De Repente Grávida escrita por Dul Mikaelson Morgan


Capítulo 13
Revelações


Notas iniciais do capítulo

Desclupas gente :// demorei muito eu sei, mais não se preocupe que ate quinta ja teremos outro capitulo =] aproveitem esse que tá grande e aposto que vão gostar



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Esther Cacillas... Caroline matutava em silêncio, durante o trajeto. Sem Klaus ter que dizer coisa alguma, Caroline intuía que, no tocante àquela mulher, es­tava pedindo algo. que ele não poderia cumprir.

Então, se perguntava, como ficariam as coisas entre eles? Haviam feito o pacto de lutar para que o casamento desse certo, de serem fiéis um ao outro, de não permitir que nada ou nin­guém interferisse em suas vidas, com o que Klaus concordara plenamente.

Parecia, no entanto, que havia uma exceção. Esther Cacillas.

O que aquela mulher e Klaus tinham em comum? Alguma coisa deveria existir, embora, pelo olhar de desprezo dele quando a vira estava certa de que não era amor. Então, por que hesitara quando lhe perguntara se tornaria a vê-la? Se Klaus não estava preparado para responder a essa pergunta, e obviamente não estava, ela mesma iria em busca dessa ver­dade. Teria que perguntar a alguém. A quem? Ao pai, que, conhecendo Klaus há tanto tempo, poderia saber de alguma coisa? A Esther Cacillas?

A mera hipótese de revê-la lhe dava calafrios. Deixou a idéia de lado. Mas aquele mistério tinha de ser solucionado, para que o espectro daquela mulher deixasse de assombrar sua vida.

Como klaus não respondesse a sua pergunta, Caroline disse cortante:

— Não tem importância, Klaus. Você precisa de algum tempo para pensar.

Só que eles estavam a três semanas do casamento... Seguiram calados.

— Quer subir para tomar um café? — Caroline perguntou quando chegaram diante de seu apartamento, para que a noite não terminasse de modo tão insípido.

— Gostaria — ele disse sorrindo —, mas você não está muito cansada?

— Então, está convidado. Dormi um pouco à tarde — Caroline disse, saindo do carro.

Klaus subiu e ajudou-a a fazer café. Caroline trouxe bombons e licor.

— Sei que você não quer ouvir sobre Esther — Klaus come­çou, ajeitando-se na poltrona.

— É verdade. Não quero.

— Não mais que eu — ele prosseguiu com uma expressão mesclada de tristeza e enfado. — No entanto, existe algo que preciso lhe contar.

Caroline fechou os olhos, e naquele momento surgiu em sua mente a lembrança da expressão amorosa de Klaus quando vira na tela a imagem de seus filhos.

Havia conhecido Klaus toda a vida. Sabia que era um homem honrado. Acreditaria em qualquer coisa que ele dissesse sobre Esther.

— O que é? — encorajou-o a falar.

Klaus levantou-se, pôs a xícara de café sobre a mesinha au­xiliar e, abaixando-se, segurou-a por ambas as mãos.

— Quero que saiba que Esther Cacillas não significa nada para mim. Nada.

O calor das mãos de Klaus, o modo carinhoso com que a olhava apesar da ansiedade estampada em seu rosto másculo, convenceu Caroline de que ele estava sendo sincero.

— Está bem, Klaus — ela disse com doçura.

— Mesmo?

Caroline sentiu crescer dentro de si uma grande ternura ao ver a incerteza refletida nos olhos castanhos daquele homem que amava tanto. Compreendeu que para ele era muito importante que ela acreditasse no que estava afirmando e resolveu parar de lutar contra fantasmas.

— Mesmo, Klaus — ela disse, acariciando seu rosto até há pouco fechado, aliviada por sentir o retorno do entendimento entre eles. Amava muito Klaus para suportar o sofrimento de estarem distanciados.

— Graças a Deus, Caroline!

Sentou-se ao lado dela, puxou-a para seus braços e, enter­rando o rosto em seus cabelos perfumados, encheu-a de beijos, desculpando-se:

— Lamento que este dia que começou radiante tenha se tor­nado insuportável.

Ela passou os dedos por entre os cabelos de Klaus, depois, abraçando-o com muita meiguice, falou baixinho em seu ouvido:

— Prometo não contar a Elena e Damon o que acabei de ouvir.

— Caroline, a parte desagradável deste dia nada teve a ver com Elena e Damon, você sabe.

