Jogos Vorazes 74º- INTERATIVO escrita por Kath Adelaidd, Nani Mellark


Capítulo 18
Rebekah Shankar e Dylan Evans - D10


Notas iniciais do capítulo

Ola! Aqui estou eu para a penúltima apresentação. Yeah, so falta mais uma!

Bom, espero que gostem dessa tambem! (voltando ao modo antigo de escrever)

Rebekah:http://data2.whicdn.com/images/86003362/thumb.jpg
Dylan: http://weheartit.com/entry/10596585/via/maryyrosee



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/514665/chapter/18

Rebekah Shankar, de apenas 13 anos. É a segunda mais jovem da Arena, filha única de Oliver e Jenna, é uma criança comum que tem um amor especial por suas vacas, com quem passa a maioria do tempo, pois é responsável por ordenhá-las. É bastante esperta e aprende tudo muito rápido. Porem lhe falta habilidades mínimas que um tributo deve ter para sobreviver, ao menos ela sabe de ervas.


[COLHEITA]

Acordo cedo como de costume, ainda estava escuro, mas era um bom horário para começar o dia. Me levanto e visto minhas roupas de ordenha, tomo meu café com meus pais que insistiam que hoje eu poderia dormir ate mais tarde. Isso porque é um dia triste, a Colheita. Aquele dia em que crianças e adolescentes são tirados de seus pais e jogados em uma Arena que filma você matando. Nunca assisti a isso, sou muita nova e odeio a idéia de tanta violência, mas tento não pensar muito nisso, na verdade nunca me imaginei naquele lugar, mas meus pais têm tanto medo. Então, preciso parecer forte.

– Vou ver a Grace.
– Grace esta bem, acabei de ver ela.
– Ela so fica bem comigo, vejo você no almoço.

Grace, é minha vaca favorita. Minha melhor amiga e é com ela que passo boa parte do meu tempo, quando não estou na escola é claro. Ela não fala mas sei que ela pode me entender. Cuidamos uma da outra.

– Bom dia Grace! –digo pegando o banquinho e o balde, indo ate ela para ordenha-la.

Ela responde um com aceno de cabeça e me sento ao lado dela,começando a tirar seu leite.

– Boa menina! –digo a acariciando. – Sabe que dia é hoje? È aquele dia que as crianças vão para os Jogos, você sabe que eu não quero ir não é? Eu não aguentaria nem um dia lá. Eu não sou feita para isso sabe...matar, eu não quero isso, eu não...- Grace se agita de uma maneira que nunca vi, em fazendo parar de falar. Eu sorriu.

– Eu sei amiga! Quem mais poderia cuidar de você?

Passo metade do dia com Grace até meus pais me chamarem para o almoço, mas estou sem fome e passo o tempo brincando com minha boneca de pano, que minha mãe comprou no mercado negro. Crianças do Distrito 10 não tem esse direito de brincar, desde cedo somos criados para cuidar do gado e fornecer carne a Capital, agradeço por ter parte da minha infância aqui agora.

Na hora marcada, visto a roupa da Colheita e me dirijo a praça para mais um dia, que vai passar.

[SORTEIO]

Me despeço de meus pais rapidamente e sigo para a fila das crianças de 13 anos, todas muito assustadas assim como eu. Afinal quem quer estar naquele lugar?

No vídeo de introdução narrada na voz do Presidente Snow começa e ninguém parece muito interessado. Posso ter apenas 13 anos, mas entendo perfeitamente que colocar tributos em uma Arena para restar apenas um de forma que mostre como a Capital é boa com o vitorioso, já que ele vai ficar rico, não é uma boa forma de ser legal com nenhum dos Distritos. Isso é uma punição, mas o vídeo parece tão alegre que quase nos esquecemos de como é passar por tudo aquilo.

Ano passado meu amigo Henry foi para a Arena e morreu , me contaram que ele recebeu um golpe de machado, so de lembrar já me arrepia, ele era uma boa pessoa, e que descanse em paz.

Depois da representante nos dar as boas vindas ela se dirige a urna para sortear o tributo feminino. Acompanho tudo pelo telão.

– Rebekah Shankar.

Não da pra descrever o que sinto nesse momento, so consigo lembrar dos meus pais, que devem estar triste, de Grace e da minha boneca, que costumava ser a minha pequena infância. Chorando vou ate o palco já que a mulher me espera. Procuro meus pais pela multidão e os encontro chorando como eu e correndo ate mim, mas são impedidos por Pacificadores. Junto a tudo isso o nome dos garoto é sorteado.

– Dylan Evans. – e ele sobe ao palco.
– Vai dar tudo certo – sussurrou, bagunçando meu cabelo.

Ele também tinha lágrimas se formando nos olhos. “Estamos mortos” , foi meu ultimo pensamento.

..................................................

Dylan Evans, 15 anos, D10. Trabalha como açougueiro junto aos pais. Desde pequeno trabalha cuidando do pequeno gado de seu pai e por isso adora os animais, porem aprendeu a não se apegar tanto pois sabia que eles iriam para o abate. Com sua profissão aprendeu também como fazer um bom corte da carne, e é muito bom com facões e objetos cortantes, além de ter uma certa força. Sobre sua personalidade, podemos defini-lo como tímido. Sofre bullying na escola por não ter o habito de falar e não tem amigos. Apesar de tudo é uma pessoa boa, sem intenções de matar nos Jogos.

