No Limite do Desejo - Segunda Temporada escrita por MariBelas
Notas iniciais do capítulo
Leitoraaaaas lindaaaaaaaaaas, desculpa pela demora mais demorada do século ))):
Eu estava completamente sem ideia, sem inspiração, me deu um branco total ))):
Mas saiu o capítulo, não sei se gostei muito não, mas vamos ver o que vocês acham hahaha
Me contem tudo, comentem, preciso saber a opinião de vocês poxa >< Sdds de algumas leitoras!
ps: o próximo não vai demorar muito, já estou escrevendo *--*
LEIAM A NOTA INICIAL PLEASE *--* hahahhaa
Alice e Gustavo – 25 de setembro – Sexta-feira - 4 meses
Esse mesniversário estava um pouco diferente, pois os bebes andavam muito irritados durante esse mês e os pais tiveram que leva-los de manha a pediatra.
09:00 a.m - recepção da pediatria
Fat: Bom dia, eu tenho uma consulta marcada com a doutora Márcia, indicação da doutora Marcela – sorri para a recepcionista.
Era a terceira vez no mês que ela trocava de pediatra, não tinha se adaptado a nenhuma. E era a primeira vez que Bruno conseguia um abono (uma folga) no trabalho para ir com ela. Sempre quem ia era Vilma ou Miranda, mas as duas estavam ocupadas.
A recepcionista levantou e foi ate a sala da pediatra anunciando a chegada de mais um paciente, na verdade dois né. A sala estava cheia de crianças e eles acharam um lugar no canto para sentarem.
Fat: Acho que vou fazer meu trabalho da faculdade enquanto a gente espera.
Bruno: Se você conseguir né – olha ao redor e várias crianças corriam pelo local, e uns bebes ensaiavam chorar. O moreno pedia mentalmente para que isso não acontecesse, pois Alice e Gustavo estavam dormindo profundamente.
Como se um dos bebes lesse seus pensamentos, começou a chorar e a mãe levantou na hora para andar de um lado pro outro. Bruno encarou Fatinha.
Fat: Acho que não vou conseguir – respira fundo e olha para os filhos que franziam a testa ameaçando acordar e chorar a qualquer momento – Pior que estou cheia de trabalho pra entregar, tenho que estudar pra prova e ainda tem a festa deles hoje.
Bruno: Amor, é melhor não fazer a festa, eles estão enjoadinhos também, não vão curtir nada. E eu tenho minha monografia pra fazer e um projeto pra terminar. – Gustavo abriu os olhos e começou a olhar o local, como se estranhasse o ambiente, e começou a chorar, a irmã, como sempre, o acompanhou e abriu o berro.
A loira e o moreno os pegaram no colo rapidamente e ficaram andando de um lado pro outro. Como eles não paravam, fato que era fome. Enquanto a loira amamentava os filhos, uma garota por volta dos 4 anos se aproximou com seus olhos verdes fixados nos bebes.
x.x: Por que eles estão com a boca ai? – apontou pros bebes no seio da loira.
Fatinha e Bruno se olharam.
Bruno: Eles estão papando
x.x: Mas eu não papo assim – ela olhou confusa pro moreno e ele sorriu.
Bruno: Porque você já é uma mocinha e sabe comer sozinha, mas eles ainda não – a menina fez um bico.
x.x: Mas vocês podiam ensinar, isso é estranho- ela continua olhando confusa os bebes e como se ouvisse tudo Gustavo largou o peito e começou a encarar a menina.
Bruno pegou o filho e o colocou pra arrotar. A menina ainda os encarava. Até que a mãe da garota se aproximou, com os mesmos olhos verdes.
x.x: Luiza, eu disse pra você não sair da mesa dos brinquedos filha – ela puxou a menina pela mão e olhou para a loira e pro moreno – Desculpem o incomo.. – ela para de falar assim que seu olhar se cruza com o do moreno- Bruno? – sorri.
Bruno: Barbara? Que coincidência estranha – sorri e se levanta para cumprimenta-la.
