Unlike Cinderella... escrita por Lara


Capítulo 48
Capítulo 47 - War... - Parte 6


Notas iniciais do capítulo

Oiii Cupcakes ♥! Primeiramente, quero pedi perdão pela demora, mas é que eu ia postar ontem, no entanto, inúmeras coisas ocorreram (inclusive o fato de eu ter escrito o capítulo inteiro e ter detestado e acabei ecluindo tudo U_U)! Mas, ao menos esse está melhor que a minha tentativa anterior. Agora, eu queria dizer que realmente andei surtando esse dias. ADIVINHA QUEM CONSEGUIU ALCANÇAR OS 1.000 COMENTÁRIOS? SIIIM, A AUTORA MAIS SEM NOÇÃO E TAPADA DO PLANETA: LARA BARBOSA *o*!! Quero agradecer MUUUUITO a Bea, minha mana incrível, que fez o comentário número 1.000 ♥! CAPÍTULO DEDICADO A VOCÊ, MINHA DIVA!!! OBRIGADA TAMBÉM DREAMER E SA4EVER PELAS RECOMENDAÇÕES INCRÍVEIS E PERFEITAS QUE FIZERAM A UC!! EU SIMPLESMENTE AMEI *o* ♥!!! E não posso esquecer, é claro das minhas Cupcakes que ajudaram e muito nesse "sucesso" que UC se tornou e que fez ultrapassar os 1.000 comentários. Agradeço a A fofa da Lêh (Letícia Merlo), a minha marida Tephy (EstéphanyQueen), a minha Jujuba (Juliana Lorena) a doce Smile, a divertida Invisible Girl, a minha Mamis Confeiteira e Poderosa (Jade), a minha ursinho Vondyrauslly, a divertida Para Sempre R5, a fofa da Sleeping Beauty, a diva da May (Mayara), a minha doce Italianinha Fran, a minha neta Puju Lary (Secret Feelings), a fofa da Shah (Shamara Lynch), a minha Sobrinha Poderosa Taah (Empty Thoughts), a Diva Purpurinada da Camila (Uma Direção), a minha amoreco Pequena Miss, a minha filha mais diva Jenny (Gatinha MÁ), a linda da Ary Lynch, a divertida Vida Brilhante, a fofa da Sra Lynch Marano, a minha Mana Linda e Sexy Bea (Reader Secret), a minha bisneta Fêh (Secret), a minha Vaquinha Preferida Josynha, a minha filha rainha Manu (VacuumCleaner), a fofa da Natalha Lynch, a doce Laáh, a florzinha de cerejeira da Ally Rocket, a diva da Isa (Dreamy girl), a gatinha da mamãe Tay (Nara Lynch), a minha anjinha Milazinha (dreamer), a fofa da Babi (Bárbara Lynch), a linda da Becky e as minhas mais novas e divas Cupcakes Sa4ever e Lays Jannuario pelos comentários incríveis que recebi no capítulo passado. Eu agradeço mesmo ao carinho e peço perdão, mais uma vez pela demora. Muito obrigada meninas. Vocês são as melhores leitoras do mundo ♥! Eu realmente amo vocês ♥!!! Peço perdão pelos erros ortográficos, a falta de criatividade e o capítulo ruim, mas eu fiz o meu melhor. Boa leitura...



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POV Prince

A escuridão começava a se mostrar com mais intensidade, anunciando que a noite se aproximava. A chuva continuava a cair, mas ainda era possível ver as chamas altas de onde eu estava. Os gritos desesperado de pessoas que estavam próximas do incêndio, ecoavam pela densa floresta, tornando-a ainda mais sombria.

Observo Gavin com atenção, tentando encontrar algum traço do garoto ingênuo, criativo e sorridente que ele mostrava ser quando éramos jovens, mas eu sabia que seria inútil procurar por algo que jamais foi verdadeiro. De frente para ele, era difícil não lembrar da dor da traição. Um dia eu o havia chamado de melhor amigo e hoje eu não conseguia olhar para ele e não pensar em todas as formas possíveis de matá-lo.

– Ora, ora, ora. Quanto tempo não nos vemos, não é mesmo, príncipe Phillip Dawson? – fala Gavin, curvando-se levemente, em falso respeito. – Jamais imaginei que voltaria a vê-lo pisando em Krósvia, afinal, que eu me lembre, você havia sido expulso de seu próprio país. Deixa eu adivinhar: Você sentiu saudades de mim e resolveu voltar.

– Sempre tão cínico, Gavin. – digo, apertando ainda mais a minha espada. – Vamos ver até quando esse seu sorriso sujo durará.

Gavin ri alto. Desvio meu olhar do inimigo para a minha irmã e seu desespero logo fica evidente. Austin parecia não responder aos seus chamados e eu me perguntava se ele ainda continuava vivo.

