O médico de corações escrita por Reh


Capítulo 3
Capitulo 3 - Adria e Jaine: As inventoras!




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“A alguns anos, eu, meu pai e minha irmã Jaine, morávamos em uma casa nobre no Vilarejo Alzir, bem próximo daqui”. Nós tínhamos uma vida maravilhosa! Meu pai trabalhava para o rei, e minha mãe cuidava muito bem de mim e de Jaine. Nós duas éramos inseparáveis, tudo fazíamos juntas. Eu sou a irmã mais velha, então sempre ensinei a Jaine tudo o que eu sabia. Eu sempre amei muito a minha irmã, e por ela eu morreria!

Nossos pais e amigos da família nos chamavam de “Pequenas inventoras”, aprendemos muito com as engenhocas de nosso tio, e também sempre criávamos coisas por ai, aprimoramos muito nossa sabedoria durante os anos, e poderíamos criar quase tudo que imaginássemos.

Certo dia estávamos brincando no quintal da nossa casa, quando vimos nossa mãe passar chorando para dentro de casa, após receber uma visita de um dos funcionários do rei. Após algumas horas recebemos a noticia; havia acontecido um acidente no palácio e meu pai estava no meio. Estava tendo uma festança no palácio aquele dia, pois era aniversario do filho do rei, porém alguém tentou sabotar a festa, e iniciou um pequeno incêndio na cozinha... O incêndio se espalhou e virou aquela correria pelo palácio. No meio de tanta confusão alguém derrubou meu pai, e o pisotearam. Quando tudo passou, descobriram que haviam quebrado uma parte de sua coluna, o que o impediu a partir dali, de voltar andar.

Jaine se entristeceu muito ao descobrir que meu pai tinha se tornado incapaz de caminhar, ela adorava os passeios à cavalo que eles faziam aos finais de semana pelo palácio, e todos que conheciam meu pai sabia como ele gostava de trabalhar para o rei, o servindo daqui pra lá, de lá pra cá; então ela se comprometeu a encontrar um meio de fazer com que meu pai voltasse a caminhar e tudo voltasse a ser como era.

Minha irmã tentou de varias maneiras criar algum remédio que pudesse voltar a coluna de meu pai no lugar. Eu sempre ficava com ela no laboratório dando opiniões e ajudando quando era preciso. Porem todas as tentativas foram frustradas, ela nunca havia conseguido criar algo que realmente funcionasse.

Em uma das madrugadas, Jaine me acordou com muita animação, pedindo para que eu descesse com ela ao laboratório, pois tinha acabado de terminar sua ultima “poção”, que era ligada a um dispositivo pequeno, que levaria o liquido ate onde deveria ir para que pudesse fazer meu pai voltar andar. Então subimos em silencio ao laboratório. Minha mãe não gostava de saber que estávamos trabalhando nisso, pois dizia que tínhamos que aprender a conviver com as surpresas da vida, então sempre íamos escondidas ao laboratório quando meus pais estavam dormindo.

Acontece que naquela noite, a “poção” não foi a única coisa que deu errado. Jaine estava morrendo de sono, e esqueceu um dos fogos de mistura ligado... E assim começou outro incêndio em nossa vida. Começou com uma pequena explosão, que não parecia ser grave, tentamos abafar o fogo causado por ela, na tentativa de resolver tudo sem precisar incomodar meus pais. Mas não foi o suficiente, houve uma nova explosão, e essa arruinou as estruturas da casa, que começou desabar. Nos duas saímos correndo do laboratório, na tentativa de chegar ao quarto para acordar meus pais e fazer que eles saíssem da casa antes que desmoronasse, mas já era tarde. Quando subimos quase não dava para passar entre fogos e escombros, e o quarto já estava soterrado. Saímos na esperança que meus pais estivessem lá fora, nos esperando, mas não foi o que aconteceu. La fora havia apenas os empregados do rei, que vieram correndo à nossa residência quando ouviram a segunda explosão, mas ninguém podia fazer mais nada. E ali, naquela noite, tudo o que conhecíamos sobre a felicidade, foi por água abaixo."


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