Encontro Casual escrita por Ruki-chan


Capítulo 1
Capítulo I


Notas iniciais do capítulo

Olááá! Como vão queridos? Espero que bem. ;D

E atendendo a pedidos, haha...A fic em questão é uma continuação direta de O prêmio da derrota [link: http://fanfiction.com.br/historia/510648/O_premio_da_derrota/]. Não é obrigatório ler a primeira parte caso não queiram, mas é altamente recomendável vocês fazerem isso! 8D Bem, fora isso eu só queria dizer que tive que dividir essa fic em capítulos porque eu ainda não terminei todo o texto e queria saber o que vocês estão achando.

Enfim, é isso.

Boa leitura! o/



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— Encontro casual —

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Aquele era o melhor lugar que havia encontrado. A luz da manhã era tudo que precisava para se concentrar em sua leitura. Naquele dia, buscou encontrar um ambiente tranquilo para que pudesse ingressar por completo no romance que optou por ler. Entretanto, por mais que tentasse se concentrar, não conseguia permanecer por muito tempo na leitura sem se distrair com alguma singela folha que caia da copa da árvore acima de si.

Observar tais elementos da natureza o levavam a um devaneio que trazia as memórias daquele dia.

Akashi se perguntava mentalmente se o beijo havia afetado Kuroko tanto quanto ele. Sentia afeto pelo amigo, mas não esperava que fosse tanto assim. Já haviam se passado várias noites mal dormidas imaginando que teria de esperar muito tempo para revê-lo. Aquilo o enlouquecia. Precisava tornar as coisas claras de uma vez, já não aguentava mais esperar.

— Au!

Akashi despertou de seu transe e agora fitava os próprios pés. Um pequeno cão olhava fixamente para ele abanando o rabinho e segurando uma bolinha roxa na boca.

— O que você quer? — Perguntou como se o cão fosse responder. Olhou para os lados procurando o dono do animal. Mas, como não via ninguém se aproximar, deduziu que o pobre animal não tinha dono. — Está sozinho? — Perguntou novamente notando que o cão também não possuía coleira. — Onde você arranjou essa bola? — Akashi tentou pegar o brinquedo do bichinho mas este desviou rapidamente da mão do capitão convidando-o para que brincasse com ele.

Soltou a bolinha entre as patas e começou a latir para o ruivo, que ignorou levantando o livro para o rosto.

— Não posso brincar agora. Vá embora! — O cão não se mexeu. Continuou latindo para Akashi, que num ímpeto se levantou e bateu o pé para o animal. Com o susto, ele saiu correndo.

Mas, logo voltou...

— Arrrg! Vá embora! — Repetiu.

Com o rabo entre as pernas, aproximou-se o cão arrependido, com suas orelhas baixas...

Como qualquer canino, o pequeno caminhou lentamente cabisbaixo quase implorando para que pudesse dividir o mesmo espaço que o imperador. Akashi, comovido, desistiu de expulsar o animal e voltou ao seu lugar onde manteve-se apenas ignorando a presença do bichinho.

Mas, o ruivo se surpreendeu ao ver que ele tentava mais uma vez chamar a sua atenção. O pequeno pegou a sua bolinha roxa e a colocou bastante próxima a mão de Akashi, que estava repousada sobre a grama, e como se isso não bastasse, lambeu os dedos do ruivo enquanto choramingava como um filhotinho fofo.

— Tsc, você não tem jeito mesmo, não é? — Akashi sorriu serenamente para o animal que latiu contente, já prevendo o que viria a seguir.

Levantou-se e pegou a bolinha do chão, jogando-a para longe. Rapidamente, o cão correu o mais rápido que podia buscando seu precioso brinquedo. Akashi aguardava seu retorno observando no horizonte até onde ele iria.

Não demorou muito e o cãozinho voltava saltitante.

Sem muito o que fazer, Akashi pegou a bola e a jogou mais uma vez.

Mesmo não aparentando, o capitão da Rakuzan estava se divertindo com aquilo. Ele nunca havia tido um cãozinho, ainda mais um com tanta energia e agilidade como aquele. Já havia atirado a bolinha para longe cinco vezes e o animal não aparentava estar cansado.

— Você é um verdadeiro atleta, sabia? — Perguntou ao cão mais uma vez e este latiu em resposta. Akashi agachou em frente ao novo amigo e o acariciou.

→ → → → → → → → →

— Encontrou?

— Nada. — Respondeu Kagami.

Hyuuga chutou uma pedrinha próxima. O parque era grande, tudo bem, mas eles já estavam na busca há duas horas e nada do mascote.

— Kuroko vai te matar por isso. — Advertiu.

— Ah! Mas, aquele cachorro some muito fácil! — Kagami tentava se justificar. Mas, nada explicaria o sumiço repentino do número dois para seu dono, que já estava bastante preocupado com o paradeiro do amigo.