Na mesma hora Fatinha franziu o cenho e colocou Alice pra arrotar, depois ajeitou sua blusa e ficou encarando os dois.
Barbara: É verdade, vim trazer minha pequena pra fazer o exame de rotina – sorri. – Mas essa coincidência é boa porque assim eu vejo que você não mente quando diz o motivo de precisar da folga – os dois riem.
Fat: Não vai me apresentar sua amiga, Bruno? – ela encarou o moreno que sorriu sem graça.
Bruno: Ah é. Barbara, essa é minha futura esposa Maria de Fátima e esses são meus filhos Alice e Gustavo – sorriu como pai babão que era
Barbara: Prazer – ela apertou a mão da loira que continuou sentada – Seus filhos são lindos, parabéns – sorri
Bruno: Sua filha também é linda, os olhos da mãe né? Que sorte a dela – sorri e Luiza sorri pra ele.
Luiza: Você é um moço bonito, posso te dar um beijo? – sorri
Barbara: Luiza, shiu, que isso – ela olhou sem graça pra Bruno – Desculpa, ela é terrível.
Bruno: Tudo bem , claro que pode, -ele se abaixa com cuidado pois estava com o filho no colo e a menina fica na ponta dos pés para dar um beijo na bochecha dele.
Eles ficaram mais um tempo conversando, Luiza brincando com os bebes e Fatinha tentando focar toda sua atenção na menina e nos filhos para não brigar com Bruno ali mesmo. A pediatra apareceu e chamou o nome de Luiza, então a conversa terminou e eles se despediram.
Fat: Boa a conversa com a amiguinha né? – sorriu irônica para o moreno ao seu lado.
Bruno: Iiih vai começar o ciúmes? – ele a encara.
Fat: Vocês se conhecem de onde? – ela havia ignorado a pergunta dele.
Bruno: Do trabalho, ela é minha chefe,
Fat: Tá bom Bruno, conta outra, ela é super nova.
Bruno: Ela tá na casa dos 30 amor, e ela herdou o escritório do pai, então parou a implicância hein.
Fat: Não estou implicando – respira fundo – só não sabia que sua chefe era tão bonita – faz careta
Bruno: Tá com medo de perder seu moreno para uma gata de olhos verdes? – a loira ficou boquiaberta, fechou a cara e virou o rosto pra ele.
Bruno sorriu e segurou o rosto da loira o virando pra ele. Aproxima seu rosto do dela e sussurra.
Bruno: Ela não chega aos seus pés meu amor – ela sorri e ele lhe dá um selinho. Alice coloca a mão no queixo do pai – Nem aos seus, mesmo pequenos ainda, minha princesa. – sorri.
Fat: Ô puxa saquismo, está no meu colo e tá se jogando pro pai – fala com voz de bebe e Alice da uns gritinhos rindo.
Já era quase 11:00 quando eles foram chamados.
A pediatra examinou os bebes, foi só elogios aos pais e tirou as dúvidas que o casal ainda tinha. Eles contaram sobre o choro descontrolado dos bebes nesse ultimo mês e a dificuldade para dormir e amamentar. A pediatra indicou a mamadeira para completar a alimentação e a chupeta para dormir, mas apenas para dormir. Não podia criar hábito. As datas da próxima vacina foram marcadas depois da loira declarar que havia adorado a pediatra e que seguiria com ela.
No caminho para casa eles pararam na farmácia para comprar as mamadeiras, as chupetas e o leite especial. Apenas a loira desceu enquanto o moreno ficou no carro olhando os bebes. Após alguns minutos a loira voltou pro carro com quatro mamadeiras e quatro chupetas. Isso foi motivo para o moreno puxar a orelha dela e eles começaram a “discutir” sobre isso.
A loira abria a porta de casa com o moreno reclamando ainda sobre as mamadeiras.
Fat: Ok Bruno, enquanto você estava ai enchendo meu saco, eu já mandei msg pra minha mãe e ela mandou ferver a mamadeira antes de dar a eles. Então enquanto eu subo com eles, e dou banho em cada um, você coloca as mamadeiras na agua quente e depois sobe pra me ajudar ok? Beijo, tchau – dá selinho nele e pega os bebes que já estavam no moises.