"Eu, de mim, considero-me mais ou menos honesto, mas poderia acusar-me de tais coisas, que teria sido melhor que minha mãe não me houvesse dado à luz. Sou orgulhoso, vingativo, cheio de ambição, e disponho do maior número de delitos do que de pensamentos para vesti-los, imaginação para dar-lhes forma ou tempo para realizá-los. Para que rastejarem entre o céu e a terra tipos como eu? Todos somos consumados velhacos; não deves confiar em ninguém."¹ – declama Gavin, olhando-me em desafio. Ele ri, apoiando sua espada no chão. – O mais irônico disso tudo é que você, assim como Hamlet, foram traídos por sua própria família e terão o mesmo fim trágico.

De fato, minha vida era semelhante, de certa forma, a tragédia shakespeariana. Traição após traição, eu vi as máscaras de cada membro de minha família cair sem que eu tivesse chance de me defender. E o que mais me feriu por dentro foi perceber que não havia salvação para eles, porque no fim, todos eram culpados pelo que ocorria em Krósvia.

– Você está certo, Gavin. Eu fui traído pela minha família e não tenho certeza se sobreviverei a essa guerra, mas acho que você se esqueceu que no fim, Hamlet teve a sua vingança. Você sabe que um por um, cada aliado seu está caindo e não irá demorar muito até que todos vocês tenham o seu fim. – digo, erguendo minha espada, pronto para atacá-lo.

– O melhor disso tudo é que você continua a acreditar que um dia será capaz de me derrotar. – fala Gavin, rindo com intensidade.

– Prince, cuidado! – grita Ally, desesperada, tentando erguer o corpo inconsciente de Austin. – A espada de Gavin está banhada com veneno. Qualquer misero corte que você sofra pode te levar a morte.

Volto a encarar Gavin. Ele levanta a espada e me lança um sorriso irônico. Eu sempre soube do fascínio de Gavin pela tragédia shakespeariana, mas ele já estava passando dos limites. Eu via em seus olhos o desejo e a satisfação de ter a chance de me matar como Laertes² tentou fazer com Hamlet.

– Você é louco. – afirmo, avançando em Gavin. Ele impede o ataque e, se afastando um pouco, tenta me atingir na perna, mas minha espada o repele.

– Será tão prazeroso vê-lo se contorcer de dor até a morte. – sussurra Gavin, próximo de mim. – Eu farei você e sua família pagarem pela morte de meu pai e por tudo o que negaram a minha família quando mais precisamos.

Ouço o relinchar dos cavalos próximos a nós e acabo desviando meu olhar de Gavin para minha irmã. Ally tentava, com extrema dificuldade, colocar o noivo sobre o animal, enquanto Trish incentivava a amiga, segurando um corpo feminino, aparentemente, sem vida em seu cavalo. Surpreendo-me ao notar que aquela era a minha mãe.

– Não... – sussurro, assustado. – Não pode ser.

– É tão irônico pensar que a Rainha de Aço teve seu fim pela guerra que o próprio amante e homem que ela mais amou na vida armou. – fala Gavin, se afastando de mim, enquanto caminhava ao meu redor, sorrindo cinicamente. – Bem, é isso que se ganha por trocar de lado, apenas porque seu amado não havia conseguido o reino que ela sempre sonhou. Mas, isso era de se esperar, afinal, uma vez aproveitadora, sempre aproveitadora.

– Não ouse falar da minha mãe! – grito, voltando a atacar Gavin, sendo tomado pela fúria.

Eu consigo atingir um corte em seu rosto, mas a minha vantagem não permaneceu por muito tempo, pois logo ele se recuperou e voltou a me atacar com toda a sua força. Eu me defendia e tentava achar alguma abertura durante os golpes do homem, mas eu sabia que isso era quase impossível. Por mais que eu odiasse admitir, as habilidades de Gavin com a espada conseguiam superar as minhas.

O principal problema era que eu não poderia me arriscar, pois o menor que fosse o ferimento com aquela espada poderia me levar a morte em poucos instantes. Tento pensar em uma forma de conseguir a vantagem, mas nada vinha a minha mente.

Durante o nosso combate, Ally e Trish seguem apressadas para o castelo. Suspiro aliviado por saber que minha irmã não estaria ali para ver a minha provável morte. Tento voltar a me concentrar totalmente na luta, mas as lembranças de momentos que vivi ao lado de Manu invadiam minha mente com intensidade.

O sorriso encantador, a personalidade forte e a incrível habilidade de se meter em encrenca foram os principais motivos que me fizeram me apaixonar pela morena. Era impossível não se sentir atraído por aquela garota.

Respiro fundo. Eu precisava me concentrar em meu combate com Gavin. Aquela era a minha chance de me redimir com o meu país natal por tudo que ocorreu dezessete anos atrás. Matar aquele que plantou a semente da destruição em Krósvia era o meu dever e, dessa vez, eu não hesitarei. Dessa vez, eu não permitirei que minhas emoções comandassem as minhas ações.

Continuamos a trocar golpes, sem nos importarmos com a tempestade que se intensificava ou com os raios que caiam pela floresta, aumentando ainda mais o incêndio. A fumaça se espalhava cada vez mais, fazendo com que o simples ato de respirasse se tornasse uma tarefa quase impossível.

