Virgin Suicides escrita por Sachie
Notas iniciais do capítulo
Hey, aqui mais um capítulo ('desculpem a demora), esse capítulo não tem muita coisa, só revela um pouquinho mais sobre o passado da Miki e sobre o segundo assassino. Mesmo assim espero que gostem.
O clube Le girls estava quase vazio naquele fim de tarde, fora uma quadrilha de ladrões que discutiam para ver quais seriam o valor das apostas no bilhar, não havia mais ninguém presente no estabelecimento. Uma notícia que certamente deixou Shion Kaito um tanto feliz, e o azulado deu-se a liberdade de cochilar um pouco sobre o balcão antes de o lugar começar lotar.
– Esse lugar continua morto como sempre, não é Kaito? – Uma voz conhecida falou por cima de sua cabeça.
– Só está um pouco vazio, em algumas horas estará repleto de clientes. – Kaito respondeu virando-se preguiçosamente para encarar a tal pessoa. – Mayu? Pensei que estivesse morta.
– Eu poderia dizer o mesmo sobre você. – Disse a desconhecida, Mayu. – Francamente é um milagre você ainda não ter sido morto por seus antigos comparsas, acho que o que você fez, não pode ser considerado nada menos que traição.
– Não foi traição. –Kaito levantou a cabeça para encarar a menina. – Eu estava apenas cansado, sabe como é, a vida do crime não me atrai mais.
– É mesmo? É a primeira vez que ouço isso, sabe quando alguns criminosos ficam entediados, eles apenas mudam o estilo de cometer crimes. Por acaso já experimentou roubar um diamante? É uma aventura.
Kaito suspirou intencionalmente antes de pronunciar-se mais uma vez:
– Por que está aqui Mayu?
– Quero ver a Miki. – Mayu respondeu acariciando um pequeno coelho de pelúcia que estava envolto em seus braços. – Tenho um trabalho para ela.
– Bom, não acho que Miki queira ver você depois do que aconteceu. Como irmão mais velho, acredito que não devo deixa-la ver Miki. – Kaito respondeu estufando o peito.
– Mesmo?Nem por isso? – Mayu falou colocando uma maleta metálica sobre o balcão e abrindo-a.
– E-e-ela está lá em cima. – Kaito gaguejou ao ver toda a quantidade de dinheiro presente no objeto.
– Obrigada! – Mayu agradeceu de forma infantil enquanto dirigia-se ao local indicado.
– Como você consegue tanto dinheiro?! – Kaito gritou para a menina que subia as escadas.
– Eu já disse, já experimentou roubar um diamante? – Mayu sorriu pela última vez, desaparecendo no corredor escuro.
[...]
– Essa foi uma maravilhosa descoberta detetive Rin! – Megurine Luka exclamou felicíssima analisando o pedaço do escalpo presente em um saco plástico.
– É, nem me fale. – Rin murmurou irritada.
O estado da detetive e da “reminiscer” era deplorável, ambas as garotas estavam ensopadas com um liquido escuro e fedorento. A comandante nem teve a compaixão de deixa-las tomarem um banho, não desde que soube da descoberta de Rin. Megurine Luka queria anunciar a todos a nova pista e certamente todos os olhos voltariam às duas que haviam feito tal descoberta, o que para elas seria uma felicidade ser o centro das atenções por algum tempo... Seria, se ambas não tivessem cobertas de dejetos e restos de alimentos.
– Piko!- Luka chamou. – Leve essa amostra a Akita Neru.
– Sim comandante. – O platinado respondeu encaminhando-se para o laboratório.
Ao longe, Iroha Nekomura assistia a todo o desenrolar da cena com uma expressão frustrada, a hacker estava irritada. Irritada por não ser ela quem achará a evidencia, irritada por Rin e Teto estarem recebendo toda a atenção mesmo estando cobertas de excremento, mas acima de tudo irritada por não ter coragem o suficiente para dizer o que sentia.
– Porque não conta a ele? – Rin indagou sentando ao lado da garota.
– Contar o que? – Iroha indagou tristemente.
– Iroha, eu vejo como você olha para o ele. – Rin respondeu limpando as mãos na parte que ainda estava milagrosamente limpa de sua blusa.
– Eu não tenho nada para contar. – Ela soltou um pesado suspiro. – Por outro lado, você está fedendo detetive Rin.
– O que esperava? Eu acabo de sair do esgoto, não posso cheirar a orquídeas e rosas. – Rin respondeu com uma careta. – E não mude de assunto.
– Isso está tão óbvio assim? – Iroha riu.
– Podemos dizer que o fato de você gostar dele, não é novidade para ninguém. – Rin respondeu sorrindo gentilmente.
– O que estão conversando? – Teto indagou sorridente às duas garotas.
– Nada. – Iroha respondeu corada. – Eu acho que já vou, o cheiro de vocês está realmente insuportável.
[...]
Miki observava furiosamente a garota a sua frente, a avermelhada não via Mayu desde certo incidente, que rompeu de vez com a ligação que ambas tinham. Mayu costumava ser uma das melhores clientes de Miki, mas mais do que isso, Mayu era a melhor amiga de Miki. Isso mesmo, era.
– Por que essa cara tão feia Miki? – Mayu acariciou o coelho de pelúcia. – Não gostou de me ver?
Miki nada respondeu.
– Não me diga que ainda esta chateada por aquele incidente. – Mayu disse sorrindo cinicamente.
– É claro que estou! – Miki gritou enfurecida. – Você me usou para ocultar seu crime.
– Ué, pensei que a grandiosa Miki não se importava com isso, não é a mesma coisa com seus outros clientes?- Mayu provocou.
– É diferente.
– Como?- Mayu indagou sem expressar qualquer sentimento. – É por causa dele?
A ruiva ficou novamente em silêncio.
– Estou entendendo. Miki aceita qualquer trabalho, desde que não comprometa seu amado Len.
– Calada. – Disse Miki furiosa.
– Qual é Miki, temos que aproveitar nossas chances.
– Ele confiou em você! – A avermelhada gritou. – Nós confiamos e você só nos usou!
– Eu precisava me livrar daquela garota e a única forma de fazê-lo sem levar a culpa era utilizando Len. – Mayu respondeu demonstrando pela primeira vez algum sinal de irritação.
– Não interessa. Graças a você, ele foi culpado por algo que não cometeu.
– E daí? Len é um psicopata! E quanto àquelas pobres garotas que ele assassinou antes? Ele cavou a própria cova, não eu. Eu apenas aproveitei-me disso. – Mayu rebateu
– Como? Matando sua rival? Por causa de uma maldita briga de território?É como isso não resulta em uma ordem de prisão para o Len?
– Miki, você é uma criminosa, sabe como as coisas funcionam por aqui. – Mayu acalmou-se. –Quanto à ordem de prisão... Bem Len já está sendo procurado por todo o país, ele assinou sua ordem quando matou a primeira garota. Entretanto, não se preocupe, se depender de mim ele não será pego tão facilmente. Eu fui cautelosa, não podem chegar até mim e dessa forma, não podem chegar até ele.
Miki se acalmou.
– Pode prometer que nada vai acontecer com ele?
– Bom, isso não depende de mim, só dele. – A loira disse.
– Tudo bem Mayu, qual é o trabalho?
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Próximo capítulo eu compenso ;P