(PV JESSE)

Eu estava olhando lá para fora, para o meio-irmão e o padrasto de Suzannah, enquanto eles estavam cavando para a piscina que iriam construir. Suzannah estava demorando a chegar hoje. Haviam ocorrido muitas coisas, eu precisava pensar. Estava eufórico pela maneira como ela havia falado que não queria que eu desaparecesse, ela queria que eu ficasse com ela, e isso me deixava imensamente feliz. Eu também estava pasmo com o fato de Maria ter aparecido e tido a ousadia de ameaçá-la em sua própria casa.

Não conseguia parar de pensar, eram muitas coisa, em muito pouco tempo!

Algo estranho estava acontecendo. Num estante eu estava no meu quarto, ou o quaro de Suzannah, como preferir, e depois eu estava em um cômodo diferente, parecia um quarto de hotel, pequeno porem arrumado. Tinha algo de muito errado. Eu não conhecia Esso lugar, nunca tinha vindo para cá, nem nunca quis vir.

Quando prestei mais atenção no local, percebi que tinha um garoto no chão, e eu estava dentro de um circulo, ao lado de um retrato de mim mesmo. Não estava entendendo o que estava acontecendo, tudo parecia tão irreal, tão sem motivo ou sem uma razão de ser...

O garoto olhou para mim tentando, sem sucesso, passar um sentimento de raiva. Ele desistiu depois de alguns segundos, enquanto falava:

- ela estava certa, realmente deu certo, - ele falou mais para si mesmo do que para mim. – você deve ser o fantasma que vem atormentando a Suzi, não vou deixar mais você fazer isso com ela. – ele falou decidido, parecia que estava salvando uma vida, uma coisa que merecia uma medalha, ou algo assim.

Eu realmente não entendia mais nada. Antes eu estava eufórico com o fato da Suzannah querer que eu fique com ela, então um garoto que, pelo que se pode ver, era o mesmo pupilo que ela havia mencionado outro dia, estava dizendo que eu a atormentava, e que ela havia dito que isso iria funcionar! Eu só sabia duas maneiras de se livrar de um fantasma. Uma, seria resolvendo seu assunto pendente. E a oura, o exorcizando, o que eu já havia visto sendo posto em pratica pela Suzannah.

Eu não acreditava. Não. Eu não queria acreditar que Suzannah, minha Suzannah, estava usando seu pupilo para mi exorcizar.

Mas se fosse a vontade dela, se mi hermossa queria isso, eu aceitaria.

- mi hermossa – soltei enquanto as nuvens me seguravam e me arrastavam para dentro de um buraco formado no teto.

Depois disso, só havia escuridão, começaram a aparecer algumas estrelas no céu, e uma nevoa no chão. Algumas portas começaram a aparecer na nevoa, eu pensei em abrir uma delas, mas desisti. Só queria ficar ali, e esperar por nada, olhar pro nada, e tentar pensar nos últimos acontecimentos. Eu teria bastante tempo para pensar aqui.

(PV JACK)

Depois de Paul ter saído com a Suzi, e meus pais terem ido jantar lá em baixo (eu não estava com fome) um fantasma de uma mulher apareceu pedindo a minha ajuda.

- você deve ser o mediador. – ela falou numa voz com alegria e esperança. Ela deveria querer minha ajuda. Eu iria fazer do jeito que a Suzi tinha me inclinado! – eu vim aqui porque um fantasma está atormentando uma amiga minha, ela vem tentando expulsa-lo de sua casa, mas ela não consegue. Ela se chama Suzannah, você a conhece? – ela perguntou. Eu fique espantado com essa noticia. Eu iria ajudá-la o quanto eu puder.

- sim, eu conheço, ela também é minha amiga. Que fantasma é esse que não a deixa em paz? – perguntei 100% disposto a ajudá-la.

(PV MARIA)

Estava sendo fácil de mais! Como o Paul disse, o garotinho faria qualquer coisa que eu dissesse se fosse para ajudar Suzannah. Ele mal sabia o que estava prestes a fazer. Eu mostrei a ele os ingredientes e como fazer para poder fazer um exorcismo.

- Você só precisa fazer isso. Vai dar tudo certo. Muito obrigada por me ajudar! – eu falei eufórica. Eu era uma perfeita atriz, pelo menos esse ultimo agradecimento era quase totalmente sincero. – eu tenho que ir. De novo muito obrigada. Faça do jeito que eu te ensinei e tudo dará certo!

Sai dali em direção ao local onde deveriam estar encontrando o corpo de Hector. Agora, já não tinha muita coisa há fazer.

(PV JACK)

Ela me mostrou os ingredientes e como fazer. Não parecia tão difícil, eu iria conseguir.

Fiz um circulo no chão com a água benta, e pus o retrato do Hector, como ela o chamou, no chão, no meio do circulo. Falei as palavras que estavam escritas em um papel que ela me deu. Maria também disse que depois que eu disser essas palavras o Hector apareceria no meio do circulo.

Depois que eu disse, ele apareceu, com uma cara de confusão. Tentei ficar com raiva dele, mas não consegui, estava feliz demais por conseguir fazer isso, eu realmente estava conseguindo!

- ela estava certa, realmente deu certo... – eu falei para mim mesmo Maria estava certa. A Suzi ia ficar tão feliz pelo que eu fiz! - você deve ser o fantasma que vem atormentando a Suzi, não vou deixar mais você fazer isso com ela. – eu falei. Queria que ele desaparecesse logo, meus pais já iriam chegar. Terminei de falar as ultimas palavras e um buraco se abriu no teto, e umas nuvens agarraram o fantasma. Ele não resistiu nem nada. Só deixou que as nuvens o levassem. Ele falou alguma coisa que eu não entendi, não parecia se na minha língua. O buraco o sugou, e se fechou quando ele já estava lá dentro.

Tinha acabado. Aposto que a Suzi iria me agradecer muito por isso. Só faltava eu arrumar essa bagunça, tudo iria ficar bem.