Meus pulmões ardiam, assim como meus olhos. Aos poucos, nossos movimentos foram ficando mais lentos. Nem mesmo Gavin parecia estar suportando inalar toda a fumaça vinda do meio da floresta. Mas, mesmo com todos os fatores interferindo em nossa luta, nenhum de nós queria dar o braço a torcer. Estava claro em nossos olhos que não sairíamos dali até que um de nós estivesse, finalmente, morto.

Ignorando todos os apelos de meu corpo para que eu fugisse dali, consigo atingir o braço de Gavin de raspão. Isso pareceu incentivá-lo ainda mais, pois não demora muito para que a agilidade do rapaz voltasse a aumentar.

Em um deslize, Gavin acerta o meu tórax, mas, por sorte, eu vestia a armadura, o que protegeu minha pele de ser atingida. A falha de seu ataque frustra o rapaz, que volta a tenta me atingir novamente. Por sorte, consigo evitar que sua espada me acertasse, mas não tenho a mesma sorte quando Gavin chuta meu estômago.

Atordoado, acabo batendo de costas com uma árvore e machuco minha cabeça. Eu estava confuso. Tudo a minha volta girava. Gavin continuava em pé, me encarando, enquanto ria de mim. Era como se eu estivesse em um sonho. Eu conseguia ver as chamas se aproximando e sentir os fortes pingos de chuva, no entanto, minha visão estava embaçada e eu não sabia dizer se era pela fumaça ou pela pancada que sofri na cabeça.

“Você é fraco, Phillip!”

Eu ouvia a voz do meu pai em minha mente. Era como se eu fosse um adolescente de catorze anos novamente, tendo o olhar furioso e decepcionado do rei de Krósvia sobre mim.

“Você chama isso de golpe? É assim que pretende derrotar seus inimigos? Você é uma decepção.”

Eu queria fazer com que as falas de meu pai saíssem de minha mente, mas no estado em que eu estava, eu tinha que admitir que ele estava certo. Desde aquela época, meu pai sabia que eu seria uma decepção para o reino. Sabia que eu jamais conseguiria governar Krósvia como ele sempre sonhou.

“O que você está esperando? Mate-o!”

Era como se eu vivesse cada momento daquele. As risadas de Gavin se misturavam as minhas lembranças e eu já não conseguia mais distinguir a realidade do passado, no entanto, eu ainda sentia cada chute e soco que eu recebia de meu inimigo.

“Saia já desse reino! Suma! Nunca mais volte a colocar os pés em Krósvia enquanto eu estiver vivo. Você é uma vergonha para o reino! Finja-se de morto! E não ouse nunca mais usar o nome Dawson novamente. Eu te deserdo! Você não tem mais o direito de usar meu sobrenome, traidor!”

As palavras ecoavam perversamente em minha mente. Eu continuava a ser golpeado por Gavin, mas, por algum motivo, eu não conseguia me mover. Minha cabeça latejava com a forte dor que eu sentia. Minha espada estava em minha mão, mas era como se todo o meu braço estivesse dormente.

“Prince! Prince!”

De repente, a imagem de Manu aparece para mim. Eu conseguia ver seu rosto infantil e emburrado. A lembrança da garota inquieta e desastrada sempre me trazia paz.

“Não seja idiota! Vai deixar mesmo que seu pai diga o que você é? Mostre a ele que você é muito mais do que o filho imperfeito que ele insiste em querer moldar como um brinquedinho. Você é Phillip Dawson, o cara que vai fazer Edgar Dobyne pagar por toda a destruição que ele trouxe a nossas famílias.”

Recebo mais um chute de Gavin. Tento me levantar, mas eu estava fraco e zonzo, o que fez com que o homem se aproveitasse ainda mais da minha situação. Ele sorri e dá um soco em meu rosto, fazendo com que eu voltasse a cair.

Praguejo baixo, frustrado por não conseguir ficar de pé. No chão, sem que Gavin perceba, procuro por algo que pudesse me ajudar. Por sorte, lembro que possuo um revólver em minha bota. Quando recebo mais um chute de Gavin, caio e rolo para um pouco mais longe e aproveito a oportunidade para agarrar a arma imediatamente.

Imóvel, espero Gavin se aproximar e, quando ele estava a poucos centímetros de mim, viro-me, no mesmo instante, e puxo o gatilho, disparando a arma diversas vezes, descontando toda a minha raiva no homem. Gavin cai longe e quando imagino que já tivesse me livrado do desgraçado, ele se levanta e sorri com ironia.

Ele retira a armadura e mostra um colete a prova de balas que vestia por debaixo de sua proteção. Apesar de parecer sentir bastante dor no tórax, ele ainda continha um brilho de satisfação em seus olhos.

“Maldito!” – penso, enquanto tentava atirar mais uma vez, no entanto minha munição tinha acabado.

– Achou mesmo que ia se livrar tão fácil de mim, Prince? – questiona Gavin, puxando cada bala alojada em seu colete e jogando no chão. – Não seja tolo. Assim como vocês, eu vim preparado para casos como esse. Não sou tão ingênuo quanto você pensa.

