Anjo Travesso escrita por Vanessa


Capítulo 38
Anjos


Notas iniciais do capítulo

Olááááá!! Demorei né? eu sei, mas os vivos sempre aparecem né? SAHSHAHSA'
Quero muito agradecer pelos reviews no capítulo anterior, pelas novas favoritações e por tudo, tudo mesmo. Anjo Travesso chegando ao fim é assim mesmo, segure suas lágrimas :x



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P.O.V JAMES

Levantei da cama com os olhos semicerrados, fui dando pequenos passos em direção à porta, Carrie não estava mais ali e decidi ir ver o que ela estava fazendo, porém algo grudou na sola do meu pé. Escorrei-me contra a parede e ergui minha perna na altura da barriga retirando um pequeno pedaço de papel de meu calcanhar.

Era a letra da Carrie, avisando de sua saída. Tudo parecia normal, eu agi como se tudo estivesse normal, até que a porta de entrada foi aberta de forma violenta. Eu estava em pé no meio da sala decidindo o que iria fazer. Eram os pais da Carrie, o Srº Moore passou por mim como um furacão e eu fiquei sem entender nada quando a mãe de Carrie entrou chorando desesperada pela porta.

Ela levara as mãos até o rosto, e chorava de forma desesperadora, eu fiquei sem reação à princípio, estava bobo com tudo isso. Então o Sr Moore desceu as escadas e eu pude segurar o seu braço.

–Será que alguém pode me explicar o que tá acontecendo? –Perguntei de forma rápida e objetiva.

O pai da Carrie me olhou com os olhos arregalados, e eu via seus olhos marejados também. Ele estava se segurando para não... chorar?

–Venha conosco James! –A srª Moore finalmente disse. –Estamos indo ao hospital.

Nesse momento foi que percebi o que estava acontecendo. Carrie não estava aqui, seus pais estavam desesperados e estávamos à caminho do hospital. Dentro do carro só podíamos ouvir os choramingo da Srª Moore, eu pensei em várias hipóteses, como por exemplo Carrie ter sido atropelada. Mas meu coração realmente se apertou forte quando vi ela através do vidro da sala da UTI.

Haviam vários médicos e enfermeiros dando os primeiros cuidados agora, apoiei minhas mãos contra o vidro e escorrei minha testa no mesmo. Carrie parecia tão mal, ela estava desmaiada e agora estavam colocando oxigênio nela. Mais ao meu lado, via seus pais na recepção falando com o médico responsável por ela.

–Vocês já sabiam que isso iria acontecer mais cedo ou mais tarde. –Eu tentava a todo custo entender a conversa. –Interromper o tratamento foi como abrir uma porta para a sua morte. –Dizia o médico.

A Srª Moore chorava ainda mais enquanto seu marido a consolava com os braços. Eu queria quebrar aquele vidro que nos separava e tocar nela, acariciar seu rosto, seus cabelos e sussurrar em seu ouvido que tudo ficaria bem de novo.

–Eu posso sugerir a reabertura do tratamento, mas creio que não surtirá mais efeito. Faremos novos exames para ver como o câncer está no momento, mas infelizmente Carrie não terá mais muitos anos de vida pela frente, eu sinto muito. –Então o médico se retirou.

Eu podia ouvir os gritos da Srª Moore.

–Como deixamos ela decidir o que queria? –Ela gritava. –Devíamos ter continuado, minha filha está morrendo e a culpa é toda nossa!

Voltei minha atenção novamente à sala. Carrie estava encubada e estavam colocando vários medicamentos em suas veias. Seus olhos continuavam fechados e ela parecia um anjo a dormir. Logo, uma enfermeira se aproximou do outro lado e puxou a cortina na minha frente, eu não podia mais ver os procedimentos, muito menos a Carrie.

Dei pequenos socos contra o vidro em desaprovação e me aproximei do Sr e Srª Moore.

–Vamos fazer tudo o que está ao nosso alcance! –Dizia a mãe de Carrie.

–Querida, ela quis assim.

–Ela não pode decidir o que quer ou não! –Então, a Srª Moore interrompeu a própria fala para me fitar. –Oh James, por que você a ajudou?

Pisquei os olhos seguidas vezes.

–A ajudei com o quê?

–A ajudou a cancelar todos os tratamentos e esperar a morte.

Engoli em seco e fiquei sem falar nada. A srª Moore, tinha razão. Eu incentivei Carrie a isso, mas é algo que ela quer. Foi ela quem decidiu por um fim nos tratamentos e curtir o pouco que lhe resta, eu sempre a apoiaria. Faria tudo de novo, como aquele dia em que a ajudei a fugir do hospital. Um pequeno sorriso se vez em meu rosto ao lembrar da cena. O fato é, que eu jamais poderia imaginar que ver Carrie no estado que está agora seria tão doloroso, por mais que ela quisesse assim. Vê-la mal do jeito que está é algo que eu jamais imaginei, eu ainda não sei qual a gravidade de seu quadro, mas o que o médico disse não foi nada bom.

