Virgin Suicides escrita por Sachie


Capítulo 10
Capítulo X


Notas iniciais do capítulo

Hey gente, eu de novo, eu estou postando rápido, pois minhas provas já vão começar então ficarei um tempo sem escrever, espero que gostem.
Ah, eu resolvi fazer capa para os capítulos agora. Essa aqui é do Piko, mais vou ver se faço apra os capítulos anteriores depois também!! >.



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– Quanto tempo ainda falta Iroha? – Utatane Piko indagou ofegante.

– Você já está no terceiro nível, se continuarmos nesse ritmo, estaremos no quarto nível em aproximadamente meia hora. – A hacker respondeu.

– Ótimo.

– Opa! – A voz da hacker proferiu do outro lado do comunicador.

– O que foi? – O platinado indagou pensando em uma provável piora na situação. Como se isso fosse possível.

– Eu não sei, alguma coisa está interferindo nos meus sistemas. – Iroha respondeu analisando as imagens chuviscadas que recebia em seu computador. Foi então que a ficha caiu. – Acho que fui detectada, tenho que...

E o som ficou estático subitamente.

– Iroha? Iroha? – O sniper chamou apreensivo. – Droga.

Utatane Piko firmou o rifle no corpo e começou a se movimentar, alguma coisa havia acontecido, alguma coisa que poderia atrapalhar bruscamente no plano e Utatane Piko teve um breve momento conflituoso dentro de si. Seu lado sentimental lhe pedia manter sua posição até ter notícias da hacker, em compensação, seu lado autoritário e exemplar lhe ordenava seguir em frente e continuar com o plano. Como sempre, Piko deu mais razão ao seu lado autoritário.

– Piko! – A voz de Iroha surgiu através da estática. – Saia daí agora!

E sem questionar o garoto o fez. Seu lado autoritário estava certo.

[...]

Iroha observava perplexa os monitores de seu computador, ainda não acreditava que havia sido detectada. Iroha era uma hacker experiente, para que ela fosse detectada tinha de haver um outro hacker, um outro hacker melhor que ela. Não, ela não podia pensar nisso agora. Observou por alguns segundos as telas chuviscadas de seu computador sem saber realmente o que fazer, não demorou muito até que as plantas retornassem ao lugar de onde haviam desaparecido. A varredura havia acabado.

A rosada digitou rapidamente em seu teclado, uma linguagem quase irreconhecível, isso é, caso você não entenda de computadores. A hacker buscava incansavelmente por um rastro de quem havia invadido seus sistemas. Nada. Quem a hackeou certamente sabia o que estava fazendo e Iroha não pode deixar de se sentir um pouco inferior. Isso a irritava.

Foi então que uma pequena luz vermelha chamou-lhe atenção e Iroha voltou seus olhos para as plantas no computador. Não, não era só uma. Sete luzes. Sete avermelhadas e pulsantes luzes iam em direção a uma opaca luz azul. Utatane Piko.

Nekomura chamou-o através da escuta, mas nenhum som vinha do outro lado, somente uma incomoda estática, então com todas suas forças Iroha gritou:

– Piko! Saia daí agora!

Novamente as plantas desapareceram do computador e Iroha dirigiu-se rapidamente às câmeras que estavam sob seu controle na rede de túneis. A garota checou uma por uma, desesperada por encontrar um resquício do Sniper, seja este qual fosse.

– Piko, responda! – A Nekomura pronunciou com a voz trêmula, sem tirar os olhos das câmeras. – Você está bem?

Foi então que na segunda câmera da terceira fileira à direita, um dos guardas levantou seu quepe para encará-la. Era ele, Piko estava a salvo e Iroha deu-se a liberdade de soltar um longo e barulhento suspiro.

– Devíamos ter pensado nisso há mais tempo. – O garoto disse ajeitando a roupa de segurança.

– Eu sei, não consigo me perdoar por isso. – A rosada disse se recostando na cadeira.

– Preciso de um favor Iroha. – Falou o platinado. – Andar por ai com uma Ultima Ratio é muito chamativo e por mais que eu odeie fazer isso, terei que me separar dela por um tempo.

– E o que planeja fazer?

– Eu vi um compartimento de carga alguns metros atrás, se eu tiver sorte talvez ele leve ao salão subterrâneo. – O sniper disse. – Com uma segurança desse nível, estou certo que tal compartimento funcione como um mini elevador moderno. Poderia hackeá-lo para mim?

– Sim, de fato é possível. – Iroha concordou analisando a trajetória do compartimento. – Entretanto é preciso que você se apresse, se alguém encontrar sua arma antes... Bem eu acho que teremos problemas colossais.

– Entendido.

[...]

Rin Kagamine fuzilava sua comandante com todas as suas forças visuais – Se é que isso existe – Se Rin possuísse uma visão de raio lazer, Megurine Luka já estaria frita e pronta para consumo. A detetive não podia acreditar no quão cínica e boa atriz Megurine era, ou havia se tornado ao longo dos anos. A comandante discutia juntamente a dois ladrões, qual foi o roubo mais bem sucedido que haviam praticado, era mesmo uma cena patética.

– Algum problema Rinma?- Uma voz indagou ao seu lado.

– Nenhum. – A detetive respondeu sorrindo para o homem que a acompanhava. Kyo.

