Unlike Cinderella... escrita por Lara


Capítulo 4
Capítulo 3 - Confusion...


Notas iniciais do capítulo

Oiii Cupcakes ♥! Estou de volta com mais um capítulo! Sabe, eu falei para mim mesma que nesta férias só postaria um capítulo por dia, mas isso é impossível quando tantas pessoas lindas como vocês estão me dando tanta inspiração. Eu não sabia como agradecer aos comentários, por isso resolvi postar mais um capítulo. Agradeço a Isabelle Santos, a fofa da Quiet little reader que conversou comigo pelo MP também *-*, a Paloma Coutinho, a linda da Lynch, a CqC, a Gabs, a Roxy Rocket e a Jade que favoritou a história e que comentaram no capítulo anterior. Menincas lindas, muito obrigada mesmo! Espero que gostem do capítulo e peço desculpas por não está tão bom, mas é que eu trabalhei o dia todo e estou morta de cansaço, no entanto, vocês merecem ao menos um capítulo de presente! Boa Leitura...



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POV Ally

— Não tenha tanta certeza, princesa.

Após me tratar com frieza e rejeitar minha saudação, o meu futuro noivo se vira, ignorando a todos, e vai embora.

Ótimo! Mal cheguei e já vi que causei uma péssima primeira impressão.

Pelo visto, ele já me odeia e mudar isso não será fácil.

Quer dizer, o que eu poderia fazer para mudar a opinião de uma pessoa do sexo masculino?

Eu sempre fico nervosa perto de garotos. Não consigo olhar em seus olhos e não me sentir envergonhada ou falar alguma besteira que faz a pessoa me achar uma estranha.

— Austin Mônica Moon! Volte já aqui! Você está bem encrencado, mocinho!

Minha futura sogra grita, bastante irritada por sinal, mas é ignorada pelo filho.

— Eu sinto muito pela atitude de Austin, Ally — lamenta meu futuro sogro.

— Não precisa se desculpar, sr. Moon. Acredito que a ideia de um casamento arranjado não seja algo que agrade a todos, principalmente alguém que nunca teve contato com esse universo — respondo.

Eu não sabia o que fazer para melhorar a situação constrangedora em que me encontrava, então tento dar um sorriso tranquilizador ao casal que parecia envergonhado pela atitude nada educada do filho.

— Mas isso não dá a Austin o direito de lhe tratar dessa maneira — afirma a sra. Moon.

— Não é melhor nós irmos atrás dele? — questiona Dez, preocupado.

— Ligue para ele e avise que nós já fomos para casa com Ally. Diga que é melhor ele não demorar a chegar em casa, pois teremos uma boa conversa.

Apesar de manter o tom de voz controlado, era nítido que o sr. Moon estava bastante furioso com o filho.

Ele pega minhas malas e começa a caminhar, resmungando algo para si mesmo que eu não conseguia compreender.

— Vamos, querida. Quero que conheça seu mais novo lar.

Um pouco mais calma que o marido, minha futura sogra pega em meu braço e sorri, enquanto me guia pelo aeroporto. Os amigos de meu futuro noivo vêm logo atrás.

— Dez, Trish, tomem cuidado na volta. Por favor, vamos evitar acidentes.

— Claro, tia Mimi — responde Trish, forçando um sorriso.

Ela também parecia chateada com a atitude do amigo.

— Tchau Dez e Trish — despeço-me dos dois adolescentes.

Eles acenam e sorriem com gentileza, despedindo-se de forma animada. Aparentemente, eles iriam visitar a casa dos Moon mais tarde e teríamos mais tempo para conversar.

O caminho até a casa da família Moon foi com o clima pesado, mas eu não sabia o que fazer. Eu podia sentir a vergonha que meus futuros sogros sentiam.

A culpa da atitude do filho não era deles e eu queria dizer isso, mas eu não sabia se era certo eu julgar o que eles sentiam ou se minhas palavras fariam alguma diferença para o casal.

Observo a bela paisagem de Miami pela janela do carro e me surpreendo com a vivacidade da cidade.

Tudo era uma novidade para mim.

 O sol brilhante com árvores de tamanhos variados e as pessoas de aparência tão alto astral era algo que eu nunca vi parecido em Krósvia.

Abro o vidro do carro e sinto a deliciosa brisa marinha me envolver. É impossível não fechar os olhos para aproveitar a sensação de ser livre pelo menos uma vez na vida.

— Miami é uma cidade maravilhosa, não é, Ally? — comenta sr. Moon, enquanto me olha pelo retrovisor do carro.

— Sim, senhor. É encantadora — respondo, timidamente.

Eu me sentia envergonhada por ser pega fazendo algo tão bobo e irracional.