Sim, ela sabia. Graças a Esther, erguera-se entre eles, quase toda a noite, o que parecia ser uma barreira invisível. Caroline sabia que a culpa daquele distanciamento cabia a ela, porque todas as vezes que Klaus quis se aproximar para beijá-la, aca­riciá-la ou mesmo tocar sua mão, se esquivara.

Klaus segurou o rosto de Caroline e, fitando-a bem dentro dos olhos, disse:

— Eu nunca farei nada que possa pôr em risco minha vida com você e nossos filhos. Isso eu prometo.

Os olhos de Caroline ficaram rasos d'água. Tudo ainda lhe pa­recia um sonho. Um lindo sonho.

Klaus abaixou a cabeça e beijou-a ternamente nos lábios, saboreando sua doçura, até que Caroline, com um gemido, entrea­briu os lábios, passando os braços pelos ombros de Klaus é agarrando-se a ele.

Amava aquele homem, amava-o tão loucamente que, no fun­do de seu coração, sabia que lhe perdoaria tudo.

— Caroline? — Klaus afastou o rosto, olhando para ela com desejo.

— Klaus... — ela murmurou as faces afogueadas pela cer­teza de que o queria mais que tudo no mundo.

Klaus, com um movimento rápido, ergueu-a em seus braços.

— Estou muito pesada para você — disse, segurando-se com firmeza no pescoço de Klaus.

Klaus riu, entendendo o que ela quisera dizer.

— Talvez dentro de uns dois meses, sim, mas por enquanto, você é leve como uma pluma.

— Para onde está me levando? — Caroline perguntou com voz rouca. Sentia o corpo aquecido pelo calor de Klaus e envolvida por uma onda de desejo que não conseguia controlar.

— Embora nosso amor sobre o carpete tenha sido maravi­lhoso na primeira vez, acho que podemos fazer melhor. — E dando um ligeiro empurrão, abriu a porta do quarto, colocou-a cuidadosamente sobre a cama e depois deitou-se a seu lado.

Caroline fechou os olhos. Podia sentir as batidas de seu coração cada vez mais aceleradas. Nunca poderia imaginar que a noite dos dois que começara tão mal estava prestes a acabar tão bem.

Enterrou os dedos nos cabelos de Klaus e puxou-o para si.

E se aquela primeira vez entre eles não se repetisse? E se desta vez não fosse tão bom?

Ele pareceu adivinhar seu pensamento e disse baixinho:

— Querida, vai ser bom. — E começou a beijá-la, fazendo o corpo dela vibrar-se de antecipação.

A mão de Klaus, ao mesmo tempo carinhosa e exigente, des­lizava pelo corpo de Caroline de alto a baixo. Seus lábios doces percorriam eroticamente o pescoço dela e desciam para o vão macio entre a curva dos seios, ainda protegidos pelo vestido de seda. Por pouquíssimo tempo, porque Klaus, cuja respiração ardente quase a fazia desmaiar, puxou o zíper de seu vestido e Caroline surgiu a seus olhos de calcinha e sutiã.

— Você é linda, Caroline, incrivelmente linda!

Caroline, com mãos trêmulas, meio desajeitada, foi desabotoan­do a camisa dele, acompanhando cada gesto com uma carícia em seu peito forte.

Na primeira vez, devido à explosão da paixão que os domi­nou, não houve tempo para tocar, sentir, acompanhar os con­tornos dos respectivos corpos.

Klaus puxou-a para bem junto de si. Caroline pôde sentir, quan­do colou-se a ele, a firme evidência de seu desejo.

Ela queria mais, muito mais, queria tudo, queria ficar nua junto dele, queria sentir seu corpo, as pernas entrelaçadas e...

— Nada até estarmos casados, lembra-se, Caroline?

Ela lembrava só que aquela frase era coisa do passado.

Caroline beijou o peito de Klaus, ansiando por uma entrega total.

— Isso já não tem importância.

— Tem para mim, querida.

Mas para amenizar o rigor daquelas palavras, inclinou a cabeça e, com seus lábios em fogo, beijou, por cima do sutiã, um dos mamilos túrgidos, sugando-o doce e lentamente, en­quanto com a mão tocava o bico do outro seio, provocando nela um desejo incontrolável que a fazia gemer baixinho.

Deixou a mão deslizar até a calcinha de cetim e Caroline gritou de prazer quando Klaus a acariciou entre as coxas levando-a ao ápice do prazer. Depois, refugiou-se nos braços dele trans­bordando de felicidade.

— Você está bem? Machuquei você?

— Não — ela respondeu, entregue, exausta —, você não me machucou. Para dizer a verdade — sussurrou ofegante —, me senti nas nuvens.

