Fairy tales escrita por MatheusGreca


Capítulo 6
Contrações estranhas.


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem demorar tantos meses para postar esse capitulo, tive provas, trabalhos, concursos para adentrar em escolas de ensino médio e tive esse pequeno atraso no Fairy Tales, me perdoem. Agora, boa leitura para este novo capitulo, graças a Deus tudo está dando certo da minha vida e poderei postar muitos e muitos capítulos dessa história mágica. Boa leitura!



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Era difícil entender o que havia se passado, novamente Eric tinha me convencido a esquecer o maldito sonho e voltar a dormir. Porém, as lembranças da vela e dos demais elementos daquele quarto escuro não me permitiam pregar no sono. Em meio às cinco da manhã, senti a parte de baixo de minha barriga apertar-me. Era o bebê, pensei, devia estar com fome, ou apenas se movendo.

– Eric, Eric.. - Cutuquei suas costas com a ponta de meu indicador destro, fitando-o incrédulamente. - Tem como acordar?

– Hm, outro sonho amor? - Dizia-me, ainda de olhos fechados.

– Não ERIC! É o bebê.. - Furiosa, direcionei um tapa as costas nuas de Eric, notando a marca de meu palmo fixar-se na pele do mesmo.

– ELE ESTÁ NASCENDO?

– Não seu idiota, estou grávida de três meses... Quer que o bebê venha ao mundo sem cabeça? Estou com dor, ele deve estar se movendo.

– Sinto muito amor, me perdoe. O que quer que eu faça?

– Pode buscar uma maçã na cozinha? Talvez ajude-me a passar a cólica, funcionava com Melody.

– Sim, claro minha princesa. Espere aqui. - Ele ergueu-se do colchão macio, caminhando rumo a cozinha do palácio.

As dores não passavam, parecia que o bebê nadava em meu útero, causando-me uma dor insuportável. Enquanto esperava Eric voltar com o fruto, me ergui com dificuldades, caminhando rumo a janela aberta. Ao chegar em seu batente, visualizei o mar lindíssimo que refletia as estrelas em sua superfície , aquela imagem fez a dor passar instantaneamente, então, notei o que realmente o que o bebê queria.

Caminhei rumo ao meu guarda-roupa, fisgando uma vestimenta de verão: Um vestido verde água, com pétalas de flores prateadas espalhadas por sua saia. Vestia-o quando Eric entrou no quarto.

– Onde vai?

– Hm, nadar um pouco.

– A esta hora? Querida, não acha que está muito cedo? - Ele se aproximou de mim, estendendo o palmo para me entregar a maçã.

– Eric, este bebê está precisando sentir por minha pele o mar, a final , ele é metade peixe. Ele necessita conhecer suas raízes. Lembra-se de Melody? Ocorreu o mesmo em sua gravidez. Faz tanto tempo que não me lembrava disto, como pude esquecer? Haha..

– Ariel, não me recordo em nenhum momento você ter nadado as cinco da manhã.

– Cada bebê tem sua necessidade, e agradeceria muito, se o pai dele, fosse comigo.

Depois de uma " luta " com Eric, finalmente ele aceitou nadar comigo. Vestimos trajes qualquer, que poderia se molhar na água gélida e salgada do Atlântico. Enquanto de ciamos para a praia pelas escadas de pedra do castelo, víamos o sol amarelado com tons de laranja erguer-se aos céus pouco-a-pouco.

– Hoje será um dia lindo. - Comentei sorridente, enquanto afagava a mão de Eric suavemente.

– Não! Será péssimo, estou morto de sono, e você também deveria estar...

– Estou bem, aprendi a muito tempo que não posso me deixar abalar pelas trevas, Eric. Mel precisa de nós, e o nosso futuro bebê também. - Recitei alegremente, quando senti meus pés nus tocarem os finos grãos de areia da praia.

– Corrida até o mar? - Soltei o palmo de Eric, rumando a passadas rápidas até a borda do oceano. O mesmo me acompanhou até a água, agarrando-me delicadamente. Caminhamos juntos para dentro de meu lar, aproveitando a deliciosa manhã daquele dia.

– MELODY!!! - Gritei furiosa, socando a madeira da porta do quarto de minha filha.

– O que foi, estressadinha... - Não acreditei quando olhei para Melody, enquanto a mesma abria a porta de seu quarto para mim. Minha filha perfeita, estava toda descabelada, com sua camisola bege que ia até os joelhos e suas olheiras fundas como uma garrafa de vinho tinto.

