Destruição | Amor Imortal 02 escrita por Lolli Blanchard


Capítulo 1
Capítulo 01




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/514790/chapter/1

Era inacreditável... Não, não era.

Era inaceitável!

Sim, essa era uma ótima palavra para descrever tudo o que Niffie estava sentindo naquele momento enquanto caminhava pelos corredores do castelo em que vivia. E em seu espírito atual, ela fuzilaria qualquer um que se intrometesse em seu caminho para a impedir de chegar até seu marido.

Seu querido e amado marido que deveria estar ao seu lado nesse exato minuto, não fazendo qualquer coisa que o tivesse feito esquecer dos seus compromissos com ela. Claro que a angelical compreendia que Meridius era um arcanjo e existiam coisas que não podiam ser deixadas de lado por causa de sua esposa, mas... Era inaceitável!

Niffie sabia que o anjo insensível sempre arrumava algum tempo em sua agenda apertada para perturbar seus irmãos mais novos, então por que ele não fazia o mesmo por ela?!

Não, suspirou enquanto pensava, Niffie não podia se enganar dessa maneira. Afinal, compreendia muito bem que Meridius arrumaria algum tempo para estar junto com ela também, mas o que realmente havia acontecido era que ele havia se esquecido.

E era exatamente por esse motivo que tudo se tornava inaceitável.

A imperatriz do paraíso empurrou as portas duplas do escritório do seu marido com suas mãos, se esquecendo totalmente da sua educação quando entrou no local sem bater. Ainda mais quando a palavra “bater” soava muito melhor ao ser pensada em uma frase junto com Meridius.

No entanto, quando o arcanjo abaixou os papéis que estavam em frente do seu rosto e a olhou com aqueles olhos escuros tão suaves e profundos de uma maneira que ela se perderia no tempo apenas em olhá-lo, Niffie esqueceu completamente o motivo por ter estado com tanta raiva dele.

Ele era apenas Meridius... E bom, Meridius sempre se esquecia de coisas que não possuiam um grande significado.

Mas ainda assim, Niffie não iria perdoá-lo tão fácilmente dessa vez.

— Você se esqueceu.— Ela o acusou, no momento em que fechou as portas em suas costas.
— Eu me esqueci?— O arcanjo arqueou uma das suas sobrancelhas, a tratando com tanta calma que fazia Niffie ter certeza de que ele não a considerava um perigo nem quando era dona do pior mau humor. O que era uma verdade, mas ela gostava de pensar o contrário para se sentir corajosa.— Talvez eu apenas esteja a fazendo pensar que esqueci de algo importante quando não o fiz.—

A angelical gemeu pela raiva que surgiu nela quando ouviu a frieza usada em suas palavras, fazendo com que o anjo lançasse um olhar zombador em sua direção.

— Você usou essa mesma desculpa no ano passado, Meridius.— Niffie o lembrou.— E nos outros anos também!—
— É mesmo?— Ele inclinou sua cabeça para o lado.— Não me recordava.—

É claro que não, o arcanjo nunca recordava. E Niffie teve 150 anos para se conformar com o fato de que seu marido jamais se lembraria do aniversário de casamento deles.

Mas...
— Eu pensei que dessa vez seria diferente.— Ela falou a verdade.— Agora que nosso link foi quebrado e você se tornou mais presente, pensei que se lembraria que completamos 150 anos de casados hoje.—

Meridius soltou todos os papéis que ainda segurava em cima da sua mesa e todo o seu humor zombador e irônico sumiu dos seus olhos.

— Sinto muito, não queria magoá-la.—

Suas palavras pegaram Niffie totalmente despreparada, pois não esperava receber um pedido de desculpa tão fácilmente, ainda mais por algo que ele jamais havia se desculpado antes.


Bom, na verdade, o anjo em sua frente raramente se desculpava.