Eu estava tão furioso e frustrado que, quando dou por mim, já estou de pé. Pego minha espada que estava a poucos metros de mim e me aproximo do cretino que me observava com curiosidade. Ele pega a sua espada e um frasco que estava dentro de um bolso em sua calça. Enquanto eu me aproximava lentamente, ele espirra mais veneno em sua espada e, assim que termina, joga o frasco no chão.

Respiro fundo e relembro de todos os motivos que eu tinha para matá-lo. Cada consequência que eu enfrentei por causa do maldito homem a minha frente. Mas, o que mais me incentivou a buscar toda a força que eu tinha dentro de mim foi lembrar que ele foi o culpado de fazer a mulher que eu mais amo em minha vida sofrer, tirando dela tudo o que tinha.

Sem esperar por mais nada, volto a atacar Gavin, segurando firme a minha espada. Eu não me importava mais com o perigo que eu corria. Mesmo quando eu estava prestes a ser atingido por um golpe de sua espada envenenada, eu não recuava.

Gavin parecia surpreso e até um pouco assustado com a forma como eu avançava. Consegui atingir suas pernas e braços. Ele estava mais defensivo que anteriormente. Em um momento de distração, consigo fazer um corte superficial em seu pescoço.

Voltamos a nos separar. Ele coloca a mão em seu ferimento e me olha com ódio. Gavin já não parecia mais tão confiante como antes. Eu estava começando a entender os seus pontos fracos e isso ajudava e muito a virar o jogo.

No entanto, algo ainda me preocupava. Com o incêndio se aproximando de nós, a quantidade de fumaça inalada era muito maior. Eu já estava fraco e meus ferimentos continuavam a sangrar, o que aumentava ainda mais a minha fraqueza. No ritmo em que eu estava, não conseguiria permanecer consciente por muito tempo.

Gavin volta a me atacar e a cada troca de golpes, a luta se tornava cada vez mais intensa. Não havia mais vantagens para nenhum dos dois lados. Ambos estavam condenados a lutarem até a morte e nenhum de nós hesitaria em dar a vida, se fosse preciso, para garantir que o inimigo perecesse.

Aproveitando-me da lama aos nossos pés, empurro minha espada com mais intensidade em sua direção, fazendo com que Gavin perdesse o equilíbrio e caísse no enlameado solo. Ele tenta se levantar, mas eu o impeço, colocando minha espada a poucos centímetros de sua testa.

– Valeu a pena, Gavin? – questiono, o encarando, enquanto tentava controlar a minha respiração e ao mesmo tempo permanecer consciente.

– Do que você está falando? – pergunta, olhando-me com raiva.

– Não se faça de idiota! – grito, enfurecido, aproximando um pouco mais a minha espada. – Você sabe muito bem do que eu estou falando! – a cada segundo que se passava, mais a lembranças retornavam como uma avalanche. – Eu confiei em você! Briguei com todos os meus amigos de verdade, apenas para defender você, porque achei que fosse mesmo o meu melhor amigo. Agora me diz, Gavin, valeu a pena acabar com a vida de um garoto apenas para satisfazer as insanidades de seu pai?

Gavin desvia o olhar e sorri, sem acreditar no que eu dizia. Por mais que eu tivesse a chance de acabar de vez com o rapaz, eu ainda precisava entender o que o levou a tantas ações malignas. Eu simplesmente não conseguia acreditar que o garoto que me salvou diversas vezes quando mais novo tivesse mentido para mim aquele tempo todo.

Ele se vira para mim, mais uma vez e me lança um sorriso irônico. Sem se importar com a minha espada a ponto de perfurar sua cabeça, Gavin se levanta e ergue a sua espada, afastando a minha com um golpe rápido, deixando claro que não responderia a minha pergunta.

O combate volta a se iniciar. Eu conseguia sentir a fúria de Gavin em cada golpe que eu receptava. Sua face, repleta de ferimentos, continha uma expressão séria e concentrada. Ele estava mais determinado ainda a me matar.

Sem saída, passo a me arriscar mais. Eu sabia que a envenenada arma poderia acabar de vez com minha vida em alguns instantes, no entanto, continuar a prolongar o inevitável já não era mais opção.

Em um momento de distração de minha parte, Gavin consegue atingir a minha coxa esquerda, fazendo com que eu arquejasse e urrasse de dor. O inimigo tenta me acertar mais uma vez, aproveitando-se de minha fraqueza, mas consigo ignorar a dor e impedir o ataque.

Enquanto continuávamos em um empate frustrante, eu me levantava aos poucos, sentindo todos os meus músculos se contraírem. Uma parte do veneno havia me acertado e eu sabia que em pouco tempo começaria a sentir os primeiros efeitos da toxina.

Gavin se afasta e volta a me atacar. Impeço, mais uma vez, o seu golpe e acerto minha espada em seu ombro. Ele urra de dor e, jogando sua espada no chão, coloca a mão sobre o ferimento. O corte havia sido profundo e eu não duvidava que sua clavícula tivesse quebrada.

– Maldito! – urra, respirando com dificuldade. – Desgraçado!

