How it ends escrita por Mardybum


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é uma continuação do capítulo de hoje, após o Ferdinando convidar a Gina para ir as Antas novamente.



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Ferdinando teve uma nova oportunidade de ir as Antas, e a primeira coisa que lhe veio a cabeça foi convidar Gina para ir com ele novamente. Afinal, sabia que ela adorava uma briga, e que depois que os assuntos que tinha a tratar finalmente fossem resolvidos, poderia ter um tempo livre com a ruiva. Issojá o alegrava de uma forma que ele voltou sorrindo para a casa só de pensar.

Gina se animou com a ideia, adorava uma briga e uma oportunidade de usar sua arma, mas apenas o assustava ficar sozinha com Ferdinando novamente, principalmente porque ele havia lhe pedido outro beijo e ela não sabia como agir perto dele. Desde que ele a beijou,ela não passava uma noite sem pensar nele e essa noite não estava sendo diferente, estava até pior. Mas precisava dormir, pois na manhã seguinte, Ferdinando a buscaria para o passeio e não poderia estar cansada. Então adormeceu com, no fundo, a esperança de sonhar com seu "engenherinhú".

Na manhã seguinte, Gina acordou disposta e logo levantou da cama para tomar café. Lembrava que Ferdinando havia lhe dito que poderia ir com a roupa que quisesse então pois a roupa que usava normalmente no dia a dia.

-Dia mãe. Dia pai. Ferdinando ainda não apareceu por cá né?Perguntou Gina.

-Minha fia, tenho um assunto pra tratá co cê...eu num vo dexa ocê i co Ferdinando pras Antas.Disse Dona Tê, autoritaria.

-Aramae eu num intendo oceis. Sempre insistindo pra eu conversa co Ferdinando, passea com ele, agora que nois tem argo interessante pra faze, agora que tem briga ocê num vai dexa eu i?

-Minha fia, seu pai i eu achamo que essa historia do ce fica indo toda hora pras Antas co Dr. Nando não vai fica bem procê. Imagina o que vão falá si vê nossa fia passeando sozinha co moço toda semana? Além do mas, ocê num pode fica usando essa arma fia, num quero ve ocê metida em confusão. -Dona Tê disse.

-Pois eu vô sim i num vai te ninguém qui mi impeça!

Gina levanta da mesa, sem tomar café, pega sua arma e sai de casa. Não sabia aonde ir, mas sabia que de uma briga ninguém a deixava de fora. E que também queria ver Ferdinando, mas disso ninguém precisa saber.

Ferdinando acordou animado. Hoje iria resolver o assunto do transporte dos agregados de seu pai e principalmente, iria se encontrar com Gina.

-Dia meu pai. Dia Catarina. Dia pituquinha, ara vem ca me da um bejo.Disse Ferdinando, abraçando a irmãzinha.

-Dia Nando. Mas que felicidade toda é essa? -Disse a Madrasta, encafifada.

-Ara Catarina, é que hoje eu vo pra cidade das Antas resorve o assunto do transporte. E vo faze tudo que for possiver pra corrigi essas injustiça. - Diz Nando, tomando café.

-I não me diga, Nandinho, que vai levá aquela uma junto co cê denovo, ou vai? - Coronel Epa pergunta.

-Aquela uma que ocê diz tem nome meu pai, e um nome muito bonito, Gina, e respondendo a sua pergunta, vo sim. Ela será de muita ajuda pra mim. - Diz Ferdinando, suspirando.

-Mais eu num lhe disse, esse ai ta maluco! Já chamo ela de frô, agora ta dizeno que o nome dela é bunito. -Disse uma Catarina muito nervosa, arrancando desconfianças de quem visse.

-Mai eu ja te disse meu filho, se ocê se apaixona verdaderamente por essa muié eu te deserdo! Ocê ta me entendendo? - Diz Epaminondas, muito bravo,como fica caa vez que Ferdinando toca no nome daquela moça.

Ferdinando sabia que uma hora ou outra teria que enfrentar seu pai, mas deixaria para outro momento, pois não deixaria que nada estragasse seu bom humor naquela manhã.

-Ara meu pai vamo mudá de assunto, por favor? E começava a falar de política, acalmando seu pai, como sempre.

Gina resolveu caminhar pela vila, não havia ido para as plantações com medo de encontrar seu pai, pois ele não havia a deixado ir para Antas e isso estragaria seu plano de esperar Ferdinando chegar e ir com ele escondida. Só não sabia se isso daria certo.

Deitou nos campos de flor, como sempre fazia quando queria relembrar o beijo que havia recebido do engenheiro. Lembrava de tudo, do que sentia, do cheiro de Ferdinando a invadindo, de seus olhos azuis a olhando e de sua voz calma quando foi surpreendida com essa mesma voz que conhecia muito bem.

-Oláá Gina, o que ocê ta fazendo deitada ai? -Disse Ferdinando, a assustando com a possibilidade dele talvez poder ouvir seus pensamentos e descobrir que pensava nele. Mas sabia que isso não poderia acontecer, então se recuperou do susto e levantou.

-Ara Ferdinando que susto que ocê mi deu! Tava só esperando chega a hora de nois i pras Antas. - Disse Gina, se levantando e pegando sua arma.

-E pelo visto, ocê já ta preparada pra nois i. Vamo se despedi de seus pais e entra no carro que nos espera. - Disse Ferdinando, sem imaginar no que a ruiva diria em seguida.

-NÃO! Quer dize, ara purque nois num vai direto, ja mi dispidi dois meus pais, ja to pronta, vamos já.

-Ara Gina, porque ocê fico tão nervosa? O que tem nois troca uma palavrinha co seu Pedro e a dona Tê antes de ir? - Disse Ferdinando, já encafifado com a reação de Gina.

-Tem qui eu num quero fala cum eles i pronto! -Disse Gina, nervosa.

-Giiina...ocê pode falá a verdade pra mim- Ferdinando diz se aproximando.

-Tá bão Ferdinando eu falo ara. É qui eles num dexaro eu i co cê pras Antas, a mãe mi disse hoje di manhã, então eu sai e vim pra cá.

-Ué mas purque será? Ontem seu pedro disse que se ocê quisesse ocê pudia ir...Pois então eu ti intendo, vamo embora logo qui nois tem uma briga dos inferno pra enfrentá. Disse Ferdinando, pois a ultima coisa que queria era que alguém estragasse a sua oportunidade de passar a tarde com a sua amada. Mas uma coisa ainda o encafifava:

-Gina, posso lhe pergunta uma coisa?

-Ara, mais ocê já tá mi perguntando. Mas vai, pergunta.

-Ocê saiu de casa enfrentando sua mãe porque queria participá da briga ou queria mi ver?

-Ocê larga de bestage Ferdinando! Disse Gina emburrada. Sabia que se dissesse que não queria ver Ferdinando estaria mentindo. E ele ficou feliz apenar por ouvir que Gina não havia dito que não queria vê-lo. Ainda não havia ouvido de sua boca que ela o amava, mas de passo em passo estava amolecendo o coração da ruiva geniosa.

E o que restava para os dois ali era aproveitar cada segundo da tarde que passariam juntos, pensavam os dois juntos, caminhando para o carro.


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Notas finais do capítulo

Amanhã eu espero poder continuar, com a ida deles para a cidade das Antas. Se gostaram, comentem! Um elogio (ou crítica, aceito também) me deixará com mais vontade de escrever pra vocês :)