— Oh, Deus,— Niffie levou suas mãos até seu rosto para tampar sua visão.— Isso não se parece com você.—
— Você prefere que troque minhas palavras?— Ela o ouviu falar.— Para algo como “Por que isso é importante?”—
— Sim! — Niffie sorriu ao tirar suas mãos da frente dos seus olhos. Aliviada ao ver que seu arcanjo estava brincando com ela agora. — Foram exatamente essas palavras que ensaiei em minha mente para rebater.—
— Você é uma mulher cruel, Niffie, sua mente sempre está pensando no pior das pessoas, inclusive de mim.—
Ela o fuzilou com o olhar.— Você não é um anjo.—
— Tem certeza disso?— Os lábios dele formaram um sorriso perfeitamente irônico, fazendo com que ela desejasse se socar por suas palavras quando percebeu o que exatamente tinha falado.

É claro que ele é um anjo, sua tola! Seu lado psicopata e cruel a xingou.

— O real problema aqui é que até mesmo Dimitrius se lembraria de seu aniversário de casamento.— Niffie voltou no principal assunto daquela conversa para não permitir que ele fizesse piadas sobre o seu “insulto”.— E não preciso nem ao menos citar Maximus.—
— Maximus é um idiota apaixonado.— Meridius resmungou, se afundando em sua cadeira. Niffie quase sorriu, já que o humor negro do seu marido estava começando a se manifestar para torturá-lo.— E Dimitrius é...—

No segundo seguinte as portas do escritório do arcanjo se abriram novamente, fazendo com que ele ficasse em silêncio quando viu seu irmão mais novo, que era uma réplica dele, entrando no escritório.

E novamente, outra pessoa havia entrado no local sem bater como ditava a educação.

— Por que estamos falamos de mim?— O arcanjo da humanidade perguntou, se aproximando de Niffie para abraçá-la carinhosamente em um olá. E é claro que ela o recebeu com toda a sua vontade, mas tomou cuidado para que seus braços não encostassem nas asas de Dimitrius.

Nesse mundo em que a angelical sempre viveu, existia uma regra clara de que era proibido tocar nas asas de um anjo sem a permisão do mesmo e ela não seria tão mal educada em não ter nenhuma consideração sobre o assunto. Mesmo quando Maximus e Dimitrius, assim como seus tenentes, a tratavam de maneira tão gentil e esqueciam que ao abraçá-la corriam o risco de ter suas asas tocadas por ela.

— Eu estava dizendo para Meridius que você não esqueceria o seu aniversário de casamento.— Ela explicou.
— É claro que eu não esqueceria.— Seus olhos brilharam em provocação quando o outro arcanjo lançou um olhar mortal para seu irmão.— Por quê? Meridius se esqueceu que dia é hoje?—

Niffie suspirou ao mesmo tempo que Meridius rosnava para Dimitrius. E se ela fosse alguém menos consciente, estaria rosnando para o seu marido também, pelo simples motivo de estar tentanto intimidar seu irmão mais novo, mas a imperatriz estava ciente de que as pessoas presentes faziam parte de uma raça de anjos, não de uma matilha de lobo.

— Eu deveria ter me casado com você, Dimitrius.— Niffie falou após encontrar seus olhos escuros.
— Eu sei.— Ele deu de ombros.— Me arrependo todos os dias por não ter sido mais rápido que meu irmão.—
— A menos que você deseje morrer, Dimitrius, o que o traz aqui?— Meridius se levantou naquele momento, fechando suas asas a suas costas para se aproximar do seu irmão e quando o fez, nada impediu que ele puxasse Niffie dos braços de Dimitrius.

Niffie soltou um pequeno risinho quando o seu anjo a trouxe para perto dele, se divertindo com a pose de extremo poder que Meridius estava usando para se livrar do outro arcanjo logo. O que era rídiculo, desde que Dimitrius passava a imagem de não temer nem mesmo os anciões.

— Eu trago novidades.— Ele sorriu de maneira sincera, sem nenhum rastro de irônia ou provocações em suas palavras.— Maximus conseguiu acessar a mente do bebê.—
— Oh!— Niffie exclamou animada.— Isso é maravilhoso!—
— É algo maravilhoso, certo?— Meridius perguntou de forma fria para o seu irmão e ela não o julgou por isso.

