Naquele verão escrita por Cyn
Amo-te
Abracei-me a Travis e ele apertou-me contra ele como se tivesse medo de me deixar ir. Eu tinha medo de o deixar ir.
– Que história foi aquela, Sam? O que aconteceu á três anos de verdade?- Perguntou Zack.
Eu gemi e escondi a cara no peito de Travis.
– Podemos falar disso amanhã? Por hoje chega de supressas.
– Tudo bem, mas de amanhã não passa.
Eles saíram, mas Mary deu-me um sorriso e olhou para Travis de lado fazendo-me sinal antes de ir atrás deles.
– Podemos sair daqui?- Perguntei-lhe.
– Claro.
Andámos durante um tempo antes de encontrar um banco longe do barulho.
Sentá-mo-nos e olhei para ele.
– Estás mesmo bem? Estás a sangrar.
Ele tocou no lábio e olhou-me.
– Estou bem. Não te preocupes.
Assenti e virei-me para a lua.
Porque sou um cobarde?
Força, Sam.
– O que estavas a falar com a Beka?
– Porquê?- Eu podia sentir ele a sorri.
Dei de ombros.
– Por nada, apenas curiosa.
– Sei. Sabias que ficas linda quando está com ciúmes?
–Eu não estou com ciúmes!- Retroquei olhando-o mesmo sendo a maior mentira de todas.
–Teus olhos não mentem, Sam.
–Talvez eu tenha… um pouco.
–Aha.
O sorriso enorme dele fez-me ficar vermelha e virei-me de novo para a branca lua.
– Ela veio pedir-me explicações.
– Á sim? De quê?
Ele mexeu-se no banco antes de falar.
– Do porquê de não querer nada com ela.
– Hmm.
Olhei para as minhas mãos e suspirei.
Eu não quero perde-lo.
– Sabes o que eu disse?- A voz dele estava perto do meu ouvido.
– O quê?- Sussurrei.
Espera! Eu quero saber a resposta?
Bolas, é claro que sim.
– Eu disse-lhe que não era ela que eu amava. Que meu coração já pertencia a uma menina encrenqueira e apenas a ela. Ela perguntou-me que se era verdade, porque eu não estava com ela. Eu disse-lhe que a menina que eu amo tinha medo de me magoar. E que me tinha pedido um tempo para pensar. E eu lho dei.
Eu sorri mesmo ele não podendo ver por causa do meu cabelo.
– E se essa menina quiser mudar de ideias?- Perguntei.
Senti os lábios dele na minha orelha.
– Estarei aqui para ouvi-la.- Sussurrou.
– Essa menina encrenqueira, ainda tem medo de te magoar.- Virei a cabeça para olhá-lo.- Mas tem mais medo ainda de te perder.
Travis sorriu docemente e virou-me para ele.
– Ela não pode-me perder, porque eu sou dela e sempre serei. É por ela que meu coração bate. É nela em que penso quando me alevanto de manhã e quando me deito. É nela que minha cabeça está todos os dias. E assim como ela, também tenho medo de perde-la.
– Porquê?
Ele acariciou-me a bochecha e eu fechei os olhos com o contacto.
– Porque ela é uma menina tão bela que pode ter os rapazes que quiser. E eu não a quero com mais ninguém que não eu. Eu posso perde-la para qualquer um.
– Isso é impossível.- Sussurrei abrindo os olhos.
– Porquê?
Lambi os lábios e olhei-o nos olhos.
– Porque ela apenas te ama a ti.
Travis parecia que tinha deixado de respirar, mas pelo sorriso que se estendeu nos lábios dele depois, ele estava bem.
– Eu amo-te.- Sussurrei-lhe.
Ele chegou-se mais perto e juntou nossas testas.
– Eu também te amo. Muito.
Beijámo-nos como nunca antes. Com doçura e delicadeza, com amor e raiva, com desejo e fome.
Beijámo-nos como se o mundo fosse acabar e nós nunca nos veríamos de novo.
Beijámo-nos como duas pessoas que passaram por muito para se encontrarem por fim.
Beijámo-nos como duas almas gémeas tão diferentes, mas iguais.
– Samantha Monroe, aceitas namorar comigo?- Perguntou Travis com a voz rouca depois de nos separar-mos.
Eu ri e assenti.
– Aceito. Hoje… e sempre.
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