Unlike Cinderella... escrita por Lara


Capítulo 39
Capítulo 38 - Villains...


Notas iniciais do capítulo

Heeeeey Cupcakes ♥!! Eu sinto muito pela demora, mas tive muita dificuldade para escrever esse capitulo, pois diferente dos outros, eu tive que ser bem mais perversa em minhas palavras kk'.No entanto, a demora não foi só por esse motivo. A semana passada foi muito complicada para mim. Os únicos dias que tenho para escrever de verdade é no final de semana, mas eu não fiquei em casa e a minha cidade estava com mania de faltar energia quando eu mais precisava --'! Enfim, eu estou perto de fazer minhas últimas provas do ano e está bem corrida a minha vida. No entanto, eu preciso surtar: AAAAAAAAAAAAAAAA, QUE RECOMENDAÇÃO INCRÍVEL QUE EU RECEBI *0*!!! MUITO OBRIGADA JENNIFER ALLANA LYNCH *0*!! EU AMEI DEMAIS!! ESSE CAPÍTULO É DEDICADO TOTALMENTE A VOCÊ!!! Obrigada, também, a Manu Filhota Linda (VacuumCleaner), Lêh (Letícia Merlo), Lary Sobrinha Puju (kkk) (AllyGata Lynch), love liana, Sobrinha Linda Tay, Vida Brilhante, minha Doce Italianinha (Fran), Camila Linda, Diva Purpurinada (Uma Direção), Jelly Beans, a fofa da Isa Santos, Mamis Confeiteira e Poderosa (Jade), a Diva da Milazinha, minha mais nova Sobrinha Nathy (NatalhaLynch), Jujuh (Juliana Lorena) e a minha Vovó Sedução (Auslly s2)!! Meninas, eu amei os comentários e espero que gostem do capítulo! Boa Leitura...



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POV Edgar

O silencioso e obscuro palácio se tornava ainda mais sombrio com o clima nublado e frio de Krósvia. Cercado por meus homens, aquele país estava em minhas mãos. Nunca estive tão próximo de dominar a Europa e, por fim, o mundo.

Só havia certo grupo que ameaçava atrapalhar meus planos. Diferente de Gavin, eu jamais subestimava meus inimigos. Allycia e Phillip Dawson não são simples herdeiros da coroa. A genialidade desses irmãos sempre foi o ponto forte de Krósvia.

No entanto, eu sempre fui esperto o bastante para está próximo dos dois e um passo a frente. Confesso que tive inúmeros fracassos em minhas tentativas de conquistar Krósvia, mas jamais deixei de aprender com meus erros. Posso ter caído inúmeras vezes, mas fui forte o bastante para me reerguer e criar planos que quase colocaram fim ao reinado de Lester.

Agora, próximo de a última guerra acontecer, a batalha não será contra o homem que tomou a mulher que eu amava de mim. Não, eu enfrentaria seus herdeiros e isso se tornava ainda melhor.

– Edgar? – ouço o chamado de Gavin.

Eu ainda encarava a paisagem privilegiada da sala do trono do Castelo Cristal¹ e não tinha a mínima vontade de ouvir mais uma bobagem daquele tolo.

– O que você quer, Gavin? – pergunto, sem me virar.

– Até quando permaneceremos em Krósvia? Lester ainda está em Rhosália. – justifica o rapaz.

– E o que tem isso? – pergunto com deboche.

– Do que adianta termos Lester em nossas mãos se não podemos brincar um pouco com ele? – ele ri com maldade.

Paro de encarar Krósvia e viro-me para Gavin. Não havia como negar o ódio que o outro possui por Lester. O brilho em seus olhos deixava claro a sua determinação para fazer tudo o que pudesse para destruir o homem que era para está morto há muito tempo.

– Ao amanhecer, partiremos. – digo, sorrindo. – Ordene que os homens preparem nossas coisas. Quanto mais cedo partirmos, mais cedo chegaremos a Rhosália.

Satisfeito com minha decisão, Gavin se retira da sala. Volto a encarar a imagem dos reis de Krósvia que estava exposta em uma enorme parede, com uma bela moldura de madeira com detalhes em ouro, destacando ainda mais a família real.