— Fico muito feliz por saber que esteja gostando, querida. Você poderá aproveitar ainda mais de Miami conforme for conhecendo os nossos pontos turísticos — comenta a sra. Moon com animação.

Com isso, solto uma leve risada pelo entusiasmo da mulher e, de repente, já não me sinto mais tão nervosa.

— Obrigada.

Volto a observar a paisagem de Miami, ansiosa para ver mais daquela linda cidade.

Em poucos minutos chegamos à residência dos Moon e preciso dizer que a casa é encantadora.

A decoração é própria de uma casa de praia, com um ar de elegância. Piso de madeira, com paredes nas cores brancas e bege e detalhes em preto. Os móveis da casa são lindos na cor caramelo, o que combina perfeitamente com o clima de verão.

— E então, Ally? O que achou da sua nova casa?

Sr. Moon sorria com satisfação, vendo como eu havia ficado maravilhada ao analisar a casa.

— Ela é maravilhosa, sr. Moon. Não tenho palavras para dizer o quanto gostei da casa — respondo, sorrindo com sinceridade.

— Venha, querida. Quero lhe mostrar seu quarto. Estou louca para ver sua cara!

Sem conter sua animação, a sra. Moon me puxa pelo braço e me arrasta rumo ao segundo andar.

Andamos até o fim do corredor, onde a loira abriu a porta e fez sinal para que eu entrasse no quarto.

Ao me deparar com o lindo cômodo, foi impossível não deixar um suspiro de animação sair por minha boca.

— Ele é lindo! — exclamo em puro êxtase.

O quarto na cor lilás com branco era amplo e bem iluminado. Possui uma varanda com vista para uma praia que eu não conhecia. Nele há também uma cama de casal, um guarda-roupa grande, televisão, uma mesa com cadeira de escritório e um banheiro. O quarto é perfeito!

— Ainda bem que gostou! Eu não sabia como deveria decorá-lo, então pedi a ajuda de Trish e conseguimos esse belo resultado — comenta a mulher, parecendo aliviada com a minha reação.

— Muito obrigada, sra. Moon. Eu não tenho palavras para expressar minha gratidão pelo que estão fazendo por mim — agradeço, lutando para controlar minhas emoções.

Talvez eu esteja sendo boba, mas é realmente emocionante receber um presente tão belo quanto este novo quarto.

Tudo parecia ter sido pensado com cuidado. Eu sentia toda a gentileza e afeto daquela família que parecia ter muito mais apreço por mim do que meus próprios pais.

— Por favor, sem essa de sra. Moon. Pode me chamar de tia Mimi, assim como pode chamar meu marido de tio Mike. E não há o que agradecer. Estou feliz que tenha vindo morar conosco.

Ela me abraça com afeto e passa a fazer carinho em minha cabeça, algo com o qual não estou acostumada, mas que faz eu me sentir muito bem.

— Sabe, eu sempre sonhei em ter uma filha e finalmente posso realizar meu sonho. Obrigada por estar aqui, Ally.

Olho para aquela mulher que conheço a menos de três horas, completamente surpresa.

Eu sempre sonhei com o dia em que minha mãe demonstrasse, pelo menos um pouco do carinho que estou recebendo de minha futura sogra.

Antes que eu respondesse qualquer coisa, escutamos batidas na porta.

Ao nos separarmos, vemos o sr. Moon bem vermelho e sem fôlego por carregar tantas malas sozinho.

Tia Mimi e eu nos encaramos e começamos a rir.

Ajudamos com o resto das malas que se encontrava no andar de baixo e tia Mimi aproveitou para me mostrar o resto da casa, exceto o quarto de Austin, que, segundo ela, está mais para o lixão do que para um quarto de verdade.

Eu estava feliz por estar em Miami, mas o assunto Austin Moon ainda me incomodava.

Eu continuava incerta sobre o meu futuro. Como eu poderia me casar com uma pessoa que me odeia?

— Prontinho. Todas as suas coisas estão em seu quarto, bastando apenas arrumá-las — comenta tio Mike, sorrindo gentilmente.

— Obrigada pela ajuda, tio Mike.

Ele parece bastante satisfeito ao escutar o apelido e eu me sinto um pouco mais envergonhada. Ainda estava tentando me acostumar com as diferenças culturais.

— Não há o que agradecer, querida Ally.

Enquanto conversávamos, a porta da casa é aberta com brutalidade, o que me faz assumir uma postura de ataque, pronta para agir contra quem invadia o lugar.

No entanto, eu sou surpreendida com a entrada do loiro mais bonito que já vi em toda minha vida.

Ele parecia chateado, mas envergonhado e preocupado. Atrás dele estão Dez e Trish que encaram Austin com repreensão, desaprovando a atitude extrema do amigo.