– POR TRITÃO, MELODY! Que roupa é essa? Que cabelo é este? E QUE OLHOS SÃO ESSES MINHA FILHA?

– Bom, a roupa você e papai me deram, o cabelo não tenho culpa, a final foi a mistura do papai com você que deu nesse ninho de pássaros, e meus olhos, bom... SÃO NOVE DA MANHÃ! Eu devia estar no meu quinto sono de beleza. - Disse ela totalmente sarcástica, enquanto voltava para sua cama bagunçada.

– Nada disso mocinha, a senhorita vai tomar um banho, arrumar este cabelo, passar uma maquiagem nesses olhos e vamos para a carruagem ! Hoje temos uma viagem, esqueceu?

– Como eu ia esquecer: " A viagem para a casa do seu amiguinho filha, o Lipe ".. - Após sua fala, a mesma fez-se uma careta, demonstrando-me nojo ao falar sobre meu afilhado. - Ecá! Vou ter que ver aquele lixo? Não posso ficar... Mamãe?

– Não fale assim do filho de Cindy, ele é um anjinho?

– Anjinho das trevas não é mamãe? Aposto que ele e Ursula foram criados juntos, aquela peste nojenta. Arg, eu odeio ele mamãe, graças a Deus a Estrela vai estar junto, porque nossa Senhora, aquele garoto é um lixo.

– Pare de falar bobagens e vá se vestir, eu não quero ouvir mais um pio sobre esse assunto, agora ande. Vou enviar uma carta a Cinderela avisando que estamos indo, e não esqueça de levar suas roupas de banho, enquanto estivermos lá, nada de se mostrar com a calda.

– Ta bom, ta bom.. Agora deixe-me vestir, tchau. - Melody descaradamente me empurrou para fora de seu quarto, batendo a porta atrás de mim. Tive que reabri-la para soltar a aba de meu vestido que havia ficado preso entre a coluna e a madeira.

Aquela viagem nada mais era uma desculpa para ver Cinderela, mas é claro que iria contar sobre o sonho, sobre a carta e os demais assuntos que eu e ela tínhamos que tratar. O meu medo era que Melody e Lipe se matassem, até porque, ficaríamos lá por duas semanas. Eu, Eric, Melody, Cinderela, Edward, Lipe, Aurora, Príncipe Phillip e Estrela. Espero que as crianças sobrevivam a essas " férias ".

Ao avistar o relógio de prata a parede de rochas de meu quar to, notei o quanto estava atrasada. Minhas sete malas, sendo duas de Eric, já estavam encostadas próximas a porta. Sentada sobre a banqueta de minha penteadeira, alisava minhas madeixas ruivas delicadamente com minha escova.

– Mamãe, eu não estou acreditando que a senhora vai me forçar mesmo a comparecer a casa dos infernos! - Recitava Mel, irritada.

– Ei, não fale assim de sua madrinha! O lar de Cinderella é um lugar bem cuidado e calmo.

– Não refiro-me a Cinderella ou ao palácio da família Cristal. - Bravou, furiosa. - Refiro-me a peste loira que ela gerou! Mãe, ele parece um anjinho com aquele sorrisinho fofo e aqueles olhos azuis? Parece! Porém, ele é um moleque idiota, sem modos e...

– Lindo! - Exclamei, animada.

– Lindo? MÃE! Eu ia falar sujo.

– Querida, na sua idade eu achava os meninos insuportáveis também, entre tando, quando cresci isso mudou. - Relembrei-me da época que era paquerada pelos tritões do reino de Atlântida. Como minhas irmãs diziam, eu era realmente a desejada dos mares. Porém, preferia nadar em busca de objetos dos terrestres, que ao meu ver eram bem mais interessantes. Mas, pensando bem, os tritões não se comparam aos humanos. Eu acho as pernas de Eric tão lindas!

– Eu não disse que todos os meninos são pestes, na verdade... Eu acho até o filho da tia Branca um gatinho. E também um menino de Atlântida, o nome dele é Jason. Ele é tão fofo e...

– Hahaha. Pena que a senhorita é nova demais para essas coisas. - Eric adentrou ao quarto, gargalhando sarcasticamente.

