Close to me escrita por Son of Aphrodite, Thamiris Serafim


Capítulo 1
Prólogo




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Olho para o relógio,impaciente.Estou sentando no mesmo lugar há duas horas,rezando para que meus pais não tivessem esquecido de me buscar no treino de natação.E o ''melhor'',está chovendo demais e eles não atendem o telefone de casa.
Estava cansado de esperar.Então, coloquei o meu capuz e saí. Tinha noção do resfriado que iria pegar.
Olhei para o céu e vi que chovia bastante.A melhor coisa a se fazer seria pegar um ônibus.E a boa notícia,o ponto de ônibus é coberto,ao menos isso.Esperei mais 30 minutos até meu ônibus chegar. Ele estava bem vazio. Havia mais ou menos quatro pessoas ali.
Notei que uma delas estava lendo, não consegui ver a capa do livro. Sentei ao lado dela.Ela cheirava a baunilha.Não que eu estivesse cheirando ela,claro.
Virei os olhos de canto, tentando perceber que livro ele estava lendo.
Em vez de conseguir ver a capa do livro, notei que tocava minha música favorita, chequei os bolsos, pensando que era o meu celular tocando. Mas percebi que o som estava mais abafado. Segui o som e me deparei com a garota ao lado escutando a minha música favorita.Era Just like heaven,dos The Cure.
Cantarolava a letra mentalmente.Confesso que estava com vontade de a chamar,mas estava com um pouco de vergonha.Mesmo isso não sendo de meu feitio.
Eu estava a olhando. Seus olhos foram levantando e percebi que elas estava me olhando, sorrindo. Percebi que um tinha um sorriso se desfazendo no meu rosto. Eu estava olhando pra ela que nem um tarado e nem percebi. Senti meu rosto corar. Ela riu mais ainda, agora fechando os olhos de leve. Cara, ela é muito linda.
Se eu deveria dizer alguma coisa ? Sim.
Se minha mente conseguia formular alguma coisa ? Não.
Ficamos alguns segundos nos encarando. Até que eu tomei coragem e disse:
–É... hã... S-seu livro - apontei para o livro em seu colo, em que ela abaixou a cabeça para olhar -Qual é ?
Não entendia porque estava com vergonha. Esse não é o meu "normal".
–É Stardust. -me mostrou- É meu livro favorito.
Eu não tinha mais reações. Stardust também é meu livro favorito. Ela percebeu que eu estava sorrindo de uma forma estranhamente feliz..
–Você conhece? - perguntou,enquanto sorria.
–S-Sim,também é meu livro favorito... -sorri.
Ele parecia ter gostado. Deu uma leve arranhada na garganta, com uma cara de espanto.
–Isso é serio ou você está tentando me conquistar? -Ela perguntou.
Revirei os olhos, brincando.
–Os dois, talvez.
Ela olhou pra baixo e sorriu de canto.Logo voltou o olhar para mim.Vi que ela está envergonhada.
–Me desculpe por atrapalhar sua leitura, mas... eu realmente achei você incrível -nós sorrimos.
–Não se preocupe. Também te achei incrível. - ela continuava sorrindo. Seu sorriso era tão lindo, e nunca era algo efêmero. Gostava disso - Me chamo Melissa.
–Sou o William,prazer -tentei ''dar'' um dos meus melhores sorrisos.
–E então, William. - ela sorriu ao falar meu nome- O que faz aqui em Berlim?
–Moro com os meus pais.E só -eu ri.
–Ah, pensei que fazia alguma coisa aqui.
–Eu nasci aqui,para falar a verdade -falei.
Vi que estávamos perdendo o assunto. Então quebrei o silêncio.
–E você? Também é daqui ou está só visitando?
–Estou fazendo intercâmbio, estou adorando aqui, de verdade.
Vi que meu ponto de descida já estava visível.Por mais que não quisesse,tinha que descer.
–Bom, eu tenho que ir - falei. - Foi um prazer te conhecer.
Não havia sorriso em seu rosto.
–O mesmo.
Desci do ônibus com a única informação de que ela se chamava Melissa e tinha um ótimo gosto.Assim que desci,vi que a mesma, acenava para mim.Sorri.
E logo, arrependimento preenchia a felicidade.
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Cheguei em casa e notei que a luz da cozinha estava acesa. Olhei escondido e era a minha mãe fazendo o jantar.
–Ah, muito, muito, muito obrigado por ter me pegado na natação - disse em um tom um tanto brincalhão e um tanto sério.
–Desculpe, eu deveria ter te avisado que eu e seu pai iríamos visitar minha mãe, no campo -ela veio,secando as mãos no avental azul bebê.
Queria aparentar estar zangado, mas simplesmente não conseguia isso com a minha mãe.
–Você pegou chuva, não é? - ela disse - Vá tomar um banho antes que fique resfriado.
Revirei os olhos e fui bufando ao banheiro,como uma criança.
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Eu ainda estava pensando nela.Não quero que isso soe meloso ou como naquelas histórias clichês,mas,ela ainda tomava conta dos meus pensamentos.
Estava de certa forma,ansioso para o dia de amanhã.
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No dia seguinte, fui à natação e disse à minha mãe que não precisava me buscar. Esperei duas horas depois do término da aula para poder pegar o ônibus, O lado bom era que dessa vez não estava chovendo.
O lado ruim foi que eu não encontrei a Melissa naquele ônibus.


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