— Mas, você poderia ter jogado a maldita bola com menos força, não?! — Rosnou Hyuuga.

Kuroko se aproximou tristonho, embora seu semblante não revelasse seu estado emocional, tanto Kagami quanto Hyuuga sabiam que ele estava. Mesmo que o mascote fosse próximo de todos do time, obviamente que Kuroko seria o mais afetado pelo desaparecimento, pois afinal, o cão era dele.

— Ele deve ter voltado pra casa. — Hyuuga tentou confortar o amigo com um meio sorriso.

— Talvez. — Concordou Kuroko.

Caminharam silenciosamente por alguns minutos até que o capitão da Seirin olhou para seu relógio. Havia lembrado de algo importante.

— Ahn, pessoal. Eu não queria deixar vocês aqui, mas é que... Sabe... Eu tenho um compromisso.

— Vai se encontrar com a técnica? — Kagami foi direto.

— Não! Digo... Sim! Mas... Vamos falar sobre o time! É! Sobre o time! Ela quer me mostrar umas novas táticas e...! Bah! Não devo satisfação à você, Kagami! — Hyuuga estava nitidamente escondendo algo. Mas, Kagami era lento demais para perceber. Sua perguntava havia sido tão inocente quanto bumbum de nenê. Já Kuroko suspeitava de algo, e a reação do capitão do time só tornou suas deduções mais claras.

— Bom. Melhor se apressar então, capitão. — Kuroko forçou um sorriso.

Kagami fitou Kuroko e depois Hyuuga. Este se despediu brevemente dos dois – evidentemente alterado e vermelho – e desejou que Kuroko tivesse paciência que logo encontraria seu amigo. O azulado assentiu e se cumprimentaram enquanto tomavam rumos diferentes.

(...)

— Sabe Kuroko... — Iniciou Kagami enquanto espreguiçava-se. — Acho que o capitão tá escondendo alguma coisa... — Minha nossa, ele havia percebido!

— É... — Disse apenas.

— O que será que ele e a técnica vão falar? — Tentava entreter o amigo.

— Você é mesmo bem idiota, não é Kagami-kun?

— Não me chame de idiota, idiota! — Retrucou Kagami. Mesmo irritado, Taiga resolveu não iniciar uma discussão desnecessária, afinal, Kuroko não estava em seu melhor estado.

— Ei, não se preocupe, vamos encontrar o número dois. — Tentou apaziguar o amigo.

— O número dois é esperto. Mas, tenho medo que ele tenha sido levado por alguém que não cuide bem dele ou...

— Ahh, se você quer saber, aposto que ele já deve estar na sua casa te esperando. — Adiantou-se o outro não permitindo que Kuroko concluísse a fala. Mesmo não aparentando, Kagami também gostava do cãozinho, mas longe dele, claro.

→ → → → → → → → →

— O que eu faço com você...? — Akashi apoiava uma de suas mãos sobre o animal que repousava ao seu lado. Dormia profundamente, provavelmente cansado de tanto correr, pensava o capitão. — Não posso te deixar aqui, mas também não posso te levar comigo. — Sentia um peso na consciência em ter que abandonar o cãozinho, mas ele não tinha escolha. Ninguém em sua casa se importava com animais que não fossem cavalos, premiados, por sinal. Mas, o fato é que ele havia mesmo se apegado ao cão rápido demais e não queria deixá-lo.

Guardou seu livro em um dos bolsos e com cuidado levantou o cão que pouco se incomodou em ser retirado de seu cantinho. Akashi carregou o animal até que este acordou e remexeu-se para ir para o chão.

— Au, au! ­— O pequeno latia e abanava o rabinho.

— Vem. Vou te levar comigo. — O ruivo bateu na própria perna chamando o cão que rapidamente correu em sua direção.

Akashi pegou seu celular e foi diretamente em ‘contatos’ discar para seu motorista. Estava decidido, levaria o cão para casa e trataria de arranjar um bom lar para ele. Quem sabe sua própria casa não o fosse? Certamente que não, concluiu depois.

— Estou no parque. Sim. Estou saindo, vou te esperar no portão leste. Certo. — Sem se despedir formalmente, desligou o celular... Ele odiava aquele motorista. Na verdade, só pedira para vir buscá-lo por estar indisposto a carregar o novo amigo até sua casa.

— Ei! Onde você tá indo?! — Akashi gritou para o cão.

O pequeno parecia ter farejado algo, e em meio a latidos altos, correu.

Num ímpeto, o ruivo se movimentou. Se isto tivesse acontecido antes, certamente Akashi o deixaria ir. Entretanto, o apego pelo animal falou mais alto.

Ele o seguiu.


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Notas finais do capítulo

E aí? Paro? Continuo? Estão gostando? Sugestões? Comentem! *---*

E até a próxima! ;D

Beijos. ;***