A loira subiu as escadas e o moreno revirou os olhos indo pra cozinha levando o carrinho e as compras.
Bruno: Esse papo de que os homens que mandam na casa é tudo mentira – respira fundo, tira as mamadeiras da embalagem, lava e coloca duas pra esquentar junto com as chupetas dentro da panela. – Agora sei o que seu Olavo sofre com dona Vilma se esse temperamento for genético.
Em seguida ele sobe as escadas e encontra a loira já dando banho em Alice enquanto Gustavo estava observando os bichinhos que ficavam pendurados em seu berço girando e tocando uma música suave. O moreno sentou e ficou com o olhar fixado nos bichinhos que nem reparou que a loira já havia entrado no quarto, secado Alice, colocado a fralda e a roupa e agora estava lhe chamando.
Fat: Bruno Menezes – fala estalando o dedo na frente do rosto dele com Gustavo em seu colo. Alice estava no berço.
Bruno: Ahn? Oi? – acorda de seus pensamentos encarando a loira.
Fat: Espero que esses pensamentos sejam sobre mim né?! Foram tão profundos – olha pra ele e sorri – Cadê as mamadeiras? – o moreno toma um susto e sai correndo do quarto até a cozinha.
Ao chegar na cozinha Bruno corre pro fogão e desliga o fogo da panela, ao tirar a tampa ele viu que as mamadeiras tinham derretido, estavam completamente ‘’desfiguradas’.
Bruno: Fatinha vai me matar – passa as mãos pelo cabelo e começa a andar de um lado pro outro pensando no que fazer.
Após quase 10 minutos, ele decidiu ir a farmácia comprar duas mamadeiras e duas chupetas iguais a que ela comprou. Ela nem ia notar a merda que ele fez. Então ele pegou a panela despejou tudo dentro da pia e esfriou as peças derretidas, depois colocou num saco de lixo e quando ia a caminho da porta a loira o chamou já no fim da escada.
Fat: Vim buscar as mamadeiras, sua demora me cansou – respira fundo passando com um saco cheio de fraldas – Toma, joga isso fora também, essas fraldas estavam criando vida lá já. – ela vai andando em direção a cozinha e ele fecha os olhos com força pois sabia o que viria agora, um grito. – Bruno, você nem colocou as mamadeiras pra ferver ainda – gritou e veio andando em direção a ele.
Bruno: Na verdade amor..
Fat: Espero que você tenha uma explicação plausível. – coloca as mãos na cintura e começa a bater os pés. – E rápida porque os bebes estão esperando.
Bruno: Então, eu coloquei as mamadeiras pra ferver, só que tipo assim, coloquei como se fosse comida mesmo, e ficou muito tempo e ai derreteu – ele sorri sem graça e ela o encara furiosa.
Fat: Eu não acredito que você estragou duas mamadeiras Bruno Menezes – falou em um tom alto – E agora eles estão lá em cima morrendo de fome e daqui a pouco vão começar a chorar. - quando ele ia abrir a boca ela respirou fundo virou de costas e foi em direção a cozinha.
Fatinha pegou as mamadeiras, as lavou com sabão e depois colocou em uma panela, em fogo baixo, com muita água, para esterilizar.
Fat: É assim que se faz seu lerdo e não se tampa isso – revira os olhos.
Bruno: Ah agora faz sentido – sorri – mas não precisa ser grossa, você também não me explicou nada.
Fat: Eu também não sabia ne Bruno? Eu aprendi hoje.
Bruno: Não vou discutir contigo, estou indo comprar outra mamadeira e chupeta – dá selinho rápido nela e sai de casa.