Kyo era membro de uma das mais prestigiadas famílias do mundo do crime, desde pequeno o garoto já praticava atos criminosos e vandalistas, mesmo que mínimos. Kyo era um garoto prodígio, sempre rodeado de luxos e mulheres e com Rin não era diferente. Entretanto, alguma coisa nela chamou-o atenção e ele decidirá que ela era quem ele queria aquela noite. Então por hora, Rin Kagamine havia cumprido sua missão. Agora tudo que lhe restava era relaxar, ou pelo menos tentar. E amaldiçoar pela segunda vez Megurine Luka por suas “ideias mirabolantes”.

[...]

Len Kagamine caminhava calmamente sobre o carpete vermelho que cobria o segundo andar da mansão. Por algum estranho motivo aquela garota não saía de sua mente e por outro motivo ainda mais estranho, ele apresentava um sorriso bobo no rosto. Talvez já tivesse escolhido sua próxima vítima, o que restava agora era só dar o próximo passo e...

– LEN! – Uma voz irritantemente animada chamou por seu nome.

– Miki, por favor... – Ele pediu observando quantas pessoas pararam para observa-los pelo simples motivo da garota mencionar o nome do assassino mais famoso dos últimos tempos.

– Ah, desculpe, esqueci que você está se passando pelo meu irmão. – A ruiva sorriu gentilmente enquanto passava seu braço pelo de Len. – O leilão já vai começar!

O loiro observou Miki com certa curiosidade enquanto a garota o puxava contra sua vontade até o local indicado, de certa forma Len achava fascinante o fato de Miki mudar tão rapidamente sua personalidade, quem diria que a menina que era responsável por se livrar de cadáveres e provas, do jeito mais grotesco possível, também seria capaz de sorrir de maneira tão inocente.

[...]

– Relate a situação, policial Utatane.

– Pode, por favor, parar de usar essa linguagem? Não combina com você. – Utatane Piko suplicou pela enésima vez para a hacker que minutos atrás decidira, por algum bizarro motivo, imitar Megurine Luka.

– Desculpa, quando fico nervosa eu tenho tendência a fazer chacota. E como a comandante não está presente, ela foi a candidata da vez. – Iroha soltou uma risadinha do outro lado da linha.

– Engano seu Iroha. – A voz de Megurine Luka ressoou nos ouvidos dos dois.

– Co-comandante? – Iroha gaguejou envergonhada. – Há quanto tempo está ouvindo?

– Tempo o suficiente para ter uma noção de que vocês dois não levam nada a sério. – A rosada respondeu.

E os dois policiais suspiraram frustradamente, se ela soubesse o que tiveram que passar... Mesmo assim ninguém tinha coragem para enfrentá-la e Piko guardou na memória o fato de ter que repreender Iroha mais tarde.

– Como nossa hacker já disse. – Começou Luka. – Relate a situação.

– Eu estou vendo Mew. Ela se infiltrou no meio das “mercadorias”. Inteligente, eu admito. – O platinado comentou intencionalmente. – Eu posso atirar nos guardas e acabamos agora mesmo com essa palhaçada.

– Não. – A comandante negou. – Se fizer isso o leilão será cancelado e o organizador disso tudo vai estar longe daqui antes que as pessoas descubram o que aconteceu. Precisamos dele. Não cause um alvoroço antes da hora. Siga o plano.

– Sim senhora.

– Os convidados estarão chegando por um elevador, eu e a detetive Rin chegaremos em alguns segundos com o restante deles, tenha certeza de que todos estejam prontos e de que ninguém lhe veja.

– Entendido. – Piko respondeu sério.

[...]

– Senhoras e senhores. – Leon anunciou para todos os milhares de olhos que o observava. Em geral, o grande salão subterrâneo era raramente utilizado, sendo muitas vezes apelidado por sua irmã mais nova, Lola, de "catacumba" ou "masmorra". Entretanto, essa noite em especial, o salão estava lotado, repleto de pessoas dos mais diversos tipos e idades, Leon estava definitivamente orgulhoso. – Companheiros do crime, esta noite é a noite que vocês esperaram por todas as suas vidas. Garanto que todos estão muito ansiosos não?

Houve um grande coro gritando “sim”.

– Eu sabia, então sem mais delongas, iniciemos nosso leilão! – O loiro proferiu empolgado enquanto as cortinas atrás de si eram levantadas. – Nossa primeira peça é de um tipo muito raro. – Leon disse puxando uma das garotas para próximo a si. – O lance inicial é de cem mil dólares.

Após o anuncio, um grande conglomerado de vozes se alastrou, todos gritavam números cada vez maiores. O leilão era encarado pelos criminosos como uma competição, o que devia ser mesmo, pois era claro que havia poucas mulheres para os montes que gritavam sem parar sem se preocuparem com o quanto possuíam no banco.

– É ela. – Utatane Piko disse. – É a Mew! Porque ele começou justo com ela?

– Esteja pronto para atirar. – Luka Megurine ordenou. – Não mate ninguém, um tiro será o suficiente para que eles saibam o que está acontecendo aqui. Gumi e Yukari já estão prontas para invadir com a equipe de apoio.

– Certo. – O platinado concordou posicionando seu dedo no gatilho da Ultima Ratio. Ele não ia errar e quando Luka ordenasse, ele atiraria sem hesitar.

Mas então, uma coisa estranha aconteceu. Leon caiu de joelhos pressionando o abdômen, havia um liquido viscoso e avermelhado se espalhando cada vez mais por sua blusa social branca e nas mãos de Mew, uma tesoura lambuzada de sangue.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, Ja ne!!