Não consigo evitar o riso, quando veio a minha mente que em pouco tempo serei o dono de tudo. Eu terei tudo que sonhei e ainda me casarei com Allycia. Se não pude ter a mãe, ao menos terei a filha aos meus pés.

Saio da sala e começo a caminhar pelo palácio. Os servos de Lester me encaravam com pavor. Eu não saberia dizer o quanto me agradava a cena. Fazer o maldito povo desse podre país lamentar a sua existência, sempre foi o meu maior desejo.

Não demoro a chegar ao quarto de Pennelope, ou rainha Penny, como era chamada desde que se tornou esposa de Lester. Pego a chave de meu bolso e abro a porta. A mulher estava deitada e a única coisa possível de se ouvir era o seu choro.

A sanidade da bela mulher estava se esvaindo aos poucos. Seus olhos, antes brilhantes e cheios de vida, estavam vazios e sombrios. Aquilo não me afetava mais. Pennelope estava pagando o preço por ter me traído.

– Minha doce Pennelope. – chamo, enquanto me aproximava da mulher.

Ao ouvir minha voz, a morena se encolhe, como se estivesse prestes a sofrer algum castigo. Rio de seu comportamento. A maneira como me olhava, encarando-me com medo, alimentava meu desejo de fazê-la sofrer ainda mais.

– Solte meu marido. – sussurra, quando eu estou prestes a tocá-la. – Por favor...

– Não me peça o impossível, minha querida. – digo, enquanto cheiro seus cabelos. – Seu marido pagará caro por tudo o que já me fez.

– Solte-o. – repete, chorando em silêncio.

Vê-la desesperada por um homem que nunca lhe deu valor faz com que eu sinta ainda mais ódio de Lester. Puxo o cabelo de Pennelope com força, ouvindo a mesma soltar um suspiro de dor.

Aproximo-me de seu ouvido, puxando cada vez mais o seu cabelo. As lágrimas desciam com mais intensidade de seu rosto. Ela me olhava com medo e receio.

– Pergunto-me quando deixou de ser a minha Pennelope e se tornou essa pseudorrainha Penny. – sussurro, causando-lhe arrepio. – Não te iludas. Tua família pagará caro por tudo o que Lester me causou. Teves tua chance de evitar que tal tragédia acontecesse, minha amada, mas agora já és tarde. Observe teu reino cair perante a minha soberania. Presencie a queda de teu marido, enquanto o torturo sem dó. Verás o homem que tanto amas, sofrer e implorar por misericórdia.

– Edgar... Não... Por favor... – implora Pennelope, chorando em desespero.

– Já és tarde. – volto a repetir. – Acreditas que isso é tudo? – rio, debochando de Pennelope. – Teus filhos pagarão o preço pelos teus erros. Terei o prazer de ver Phillip ser decapitado, enquanto assisto de camarote, sentado no trono de Lester. Casar-me-ei com tua filha e a farei se sentir em um inferno, sendo minha escrava sexual.

– Pare... Por favor... – o desespero de Pennelope se torna maior a cada palavra dita por mim. Ela coloca as mãos sobre os ouvidos, tentando ensurdece-se para não ouvir mais ameaças.

Solto o cabelo da morena e me afasto. Observo a mulher se encolher sobre a cama, enquanto chora, culpando-se pelo que estava acontecendo.

– Retornarei para Rhosália ao amanhecer. Permanecerá em seu quarto até o momento de minha partida. Enquanto eu não estiver por aqui, espero que saibas o que fazer. Caso tente alguma gracinha, teu marido perderá um braço. – digo.

– Desejo que morra durante a viagem. – sussurra, com o rosto abaixado.

Puxo seus cabelos mais uma vez, assustando-a com a minha ação repentina. Puxo de maneira que a obriga a se levantar. Ela me olha assustada. Dou um tapa em seu rosto e a mesma volta a cair na cama.

– Cuidado com suas palavras, Pennelope. – aviso friamente. – Não se esqueça de que seu marido está em minhas mãos. Suas ações serão o principal motivo de perdas de membros do corpo de Lester.

Após dizer isso, saio do quarto e tranco a porta. Não demora muito para Pennelope correr em direção a entrada do quarto e começa a bater na peça de madeira da melhor qualidade. Seus gritos ecoavam por todo o corredor, chamando a atenção de alguns criados.