Ellylan, a nova imperatriz do inferno, havia soltado uma enorme bomba em cima da mesa de jantar deles três meses atrás quando anunciou que estava grávida de Maximus. Claro que isso era uma noticia maravilhosa, principalmente quando crianças era um presente muito precioso no mundo deles, mas havia um problema que os deixou apreensivos sobre o assunto.


A esposa de Maximus era humana e para se tornar imortal, ela se transformou em uma criatura imortal que deve viver apenas no purgatório. Tudo bem que o canibalismo dela não chegava nem perto daqueles que estavam presos nesse outro nível do inferno e provavelmente Elly nunca chegaria a um estado em que machucaria pessoas, mas ninguém podia dizer o mesmo sobre a criança que ela carregava em seu ventre.

Ellylan tinha controle da sua mente, mas talvez essa criança não tivesse. E quando os meses passaram e Maximus não conseguiu acessar a mente do seu bebê para averiguar se tudo estava bem, isso assustou ainda mais a todos.

— É maravilhoso.— Dimitrius falou.— Tudo indica que o bebê será tão normal quanto os outros.—
— Então, imagino que agora podemos nos considerar como tios.—
— Ainda bem que essa criança terá a mim, pois não consigo imaginar o quão infeliz ela seria com dois arcanjos respirando apenas por regras.— O arcanjo da humanidade atirou um sorriso provocador para seu irmão mais velho.
— As vezes me pergunto por que você ainda está vivo, Dimitrius.—
— Oh, é muito simples descobrir a resposta.— Niffie se intrometeu.— Existem muitas regras que falam sobre o quanto é errado matar irmãos e você não seria ousado suficiente para quebrá-las.—
— E quantas regras estarei quebrando ao cortar a língua da minha esposa?— O arcanjo perguntou em seu humor negro.— Imagino que não saírei tão prejudicado ao quebrá-las.—
— Você...—

Niffie se calou no momento em que sentiu a mão de Meridius se esquentar contra a sua pele, seu aperto que era algo tão suave quanto uma caricia se transformou em algo forte e desconfortável. Ela o olhou quando percebeu que o arcanjo não fez nada para que aquilo parasse e ficou surpresa ao ver que seus olhos estavam vagos, muito vagos.

Estava acontecendo novamente.


Nos últimos anos, Meridius estava demonstrando certo descontrole por seus poderes. Era algo que acontecia raramente, mas acontecia e nada poderia ser tão anormal quanto um arcanjo tão velho como ele não saber controlar tudo aquilo que o tornava tão letal. E quando Niffie perguntou o que estava acontecendo, o anjo insensível falou para ela não se preocupar, pois aqueles surtos de perda de controle significava o aumento de poder, algo completamente normal.

No entanto, esses “surtos” estavam começando a vir com mais frequência nos últimos meses e eles eram tão fortes que Meridius precisava descarregar seus poderes na natureza para que pudesse ter o controle em seu poder novamente.

Isso, definitivamente, não era normal.

Niffie se virou para Dimitrius e sorriu de maneira educada.

— Por que você não me acompanha em um passeio pelo jardim, Dimitrius?— Ela perguntou, pretendendo deixar seu marido sozinho, desde que não sabia o quanto seus irmãos estavam cientes sobre esse assunto.

Niffie não considerava correto Meridius esconder algo importante como isso dos outros arcanjos, mas infelizmente, mesmo eles sendo irmãos e leais, o dever deles primeiramente vinha com as dimensões e em determinados momentos, eram obrigados a terem segredos.

— Eu farei qualquer coisa que me pedir, Niffie.— O outro arcanjo sorriu descaradamente.— Para mim, você está a cima dos anciões.—

Ela poderia ter revirado seus olhos naquele momento, sabendo muito bem que ele deveria ter falado as mesmas palavras para Ellylan antes de chegar até aqui. E por esse motivo, Niffie só podia pensar no quanto a esposa desse anjo provocador iria sofrer em suas mãos, quando Dimitrius finalmente encontrasse alguém que gostasse a ponto de decidir passar o resto da sua vida ao lado dessa pessoa.