Sentei-me na poltrona mais próxima que encontrei, e afundei minha cabeça sobre as mãos, fechei meus olhos e fiquei a ouvir os múrmuros da Srª Moore se misturando ao barulho dos sapatos de salto das enfermeiras que passavam a todo o momento, em uma velocidade excitante. Não conseguia pensar em nada naquele momento, infelizmente na vida tudo é assim, tudo é uma surpresa.

2 horas mais tarde.

–Eu recomendo que só o senhor entre por enquanto, ou entrem em algum acordo de revezamento. –Disse a enfermeira responsável.

Carrie havia acordado e podia receber alguém de nós. A Srª Moore segurava agora uma xícara de chá de camomila e parecia mais calma, já o Srº Moore falava com a enfermeira. Eu, estava completamente ansioso para ver a Carrie, mas sabia que a prioridade agora são seus pais.

Então a Srª Moore entrou primeiro, depois de alguns minutos foi a vez do pai de Carrie.

–Ela está tão fraquinha. –Disse a mãe. –Ela com certeza não é mais a mesma Carrie.

As lágrimas escorriam por seu rosto e eu não conseguia dizer nenhuma palavra.

Então,alguém se aproximou de nós de forma rápida, e quando levantei o meu rosto em sua direção levei um susto. O que Derek está fazendo aqui?

–Como ela está? –Ele perguntou objetivo para nós.

A mãe de Carrie arqueou as sobrancelhas e olhou apavorada para ele, a minha sorte é que ela não gosta de Derek tanto como eu.

–O que você pensa que está fazendo aqui? –A Srª Moore soltou.

Derek deu alguns passos para trás e passou a mão pelos cabelos, ele parecia realmente preocupado e respirou fundo buscando uma resposta.

–Eu soube do que aconteceu com a Carrie, a Lauren me telefonou e disse que está a caminho daqui também. Por favor Senhora, me diga como a Carrie está. Eu queria tanto vê-la.

–Você não tem direito algum de ver a minha filha agora. –Cuspiu a mãe de Carrie. –Ela não precisa de você agora, se é que um dia precisou.

Segurei meu riso, enquanto Derek fitou meus olhos com raiva. Eu jamais perderia a oportunidade de zombar dele agora.

–Pois eu ficarei aqui até ter noticias dela. –Ele disse em seguida, e se sentou em uma das poltronas.

A Srª Moore ficou abismada. E eu resolvi interagir.

–Você não é bem vindo aqui Derek. Vá embora! –Dei a ordem.

Ele levantou seu rosto até mim e cruzou os braços não se importando com o que eu disse.

–Você vai sair por bem ou por mal. – O avisei.

Quando finalmente iria pegar Derek pelo braço e arrastá-lo para fora do hospital, alguém me segurou primeiro.

–Nem pense nisso James! –Era o pai da Carrie. –Sem confusão pelo amor de Deus, se comportem!

Me afastei de Derek contrariado, enquanto ele me fitava de forma mais aliviada e satisfeita agora. O Srº Moore, pode defendê-lo mas a mãe de Carrie prefere a mim.

Sentei-me junto à Srª Moore na outra poltrona e fiz de conta que Derek não estava aqui. Porém, o pai da Carrie conversava com ele de forma amigável, o que realmente me incomodava.

–Não se preocupe James. –Disse a mãe da Carrie. –Eu darei um jeito dele sair daqui.

Depois, foi a vez de Lauren chegar. Ela estava preocupada mas logo se acalmou ao saber que Carrie estava consciente. Agora, fazia companhia a Srª Moore bebendo chá. Mais algumas horas se passaram, pra ser exato 1Hra e 20 Min, e então Carrie tinha acabado com todos os exames e estava pronta para falar conosco.

P.O.V Carrie.

Eu sei que todos estão preocupados comigo, eu mesmo estou. Não sinto mais dores graças as grandes doses de morfina, e o oxigênio já foi retirado de mim, porém eu sei que as coisas não estão indo tão bem assim. Eu me sinto um pouco sonolenta e passar por todos aqueles exames me deixou cansada demais, porém, quero ver James e Lauren.

Por algum momento pensei se Derek estaria aqui para me ver, mas sei que minha mãe não gostaria nada da presença dele aqui e quem sabe ele nem saiba ainda do que aconteceu. Eu quero logo sair desse hospital, eu odeio hospitais. Olhei ao meu redor novamente, e constatei o monte de aparelhos ligados a mim. É engraçado como uma pessoa precisa de tudo isso pra permanecer viva...