– Eu te odeio, Edgar! Seu desgraçado! Eu te odeio! – grita Pennelope, golpeando a porta com força. – Você pagará caro por tudo o que está fazendo, seu canalha! Eu te odeio!

Não permaneço por muito tempo no mesmo lugar. Ignorando os gritos de Pennelope, caminho pelo amplo castelo, não me importando com os olhares divididos entre ódio e medo.

Retorno ao salão do trono e visualizo Gavin encarando a paisagem pela enorme vidraça, por onde entrava uma grande quantidade de luz, mesmo com o tempo nublado.

– O que houve? – pergunto, percebendo o fascínio de Gavin por algo.

– Um grupo de rebeldes estão vindo em nossa direção com espadas, armas e algumas flechas. Estão prestes a nos atacar e invadir o castelo. – responde, não dando importância ao fato.

Caminho até o encontro do loiro e passo a ver o que ele havia dito. Não era preciso muito tempo para perceber que eram apenas alguns camponeses.

– Interessante. – comento, rindo da situação.

Humanos são tão tolos. Como eles acreditavam que conseguiriam a vitória? Eu tenho centenas de homens que passaram a vida inteira lutando para serem os melhores em combate. Como meros camponeses conseguiriam lutar contra os melhores?

– O que devo fazer? Podemos torturá-los um pouco. O que acha? – sugere Gavin, sorrindo com maldade.

– Oferta tentadora. – admito, fazendo o sorriso de Gavin aumentar. – No entanto, guardarei as torturas para Lester. – o sorriso do loiro se desfaz. – Mate-os. Peça as seus homens que usem suas armas de fogo e mate todos que estão tentando se opor contra nós. Isso será o bastante para assustar esse camponeses idiotas.

– Como desejar. – diz Gavin, sorrindo discretamente.

O homem deixa a sala, dando algumas ordens aos homens que estavam do lado de fora do salão. Continuo a encarar a aproximação do grupo de camponeses, que gritavam e proferiam ofensas aos rhosalianos e targarinenses que se encontravam ao redor do castelo.

Sendo liderados por Gavin, os guardas se colocaram em posição, armados com metralhadoras e outras armas que não soube identificar. Preparados para obedecer aos comandos do moreno.

Os camponeses pararam no mesmo instante quando perceberam que os inimigos possuíam armas muito mais potentes que as que carregavam.

Em poucos segundos, um grito dirigido por Gavin, deu inicio ao barulho de tiros sendo disparados contra os nossos inimigos. Pouco a pouco, cada camponês caia sem vida. Quando todos já estavam no chão, o som, que definiria as guerras que estão por vir, teve fim.

Os cidadãos de Krósvia encaravam a cena aterrorizados. Cerca de cem homens haviam sido mortos sem piedade e na frente de inúmeras famílias. Algumas crianças choravam assustadas, observando os corpos estirados no chão.

– Isso foi apenas um aviso. – diz Gavin, segurando uma arma de porte médio. – Caso alguém tente interferir em meus planos e nos de Edgar, eu terei o imenso prazer de torturar e matar. Não ouse me desafiar povo de Krósvia. – após dizer isso, Gavin dá mais alguns tiros nos homens que estavam morto.

[...]

– Edgar, tudo já está pronto. – avisa Gavin, enquanto estava na porta do quarto. – Podemos partir imediatamente.

– Eu já estou indo. – digo, entregando minha mala ao homem. – Verificou o nosso carro?

– Eu não sou idiota, Edgar. – fala Gavin com deboche. – Estamos seguros. Temos proteção suficiente e o nosso carro e os de nossos guardas são iguais. Nunca saberão em qual dos sete nós estamos.

– Excelente. – afirmo, sorrindo satisfeito.

Vou até o quarto de Pennelope, deixando Gavin para trás. Caminho pelo corredor vazio, apreciando o silêncio que se fazia no momento. Destranco a porta do quarto e abro a porta devagar. A mulher continuava a dormir tranquilamente.

Volto a fechar a porta e encaminho-me ao veículo que estava esperando por mim. Em pouco tempo, estávamos na estrada, seguindo em direção a Rhosália. Para minha sorte, Krósvia é um pequeno país e meu reino era vizinho ao seu. Dentro de dez horas, no máximo, nós chegaríamos ao nosso destino.

