filch ou o próprio Sr. Filch que parecia ficar muito triste quando via que era só os monitores. Então eles se encontraram com os monitores gêmeos da Corvinal Lorcan e Lysander Scamander.

–Oi gente. –Cumprimentou Alvo.

–Oi Alvo olá Anna. Cumprimentou os Scamanders e continuaram andando na direção oposta a de Alvo e Anna.

–Por que será que eles mandaram a gente fazer rondas em dupla? –Pensou Alto Alvo.

–Pra se algo acontecer dar tempo de um sair correndo enquanto o outro é atacado. –Disse Anna o que fez Alvo rir.

–Henri lhe convidou para ir a Hogsmeade? –Perguntou Alvo depois de algum tempo de silencio.

–Convidou... –Eles ouviram um barulho logo à frente o que fez eles pararem e pegarem suas varinhas, Anna foi à frente e quase lançou um feitiço se Alvo não tivesse impedido, era somente um elfo domestico, na verdade parecia ser...

–Monstro! –Falou Alvo. Monstro fez uma reverencia que fez seu nariz tocar no chão.

–Monstro não queria perturbar o senhor, senhor Potter, madame Potter pediu para que Monstro viesse aqui avisá-lo que o senhor Potter está no hospital junto com o senhor Weasley por isso que não mandou cartas senhor.

– Espera, papai está bem? –Perguntou Alvo se ajoelhando para olhar Monstro melhor.

–Esta sim senhor Potter, o senhor Weasley que está mal senhor, ele acabou sendo azarado na missão como auror senhor Potter. –Alvo parecia mais aliviado, mas ainda preocupado.

–Você já avisou Rose ou Hugo?

–Não senhor, madame Potter disse para eu avisar só o senhor, senhor Potter. –Monstro falava e uma vez ou outra olhava para Anna.

–Você sabe se é pra eu avisar eles?

–Sim senhor Potter, e também é para pedir que todos se acalmem, pois o senhor Weasley está se recuperando.

–Mais alguma coisa? –Monstro hesitou um pouco, mas enfim disse.

–Senhor Potter e madame Potter disseram para Monstro falar que eles o amam.

–Diga que eu os amo também, pode ir. –Alvo continuou ajoelhado mesmo depois de o elfo ter ido embora.

–Acho melhor nós continuarmos. –Disse Anna depois de um tempo. Alvo olhou para cima, Anna estava tão quieta que ele se esqueceu que ela estava lá.

–Desculpe, vamos por que são quase 21h. Eles foram até o portão da frente lá estavam Sr. Filch e Hagrid.

–Oi Hagrid, noite Sr.Filch. –Disse Alvo.

–Volte com eles á 00h. –Disse Sr. Filch fechando o portão ás costas dos três.

–O que realmente vamos fazer na floresta Hagrid? –Perguntou Alvo.

–Eu quero verificar, sabe os centauros andam meio nervosos ultimamente, só aparecem de vez em quando para falar comigo e não querem falar o que está acontecendo, eu quero vigiar por um tempo. –Disse Hagrid, que não olhava para eles, mas sempre para a floresta que estava ficando cada vez mais próxima.

–Mas Hagrid e se o que enfrentarmos for muito forte, você acha mesmo que um arco e flecha vão resolver? –Perguntou Alvo que parecia com medo.

–Por isso vocês dois estão comigo, mesmo sendo do quinto ano vocês sabem muitos feitiços e eu tenho companheiros ao dobro. –Disse Hagrid com sorriso torto no rosto, agora olhando para os dois. –Você está bem Anna?

–Muito bem professor.

–Pode me chamar de Hagrid se quiser. –Disse Hagrid sorrindo. Eles chegaram à entrada da floresta. –Eu peço agora que façam o máximo de silencio possível, se tiver alguma coisa nessa floresta que esteja colocando medo nos centauros podem ter certeza que eles são bem inteligentes. –Dizendo isso eles entraram na floresta andaram por muito tempo, Hagrid os fazia parar de vez ou outra para ouvir melhor, depois continuava a andar, eles viram alguns testrálios, alguns unicórnios e até mesmo algumas aranhas, mas eles continuavam andando, Alvo estava sentindo-se cansado ele olhou para Anna e ela parecia normal e tinha sua varinha empunhada, ela o olhou e logo desviou o olhar. Hagrid parou os dois e se ajoelhou para falar baixo para que os dois ouvissem.

–Vocês dois estão vendo aquela abertura ali. –Ele estava apontando para uma abertura estreita entre duas rochas. –Eu vou até lá verificar, saibam que nunca entrei lá então não sei exatamente o seu tamanho, aparenta ser grande em comprimento, vou deixar vocês dois aqui, se alguma coisa acontecer lancem lampejos vermelhos dentro da caverna, ou um patrono, de qual quer forma eu virei o mais rápido possível. –Disse indo em direção a caverna. Alvo e Anna ficaram sozinhos na floresta, suas varinhas empunhadas, a respiração de Alvo estava ofegante e isso parecia incomodar muito Anna.