– Não acredito que você , papai, estava nos ouvindo atrás da porta. Um rei não deveria espiar as damas da corte dessa forma! - Recitou Melody, também sarcástica.

– Na realidade. - Ele parou atrás de mim, acariciando-me as madeixas. - Vim avisá-las que já estão a vinte minutos atrasadas, má sorte a sua que falava de meninos quando entrei.

– ARG, MINHA VIDA É UM INFERNO, COMO EU ODEIO, ODEIO, ODEIO. - Melody saiu de nosso quarto batendo os pés e resmungando. Porém, voltou em alguns segundos pois havia esquecido os sapatos sobre o meu divã cor de creme. - E sim, mamãe, eu irei bater em Felipe até ele explodir! Ah, e o peido dele é o mais fedido de TODOS os reinos!

– Melody! - Já era tarde, ela havia batido a porta. Girei-me a estrutura sobre a banqueta, observando Eric. - O que faremos?

– Sabe como são crianças, Melody não vai matá-lo.

– Não?

– Eu espero que não, amor. - Ele se aproximou, unindo nossos lábios. Em um beijo, ergueu-me de meu assento, apressado.

A pedido de Eric, alguns criados o ajudaram a levar as malas para as carruagens. Estas que eram belíssimas: Estrutura banhada por ouro branco, com detalhes em diamante. Em seu interior, assentos macios e confortáveis possuíam a cor creme, recebendo-lhes almofadas de forro de seda que completavam o visual interno, tornando-o luxuoso. O bagageiro era espaçoso e comportava todas as malas.

O cocheiro já estava a nossa espera, vestia uma roupa clássica de nobre, tendo sobre as madeixas grisalhas um chapéu de couro. A sua frente, quatro cavalos com crinas longas recebiam cenouras de Melody, que, aparentemente já estava mais calma.

– A unica parte boa dessa viagem é o transporte. - disse-me ela. - Olhe estes cavalos mamãe, são lindos!

– Sim, são belíssimos. Mas agora, precisamos ir. Vamos querida. - Apalpei a saia de meu vestido azul, erguendo sua barra dos rochedos do solo. Cuidadosa, adentrei-me a cabine da carruagem, me sentando ao lado de Eric. Mel me acompanhou, sentando-se em nossa frente.

A porta fora fechada, e os cavalos inciaram suas passadas compassadas delicadamente. Observei Melody, que estava realmente entendiada, então, resolvi contá-la sobre a minha gravidez.

– Mel, eu e seu pai temos uma coisa a lhe contar.

– Você está grávida? - Cuspiu ela tão rápido, me assustando.

– Ã? Eric! Você contou?

– Não! Melody! Como sabe?

– Mamãe, você está mais... Gordinha.

– Go-gordinha?! Ei, vocês dois se uniram não é? - Os fitei incrédula. - Não acredito, eu estou apenas três meses grávida e estou gorda? Imagino quando chegar ao nono, estarei uma baleia orca encalhada na cama que nem conseguirei erguer-me!

– HAHAHAHAHA! Brincadeira mamãe, não está. Eu ouvi você e o papai conversando umas noites atrás. E sim, ouvi a briga do; " Você me chamou de REDONDA? " HAHAHA...

– Ai, Melody! - Grunhiu, Eric.

– Filha, você quase me matou de susto! Ufa! Mas, quero saber sua opinião sobre isso...

– Bom, tirando a parte de eu achar que você está muito velha para ter um filho...

– Velha?

– Eu até acho legal! Vou ter um irmãozinho, ou irmãzinha

– Velha? - Repeti, abismada.

– Hmm, acima da idade é melhor? Mãe cá entre nós, isso nos seus olhos são pés de galinha? - Ela se aproximou, fitando-me preocupada.

– CHEGA! Chega! Eu vou descansar agora, não quero mais me aborrecer com vocês dois. - Os fitei severamente irritada, retirando de minha bagagem de mão uma máscara para os olhos. A vesti, recebendo de bom grado a escuridão sobre a visão. Encostei-me a cabeça ao assento, relaxando. Em poucos segundos, me apeguei ao sono.


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Notas finais do capítulo

Não se esqueçam de acompanhar o próximo capítulo, e se você quer algum personagem favorito seu nessa história, deixe aqui em baixo que farei a lista de convidados do Aniversário da Melody, e se você me passar a tempo, talvez a sua princesa ou seu personagem de contos de fada estará presente. Um abraço, e até a próxima.



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