Observo o céu, ainda escuro, de Krósvia. O dia estava mais frio que o anterior e ameaçava começar a chover. Olho para Gavin e o mesmo estava lendo um livro qualquer.

Volto a me concentrar na paisagem. Ainda havia muito a ser feito. Eu precisava passar informações a Taynara² e não sei dizer se isso a agradaria. Lidar com uma mulher tão imprevisível nunca foi do meu agrado, mas eu não tinha escolhas.

– Você parece pensativo. – comenta Gavin sem tirar os olhos do livro que estava lendo. – Algum problema?

– Taynara. – respondo a contra gosto.

Por mais que eu detestasse a mulher, infelizmente, a mesma possuía muito poder sobre mim. Gavin é o seu preferido e amado pupilo. Não havia nada que o moreno escondia da mulher.

– O que tem a Tay? – pergunta, fechando seu livro e começando a prestar atenção em mim.

– Acha mesmo que ela concordará em envolver mais uma criança em nossos planos? – digo com deboche. – Sem contar a quantidade de homens da confiança dela que foram assassinatos por aqueles principezinhos.

– Não há o que fazer. – responde, sorrindo minimamente. – Para se obter ganhos, existem as perdas. Não é como se ela não esperasse pela morte de Charles ou que Lawrence ajudaria a princesa. E quanto ao garoto... – ele faz uma pequena pausa, encarando-me com seriedade. – Ainda acho desnecessário a participação do mesmo, assim como o de Brooke.

– Não foi o que você disse, quando a encontrou pela primeira vez. – digo ríspido, relembrando o mesmo de quando ele estava em Miami.

Gavin ri do que eu havia dito. Ele raramente levava algo a sério e isso sempre me irritava. Por mais que eu detestasse admitir, ele é necessário para o meu plano de conquista. Sua falta de sentimentos era o que eu precisava para ser o meu braço direito.

– Não coloque a culpa sobre mim, Edgar. A escolha foi sua de envolver uma criança mimada em assuntos de adultos. Ela foi uma pequena diversão para mim. Nada mais que isso. – afirma com humor. – Acredito na capacidade de Emily. Não havia necessidade de colocá-la para trabalhar com uma pirralha qualquer.

– Diz isso, mas ela foi a única capaz de ferir a princesa de verdade. – contraponho. – Lembre-se, Gavin: Você teve inúmeras chances de matar Allycia ou qualquer um dos nossos inimigos, mas fracassou de maneira vergonhosa. Brooke pode ser uma criança mimada, mas possui uma obsessão pelo príncipe Austin forte o bastante para fazer tudo que mandarmos.

– Devo confessar que estou decepcionado com meus homens, mas não digo que perdermos de maneira vergonhosa. Não vê? Obrigamos os nossos inimigos a agirem mais cedo. Eles terão inúmeras falhas em seus planos, além das traições que eles sofrerão conforme fazem a viagem. A confiança e os sentimentos entre eles será a Caixa de Pandora desse grupo. – fala Gavin, sorrindo maldosamente. Ele volta a pegar o livro e abre na página em que estava lendo. – Enquanto seguirmos os planos de Taynara, Edgar, obteremos a vitória gloriosamente.

Após dizer isso, Gavin volta a se concentrar no que estava fazendo. Não digo mais nada. Estamos em vantagem, é claro, mas eu não sou um tolo. Sei o quanto é fácil se mudar o jogo e, dessa vez, eu seria mais cuidadoso.

Prosseguimos a viagem sem fazer muitas paradas. Gavin e eu não voltamos a conversar durante esse tempo. O homem parecia muito mais preocupado em terminar de ler seu livro do que ao que ocorria ao seu redor.

E, quando, finalmente, chegamos em Rhosália, seguimos em direção ao castelo. A população trabalhava sem descanso, fabricando armas e os homens praticavam combate. Todos estavam cientes da guerra que iria acontecer.

Antes de qualquer coisa, eu precisava conferir como estava Lester. Gavin, como era de se esperar, estava ansioso para torturar o homem. Apesar de ser inteligente, o moreno tem certo fascínio pela violência. Nunca entendi os seus motivos.