–Você quer parar, não tem nada acontecendo aqui. –Disse Anna em um sussurro tão baixo que quase não saia som.

–Desculpa. –Sussurrou ele, mas ainda estava nervoso.

–Você não parece ser filho do grande homem no qual derrotou o Lord das Trevas. –Sussurrou Anna sorrindo.

–Por que chama Voldemort de Lord das Trevas? –Perguntou Alvo.

–Por que eu quero, mesmo das trevas ele foi um grande bruxo. –Sussurrou Anna.

–Papai disse que Voldemort não era amado. –Sussurrou Alvo.

–Na verdade ele era amado sim, as pessoas não compreendiam seu modo de pensar.

–Você está querendo dizer que matar muitas pessoas para fazer o mundo bruxo virar só de puros sangues é bom? –Perguntou Alvo perplexo.

–Não exatamente, quando se é nascido trouxa ou quando são só trouxas, sim talvez mereçam. –Disse Anna dando de ombros.

–Mesmo não sendo de família bruxa eles ainda são pessoas.

–Sim eles não merecem morrer, mas também não merecem empunhar uma varinha. –Sussurrou Anna que parecia estar ficando com raiva.

–Você é uma completa... –Anna empurrou Alvo para a árvore e fechou a boca dele. Alvo olhou para ela como se ela fosse louca, mas ela o apertava ainda mais. Como ela é forte pensou Alvo. Ela soltou ele e fez sinal para que ficasse de boca fechada , Alvo olhou na direção em que ela mantinha os olhos e levou um susto, mais ou menos cinco metros de distancia tinha uma criatura do nariz longo, uma cabeça de pássaro e uma barba, ele parecia farejar algo e logo como a velocidade da luz sumiu. Alvo olhou para Anna que parecia pensativa, Alvo não fazia idéia de que criatura era aquela. Anna ainda estava pensando logo empunhou sua varinha.

Expecto Patrono. –Da varinha dela saiu uma coruja. –Avise a Hagrid que eu descobri o que está assustando os centauros. –O patrono dela saiu em direção à caverna e Anna respirou fundo, guardando sua varinha.

–Espere não guarde sua varinha, e se aquilo voltar. –Anna riu e não foi uma risada baixa, foi uma risada normal. –Fale baixo.

–Se acalme Potter, aquilo não volta tão cedo. –Disse ela em um tom baixo.

–O que era aquilo? –Perguntou Alvo. Anna sorriu.

–Vamos esperar Hagrid chegar.

–Você não sente medo não? –Perguntou Alvo que parecia com medo ainda.

–Depende do que me causa esse “medo”. –Ela fez aspas comos dedos.

–E o seu patrono, como você conseguiu o fazer falar?

–Meu pai me ensinava varias coisas antes de morrer. –Disse Ela olhando para a entrada da caverna.

–Quando ele morreu?

–Um ano antes de eu entrar pra Hogwarts.

–Você ainda sente falta dele?

–Pare de fazer tantas perguntas, você está me enchendo. –Disse ela olhando para ele com cara feia.

–Por que você foge tanto do assunto quando se trata da sua família? –Anna olhou para ele como se quisesse matá-lo, mas ela pareceu pensar e logo abriu um sorriso maléfico.

–Você gosta muito de desenhar não é? – Alvo arregalou os olhos, como ela sabia desse segredo. Ela sorria com triunfo.

–Como você sabe? Eu nunca contei pra ninguém, à única que sabe é a minha mãe.

–Então é segredo para todos os seus amigos? –Anna sorria mais, eu e minha boca grande, pensou Alvo.

–Por favor Anna, eu te imploro não conte pra ninguém. –Alvo tinha na voz suplica o que pareceu deixar Anna meio atordoada.

–Chega de perguntas sobre minha vida ok?

–Fechado.

–Meninos vocês estão bem? –Era Hagrid que havia chegado correndo e estava ofegando.

–Sim, Hagrid eu sei o que está assustando os centauros.

–O que são Anna?

–Tengus. –Hagrid pareceu pensar.

–Vamos para o castelo meninos, amanhã temos muito trabalho.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu sei que provavelmete ninguém saiba o que é um Tengu, eu pesquisei um pouco sobre coisas sobrenaturais e achei esse que é uma mitologia japonesa, Tengu é um tipo de doende que tem alguns dons, mas não vou usar todos os dons deles, somente o de correr e o de se transformar em qual querc coisa. Vlw Flw.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A ultima descendente" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.