– Esse é o seu fim, Gavin. Acabou. Você já não tem mais saída. – digo, tentando controlar, mais uma vez a minha respiração. Meu corpo já começava a sentir os primeiros sinais do veneno penetrando a minha corrente sanguínea.

Gavin me encarava de cabeça erguida e não parecia arrependido de suas escolhas, muito pelo contrário, eu conseguia até mesmo ver um brilho de orgulho em seus olhos. Ele cai de joelhos no chão e rasteja até sua espada. Tento me mover, mas meu corpo doía de maneira quase insuportável. Minhas mãos tremiam e suavam e minha cabeça latejava com mais intensidade ainda.

Calmamente, o rapaz se levanta e começa a caminhar na minha direção. Gavin carregava um sorriso ladino em seus lábios. Seu braço parecia prestes a cair a qualquer momento, no entanto, aquilo não parecia incomodá-lo.

De repente, meu coração passa a bater ainda mais descompassado. Meu corpo suava frio e minha visão começava a se tornar embaçada. O veneno começara a surtir os seus malditos efeitos. Praguejo internamente.

– Eu...posso estar morrendo, mas...não irei para o inferno sozinho.

– afirma Gavin, com dificuldade, demonstrando que, assim como eu, ele estava prestes a cair a qualquer momento. - “Está aqui, Hamlet! Hamlet, tu estás morto; remédio algum no mundo te pode ajudar; em ti não há meia hora de vida.” ³– declama, sussurrando, como se aquelas palavras fossem um mantra. – “A trama abominável se voltou contra mim.” ³– termina, sorrindo com ironia. Com um olhar diabólico e o cansaço evidente, ele ergue sua espada e apressa os passos, gritando com todas as suas forças: - Morra, Phillip!

Eu não conseguia mover meus braços. Era como se meu corpo estivesse completamente paralisado. E, no momento em que eu iria ser atingido por Gavin, ouço o som de diversos tiros vindo de trás de meu inimigo.

Os tiros não o ferem mortalmente, mas foram o suficiente para atrasá-lo. Tomado por uma força inexplicável, consigo mover meus braços e atingir o abdome do rapaz. Sustentando um olhar insano, Gavin pega a sua espada e no momento em que pensei que ele me atingiria, ele enfia a arma envenenada em seu pescoço.

A espada atinge, certeiramente, a sua artéria e não demora muito a sentir o sangue jorrar de sua garganta. Puxo minha espada de volta e vejo o corpo quase em pedaços ir ao chão.

Sentindo os efeitos do veneno se tornarem ainda mais forte, caio de joelhos no chão. Coloco a mão no peito, sentindo a intensa dor em meu coração e, em poucos instantes, sinto alguém se aproximar de mim.

– Prince! – grita Dez, desesperado. – Você precisa tomar o antidoto imediatamente.

– Como... – tento dizer algo, mas a dor em meu peito me impedia de obter sucesso.

Minha visão começa a escurecer e o desespero toma conta de mim. O veneno me mataria em instantes e eu não conseguia fazer nada, além de gritar em agonia. Meus músculos continuavam a se contrair, assim como minha respiração estava quase chegando ao fim.

De repente, sinto algo perfurar minha pele. Não demoro a entender que Dez estava aplicando algo em mim. Tento dizer alguma coisa, mas minha voz havia sumido.

– Eu acabei de aplicar o antidoto em você. – avisa Dez, parecendo cansado. – Ally...me avisou que poderia demorar um pouco para fazer efeito, mas logo você ficará bem. Agora, precisamos sair o mais rápido possível daqui. O incêndio está se aproximando e logo nos alcançará.

Eu ainda não conseguia dizer nada, mas aos poucos, meus batimentos cardíacos iam diminuindo. Balanço a cabeça confirmando e com a ajuda de Dez, levanto-me. Caminhamos o mais rápido que eu podia e, quando finalmente estávamos fora da floresta, o ruivo permite que eu descansasse.

– Está se sentindo melhor? – questiona, preocupado, enquanto soltava seu cavalo de uma árvore próxima a nós.

Balanço, mais uma vez, a cabeça e ele sorri aliviado. Passo a observar melhor o ruivo e noto diversos ferimentos em seu corpo. Surpreendo-me ao ver um enorme corte que atravessava quase todas as suas costas. Ele sangrava muito, mas continuava a resistir a qualquer fraqueza.

– Você...está bem? – pergunto, sentindo minha garganta arder. Minha respiração havia regulado e os meus músculos já não pareciam mais como pedras.

– Não se preocupe. – fala o jovem, aproximando-se de mim com o seu cavalo. – Apesar de não parecer, eu já estou acostumado a ferimentos. Durante anos, eu fui treinado pelo meu pai para aprender a suportar qualquer situação durante uma guerra.

– O ferimento...nas costas. – digo, preocupado, enquanto me levantava devagar.

– Ah, isso. – fala, sorrindo sem graça. – Não precisa ficar preocupado. Pode não parecer, mas é apenas um corte superficial. O meu colete foi capaz de absorver boa parte do golpe.