A loira respira fundo, ela ia ter que fazer tudo sozinha pelo jeito. Esperou mais alguns minutos, tirou as mamadeiras e preparou o leite, quando estava terminando os bebes começaram a chorar. Ela subiu correndo e colocou as mamadeiras no móvel que ficava ao lado da poltrona da amamentação. Pegou os filhos, os encaixou sozinha no peito, mas não deu certo, Gustavo não conseguia pegar o seio direito e ela não conseguia ajeitá-lo, então ela fez o impensável, que era tirar Alice do peito. Gustavo já estava aos berros há muito tempo, Alice se juntou a ele logo assim que a loira a tirou do seio. Ela levantou do jeito que estava mesmo, pegou as mamadeiras do jeito que dava e foi para o seu quarto. Se acomodou na cama com cuidado, colocou as mamadeiras em cima da cama mesmo e encaixou os dois no seio de novo. Agora podendo ajeitá-los, pois o travesseiro os apoiava embaixo e se eles escorregassem, escorregariam na cama.
Fat: Isso que dá ter dois de uma vez, tem que virar malabarista – respira fundo – Vou matar o Bruno.
Ela terminou de amamentar os dois depois de uma hora e mais meia hora com a mamadeira e Bruno ainda não tinha voltado. Ela então colocou um de cada vez para arrotar. Depois pegou os dois e os levou para o berço.
A loira voltou para o quarto pegou as mamadeiras e desceu as escadas encontrando o moreno sentado em frente a mesa encarando vários papéis.
Fat: Você estava ai esse tempo todo?
Bruno: Cheguei faz meia hora mais ou menos – falou sem tirar os olhos dos papéis que estavam espalhados.
Fat: Trouxe alguma coisa pra gente comer? To morrendo de fome – só agora ela havia notado que eles não tinham almoçado e já era quase 16:00.
Bruno: Ih amor, nem lembrei disso – olha pra ela e vê as mamadeiras com quase metade do leite. – Ué, você não deu a mamadeira a eles não?
Fat: Bruno, não me faça pergunta idiota – revira os olhos – To muito irritada contigo.
Bruno: Não me diga que está de TPM de novo?! – volta a olhar os papéis.
Fat: Vou pedir comida pra gente, essa sua chatice deve ser fome.
Bruno: Amor, antes a gente precisa conversar, sério. – ela para no caminho e se vira pra ele.
Fat: É muito urgente? To com muita fome.
Bruno: Senta aqui – pelo semblante dele era, então ela se aproxima e senta na cadeira próxima a ele. – Essas são as nossas contas e estamos ferrados esse mês, gastamos muito na festa das crianças e as contas estão vindo. Fora luz, telefone, gás, internet, essas coisas. E ainda tem as coisas dos nenéns. Não sei por que não fiz uma planilha antes – respira fundo.
Fat: Eu não entendo nada dessas coisas amor, mas se tiver que economizar , me fala no que.
Bruno: Nas festas, chega de tantos gastos. – a loira faz cara de triste – Quando nós melhorarmos de situação voltamos a fazer minha loira. É muito gasto, quase dois pacotes de fralda por semana e agora tem esse leite que custa os olhos da cara.
Fat: E eu sem trabalhar, só dando despesa, que ótimo – levanta rápido e tem uma tonteira se apoiando na mesa.
Bruno: Amor, que isso, tá tudo bem? – levanta rápido se aproximando dela e a segurando.
Fat: Não foi nada, deve ser porque estou sem comer. – Bruno a leva para o sofá e a deita lá.
Bruno: Vou fazer uma planilha e nós vamos sair dessa, relaxa. Vou amanhã ao banco pagar essas contas e não esqueça que você colabora muito, além do dinheiro da pensão do seu pai, você faz algo muito mais importante, que é cuidar dos nossos filhos e com perfeição. – ela sorri com os olhos cheios dágua e eles se beijam suavemente. A barriga dela faz um barulho no meio do beijo e eles afastam um pouco os lábios se olhando, ela sorri e sussurra: to com muita fome.
O moreno ri e liga pra um restaurante pedindo comida. Eles deitam de conchinha no sofá, com Max nos pés aconchegado, e ficam assistindo um filme. Passado quarenta minutos a comida chega e o moreno se levanta para atender a porta e pagar.
Bruno: Esse é um hábito que vamos ter que cortar – a loira faz bico e se encaminha com ele pra mesa da cozinha.