Klaus sorriu um riso rouco de desejo contido, ajeitando os ca­belos de Caroline que lhe cobriam parcialmente o rosto.

— Era isso que eu queria que você sentisse. E agora quero para- mim um prazer que me foi negado na primeira vez — disse puxando a coberta.

Caroline olhou para Klaus, não entendendo.

— O prazer de tê-la adormecida em meus braços.

Caroline olhou-o através da luz esmaecida do abajur de cabeceira.

— Mas...

— Durma, querida — ordenou, acomodando a cabeça dela em seu ombro e apagando o abajur.

Caroline ficou bem quietinha na escuridão. Não entendia por que ele não tinha... Ele lhe dera prazer, muito prazer e, no entanto...

— Teremos o resto de nossas vidas... — ele murmurou, lendo novamente seus pensamentos. Esta noite eu quis só dar prazer a você.

E dera. Ah, certamente dera!

Um prazer completo. Maravilhoso. Sentia-se viva como nunca!

...

— Quer fazer o favor de parar de andar de um lado para o outro, Niklaus? Está me dando nos nervos.

Klaus parou, hesitou um instante e mudou de direção.

Depois daquele encontro com Esther, da preocupação com Caroline, precisava, urgentemente, conversar com alguém. Infe­lizmente não contava mais com Lizzie para desabafar, e a pessoa mais próxima era Bill, que, por sinal, era pai de Caroline. Embora sendo um homem experiente, que enfrentara muitos desafios, não sabia como tocar no assunto.

Bill reclamou:

— Esse vai-e-vem vai durar muito, Klaus? Preciso saber, porque vou me casar na próxima semana... — ele acrescentou, rindo com ironia, sentando-se no braço da poltrona.

— Muito engraçado! — resmungou Klaus.

— Você já imaginou o que Niel vai dizer se eu não chegar a tempo na igreja porque você levou uma semana para me dizer o que queria?

Klaus parou de andar.

— E muito difícil...

Bill encarou-o preocupado.

— Você está pensando em desistir de Caroline? — perguntou, já exasperado.

— Não seja ridículo, Bill — Klaus retrucou, impaciente.

— Então o que é? Se não é desistir de Caroline... o que, dadas as circunstâncias, poria fim na nossa velha amizade...

— Já disse que não é. Eu adoro sua filha.

— Está bem. Estou aqui para ouvi-lo, como fiz no dia em que você me procurou para explicar que vocês estavam envol­vidos há alguns meses e que você era o pai do bebê que Caroline estava esperando — Bill continuou, estreitando os olhos azuis.

— É verdade, e diga-se de passagem, não é um bebe. São dois. Gêmeos.

Bill acenou a cabeça afirmativamente.

— Caroline veio me ver esta manhã e me contou a novidade. Klaus não sabia que Caroline fora ver Bill pela manhã. Deixara o apartamento dela depois de tomarem o café da manhã e dali seguira para seu próprio apartamento, para tomar uma ducha e vestir-se para ir ao escritório. Só que não fora ao escritório. Ficara em casa, pensando no que faria com relação à Esther e como tocaria nesse assunto delicado com Bill.

— Estou muito feliz por vocês.

Klaus estranhou o fato de Bill não ter dito que Caroline havia estado lá pela manhã e de não tê-lo recebido de braços abertos, todo excitado, pela notícia de que teria não um, mas dois netinhos.

Bill levantou-se do braço da poltrona e sentou-se no sofá, enquanto Klaus ensaiava mais algumas passadas pela sala.

— Quero dizer, Klaus — prosseguiu Bill —, que apesar de tê-lo ouvido atentamente na semana passada, isso não significa que acreditei no que você me falou. Niel me aconselhou a não me meter e, apesar de levar muito em conta sua opinião, não quero saber de brincadeiras no que diz respeito à felicidade de Caroline no casamento.

Encarou Klaus, avaliando a reação dele a estas palavras.

— Estou tão empenhado na felicidade de Dela quanto você, Bill.

— Está? — Bill indagou cem um tom de ironia na voz. — Então me permita acrescentar que nem por um instante acre­ditei nessa história de relacionamento secreto entre vocês, Klaus. Nem por um instante — insistiu com firmeza, notando que Klaus queria interrompê-lo. — Minhas filhas não foram cria­das assim, com segredinhos — declarou orgulhoso da educação que dera a elas —, portanto deduzi que o que houve entre vocês foi um arroubo de paixão do qual resultou uma gravidez. No entanto, na ocasião, achei melhor não me intrometer. Vocês re­solveram se casar, e tudo bem.