– Não deveria ir conversar com sua dona? – pergunto com ironia.

– Sabes a minha resposta. – dita o outro, sem se abalar com meu comentário.

Descemos o castelo, indo mais a fundo, na parte onde ficava os calabouços. Só possuíamos apenas um prisioneiro, no entanto, ele era o mais valioso de longe.

– Hora de acordar, Bela Adormecida. – digo, enquanto pego um balde com água fria e jogo sobre Lester.

– O que você quer, Edgar? – questiona Lester, demonstrando fúria.

Observo o homem pendurado e preso por quatro correntes, algemadas em seus braços e pernas. A falta de alimento e de sono deixavam a aparência de Lester ainda pior.

– Não seja mal educado, Lester. – fala Gavin, fingindo decepção, enquanto segurava um chicote. – Viemos matar a saudade.

Lester começa a ri, como se estivesse achando graça da situação. Analiso o homem, esperando qualquer explicação lógica vinda do idiota que continuava a gargalhar.

– Sabe, Edgar, eu terei o imenso prazer de ver a sua queda mais uma vez. – fala rindo, encarando-me com raiva. – Eu acabarei com a sua vida miserável de maneira bem dolorosa.

– Eu não faria ameaças se estivesse no seu lugar, Lester. – avisa Gavin, sorrindo de lado, enquanto passa o punho do chicote pelo rosto de Lester. – Não sabemos do que o inimigo é capaz de fazer.

Após dizer tais palavras, Gavin bate o chicote no rosto de Lester, fazendo o mesmo sangrar e ficar com as marcas do objeto. E antes que dissesse mais alguma coisa, o moreno volta a chicotear o rei de Krósvia, sem se importar com a quantidade de sangue que descia de seu corpo já machucado.

Quando o rapaz cansa de golpear Lester, ele sorri e olha para mim, esperando qualquer ação da minha parte. Meu inimigo estava quase inconsciente e tremia de dor. Sua face ensanguentada, inchada e cheia de marcas demonstrava seu estado debilitado e isso me enchia de satisfação.

– Pergunto-me até quando irá acreditar que seus filhos serão capazes de me vencer. – sussurro próximo do homem.

– Eles foram treinados para destruir vocês. – murmura Lester, sem forças. – Não subestime minha filha, Edgar. Você será morto pela minha herdeira e não há nada que você possa fazer para mudar o seu destino. Essa guerra já possui um país vencendor e o nome do mesmo é Krósvia.

Rio de sua afirmação e dou um soco em seu estômago. O homem se encolhe de dor e pouco tempo depois começa a vomitar. O liquido biliar que era posto para fora, deixava claro que o mesmo não comia a um bom tempo.

– Não me irrite, Lester. – falo, enquanto observo o mesmo tossir, depois de tanto vomitar. – Eu realmente não quero matar você hoje. Comporte-se e poderá viver o suficiente para ver a queda de seu reinado.

Segundos depois, Lester desmaia. Gavin nos encarava com um sorriso maléfico moldando seu rosto. Nossos planos se encaminhavam de maneira satisfatória.

Deixamos o calabouço do castelo e seguimos aos nossos dormitórios, no entanto, sou surpreendido pela presença marcante da mulher que comanda a minha vida de maneira infernal.

– Seja bem-vindo de volta, Edgar Dobyne. – fala Taynara, sentando-se em uma poltrona ao lado de minha cama.

A mulher de longos cabelos negros, pele clara como a neve e de corpo escultural, exibia um falso sorriso simpático, que fazia ela parecer um anjo. Se eu não a conhecesse tão bem, com certeza, cairia em sua aparência angelical e inocente.

– O que faz aqui, Taynara? – pergunto, tirando a blusa que eu estava trajando. – Não avisou que viria tão cedo.

A morena me observava sem demonstrar qualquer emoção negativa, mas isso não me acalmava. Apesar de jovem, Taynara possuía poder de igual ou até de maior magnitude do que o da herdeira de Krósvia. O que poucos sabiam é que a maior parte da economia europeia do norte do continente é controlada por Krósvia e por Boise.

