As Cicatrizes Mentem escrita por Sereia Literária


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Por favor, comentem! :)



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(Nove)

Tudo está um caos. Adoro isso. Muitos montes de poeira. Quatro está lançando muitas labaredas, Oito se transforma e se teleporta ao mesmo tempo. BK luta com garra, e Adam provoca terremotos. Eu vou para cima dos desgraçados, e raramente acho algum que me dá um pouco mais de trabalho.

Então, eis que surge do meio deles um mais alto, mais forte e meio bronzeado. Parece ser mais velho.

–Pai...-Ouço Adam sussurrar ao mesmo tempo que perde o ar.

Ele encara cada um de nós, mas quando vê Adam, levanta uma espada e parte para cima dele.

(Seis)

Já estou a uns três metros de alcançar Cinco. Ele gira o chicote em todas as direções, tentando de todo o modo acertar um alvo que não pode ver. Ridículo.

Quando o chicote passa, caio de joelhos e jogo as costas para trás, com o chicote passando a milímetros de mim. Logo depois, viro três cambalhotas e paro ao lado dos tornozelos de Cinco, investindo na rasteira mais dura que eu já dei em alguém. Ele cai de costas no chão, deixando o chicote cair a uns dois metros. Quando percebe isso, voa até lá ao mesmo tempo que eu puxo o chicote para minhas mãos usando telecinesia. Ele leva um susto. Agora, além de uma adversária invisível, tem que se preocupar com o chicote de quatro metros, que também desapareceu. Sorri sentindo minha vantagem. Quando ele começou a subir, eu consegui fazer com que o chicote se enrolasse em seus pés, e o puxei para baixo. Ele gritava e chorava de ódio. Livrou seus pés com telecinesia, mas eu já estava pronta para outro gancho. Assim que meu punho tocou seu rosto, sua pele virou aço. A dor foi intensa e instantânea. Não pude deixar de gritar, e nos mesmo instante seu braço de borracha envolveu minha cintura. Não contive o grito. Ele me levantou e começou a apertar mais, enquanto um sorriso vitorioso se estampava em seu rosto. Fui ficando sem ar. Fiquei visível. Ele riu. Ele então começou a subir... Subir... Subir... Estávamos no meio das nuvens escuras. Ele pretendia me soltar... Mas não sabia que me deu o que precisava.

Concentrei-me, o céu começou a se fechar e as nuvens nos envolveram.

Ele olhou ao redor sem entender bem. Quando me viu, reparou meu sorrisinho de vitória. Ele arregalou os olhos e me soltou. Comecei a cair, mas isso não era problema. Cheguei ao chão de joelhos e me levantei. Ele pousou atrás de mim e começamos a lutar corpo a corpo. Para ter vantagem ele virou aço, enquanto eu permaneci visível. Queria que ele me visse quando eu o derrotasse. E ele me deu o que eu queria; Agora era um ótimo condutor.

Afastei-me e fiz um raio descer até Cinco.

(Adam)

Meu pai estava diante de mim com um olhar cruel... Eu não era mais seu filho, e sim um Garde... Ou pior que isso. Ele tinha mais vontade de ver meu sangue em sua espada do que o sangue de qualquer um deles. Ele ergueu a espada, e como em um filme de terror, um raio cortou o céu. Os gritos ao redor, o som de tiros, o tinir de espadas... Essa seria a trilha sonora da minha morte?

Ele partiu para cima de mim, mas eu o parei com telecinesia. Ele podia não me considerar mais seu filho, mas mesmo depois de tudo isso, de expor a minha vida me usando como cobaia e de tentar me matar, ele ainda era meu pai. E eu não podia mata-lo. Pensando nisso, me desconcentrei e ele caiu no chão, mas logo começou a correr de novo.

–TRAIDOR!-Gritava, enquanto vinha para cima de mim de novo.

Eu somente desviava, mas não o atacava. Não era como ele. Fazia pedaços de terra subirem como escudos e usava a espada apenas para bloquear o ataque. Não tinha força para mata-lo.

(Oito)

Adam estava vivendo um ´conflito familiar`, e não fazia mais terremotos. Isso facilitou a vida dos morgs, que agora ficavam de pé sem problemas. Cinco agora que estava desmaiado e Seis lutava conosco. Não conseguia vê-la, mas pelo o modo que do nada os morgs viravam pó, sabia que ela estava lá.

(Marina)

Ouvia o som de uma batalha ao longe, mas não conseguia abrir os olhos. Tudo doía... Gritos, canhões, trovões e espadas... Abri os olhos lentamente, e minha vista voltou ao normal aos poucos. Estava debaixo de uma árvore em meio aos arbustos. Meu primeiro instinto foi tocar o machucado, que, incrivelmente, estava cicatrizado. ´John`, pensei, enquanto ficava agradecida mentalmente por ele também ter desenvolvido o Legado de cura.

Apoiei-me nos cotovelos e olhei em volta. Ainda estava zonza, e se realmente uma batalha ocorria, tinha de me recuperar um pouco mais antes de me juntar aos outros.

(Adam)

Meu pai lutava com uma ferocidade maior do que a de qualquer outro morgadoriano.

´Adam! Ele vai matar você!` ouvi Um na minha mente. Sei que ela tinha razão, mas não podia ser como ele. ´Adam, me escuta, eu sei que você não quer machucá-lo, mas se não o fizer, VOCÊ vai morrer! Nós vamos morrer!` sua voz disparou novamente em minha cabeça. Respondi que não faria isso, mas segundos depois, foi como se Um tomasse conta de meu corpo. Pisei bruscamente no chão, fazendo com que o maior terremoto que já provoquei acontecesse. Meu pai voou, e eu (ou ela) dei/deu um soco no ar, que, com a ajuda da telecinesia, o jogou para longe, fazendo-o bater na árvore e deixando-o desacordado.

–NÃO!-Gritei, enquanto corria a seu socorro.

Quando me aproximei, ele abriu os olhos e atravessou a espada em meu peito. Arregalei os olhos e pressionei o local, caindo de joelhos.

Ele me encarava com vitória e nojo nos olhos.

–Seu traidor...-disse ele, com um sorriso maldoso nos lábios. Ele se levantou e me chutou, e enquanto eu me afogava em sangue, ele pegou seu chicote e foi atacar Nove. Estava morrendo. Um estava certa.


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