Fat: Nem conte comigo para cozinhar, não levo menor jeito pra fazer comida de verdade – faz careta abrindo as quentinhas e se servindo.
Bruno: Tem que aprender, eu aprendi a esterilizar mamadeiras, já fiz isso com as novas que comprei – pisca pra ela que sorri e eles comem em meio a conversas sobre contas e problemas da casa.
O casal deixa a louça pra lá e resolve relaxar, fazia tempo que eles não ficam agarradinhos namorando. Então vão pro sofá e voltam a deitar de conchinha vendo filmes. O moreno fazia carinho na loira até que a campainha tocou.
Fat: Estava tudo tão bom, minha dor de cabeça estava até passando – fala de olhos fechados e Bruno levanta pra abrir a porta.
Vilma o cumprimenta sendo acompanhada por Olavo e Lavinia. O moreno os manda entrar e Vilma vê a bagunça na sala, tinha papeis em cima da mesa, carteira, chaves, copos em cima da mesa de centro. Ela finge não notar e vai abraçar a filha, os outros fazem o mesmo e Lavinia se aconchega na irmã a enchendo de beijos.
Vilma pede licença fingindo que vai ao banheiro e vai até a cozinha e encontra muita louça na pia, uma poça de água no chão e algumas coisas fora do armário. Ela volta pra sala disposta a falar com a filha, mas o tom que ela usou, digamos que não foi dos melhores.
Vilma: Sua casa está uma bagunça hein Maria de Fátima?!
Olavo: Vilma – a repreende e ela dá de ombros sentando no sofá.
Fat: Ai mãe, estou sem tempo pra nada, faculdade e dois filhos consomem muito.
Vilma: Enquanto você estava ai namorando, podia estar limpando sua casa.
A loira senta e encara a mãe, Lavinia se afasta.
Fat: Mãe, esse foi o único momento que eu tive pra deitar ok?
Vilma: Mas agora você é dona de casa, mãe e futuramente será esposa, tem que manter a casa limpa, tudo em seu devido lugar, você não é mais criança ou adolescente querida. Deveria saber disso assim que engravidou.
Fat: Ah claro, falou a mulher que cuidou das duas filhas e da casa. Você sempre teve empregada, a vovó sempre bancou isso pra você.
Vilma: Só falta você querer que eu fala o mesmo por você né?! Passando a generosidade de geração pra geração.
Fat: Você bem podia fazer isso mesmo, afinal você é a minha mae. Eu posso ser mãe agora, mas não deixei de ser filha ok? E além do mais, você está na minha casa e aqui quem cuida das coisas sou eu e da forma como eu quiser. Se não está satisfeita, pode se...- Bruno a interrompe.
Bruno: Vamos acalmar os ânimos né pessoal? – olha pra Fatinha pedindo calma a ela. – Vocês aceitam uma água, um suco, alguma coisa?
Vilma ri irônica: Se você achar alguma coisa naquela cozinha bagunçada.
Olavo: Vilma se controle se não eu que vou me retirar.
Vilma: Ok. Onde estão meus netos?
Fat: Dormindo – a loira coloca a mão na cabeça e fecha os olhos.
Vilma: Está sentindo o peso de uma gravidez né?
Fat levanta: O que te deu hein mãe? Você quer regredir tudo que já superamos? Eu não estou sentindo peso de nada, meus filhos e meu marido são os melhores presentes que eu podia ter ganho, e não quero discutir contigo, então com licença que vou me deitar – a loira se encaminha pra escada e sente uma tonteira de novo e se apoia no corrimão.
O moreno se aproxima dela.
Bruno: Amor, você tem que ver o que é isso. Acho melhor irmos ao médico.
Fat: Não, eu to bem, só preciso relaxar um pouco. – ela sobe as escadas e Lavinia vai logo atrás.
A loira acaba adormecendo na cama do quarto dos bebes com a irmã acariciando seus cabelos. Não importa quanto tempo passasse ou o que acontecesse, elas sempre cuidariam uma da outra.