Seria muito divertido assistir a esposa dele colocá-lo na linha da obediência.

Mas naquele momento, ao invés de ficar imaginando um futuro feliz e divertido com sua família, a imperatriz, tirou a mão de seu marido de sua pele com delicadeza e caminhou até estar ao lado do irmão mais novo dos arcanjos e passou seu braço em volta do dele quando Dimitrius o ofereceu para ela segurar enquanto caminhavam até o jardim que não podia ser chamado nada menos do que “paraíso”.

~

Niffie estava sentada em frente da sua penteadeira para que pudesse observar seus cabelos que agora estavam vários centímetros a baixo do seu ombro. Ela ainda não conseguia se acostumar com o fato dele ter sido cortado, só que não podia negar que ele estava crescendo rapidamente também, mas nada a deixava com mais raiva do que saber que Diane havia os cortados.

Se a irmã mais nova dos arcanjos desejava traí-los, o cabelo dela não tinha nada haver com essa história. No entanto, seu cabelo não significava nada quando era comparado com as outras coisas que ela tinha perdido.

A alma dela havia desaparecido, não importava o quanto Meridius ou os outros arcanjos procurassem, ela não estava onde deveria estar. Seu link com seu marido foi perdido, assim como as suas pequenas habilidades que todo angelical possuía e a única coisa que havia restado nisso tudo era a parte em que os arcanjos ainda podiam se comunicar com sua mente.

Mas apenas os arcanjos, pois os tenentes do paraíso já não conseguiam mais encontrá-la na teia que os uniam como um grupo. E desde que não achavam sua alma, Meridius e seus irmãos já não podiam mais escutar seus pensamentos também.

O fato da sua alma estar desaparecida a deixou completamente desesperada, pois ninguém sabia o que iria acontecer, se existiria consequências ou não, mas conforme o tempo passou e nada aconteceu, Niffie conseguiu ficar tranquila.

Mas ainda assim sentia falta de estar na mente do seu marido, de sentir as vibrações das almas das pessoas que estavam próximas a ela e de se comunicar com os tenentes que eram leais ao paraíso por pensamentos. Antes Niffie não sabia o quão dificil era deixar de lado costumes que fizeram parte de toda a sua vida, mas agora estava ciente disso.

Ela suspirou ao olhar para si mesma, não podendo acreditar que Diane havia tentado destruir Maximus e seus irmãos. Niffie já era adolescente quando a angelical nasceu, uma criança bastarda que foi concebida por dois anjos, e apesar de Luna, as mães dos arcanjos, ter aceitado o bebê como se fosse fruto do seu casamento, todos sabiam que era impossivel Diane ser filha de uma angelical e um anjo.

Angelicais e anjos não davam a luz a outro angelical, apenas a anjos. E era exatamente por esse motivo que arcanjos só podiam se casar com angelicais desde que eles precisavam de herdeiros para assumir o poder.

No entanto, ainda era horrível o pensamento de que Diane se sentiu rejeitada quando recebeu tanto amor dos seus irmãos e até mesmo da mulher que deveria odiá-la. Era aceitável a parte de que a magia de demônio levava qualquer mente fraca a loucura, mas para a outra angelical ir atrás dela por vingança com um motivo como esse, era inaceitável.

E era exatamente por isso que Niffie passou a odiar a irmã dos arcanjos, esquecendo totalmente a amizade que elas possuiam, ainda mais quando a mesma a sequestrou e a torturou apenas para atingir Meridius.

A única parte que fazia a imperatriz do paraíso lamentar por toda a situação que ocorreu meses atrás, era por seu arcanjo. Meridius, o mais velho deles, já tinha uma certa idade para poder se lembrar de todos os nascimentos dos outros arcanjos e de Diane. Ele se recordava de cada momento da infância deles, principalmente de quando ganhou uma irmãzinha para poder mimar. E ao descobrir que a angelical era uma traídora, nada podia descrever o sentimento que existiu em seus olhos.