Minha mãe realmente estava nervosa, ela não parou nenhum minuto de acariciar meus cabelos, beijar minhas bochechas e dizer que se sente culpada por tudo. Chorou aqui comigo e disse que faria de tudo pra não me perder para o câncer, é difícil você ouvir tudo isso de sua mãe e ver como ela se sente. Saber que ela está se desgastando graças à você. Eu queria que toda a dor que ela sente sumisse de alguma forma. A verdade é, que eu tomaria todas as suas dores se possível.

Meu pai, parecia todo focado. Eu sei que ele se faz de fortão e quer passar confiança a todos, é durão e parece estar bem. Mas a verdade é que eu sei, que ele não está tão bem como parece. Eu nunca o vi tão pálido e preocupado, além dele ter me dito várias coisas emocionantes e de ter me dado muita esperança, nem eu sei se ele está tão confiante.

Eu já estava quase pegando no sono com meus pensamentos quando a porta se abriu e eu vi o sorriso escaldante nos lábios de Lauren. Meu coração se comprimiu ao vê-la entrando e trazendo luz à minha vida. Como eu amo essa garota!

–Hey Guerreira. –Ela se aproximou e me deu um abraço saudoso. –Você não está querendo nos deixar logo agora, não é?

Eu ri.

–Oh Lauren, é tão bom te ver de novo.

–E saber que você esteve na minha casa minutos antes de tudo isso acontecer. –Ela disse. –Poxa, você parecia tão bem!

–Pois é, as coisas acontecem rápido.

–Como você se sente? –Ela pegou na minha mão depois de se sentar ao meu lado.

–Acho que é o fim da linha. –Brinquei.

–Ai Carrie! Deixa dessa! –Ela parecia revoltada.

–Você sabe que há grandes chances de ser. –Eu disse.

Um silêncio enorme tomou conta do quarto, Lauren permanecia com o rosto abaixado e seus cabelos não permitiam que eu a visse. A mão dela se apertou forte na minha quando um suspiro saiu de seu nariz, e eu sabia que ela estava chorando.

Fitei o teto do quarto e segurei firme a sua mão, fechei meus olhos e agradeci de todo o meu coração a Deus por ter colocado uma pessoa como ela na minha vida, e melhor do que isso, ter transformado ela em amiga, irmã e parceira. Eu não sei como teria vivido esses últimos anos da minha vida sem ela.

O silêncio dizia tudo agora, e eu sei que enquanto chorava baixinho ela estava pensando em tudo isso também. Não sei explicar, mas algo me dizia que era a última vez que eu a viria, e talvez ela também sentisse isso.

–Obrigada por tudo. –Foi a ultima coisa que disse quando ela se retirou.

Não sei por que, mas as pessoas não podiam ficar muito tempo aqui comigo. Talvez eu devesse mesmo descansar, dormir e sonhar.

{...}

Abri meus olhos devagar, os ‘bips’ dos aparelhos continuavam a invadir o meu quarto e a brigar com o silêncio que existia aqui. Eu estava com muita dor de cabeça, o teto agora parecia girar e eu não estava me sentindo nada bem.

Algo na minha garganta, fez com que eu levantasse a cabeça e conseguisse vomitar ao chão. O piso branco se transformou em uma poça de liquido vermelho. Vomitar sangue não parece nada agradável.

Puxei a campainha, e então depois de alguns segundos uma enfermeira apareceu.

–Eu to com muita dor. –reclamei. –Tá impossível dormir assim.

–Se sente tonta? –Ela perguntou enquanto mexia nos aparelhos.

–Sim.

–São efeitos dos medicamentos, logo passa. Tente ficar calma.

Depois outra moça entrou no quarto e limpou todo o sangue do chão. Ouvi uma sussurrar para a outra que eu estava muito pálida e meus lábios estavam roxos. Eu realmente queria ver minha aparência agora, mas então o médico entrou.

O Dr. Williams sorriu pra mim e checou os aparelhos mais uma vez.

–Não está se sentindo bem, não é?

Eu revirei minha cabeça em desaprovação.

Ele passou suas mãos em meu rosto, acho que estava vendo se eu estava com febre ou algo do tipo. Depois anotou algo em sua prancheta.

–Eu volto mais tarde, procure relaxar. –Disse ele abrindo a porta.

–Doutor? –Eu o chamei. –O senhor por acaso pode me dizer se o Derek está aqui?

Ele parou e ficou segurando a porta, pensou por alguns segundos:

–Eu posso ver isso pra você.

–Obrigada. –disse sorrindo.

Então, ele se retirou junto com as enfermeiras. Eu sei que James queria me ver, mas eu realmente quero ver Derek, não sei por que, nem pra quê. Mas quero saber se ele veio me ver.