Lavinia acabou dormindo também e elas acordaram com o choro dos bebes, a loira olhou o relógio e já estava na hora deles mamarem. Eram 19:00. Assim que ela levantou Bruno entrou no quarto.
Bruno: Boa noite flores da noite – se aproxima do berço dos filhos – Boa noite bebes do papai – faz voz de neném mas eles continuam chorando. Bruno pega os dois no colo e espera a loira se ajeitar na poltrona.
Fat: Que coisa gay amor – senta na poltrona e abaixa as alças do vestido que usava. Bruno entrega os bebes a ela, e ela rapidamente os encaixa no seio – Como a médica falou que eles tem que mamar de três em três horas amor, faz 60 ml da mamadeira. – ela explicou como ele tinha que fazer e ele desceu com Lavinia.
Vilma e Olavo tinham ido embora e voltariam 21:00 pois Bruno tinha preparado uma surpresa para a loira, ele tinha arrumado a sala, do jeito dele, e colocado uns balões e um painel do chá de bebe dos filhos e comprado bolo e uns doces.
Lavinia: Que lindo Brubs – sorri com os cabelos arrepiados.
Bruno: Diferente do seu cabelo né princesa, enquanto a água ferve deixa eu prender isso direito, vem aqui – Lavinia se aproxima e ele prende o cabelo dela num rabo de cavalo, do jeito dele.
Após alguns minutos eles sobem com a mamadeira e novamente é uma hora de mamar e meia hora de mamadeira. Dessa vez com Bruno ajudando.
Bruno: Amor, vamos colocar uma roupa mais arrumada neles né.
Fat: Por que? Não vai ter festa mesmo. – continua brincando com o filho que estava com os olhos bem abertos a observando e sorrindo.
Bruno: Mas eu quero tirar foto deles para não passar em branco, dá pra ser? Obrigado – beija a bochecha dela.
A loira então pega Gustavo primeiro e coloca uma blusa tipo polo nele com um macacão azul claro e tênis. E Alice ela veste com uma blusa da sininho por baixo de um macacão rosa claro e nos pés sapatilha.
Bruno entrou no quarto de banho tomado e com outra roupa. Lavinia também estava mais ou menos arrumada, ela tinha tomado banho sozinha e estava com o vestido do lado contrário e o cabelo todo despenteado.
Fat: Bruno o que voce fez com a minha irma gente? – ri e vai ajeitar a menina.
Bruno: Deixei ela se arrumar sozinha oras, ela pediu.
A loira arrumou a irmã e se virou para o moreno.
Fat: Diz pra mim que minha mãe já foi embora – sorri
Bruno: Há muito tempo. – sorri
Fat: Vamos tirar as fotos logo, mas antes preciso de um banho, olha eles ai.
Bruno afirma com a cabeça e sussurra pra Lavinia ficar de olho na loira e não deixa-la descer antes do tempo. A loira tomou um banho demorado, colocou um vestido simples rosa claro e calçou sua rasteirinha. Fez uma maquiagem leve e deixou seu cabelo solto para que secasse naturalmente.
Ela pegou os bebes e eles foram descendo as escadas, ao chegar lá embaixo Lia, Ju, Dinho, Gil , Victor, Olavo e Vilma gritaram um surpresa! E pronto os bebes começaram a chorar com o susto.
A loira pegou Alice no colo e Bruno pegou Gustavo e começaram a andar de um lado pro outro até eles se acalmarem. Depois de quinze minutos os choros cessaram e eles começaram a observar os balões e a mesa arrumada.
Fat: Dá pra perceber que foi você que fez tudo pela arrumação nada coerente das coisas – sorri pra ele e ele faz uma careta – Mas eu amei, vem cá gostoso – ri e ele se aproxima dando um selinho.
Eles tiraram várias fotos, cantaram parabéns e os bebes estavam interagindo com todo mundo com seus gritos e risadas. Até que Lia e Gil começaram a cantar na sala e os bebes fixaram o olhar neles prestando atenção. Lavinia estava sentada ao lado do moises também prestando atenção. Ju, Dinho e Victor também estavam cantarolando, só que num tom mais baixo, pois não cantavam tão bem.