Arcanjos eram ensinados a aceitar a traição antes de uma aliança, mas ninguém os ensinou que esse sentimento horrível poderia vir de uma irmã também.

Niffie desviou seus olhos do seu reflexo quando ouviu o som da porta do seu quarto sendo aberta, revelando seu marido que entrou sem nenhuma hesitação. Afinal, ali também era o seu próprio quarto já que depois de anos eles decidiram que era hora de voltar a compartilhar a mesma cama.

Originalmente, aquele quarto pertencia a Meridius desde que era o maior e possuía espaço suficiente para acomodar suas asas. E quando tomaram a decisão de que voltariam a dormir no mesmo quarto, não foi nenhum problema arrumar espaço para as coisas dela já que o comôdo era grande o suficiente para abrigar mais 10 pessoas sem que nenhuma correresse o risco de tocar nas asas de um anjo.

Seu marido prendeu seu olhar ao de Niffie no reflexo do espelho quando passou a caminhar até ela e se não estivesse tão acostumada com aqueles olhos escuros que ofericiam a morte, a angelical teria prendido o ar em seus pulmões, mas sua mente já havia aceitado que Meridius era apenas seu marido, não um arcanjo que deveria obedecer e respeitar.

E quando Niffie conseguiu desviar seus olhos dos dele, ela viu que o anjo insensível carregava em suas mãos uma caixa de veludo de tamanho medio e quadrada.

Aquilo não a deixava surpreendida depois dele esquecer que eles completavam 150 anos de casados naquele dia, mas naquele momento aquilo não era importante.

— Você está bem?— A preocupação em sua voz não foi escondida quando perguntou.
— O crescimento de poderes não significa morte, Niffie.— Sua resposta poderia ter sido considerada como insensível e grossa, mas esse era Meridius e a palavra gentileza não era conhecida por ele nem mesmo quando tentava fielmente ser assim.— E ainda consigo controlá-los apesar de necessitar de uma descarga elétrica algumas vezes.—
— Eu ainda acho que você deveria falar com seus irmãos, pelo menos com Maximus.— Ela resmungou ao desviar o olhar para seu reflexo quando o arcanjo se aproximou dela e ficou em suas costas.
— Mas eu acho que você deveria manter sua opinião em lugares privados da sua mente.— O arcanjo do paraíso disse com a sua arrogância habitual ao mesmo tempo que abria aquela caixa de veludo para colocá-la na penteadeira em frente de Niffie.— E isso é um pedido de desculpas.— Falou suavemente.

Niffie olhou para a caixa de jóias e... Oh!


Dentro da caixa média de jóias existia uma gargantilha com um desenho simples, mas com pedras de diamantes em linhas que formavam diversos X, o tornando uma peça incrivelmente linda.

Agora, ela estava surpreendida.

— É lindo.— A imperatriz sussurrou, não podendo acreditar que toda a sua raiva havia sido esquecida por causa de diamantes.

Algumas vezes, Niffie desejava ser como Ellylan, que apenas se importava com as atitudes do seu marido ao invés de materiais de valor, mas para a sua infelicidade, ela se comovia com coisas valiosas, principalmente quando pedras estavam envolvidas.

Meridius o tirou daquela caixa antes que a angelical tivesse a chance de tocar os diamantes com seus dedos, mas no momento em que o arcanjo o colocou sobre a pele do seu pescoço e moveu seus cabelos para um lado até fechá-lo, ela se sentiu ainda mais maravilhada.

— Imagino que estou perdoado.— Um pequeno sorriso sarcástico apareceu nos lábios do seu marido, suas mãos indo em direção de seus ombros para apoiá-las ali.
— Você acha que um colar de diamantes é o suficiente depois do que aconteceu?—
Meridius arqueou uma sobrancelha em um arco perfeito.— E não é?—
— Sim, é claro que é.— Niffie falou animada ao rir.— Quem podemos enganar com esse teatro?—
— Foi o que imaginei.—

O arcanjo se curvou naquele momento até que seus lábrios encontrassem a pele suave da sua bochecha em um beijo lento para depois levar sua boca em direção do seu ouvido.