— Finalmente resolveu aparecer, Austin Mônica Moon? — comenta tia Mimi, sentando-se no sofá com os braços cruzados.

Seus olhos exibiam uma força intimidadora e era nítido que ela exigia alguma resposta do filho, que se encolhe diante da presença dos pais.

— Eu estou encrencado? — pergunta Austin.

— Pode apostar que sim, mocinho — responde sua mãe com severidade.

— Dois meses sem a sua guitarra. Quem sabe assim você não aprende a utilizar a educação que sua mãe e eu lhe demos — informa tio Mike.

— O que? Mas não é justo! Não posso ficar dois meses sem a minha guitarra! — exclama irritado. — Isso é tipo uma eternidade! Não podem fazer isso comigo!

— Não só podemos como vamos fazer. E você ainda deve um pedido de desculpas a Ally.

Tia Mimi encara o filho com irritação e firmeza, deixando claro que não voltaria atrás de sua decisão.

— Não mesmo! Não vou me desculpar — responde Austin, cruzando os braços como sua mãe.

— Acredito que não há necessidade de tanto.

Eu não sabia ao certo se podia ou deveria me intrometer na conversa da família, mas como meu nome estava envolvido, eu me sentia na obrigação de apaziguar o caos que a minha presença havia ocasionado.

— Ah, ótimo! Agora ela vai me defender — sussurra Austin, mas ainda consigo ouvi-lo.

Confesso que fico bem irritada com o comentário sarcástico do loiro, mas decido fingir que não ouvi nada. Não sairia nada de bom se eu me deixasse ser afetada pelas provocações de meu noivo imaturo.

— Como não há necessidade, Ally? Você mal chegou aqui e já é recebida com brutalidade por Austin. Tenho certeza de que você deve ter se sentido ofendida. Não, não. Você merece um pedido de desculpas — afirma tia Mimi.

— Austin não me ofendeu em momento algum. Além disso, ele é cantor, não é mesmo? Tirar a guitarra dele é um pouco demais para algo tão insignificante como isso — argumento, tentando melhorar o lado de Austin.

Não entendo o porquê estou fazendo isso e menos ainda o porquê disso parecer tão certo, mas decido ouvir a minha intuição, assim como ensinado por meu irmão.

— Tem certeza disso, Ally? — pergunta tio Mike.

— Sim. Isso foi apenas um mal-entendido — afirmo.

A verdade era que eu já comecei a me arrepender de ter aberto minha boca. Todos da sala me encaravam e isso estava me deixando bem nervosa.

— Dessa vez passa, Austin, mas não se atreva a repetir aquela atitude com Ally ou eu juro que dou um fim na sua guitarra — ameaça tia Mimi com seriedade.

Austin olha para mãe, assustado com a ameaça, mas logo volta a sua postura de garoto rebelde.

— Certo, certo. Não voltarei a fazer isso. Agora posso ir para o meu quarto? — pergunta Austin com a voz cansada.

— Não está se esquecendo de nada não?

Austin dá um suspiro alto de impaciência ao ouvir o lembrete do pai, assim como um garoto mimado.

Estou cada vez mais preocupada com o meu futuro.

Como vou viver praticamente um ano inteiro ao lado do garoto que é o meu completo oposto?

— Sinto muito pela minha atitude, Princesa Allycia.

Austin me encara com intensidade enquanto se desculpa, mas parecia desconfortável com a situação.

A minha única ação é balançar a cabeça em afirmação, com o olhar fixo em seus lindos olhos castanhos.

Por algum motivo estranho, eu me sentia hipnotizada pelos seus olhos, algo que nunca experimentei com ninguém.

 — Ótimo. Agora estou indo.

O garoto sobe as escadas correndo. Não demora muito para que seja possível ouvir o barulho de sua porta se fechando.

O silêncio se instala na sala.

Dez e Trish, que se encontravam na porta da casa, entram e se sentam no sofá.

— Oh, Deus! Dai-me paciência ou eu nem sei o que sou capaz de fazer com esse menino.

Tia Mimi parecia bem irritada e envergonhada.

— Ally, não precisa se preocupar. Austin não é assim sempre. Ele apenas está de mal humor — explica Dez, dando um sorriso envergonhado.

— Tudo bem — respondo, sem graça.

O resto da manhã se passou em meio a conversas. Na verdade, tia Mimi, tio Mike, Dez e Trish conversavam e eu apenas concordava com algum comentário que faziam ou balançava a cabeça, como se indicasse que eu estava prestando atenção, sendo que era o completo oposto.

Austin não desceu nenhuma vez desde a discursão e o único som que saia de seu quarto era o da guitarra.