Taynara não era a princesa ou rainha de Boise, no entanto, trabalhava para o submundo. Todos os países da Europa, com exceção de Krósvia, tinham uma divida com a mulher a minha frente e isso a tornava poderosa o suficiente para iniciar uma Terceira Guerra Mundial se desejasse.

Quando estou prestes a me vestir com uma blusa limpa, sinto os braços de Taynara rodearem meu corpo, passando suas mãos por todo o meu tórax.

– É inegável que a idade só tem lhe feito bem, Edgar. – sussurra Taynara, com a voz suave.

Rio de seu comentário. A malicia em sua voz era quase imperceptível, mas não para mim. O jogo que a mulher tenta fazer comigo eu jogo há muito mais tempo.

– Não jogue seu charme para alguém que é imune a esse joguinho. – digo, afastando-me da perigosa mulher. Termino de vestir minha blusa e olho para a mesma. – E então? Que tal parar de enrolar e me dizer o que está fazendo aqui?

Taynara sorri com desdém e se senta em minha cama. Suas roupas colocadas valorizavam seu corpo e destacavam todas as suas curvas. Eu poderia não cair em seus jogos, mas tinha que admitir que se quisesse, ela conseguiria ter todos aos seus pés.

– Soube de seus planos, Edgar. – comenta, sorrindo malignamente, revelando sua real personalidade. – Espero que saiba o que está fazendo. Eu perdi mais de cem homens apenas para proteger suas pirralhas e não obter nenhum resultado. Está me pedindo para proteger e inserir mais uma criança em seus planos. Eu estou começando a ficar impaciente.

– Você, melhor do que ninguém, sabe que para um plano funcionar é necessário paciência, minha querida. A participação do garoto será a nossa carta na manga. Aqueles idiotas jamais duvidariam da lealdade dele. – explico, encaminhando-me na direção da mulher.

Taynara me olha desconfiada. Quando eu estou próximo da morena, ela estica seu pé e o coloca sobre meu peito, sorrindo com malicia. A encaro da mesma forma e retiro a bota e a meia que a mulher estava calçando, alisando sua perna em seguida. Ela coloca o outro pé sobre mim e repito a ação.

– Suas palavras são como uma faca de dois gumes, meu querido peão. – comenta, enquanto beijo seu pé, como era de seu desejo. – Nunca sei se devo acreditar. De todos as minhas peças, você é a mais rebelde.

– Estou em suas mãos há tanto tempo, Taynara. – digo, fazendo um falso drama. – Acredita que seria capaz de trai-la?

A mulher solta uma risada divertida, como se não conseguisse acreditar no que estava ouvindo. Por fim, ela me puxa pela gola da camisa, fazendo-me cair na cama sobre si e me beija com fervo, mordendo meu lábio inferior antes de nos separarmos.

– Não tente me iludir, Edgar. – fala, passando seu nariz em torno de meu pescoço. – Eu sei que você seria o primeiro a apunhalar sua adaga contra mim na primeira oportunidade. – sussurra, puxando-me para mais perto ainda.

Sem dizer mais nada, ela volta a me beijar. Sinto suas mãos começarem a desabotoar minha camisa e a retira em seguida. Levanto sua blusa e a atiro para longe, assim como não demora para a morena abaixar sua calça, permanecendo apenas de roupas íntimas. A luxuria com que nos beijávamos era imensa, mas antes que prosseguíssemos com o que estava por vir, Gavin abre a porta do quarto de uma vez e sorri em deboche ao perceber o que havia atrapalhado.

– Atrapalho? – pergunta com ironia.

– O que houve? – pergunto, enquanto coloco e ajeito minha camisa. Apesar de tudo, Gavin jamais invadiria meu quarto se não houvesse motivos para isso.

– Os inimigos acabaram de partir de Miami. Não sei de que maneira e nem quando chegarão a Krósvia. – explica Gavin, observando a sua protetora colocar as roupas que estavam espalhadas no chão, mas logo volta a me encarar. – E o garoto está esperando por você, junto com Brooke e Emily.

– Nenhuma informação a mais sobre Allycia e sua guarda pessoal? – pergunta Taynara, colocando as botas.

– Infelizmente não. – responde Gavin. – A única coisa que sei é que Lawrence está acompanhando o grupo. – complementa o moreno, com cautela.