– Onde está Ally, Trish e Austin? – pergunto, vendo o ruivo subir em seu cavalo.

Sua expressão se torna sombria. Ele estende sua mão, incentivando-me a subir no cavalo e assim que estou firme em cima do lombo do animal, ele começa a cavalgar. Quando imaginei que ele não me responderia, o rapaz suspira frustrado.

– Trish está ajudando Diane e Jade a levar todos os feridos para o castelo. A guerra já está chegando ao fim, para a nossa sorte, mas os estragos são incontáveis. Inúmeros homens foram encontrados mortos e centenas de mulheres e crianças estão gravemente feridos, mas segundo Jade, se compararmos a guerras anteriores, o número de mortos é bem inferior. – explica, enquanto nos aproximávamos de Füssen.

A fuligem se espalhava em meio a água, sangue e corpos pelo caminho. A chuva diminuía aos poucos, mas ainda era possível sentir alguns pingos fortes. A destruição espalhada pela cidade era surpreendente.

– Austin... – ele suspira frustrado. – Ele está em uma espécie de hospital improvisado. A situação dele não é nada boa. – Dez, aperta com ainda mais força as rédeas do cavalo. – Diane... – suspira mais uma vez. – Ela disse que não sabe se ele conseguirá resistir aos ferimentos. Ele está muito ferido e perdeu muito sangue. Estão tentando ajuda-lo, mas...não é uma tarefa fácil. Austin está...entre a vida e a morte. A única coisa que nos resta é rezar para que ele consiga sobreviver.

– Meus Deus...! – murmuro, sem acreditar que aquele rapaz forte e determinado poderia estar prestes a perder a vida. Ally, com certeza, não suportaria a perda do noivo. – E...minha irmã?

– Ally foi atrás de Dallas junto com Manu e Lawrence. – diz, com a voz cheia de preocupação. – Assim que ela deixou Austin no castelo, um grupo de soldados informaram que Dallas e Cassidy haviam encontrado Taynara, mas que as coisas não haviam se saído muito bem.

– O que aconteceu? – pergunto, preocupado.

– Não sei ao certo. – afirma, frustrado. – Quando perguntei a Ally o que tinha acontecido a Dallas e Cassidy, ela apenas se virou para mim e me entregou o antidoto que te ajudou. Disse onde você estava e mandou que eu aplicasse o medicamento em você, caso estivesse sido atingido pela espada de Gavin. Depois disso, ela se reuniu com os outros dois e partiram em disparada para o norte.

– Eles estão indo para as colinas. – sussurro a mim mesmo, preocupado. – Tyler? Nina? Meu pai? As rainhas? Alguma notícia deles?

Dez volta a ficar tenso. Soube no mesmo instante que algo estava errado. O rapaz incentiva o cavalo a acelerar os passos e respira fundo, como se fosse difícil falar sobre o assunto. Preocupo-me ainda mais com a sua atitude.

– Seu pai foi atrás de Edgar. Ele não levou nenhum soldado junto, então não fazemos ideia de onde ele esteja. – informa, puxando um pouco as rédeas do cavalo, quando chegamos ao centro da cidade. O local estava deserto, tendo apenas os corpos mortos espalhados pelo chão. – As rainhas estão bem, mas Cecília entrou em trabalho de parto durante o resgate e acabou dando à luz a um menino no meio da floresta, tendo apenas a ajuda de Victória, Trish e Rainha Penny. Naquele momento em que nos separamos, eu consegui encontrá-las e levar Victória e Cecília para o castelo, junto com o bebê, mas sua mãe insistiu que iria atrás de Ally e.... Eu sinto muito, Prince.

– É, eu também. – digo, tentando controlar a imensa vontade de chorar.

A verdade era que a única pessoa que entendia meu amor pela música era a minha mãe. Por mais que ela parecesse ser uma pessoa fria, no fundo, ela era uma das mulheres mais doces e gentis que eu já conheci. O maior defeito dela foi amar demais e isso a levou a cometer inúmeros erros, mas no fim, ela deu o melhor de si para ser a mãe que Ally e eu precisávamos.

– Mas as notícias trágicas não param por aí. – comenta Dez, após alguns minutos em silêncio.

– O que mais aconteceu? – pergunto, cansado. Eu já estava no meu limite. Minha mente parecia trabalhar a quilômetros por hora, imaginando como estaria minha irmã e minha namorada em meio ao caos que cerca o país.

– Chegamos. – anuncia, olhando para o grandioso castelo. A falta de resposta me deixava ainda mais apreensivo.

Descemos do cavalo e sinto a fraqueza tomar meu corpo. O antidoto foi capaz de impedir a ação mortal do veneno, mas eu ainda sentia que poderia desabar a qualquer momento. Respiro fundo e espero por Dez, que não tarda a deixar seu cavalo em um estábulo improvisado e a me ajudar a caminhar até a entrada do castelo.

O local estava repleto de feridos. Havia macas espalhadas por todo o lugar, assim como pessoas correndo de um lado para outro, junto de remédios e equipamentos que pudessem ajudar. A cada instante que se passava, mais enfermos chegavam. A dor e sofrimento era visível nos olhos de cada pessoa ali presente.