Um barulho se fez, mexi minha cabeça na direção da porta, e vi Derek de costas fechando a porta. Quando se virou, viu meus olhos o fitando e sorriu daquele jeitinho tímido que eu amo. Se aproximou de mim e depositou um beijo na minha testa.

–Você acabou de provocar uma guerra lá fora, sabia?

–Por que? –Perguntei rindo.

–James e sua mãe não acreditaram que você chamou por mim. –Ele se sentou ao meu lado rindo. –Tenho que confessar que fiquei surpreso por isso.

–Eu também fiquei surpresa ao descobrir que queria ver você. –Brinquei.

–Aposto que já estava com saudades de mim.

Eu apenas ri.

Derek pegou na minha mão, e nossos dedos se cruzaram. Ele fitou o chão por algum momento e respirou fundo.

–É ruim te ver assim.

Seus olhos voltaram a olhar para mim e agora ele tinha uma expressão triste no rosto.

–Bem que você me disse que isso não seria fácil, mas eu quero que saiba que nada está terminado.

–Derek... –Eu o interrompi. –eu sinto muito por tudo isso.

–Não... não sinta.

–Sinto muito por não ter passado mais tempo com você, por não ter aproveitado mais nossos momentos, hoje eu vejo que tudo foi tão rápido. Eu realmente me senti viva ao seu lado em todos os momentos e fico feliz em sentir isso. Mas eu sei que a gente merecia mais, você merecia mais... de mim.

–Para Carrie, nada disso é justo ok?

–Eu te amo muito Derek Tyler, você foi e é, a melhor coisa que me aconteceu.

Ele sorriu.

–Eu vi novos horizontes ao seu lado, vivi novas experiências. Foi pouco tempo, eu sei, mas hoje eu vejo que se fosse diferente, e eu pudesse sair desse hospital correndo eu faria muitas coisas a mais, e sei que você me proporcionaria os melhores momentos possíveis, como esses que estão na minha memória. E ao seu lado eu teria muitas outras histórias pra contar.

–Eu lembro quando disse que você iria me machucar. –Disse Derek me olhando. –Mas eu tinha certeza que você me machucaria muito mais que tudo isso se tivesse se afastado, por isso eu não deixei que isso acontecesse. Eu não me importo com nada disso, com todo os nossos desentendimentos, nossas brigas e todo o tempo que desperdiçados longe um do outro, por que você sempre esteve na minha cabeça, nos meus pensamentos, na letra da canção que eu cantava, na melodia que eu ouvia. Tudo me levava a você, e eu sei que você não tinha morrido pra mim. E sei também que mesmo você não podendo sair desse hospital correndo, eu sempre me lembrarei de você, você sempre vai permanecer viva em mim, entende?

Preciso dizer que eu estava chorando? É inexplicável dizer o que sinto por ele. Desde o momento em que ele entrou na minha vida, desde o momento que caiu em cima de mim no hospital e agiu de forma rude no princípio, a minha vida mudou, ele a bagunçou por completo. E mesmo algumas pessoas querendo mudar isso, eu sempre quis viver na bagunça em que a minha vida se transformou. Foi a melhor bagunça de todas. O meu anjinho bagunceiro, eu tinha certeza que estava na minha frente nesse exato momento. Meu anjinho travesso.

–Derek, sabe o que te falei sobre James? Então, nada daquilo é mentira. –Disse aos soluços. –Mas é como se James fosse uma fase da minha vida. Você não, você foi o começo de tudo e eu sei que é com você que eu quero que ela termine. Prometa pra mim, que estará comigo até o fim, ou eu morrerei muito antes do meu coração parar de bater.

Derek se espichou sobre a cama, e eu vi seus olhinhos pequenos completamente marejados , porém, um sorriso estava em seus lábios, ele se aproximou de mim e então foi como se um Déjà vu estivesse acontecendo, seu hálito fresco entrou pelas minhas narinas e um frio percorreu minha barriga, como se fosse a primeira vez que ele se aproximasse dessa forma. Acariciou meu rosto segurando suas lágrimas enquanto secava as minhas.

–Eu sempre estarei aqui. Conte comigo pra sempre meu amor. –Sua mão pousou sobre o meu coração. –Eu sempre vou estar aqui dentro, antes e depois de tudo.

Então, sua boca se juntou a minha. Eu permaneci com meus olhos abertos observando seus olhinhos pequenos que estavam fechados. Olhando de pertinho como ele era perfeito, perfeito em todos os sentidos, até naqueles sentidos que você nem conhece. Foi por Derek que eu me apaixonei pela primeira vez, à primeira vista, e foi por ele que eu permaneci apaixonada por todo o tempo, e quem sabe, por muito depois dele também.


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Notas finais do capítulo

Review?



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