Fatinha e Bruno estavam em pés observando a cena até que Vilma puxou a filha pra um canto.
Vilma: Você não acha que deveria limpar aquele tapete da sala antes de colocar os bebes em cima não? – a loira revira os olhos.
Fat: Mãe, por favor, não estrague minha noite ok? E eles estão no moises não no tapete.
Vilma: E a louça na pia eu já lavei ok? Não aguentei ver aquela pilha acumulando.
Fat: Obrigada mãe, mas não precisava, alguma hora eu ia lavar, quando tivesse tempo. Agora posso voltar pra festa? Obrigada – sorri e se vira, mas a mãe a segura pelo braço.
Vilma: Ainda não terminei. – a encara séria – Você tem que se tocar de que sua vida de moleza terminou e você agora é dona de casa, precisa se tornar responsável, não esperar que a mamãe ou a vovó te salvem sempre.
Fat: Eu sei de tudo isso, não preciso que você fique me lembrando. Só que essa é a minha casa e tenho direito de deixa-la como eu quiser.
Vilma: Nossa, aprece que estou lidando com uma adolescente – revira os olhos.
Fat: De uma certa forma eu sou, só que sou mãe.
Vilma: Você não é mais, se quisesse ser adolescente não teria engravidado. Ninguém mandou.
Fat: Agora você foi longe demais, não meta meus filhos na história. Você não está feliz de ter seus netos? E mãe pelo amor de Deus, chega de brigar, não vamos regredir, já deu.
Vilma: Só quero que você cresça e se torne uma mulher, não fique tentando voltar no tempo, porque ele não volta querida.
A loira estava com os olhos cheios de lágrima e não tinha notado isso até sentir uma descer pela sua bochecha.
Fat: Eu sei que não volta e pare de falar comigo como se não fosse sua filha.
Vilma: Sendo porquinha desse jeito, realmente você não é mesmo. Nunca fui assim, sempre dei conta muito bem de tudo – a loira enxugou as lágrimas.
Fat: Tem certeza? Porque que eu me lembre quando papai te abandonou quem cuidou de tudo fui eu, e eu não tive uma adolescência bem vivida graças a você.
Vilma respirou fundo e ia dar um tapa em Fatinha quando a mesma a encarou e recuou.
Vilma: Devia ter te dado uns belos tapas quando você era pequena. Talvez eu deva fazer isso com a Lavinia pra evitar que ela fique mimada e irresponsável que nem você.
Quando a loira ouviu isso sentiu tudo rodar e se apoiou na cadeira que estava próxima a ela.
Fat: Não se atreva a levantar a mão pra ela.
Vilma: Quem decide isso sou eu, eu sou a mãe.
Fat: Por que você tá tão diferente? Nem parece a mãe dócil de uns meses atrás
Vilma: Cansei de ser assim com você assim que vi que nada mudou em ti. Não cresceu.
A loira estava suando frio e sentiu tudo rodar mais uma vez.
Fat: Chega disso, não vou perder a festa dos meus filhos porque minha mãe de repente resolveu surtar – ela se vira pra ir pra sala e tudo some da sua visão e ela sente seu corpo cair, como se ela estivesse perdendo os sentidos, perdendo a vida.
Ela ainda consegue ouvir um grito e umas vozes ao longe, parecendo ser seu moreno, mas ela sente que é arrastada pra longe e fica com medo, querendo pedir que ele não a deixe ir pra sempre, que ele a prenda lá. Que ele proteja sua irmã e seus filhos. Quer falar que ela o ama muito. Mas ela não consegue, a voz não sai e ela não enxerga mais. Seus pensamentos começam a parar lentamente, até que tudo fica silencioso, escuro e vazio em sua mente e ela não escuta mais nada.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Espero que tenham gostado ou que tenha dado pro gasto *O* Esse capítulo não foi meu melhor, mas ok? O que será que Fatinha tem? *O* Beijooooooos e até