– Apesar de todos os problemas, eles ainda continuam a acreditar que Ally será capaz de trazer a paz para o reino. – comenta Dez, vendo o meu olhar preocupado.

– Minha irmã sempre teve esse dom. – digo, dando um discreto sorriso orgulhoso. – Mesmo eu não vivendo com ela, através das câmeras espalhadas pelo reino e informantes que eu tinha escondidos por aqui, eu sempre soube dos feitos dela.

Continuamos a entrar no castelo tão conhecido por mim. Cada canto daquele lugar me trazia lembranças que marcaram de alguma maneira a minha infância. No entanto, o que mais me chamou a atenção foi o imenso quadro da família exposto no topo da escada.

A imagem da família real era exuberante. Seguindo os costumes de todas as gerações anteriores, o quadro mostrava a figura prepotente de meu pai em pé, ao lado de minha mãe, que estava sentada em uma bela cadeira de madeira e, em seu colo, estava uma linda garotinha que logo reconheci ser Ally. Uma família perfeita.

– Algum problema, Prince? – questiona Dez, olhando para o quadro em que eu encarava fixamente.

– Nada demais. – afirmo, voltando a subir as escadas.

Passamos por algumas portas até chegarmos, finalmente, ao meu antigo quarto. Surpreendo-me ao notar que o lugar continuava exatamente do mesmo jeito em que eu havia deixado no dia em que fui embora de Krósvia.

Deitado em minha antiga cama, ligado a diversos equipamentos, estava Austin. Ele respirava com ajuda de aparelhos e seus batimentos cardíacos estavam fracos. Olho para Dez e o mesmo parecia desolado por ver seu melhor amigo naquele estado.

– Vai ficar tudo bem. – digo para o ruivo, tentando acalmá-lo.

– Sim. – concorda Dez, com o olhar distante. – Austin é o cara mais forte que eu conheço. Ele vai sair dessa. Precisa sair.

Desvio meu olhar de Austin para Dez. Sorrio, tentando passar confiança para o ruivo e saio do quarto. Instantes depois, o rapaz já estava ao meu lado. Ele parecia preocupado com algo. Por onde quer que passássemos, Dez olhava para todos os lados, parecendo procurar algo ou alguém.

– Qual o problema, Dez? Procurando por alguém especifico? – pergunto, olhando desconfiado para o ruivo.

– O que? Hãn... Bem, primeiro vamos cuidar de nossos ferimentos, então depois eu conto a você tudo o que está acontecendo por Krósvia. – fala, parecendo desconfortável com o meu olhar questionador.

– Dez... – repreendo o garoto, fazendo que o mesmo parasse no mesmo instante. – Diga de uma vez o que está acontecendo.

Dez suspira frustrado. Derrotado, ele balança a cabeça concordando e passa a caminhar na direção contrária a que estávamos. Não demoro a percebe que estávamos indo na direção da sala do trono. Conforme nos aproximávamos do lugar, o número de pessoas ia diminuindo, até que não tivesse mais ninguém além de nós.

– Quando eu voltei com a Rainha Cecília e a Rainha Vitória, acabei me encontrando com Nina e Tyler. Eles estavam apreensivos pelo desaparecimento de Dallas e Cassidy. O casal havia saído sozinho daqui e gerou um grande alvoroço em todos, afinal, nós que viemos de Miami. Não estamos acostumados com o cenário de guerra. Eu pedi para que eles me esperassem enquanto eu ia acomodar as rainhas. – comenta, enquanto seguíamos pelo corredor principal. – Assim que eu retornei, partirmos a procura deles. Lidamos com alguns soldados, mas nada que atrapalhasse de fato a nossa busca. E no meio da floresta, demos de cara com Edgar.

– Edgar? O que ele estava fazendo lá? – interrompo, surpreso.

– Eu não faço ideia. – afirma Dez, frustrado. Ele suspira mais uma vez e continua: - As coisas começaram a ir de mal a pior quando Nina e Edgar começaram a discutir. Ela dizia que ele era o culpado da morte de seu marido e que ele pagaria caro pelo que fez ao único homem que ela amou na vida.

Dez para de relatar assim que chegamos de frente a entrada da sala do trono. Ele empurra a porta e abre espaço para que eu entrasse primeiro. Congelo no meio do caminho ao notar os corpos sem vida que ali estavam.

– Não... – murmuro, em choque, não sabendo como reagir.

– Edgar riu de Nina e a provocou como nunca. A mulher não resistiu e acabou partindo para cima dele. Os dois cravaram uma intensa batalha. Tyler e eu tentamos ajudá-la, mas ela insistia que o enfrentaria sozinha. – explica, voltando a fechar a porta do quarto. Desolado, caminho devagar até chegar ao corpo sem vida de Nina. – Foi então que Edgar conseguiu acertá-la e...Meu Deus! Foi tudo tão rápido. Quando vimos, ela já havia caído no chão e Edgar a olhava com sarcasmo. – continua, passando a mão pelos cabelos. Ele parecia desesperado. – Tyler começou a lutar com ele e eu fui tentar socorrer a Nina, mas...ela estava muito fraca e acabou não resistindo. Prince, eu juro que tentei... – as lágrimas desciam com intensidade pelo rosto alvo de Dez. – A única coisa que eu pude fazer foi vê-la morrer.

