O despertador tocou bem cedo, tentei ignora-lo por alguns minutos, mas não consegui evitar, levantei da cama deixando o edredom deslizar no chão, fui ao banheiro, nele escovei meus dentes e fiz o banho, quando retornei ao quarto, vesti uma roupinha soltinha, penteei os cabelos e fui ao quarto da minha melhor amiga, ela tem 17 anos é ruiva natural tem olhos negros, cabelos cacheados, com um corpo um pouco mais cheio que o normal, rosto oval, ela mora comigo há um certo tempo logo após a morte dos meus pais, ela é muito extrovertida e tem inúmeras qualidades... Ah! E antes que eu me esqueça vou logo me apresentando, sou Tilly Evans, todos me chamam de Êva, sou morena, tenho cabelos pretinhos, também tenho 17 anos, meus pais morreram em um acidente de carro quando viajavam para algum lugar da Europa, enfim... Quando cheguei ao quarto dela, ela ainda dormia, mas como ela tem o sono muito leve quando entrei no quarto logo ela acordou, ela levantou da cama ainda de pijama e pantufas, descemos a escada e fomos a mesa, peguei o leite e joguei no cereal fazendo derramar na mesa, quando fui comendo-o, fui interrompida.

– Tem certeza que não quer nada integral? - disse ela.

– Absoluta. – disse. Depois de alguns minutos quando encerramos o café da manhã, fomos para a sala, assistimos “iCarly” (muito perfeito) por um tempinho, depois que acabou fui a biblioteca central o prédio era velho e ainda tinha marcas da segunda guerra mundial, o prefeito era um velho gordo que parecia nem se lixar para coisas históricas, e Alyssa foi atrás de mim, sem desgrudar do celular (sem ofensas mais não ligo muito para essas tecnologias), ela estava com uma blusa do Judas Priest, ou seja, seu look de sempre, preto.

– Hey, acorda. – Falei, pois parecia que ela estava em algum tipo de hipnose (sejamos francos, já viu alguém que nunca ficou vidrado nessas redes sociais?!).

– Hãm... que é? – Disse ela com arrogância, pra dizer a verdade, acho que ela é bipolar, (Que legal, Não?!).

– Pow, dá um tempo com isso, meu. – Eu disse “Tentando” pegar o celular dela (O que era impossível, na verdade).

– Espera “Mãe” – Disse a hipnótica puxando o celular de volta – Deixa eu falar com os meus amigos, cara.

– Hum sei! – Sai dali deixando-a só, aluguei um livro de capa dura, passei pelo guarda Stevens, que era gorducho e sai portão a fora.

– Tilly! ... hey! ... espera. – olhei para trás e vi Alyssa vindo em minha direção.

– O que?

– Vamos na Bellut? – Disse ela ofegante.

– Hãm? ... fazer o que?

– A galera anda falando dessa escola, dizem que é maneira.

– Não foi lá que uma garota foi estuprada ano passado?

– É, foi, mais disseram que as coisas mudaram, despediram o diretor de lá. - Eu conseguia ver o brilho nos olhos dela, fazer o que, eu não conseguia resistir a ela – Dizem que tem uma ala de Artes Cênicas lá...

– O que estamos esperando?!, vamos logo. - disse arrastando ela.

* * * *

Falando sério, eu odeio essa tal de Bellut, as pessoas são arrogantes, metidas e não querem nada com a vida, eu tinha uma amiga naquela escola, depois que se envolveu com um garoto de lá, nunca mais foi vista. Na moral, o lance da garota estuprada é a marca daquela escola, se caso você for novo na cidade e não souber o nome da escola é só perguntar qual é a escola onde houve um caso em que uma garota foi estuprada e todo mundo lhe dirá aonde foi.

Chegamos um pouco antes das onze na escola, o prédio, era na verdade como um papel pichado, com grades ao redor da escola (como uma jaula). Era amplo e grande que ocupava uma quadra inteira, bem assustador.

Andamos com cautela até a entrada e com o estomago embrulhado entramos com o pé esquerdo.

– Meu Deus, só se lembre que a ideia foi sua. – eu disse, ela deu de ombros.

– Meu De... aquilo ali pendurado no teto é papel higiênico? – Alyssa disse, apontando para o teto.

– E aquilo... meu Deus... é cocô?!!