Taynara levanta seu olhar para o pupilo e me encara, após algum tempo. Ela sorri e balança a cabeça, como se não acreditasse no que estava ouvindo.

– Não entendo a sua surpresa. – digo, analisando a mulher. – Lawrence é completamente fiel a Allycia. Acredita mesmo que ele a deixaria em um momento de guerra?

– Não seja tolo. – repreende Taynara, levantando da cama. – O que me surpreende é ter Lawrence e Prince trabalhando lado a lado. – fala sorrindo com deboche.

– Pergunto-me até quando eles irão conseguir controlar a vontade natural de se matar. – fala Gavin, rindo de seu comentário. – No entanto, seria um trabalho a menos para nós se isso acontecesse.

– Allycia está com eles. – fala Taynara, passando a caminhar na minha direção. – Eles jamais iriam contra as ordens dela. Não cometerão esse deslize. Enquanto ela tiver o controle da situação, eles irão se suportar.

Quando está a minha frente, Taynara se estica um pouco para me alcançar e me beija de maneira intensa, sem se preocupar com a presença de Gavin no quarto.

– Continuaremos nossa brincadeira em outro momento. – sussurra antes de seguir em direção a porta, onde encontra Gavin.

– Permanecerá em Rhosália? – pergunta Gavin, encarando a morena.

– Não se preocupe. – fala Taynara, acariciando a face do seu protegido. – Eu não estarei longe de você.

Antes que Gavin a respondesse, a mulher o beija, segurando seu pescoço com firmeza, enquanto é enlaçado pelo homem e após a breve demonstração do que aconteceria se eu não estivesse no cômodo, Taynara vai embora.

– Onde eles estão? – pergunto a Gavin, enquanto observávamos a mulher caminhar com sensualidade pelo corredor do castelo.

– Na sala do trono. – responde, começando a andar na direção oposta a de Taynara. – No entanto, aviso que Brooke está mais insuportável que o normal.

– Ótimo. – digo em deboche. – Eu estava mesmo precisando de uma garota mimada de TPM para melhorar o meu dia.

Seguimos o caminho em silêncio e após alguns minutos estávamos em frente a minha sala real. Os três encaravam as janelas do lugar e estavam concentrados demais para perceber a nossa presença.

– O rei Edgar está aqui. – anuncia Gavin, chamando a atenção dos três jovens.

– Deixe-me a sós com meus convidados. – ordeno aos meus guardas de proteção. Os cinco homens assentem e saem da sala, fechando a porta em seguida. – Estou curioso pela sua presença, Brooke. O que faz aqui?

– Eu disse que participaria da guerra e teria a minha vingança. Eu não estava brincando, Edgar. – fala a garota, utilizando um tom alterado. – No entanto, parece que você fez questão de me descartar na primeira oportunidade. Não se esqueça que esse seu plano atual não teria sido possível se eu não tivesse lhe dito...

– Tudo bem. Já chega. – corto a garota, enquanto encaminho para meu trono. Eu não estava com muita paciência para ouvir as ladainhas da adolescente. – Eu disse que ela já não era mais necessária, Emily. Qual foi a parte que você não entendeu?

– Sinto muito, meu senhor. – lamenta Emily, ajoelhando-se a minha frente. – Não tive alternativa. A garota se infiltrou em nosso avião e só se revelou quando partimos. – após a garota terminar de falar, faço sinal para que a mesma se levantasse.

Encaro Brooke e a mesma sorri com deboche. Suspiro frustrado e coloco as mãos sobre as têmporas, massageando a testa, enquanto tentava, em vão, diminuir a dor de cabeça que estava por vir.

– Como conseguiu isso? – pergunta Gavin, sentando-se no trono ao lado do meu.

– Meu tio. – responde a garota, engolindo a seco, quando percebe o olhar gélido que Gavin lançava a mesma. – Ele pagou para me colocarem dentro do avião. Foi muito fácil, devo dizer.

– Me dê um bom motivo para não enfiar essa espada na sua garganta. – fala Gavin, revelando a arma ao lado do trono em que estava sentado.

Brooke arregala os olhos ao perceber que Gavin estava falando a verdade. Ela se encolhe e começa a chorar, como se fosse nos comover. Vejo Emily revirar os olhos, enquanto encarava a morena.