— Mas acredito que ele se tornará ainda mais lindo quando você estiver apenas o usando sobre a sua pele.— Suas palavras foram um sussurro provocativo, fazendo com que Niffie sorrise quando seus olhos encontraram os de Meridius no espelho.
— Para isso, o presente não é suficiente.— Ela decidiu brincar com seu marido.
— Eu sei.— O arcanjo deu de ombros casualmente, levando suas mãos para seus bolsos.— Foi por esse motivo que decidi trazer outro presente.—

Niffie não teve tempo para perguntar do que se tratava esse outro presente, antes mesmo que pudesse abrir sua boca para perguntar, o anjo retirou outro objeto brilhante do bolso da sua calça. E ela apenas conseguiu observá-lo melhor quando estava preso em volta do seu pulso.

Um suspiro escapou dos seus lábios quando seus olhos encontraram a pulseira que era exatamente igual a gargantilha, mas em um tamanho menor para que pudesse ficar perfeitamente em volta daquela região do seu corpo.


— Você é um homem terrível, Meridius.—

O arcanjo do paraíso não falou mais nenhuma palavra, ele apenas escorregou suas mãos pelos braços de Niffie com a intenção clara de chegar até sua cintura para que pudesse levantá-la. E quando teve sucesso nesse pequeno movimento, Meridius a virou para que ficassem cara a cara.

Seus corpos desconheciam a palavra “espaço” desde que a imperatriz estava sendo apoiada contra o peito firme do seu marido enquanto ele a rodeava com seus braços para que nenhum centímetro existisse entre eles. Niffie sentiu a respiração do anjo dançando contra o seu rosto e no momento que Meridius se curvou para que seus lábrios se tocassem, ela prendeu o ar em seus pulmões.


O arcanjo do paraíso lhe deu diversos e pequenos beijos que a fazia se inclinar contra ele, buscando por mais quando pensava que algo muito mais ardente viria depois da provocação, mas tudo o que a angelical ganhou em troca foi sentir a língua dele tocar o canto da sua boca para que depois corresse por todo o seu lábio inferior.

Todo o corpo de Niffie estremeceu com o toque e se o seu marido não estivesse a segurando tão firmemente contra ele, seus joelhos já não aguentariam mais seu peso para mantê-la em pé. Ela permitiu que um gemido escapasse por sua garganta também e quando isso ocorreu, Meridius aproveitou o momento para beijá-la de verdade.

A língua do seu marido invadiu sua boca em toques persuativos e arrepiantes, deixando toda a sua gentileza para trás quando seu desejo se tornou impossivel de controlar. E Niffie não protestou contra esse desejo primitivo que também estava a levando a loucura, ela nem ao menos sonharia com isso. Principalmente quando Meridius levou suas mãos em direção das suas coxas para erguer o seu vestido longo até que a barra estivesse naquela região onde seus dedos estavam. Naquele momento, o anjo a levantou em seus braços e a imperatriz o envolveu com suas pernas ao redor da cintura dele.

Meridius a segurou com força contra o seu corpo e Niffie não pode evitar de sentir a eletrecidade se chocando contra ela quando o anjo puxou a parte de baixo dos seus cabelos, sem usar muita força, para que suas bocas se separassem e seus olhos se encontrassem.

— E você, Niffie,— O arcanjo mordeu seu lábio inferior, não desviando aquele olhar hipnotizante do dela.— é tudo pra mim.—

Naquele momento, a angelical percebeu que aquela era a resposta que estava esperando antes dele a levantar para beijá-la. Mas agora essa resposta não importava, não quando seus lábios foram parar sobre os dela novamente em um convite muito mais indecente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Destruição | Amor Imortal 02" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.