A dor em suas palavras se assemelhava ao que eu estava sentindo naquele momento. Por mais que quisesse, eu já não tinha mais forças para suportar as perdas. Eu não me importava mais em deixar as lágrimas caírem. Em apenas um dia, eu tinha perdido as duas mães que eu mais amava e admirava na vida. Era como se uma parte de mim estivesse sendo levada junto com as almas delas.

– Tyler? – pergunto, fazendo um imenso esforço para que minha voz saísse audível.

– Ele também lutou contra Edgar. Eu nunca tinha visto tanto ódio nos olhos dele. Aparentemente, o cretino não queria matar o filho e acabou que apenas o deixou gravemente ferido e inconsciente. Eu estava tão furioso que acabei indo para cima daquele crápula. O corte que você viu em minhas costas foi um lembrete que ele me deixou. – a fúria dominava por completo os olhos de Dez. – Eu tentei acabar com a vida daquele maldito, mesmo sabendo que eu não possuía nem metade das habilidades dele, mas no meio da luta, seu pai apareceu.

– Meu pai? – pergunto, surpreso. – Como ele descobriu onde vocês estavam?

– Acho que ele estava perdido pela floresta e deu sorte de nos encontrar. – diz, incerto. – Foi então que o Rei Lester assumiu a luta e implorou para que eu levasse Tyler e Nina de volta para o castelo.

– Tyler está bem? – questiono, preocupado.

– Ele está vivo. – fala, sorrindo tristemente para mim. – Tyler ficou muito ferido durante a luta. A espada atingiu um de seus olhos e ele acabou ficando cego do olho esquerdo. Além disso, ele quebrou a clavícula e algumas costelas, mas as enfermeiras afirmaram que ele vai ficar bem se permanecer em repouso absoluto por alguns meses.

Acaricio a cabeça de Nina e beijo sua testa. O corpo frio e a face machucada não combinavam nada com a última imagem que eu tinha da mulher, um pouco antes de desembarcarmos em Krósvia. Era difícil dizer adeus.

Afasto-me de seu corpo e viro-me para minha mãe. Tirando alguns arranhões e hematomas que haviam em seu rosto, ela parecia estar dormindo. Sua expressão era de paz e aquilo me estimulou a chorar ainda mais. Ela estava bem mais magra do que a última vez que eu a vi. Suspiro tristemente ao lembrar que a última vez que sentir seu abraço caloroso foi há dezessete anos. Eu não fazia ideia de como eu sentia falta da mulher até aquele momento.

– Mais alguma coisa que eu precise saber? – pergunto, desolado, jogando meus braços sobre o corpo de minha mãe.

Antes que Dez dissesse qualquer coisa, a porta da sala do trono é aberta com violência, assustando tanto a mim quanto ao ruivo. Viramo-nos de uma vez e encaramos a expressão desesperada e desolada de Trish. A latina corre para o namorado e o abraça com força.

– Trish, o que houve? – pergunta Dez, desesperado pela reação da namorada.

– A Ca...cassidy... – gagueja Trish, chorando descontroladamente.

– O que aconteceu com ela, Trish? – questiono, temendo o pior.

– Ela está morta! – grita Trish, chorando ainda mais. Era como se o mundo tivesse parado naquele instante. A latina me olha com uma tristeza indescritível e volta a repeti, sussurrando: – Ela morreu...

Continua...


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Notas finais do capítulo

"Eu, de mim [...] não deves confiar em ninguém."¹: Ato III, cena I do livro Hamlet de W. Shakespeare.
Laertes²: Personagem do livro Hamlet e filho do primeiro-ministro Polônio.
“Está aqui, Hamlet! [...] voltou contra mim.”³: Ato V, cena 2

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E então? O que acharam? Críticas, elogios, erros ortográficos? Oi Cupcakes ♥!! Quem ai está com vontade de matar a autora? U_U!! kkkk' Eu acho que muita gente deve ter surtado com esse final e eu quero dizer, desde já, em minha defesa, que eu jamais garanti que nenhum personagem principal iria sobreviver a guerra kkk!! Eu quero agradecer a todos que andaram favoritando a história. Isso é realmente muito importante para mim ♥. Enfim, espero que tenham gostado! Beijocas ♥!!
PS.2: Criamos um grupo no WhatsApp, então podem participar também, basta apenas me enviarem uma MP com o DDD de vocês e o número do celular que eu adiciono *-* !!
OB: http://fanfiction.com.br/historia/539877/Obsession/
FS (Fic Prielle): http://fanfiction.com.br/historia/578178/Fire_Scars/
Trailer de Deadly Hunt (Segunda temporada de Unlike Cinderella): https://www.youtube.com/watch?v=Fi88Whb8mrE&feature=youtu.be