Nem mesmo para almoçar o loiro demonstrou interesse em sair. Ao ouvir os solos que fazia em seu quarto, pude ver que ele é realmente talentoso. Mesmo sem conhecer a música que tocava ou ouvir sua letra, eu conseguia sentir toda a sua ira na melodia.

— Ally?

O chamado preocupado de Trish atrai a minha atenção e eu a encaro confusa, vendo-a me observar atentamente.

— Tudo bem?

— Sim. Eu estou bem — respondo com sinceridade.

— Você sabia que irá estudar conosco? Eu estou tão animada! — comenta a garota, animada.

— É uma excelente notícia, Trish!

O sorrido da garota aumenta ainda mais e isso me faz perceber quão diferente Miami é de Krósvia.

Aqui, as pessoas estão sempre sorrindo e parecem se divertir com qualquer coisa. No castelo, as pessoas pareciam tristes ou estressadas, como se odiassem estar trabalhando ou estar na presença de outras pessoas.

— Por que não visita a Sonic Boom amanhã? — sugere Dez.

— Sonic Boom? — questiono, confusa.

— É a nossa loja de instrumentos musicais, querida. Ela fica no Shopping de Miami. Você poderia visitar a loja e depois dar um passeio com Dez e Trish, já que eles conhecem bem o lugar — recomenda tio Mike.

— Eu adoraria — respondo, animada.

Eu não acredito que irei conhecer uma loja de instrumentos musicais de verdade!

— Ótimo! Você vai se divertir tanto na Sonic Boom! Tantos instrumentos legais e várias pessoas divertidas. Vai ser incrível! Você vai ver!

Dez parecia ainda mais animado do que eu para me mostrar a loja de instrumentos.

— Não é todo dia que eu concordo com o panaca aqui, mas hoje vou abrir uma exceção — ironiza Trish.

— Corram todos para um abrigo, pois o mundo está prestes a acabar! Trish De La Rosa finalmente decidiu assumir a minha genialidade?

Dez encena com sarcasmo o fim do mundo, arrancando risos de todos, exceto de Trish, que bufa irritada.

— Qual é o seu problema, idiota? Eu concordei com uma frase e não que você possui algum cérebro. Agora, além de panaca se tornou surdo também?

O olhar severo e as palavras ríspidas de Trish faz Dez se encolher em sua cadeira.

Isso me faz rir ainda mais.

É realmente engraçado ver uma garota de menos de um metro e sessenta colocar um rapaz alto no seu lugar com apenas algumas palavras.

Estar com Trish e Dez é bem divertido.

Paro de ri e olho para a escadaria ao sentir que alguém nos observava. Surpreendo-me ao identificar quem se encontrava no topo da escada.

Austin parecia ter finalmente se acalmado.

Ele desce as escadas e, por alguns segundos, nossos olhares se encontram.

Sinto um arrepio na espinha e uma estranha sensação.

Novamente, o magnetismo de nossos olhares me deixa completamente atordoada. No entanto, nosso contato visual é quebrado quando o rapaz segue em direção a cozinha.

Volto a prestar atenção nas pessoas ao meu redor.

Todos me encaram com curiosidade.

Coro pela atenção excessiva e preciso respirar fundo para controlar minhas emoções.

Olho para todos com tranquilidade.

— Com licença. Irei me retirar agora. A viagem foi bem cansativa e desejo repor minhas energias — despeço-me.

Eu preciso fazer um grande esforço para esconder a minha ansiedade em ir para um lugar onde posso ficar sozinha para pôr minhas ideias e sentimentos em ordem.

— Claro, querida. Suba e descanse o quanto achar necessário. Assim que o jantar estiver pronto, irei chamá-la para comer — avisa tia Mimi.

Concordo e subo as escadas.

A porta do quarto de Austin estava aberta, mas resisto a curiosidade de saber como era o cômodo e sigo para meu quarto. Eu não queria que ele tivesse mais motivos para me odiar.

Assim que entro no quarto, fecho a porta e me deito em minha cama.

Pela primeira vez na minha vida, eu sou incapaz de identificar o que eu estou sentindo. Tudo é tão confuso e intenso.

Ao mesmo tempo que quero conhecer Austin, eu quero me afastar. Tenho medo e curiosidade, receios e inúmeras dúvidas.

O que há de errado com você, Allycia Marie Dawson?

Resolvo deixar todas as minhas incertezas de lado e descansar um pouco minha mente.

É o meu primeiro dia em Miami e eu já percebi que não será nenhum pouco fácil minha relação com Austin.

Com isso, acabo dormindo um sono sem sonhos.

Continua...


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Notas finais do capítulo

E então? Criticas, elogios, erros ortográficos, dúvidas? Deixem a opinião de vocês e novamente me desculpo pelo o capítulo não está tão bom, mas acreditem que foi feito com muito carinho! Beijocas meus amores ♥