Bill fez uma pausa, pesando no que diria a seguir:

— Mas depois da visita de Caroline esta manhã, as coisas mu­daram um pouco.

— Em que sentido? — Klaus perguntou entre curioso e aborrecido.

— Minha filha tem a impressão de que em sua vida existe algo muito complicado que pode vir a atrapalhar o casamento de vocês.

Klaus respirou fundo. Caroline, sem querer, abrira caminho para o que ele fora fazer ali. Mordeu os lábios.

— Caroline disse o que era complicado?

— Sim. Mas não precisava dizer, eu já sabia. Klaus olhou para Bill espantado.

Bill sabia? Como? A única pessoa com quem falara a res­peito de Esther fora Elizabeth e não acreditava que não tivesse mantido a maior discrição a respeito.

Bill interrompeu a sucessão atropelada de seus pensamen­tos com uma revelação inesperada:

— Quando você me procurou há quinze anos, com uma pro­posta de sociedade, eu tinha trinta e quatro anos, esposa e uma família para criar. Assumi muitos riscos, mas era um homem previdente. Antes de concordar em fazer negócio com você, le­vantei sua ficha.

Klaus olhava para Bill, estupefato. Ele sabia de tudo e nunca dissera nada. Admirou profundamente o caráter, o porte moral daquele seu amigo de tantos anos.

Bill foi ao bar preparar uma dose de uísque para ambos.

— O que o está torturando, Klaus? Do que tem medo?

Medo de perder Caroline, Klaus pensou, agora que estou tão perto de tê-la para mim, para sempre.

— Tem tão pouca confiança em Caroline, Klaus, a ponto de achar que ela deixaria de se casar com você por causa de seu passado?

Ele engoliu em seco. E respondeu com voz rouca:

— Você não entende Bill. Caroline não me ama, e se souber...

— Caroline não ama você? — Bill repetiu incrédulo. — Você está cego, Klaus? Ela adora você desde que tinha onze anos.

— Você está enganado — Klaus falou, tomando um gole da bebida. — Você está enganado. Ela...

Bill interrompeu-o:

— Acredite em mim. Caroline ama você. Sempre o amou.

Será? Klaus se perguntava. Bill estaria certo? Não, não podia acreditar. Não queria correr o risco de acreditar e sofrer uma decepção.

— Esta manhã, quando Caroline veio me ver, tivemos uma conversa franca. Aconselhei-a, se tivesse dúvidas, não se casar e afirmei que concordaria com qualquer decisão que tomasse.

Klaus se sentia sufocar.

— E?

Bill, sorrindo, apaziguou o coração de Klaus.

— Ela me disse que se não casasse com você não casaria com mais ninguém.

— Isso por causa dos bebês.

— Não, Klaus, por causa de você. Ele sorriu tristemente.

— Sei como é difícil e como tem sido difícil para você conviver com essa sombra em seu passado — Bill prosseguiu, com­preensivo —, mas você não é absolutamente responsável pelo que aconteceu. Você era uma criança. Os olhos de Klaus escureceram.

— Você não vê Bill? Esse passado continua a atrapalhar a minha vida!

— Eu sei. Ao contrário das minhas filhas, que foram criadas com todo carinho, você não conheceu nenhum afeto. Por isso é tão difícil para você acreditar que alguém o ame verdadeira­mente. A família Forbes sempre amou você. E Caroline, mais que todos nós. Os problemas que você enfrentou contribuíram para estruturar o homem de caráter que você é, e deve orgu­lhar-se disso.

Pela memória de Klaus perpassaram as últimas semanas em que ele e Caroline estivaram juntos, os constrangimentos ini­ciais, a alegria de terem gêmeos, a última noite...

— Que mais Caroline disse esta manhã? — perguntou Klaus, já bem mais calmo.

— Como deve supor, ela me perguntou se eu conhecia uma Esther Cacillas.

Klaus ficou tenso.

— E...

— Eu tive que responder, honestamente, que não.

— Mas você...

— Klaus, eu não menti para Caroline. Nunca menti para minhas filhas. No caso, usei de um subterfúgio porque eu, realmente, não conheço nenhuma mulher chamada Esther Cacillas. Esther Mikaelson é outro caso e não foi por ela que Caroline perguntou.

Esther Mikaelson, com o segundo casamento, passara a assi­nar Esther Cacillas.

— Sou da opinião, Klaus, que cabe a você contar a verdade a Caroline.

Não vai ser fácil, Klaus disse para si mesmo.


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Notas finais do capítulo

E isso e COMENTEM, FAVORITEM E RECOMENDEM se puderem *--* bjs até.