[COLHEITA]

Caminho pelas estradas de terra do D10 como sempre faço nos dias de Colheita, pois moro em um local bem afastado do centro onde ela acontece. Podia ser um dia comum se uma serie de eventos não tivessem acontecido nesse caminho.

O primeiro deles foi encontrar Emily, minha colega de classe por quem sou apaixonado desde criança. Emily é uma garota loira, de pele pálida, com os olhos azuis da cor do céu,não é de falar muito assim como eu,mas tem muitos admiradores por sua beleza, e esse dia ela resolveu falar comigo sem motivo algum.

– Oi Dylan. – disse com sua voz suave e doce.

Se ela não tivesse dito meu nome provavelmente eu continuaria andando como se nada tivesse acontecido, ela nunca nem se sequer me notou, e agora pra minha surpresa sabia o meu nome.

– Oi – respondo rápido.
– Esta indo para a praça? Posso ir com você?
– C-claro! –gaguejei. Minhas mãos estavam suadas e meu coração disparado.

Não falamos mais nada o caminho inteiro,mas so de estar caminhando ao lado dela, alegrou meu dia. Ao chegar na praça Emily me deu um beijo no rosto e sorriu para mim. Em meus 15 anos de vida, esse é o dia mais feliz da minha vida!

– Boa Sorte – disse ela, indo para a direção oposta acenando.

Levou mais tempo do que o normal para meu cérebro reagir e eu me localizar naquele lugar, parecia que o tempo tinha parado. Mas infelizmente outro evento acontece. Marcus, um valentão do colégio vem ao meu encontro com uma cara que eu já conhecia.

– Eu não fiz nada – respondi de imediato. Ele ia me bater ali mesmo.

E assim como todas as vezes que Marcus me encontrava, ele me bateu, me chutou até eu começar a chorar com um idiota. Ele é maior que eu e faz isso desde quando eu tinha 12 anos, nunca tive coragem de perguntar o porque, mas sei que meu jeito incomoda não so a ele mas a escola toda.

– Fica longe da Emily seu estranho. – falou com raiva me chutando na barriga. Ele se prepara pra me chutar mais quando m voz o faz correr.
– Levanta daí garoto. – a voz masculina disse de mau humor.

Eu não conseguiria me levantar sem ajuda, a dor estava insuportável. Ele então em ajuda a levantar e logo vejo sua roupa branca. Era um pacificador.

– Isso não é dia de arrumar briga por ai.
– Eu sei senhor, me desculpa.
– Que seja, agora vá para a fila, a Colheita já vai começar.
– Ok
– Esta na hora de reagir não acha? Eu mesmo vou te dar uma surra se não tomar providencia quanto a esse garoto. – falou firme, em deixando ali sozinho.

“É melhor reagir” . Mal sabe o Pacificador o quanto já repeti isso a mim mesmo. Não era tão simples, eu não luto, não sou perigoso. Eu sou só o estranho do colégio que ninguém faz questão de conversar.

[SORTEIO]

O “oi” de Emily, a surra do Marcus, o encontro com o Pacificador, foi o Maximo de emoções que já tive em um dia. Minha vida era parada, e se resumia a escola e trabalho. Meus pais são pobres e por isso trabalhamos tanto, não tenho tempo para amizades e na escola vivo dormindo ou no mundo da Lua, e por isso meus colegas me chamam de “estranho”. Mas por alguma razão meu dia foi agitado, e a frase “é melhor reagir” não sai da minha cabeça.

Os Dias Escuros, a criação dos Jogos Vorazes porque os Distritos reagiram contra a opressão da Capital, isso que ganhamos quando reagimos por aqui, isso não encoraja, pois é tão seguro ser so mais um por ai. “Estou bem assim” tento me convencer.

Maximus vai ate a urna anunciando o tributo feminino do Distrito, que é Rebekah Shankar, uma criança. Tadinha os Carreiristas vão acabar com ela. Ela chorava muito, mas também não é pra menos, que futuro os tributos do D10 tem?

Em seguida ela coloca a mão na urna e chama o tributo masculino. O desespero toma conta de mim por um momento, era o meu nome que fazia eco no silencio.

– Dylan Evans.

Me junto a Rebekah no palco. Ela chorava tanto que me deu pena, chego a encorajá-la, mas sei que não é o suficiente e eu estava tão assustado quanto ela.

Agora entendo o porquê de o meu dia ter sido diferente e Emily ter falado comigo. Talvez seja Deus me avisando que nunca mais terei essa sorte, ou talvez esteja na hora de reagir mesmo.


....

Pobres tributos do D10, tão assustados! Mas quem sabe a sorte esteja a seu favor. REAJAM!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ae gostaram? Vou tentar ser breve com o próximo capitulo para ja começar os Jogos, que é o que todos querem. desculpe toda essa demora,mas as apresentações teriam de ser feitas de alguma maneira, mas ta acabando e acho q ninguem ta incomodado neh? Até +