– Oh, pare, por favor. – digo sem paciência. – Se continuar com esse choro falso, eu mesmo cortarei a sua garganta.

A menina se assusta com a minha afirmação e para de chorar no mesmo instante. Gavin se levanta do trono e começa a ir na direção de Brooke, enquanto carrega a sua espada, apontando a mesma para o pescoço da garota, fazendo a morena se afastar a cada passo dado pelo homem.

– Ainda não respondeu a minha pergunta, Brooke. – fala Gavin de maneira ameaçadora.

– Porque se ela não nos acompanhar, eu não farei o que vocês querem. – responde o garoto, manifestando-se pela primeira vez desde que chegou.

Gavin para de andar e me encara por alguns instantes, antes de direcionar seu olhar ao jovem rapaz que nos encarava com determinação e certo brilho de deboche.

– O que disse? – pergunta Gavin, sem acreditar.

– Foi isso mesmo que vocês ouviram. – diz o moreno, sorrindo com ironia. – Vocês pediram minha ajuda e a terão, no entanto, em troca, quero que Brooke participe da vingança contra Austin e Ally tanto quanto Emily, eu ou qualquer pessoa envolvida no confronto.

A reação do garoto surpreendeu a todos e foi inevitável não sorri satisfeito com a resposta do rapaz. Ele é corajoso e, assim como Gavin, não teria piedade de seus inimigos.

Gavin se vira para mim e sorri discretamente. Não foi difícil adivinhar o que se passava na mente do mesmo. Balanço a cabeça para Gavin e ele retorna para meu lado.

– Você tem muita sorte, pirralha. – comenta Gavin, enquanto passa o dedo pela lâmina de sua espada, encarando Brooke com frieza. A garota se coloca ao lado do rapaz e se encolhe.

– Muito bem, garoto. – falo, analisando os três jovens a minha frente. – Sua amiguinha poderá participar do plano, mas, no caso dela ousar interferir em minhas ordens, eu a colocarei no calabouço e a torturarei até a morte.

– Não se preocupe. – fala o rapaz. – Ela não interferirá.

– Excelente. – digo, vendo a determinação nos olhos dos adolescentes. Paro meu olhar no rapaz e continuou: - Seja bem vindo ao inferno, Elliot Tucker.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Castelo Cristal¹ : Castelo fictício em que Ally e os reis de Krósvia vivem.
Taynara²: Eu perguntei as meninas do grupo do whats se alguém gostaria de ser a mais nova vilã
da história e a minha linda Tay foi a primeira e dizer que queria. Bem, minha Cupcake, espero que não se assuste com a personalidade de sua personagem. kkk'

***

E então? O que acharam? Críticas, elogios, erros ortográficos? Oi Cupcakes *0*!! Quem está com raiva da autora? kkkk' Bem, eu estoucom muito medo desse ter sido o pior capítulo que eu á escrevi em toda a minha vida. Eu nunca fiz o ponto de vista do vilão, então, eu não sei se foi muito ruim. Como eu disse, tive dificuldade em escrevê-lo. Estou bem preocupada, meninas. Geralmente, eu recebo uma boa quantidade de comentários, mas isso vem diminuindo muito nos últimos tempos. Será que eu estou escrevendo tão ruim assim? A história perdeu a graça? Por favor, eu peço que me digam o que está acontecendo. Não estou obrigando ninguém a comentar, mas me preocupa essa queda brusca de comentários. Nem que seja só para dizer que gostou ou odiou, deixem a opinião de vocês!!! Beijocas ♥

***

PS.1: Quem quiser participar do grupo no face: www.facebook.com/groups/677328449023646/ >o< !!
PS.2: Criamos um grupo no WhatsApp, então podem participar também, basta apenas me enviarem uma MP com o DDD de vocês e o número do celular que eu adiciono *-* !!
P.S.3: Minha outra fica da categoria A&A: http://fanfiction.com.br/historia/539877/Obsession/
P.S.4: kkk' A autora, que parece ter problemas mentais, está postando uma fic original e que é de conteúdo pesado. Se quiserem dá uma passadinha por lá e deixar a opinião, mesmo que seja para dizer que odiou, fiquem a vontade: http://fanfiction.com.br/historia/554366/Parachute/