Naquele verão escrita por Cyn


Capítulo 24
Um festival de supresas


Notas iniciais do capítulo

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Um festival de Surpresas

Chegámos e havia já imensa gente lá. O palco estava pronto e Pandora estava em cima dele. Ela acenou para mim quando me viu, acenei de volta.

A minha animação era palpável.

Eu queria estar ali de cima e em breve estaria.

– Boa-noite a todos.- Disse.- Eu sou a Pandora e sou eu que vou apresentar o festival.

Desta não sabia eu.

Houveram aplausos e ela continuou.

– Esta noite promete, senhoras e senhores. Vamos ter grandes vozes hoje e uma estreia muito especial. Eles decidiram começar uma nova banda e escolheram hoje, principalmente, para se apresentarem.

Olhei para Mary que me sorriu.

– Eles são incríveis, mas vou deixar para vós as vossas opiniões. Mas agora vamos ouvir os DMans.

Mais aplausos ocorreram enquanto os DMans entravam no palco.

– Uma bebida?- Perguntou-me Travis.

– Claro.

Andámos até a uma barraca e Travis pediu cervejas com groselha.

– Obrigado.- Agradeceu ao empregado e deu-me uma.

Sorri-lhe e olhei em volta.

Só espero que Mikey chegue logo.

– Andas á procura do Mikey?

Olhei para ele.

Os olhos dele estavam tristes.

– Sim, mas… não é para o que tu pensas.

– Então é para quê?

– É uma surpresa.

Ele suspirou e passou a mão pelo cabelo.

– Travis, eu não gosto de Mikey.

Ele olhou-me.

– Mas ele gosta de ti.

Revirei os olhos.

– Ele não gosta, ele é um rapaz. Anda atrás de todos os rabos de saia. Mas é apenas meu amigo.

– Juras?

Eu sorri e mordi o lábio inferior.

– Juro.

Ele sorriu e aproximou-se de mim.

Os nossos lábios estavam a centímetros de se tocarem, mas Mikey decidiu aparecer nessa altura.

– Olá aos dois.

– Ei.- Disse.

Travis apenas suspirou e acenou com a cabeça.

– Pronta?

– Sim.

Ele trazia a guitarra pendurada nas costas e o cabelo espetado.

– Apanhas-te um choque ou algo assim?

Ele sorriu e espetou alguns cabelos ainda mais para cima.

– Temos de dar espectáculo.

– Espectáculo em quê?- Perguntou Travis.

– Supressa.- Disse.- Bora.

Andamos até às nossas famílias.

– Ei, malta. Eu tenho de ir a um sítio, mas já venho.- Dei o meu copo a Jace.

– Aonde?- Perguntou minha mãe.

– Logo ides ver.

– Um aplauso para os DMans.- Disse Pandora no palco.- Agora convosco, a nova estreia na música. A nova revolução do momento, uma salva de palmas para Mikey e Sam.

Meu pai piscou-me o olho enquanto que os outro olhavam espantados.

– Arrasa com eles, miúda.

– Boa sorte, Sam.- Disse Mary.

–Prontos para o Rock!- Revirei os olhos e ri empurrando Mikey para o palco.

Assim que subimos no palco o meu coração aumentou e segurei o colar que meu pai me dera.

Vi Rock, Gabe, Nádia e Jai na multidão a gritar por nós.

– Vamos mostrar-lhe como é que se faz- Sussurrou-me Mikey.

– Vamos nessa.

Pandora passou por nós e abraçou-me.

– Boa sorte.

– Obrigado.

– BOA NOITE MALTA!- Gritou Mikey.

Ouviram gritos na multidão.

– Eu sou o Mikey e esta é a Sam.

Mais assobios aconteceram.

– Vamos cantar “Não vou ficar” e esperamos que gostem.- Disse eu.

Mikey começou com a guitarra.

–É suposto gostareis da música e não aqui da gatinha.

–Idiota.- Resmunguei sorrindo enquanto o público ria.

A melodia começou primeiro lento, mas ia aumentando. A primeira a cantar era eu.

Não digas que não te avisei

Esta noite tudo mudará.

Não me pode impedir

Pois,

Hoje tudo acabará.

Agora o ritmo era rápido e a multidão enlouqueceu.

Miúda, sei que pode ser difícil.

Mas ouve, não te quero mais.

Miúda, ouve o que eu te digo,

Não foi feito para durar,

Hoje tudo acabará.

Nunca digas que não te avisei.

Não venhas mais atrás de mim.

Aqui já não vou ficar.

A ti não vou pertencer.

Deixa-me ir.

Deixa-me partir.

Tudo o que sempre quis foi,

Poder me divertir.

Aqui não vou ficar,

Aqui não é o meu lugar.

Miúda, deixa-me ir.

Hoje, deixa-me ir.

Pois eu não vou ficar!

Repetimos os versos e acabámos canção. As pessoas aplaudiram e Mikey deu-me a mão e fizemos uma vénia.

O melhor dia de sempre!

Descemos do palco e os nossos amigos abraçaram-nos.

– Fostes incríveis.- Disse Nádia.

– Sois os maiores!- Disse Gabe pegando-me e rodopiando.

Eu estava a rir quando ele me abaixou.

– Tenho de ir. Falamos mais tarde.- Disse-lhes.

Corri até á minha família, mas antes de chegar vi Travia a falar com Beka num canto.

Ciúmes, apareceu em mim quando ela tocou na cara dele.

Mary tinha razão, se não me despachasse eu ia perde-lo. Eu não queria perde-lo. A ele não.

Ele é meu.

O meu Travis!

Só esperava que não fosse tarde demais.

Quando cheguei á minha família meu pai abraçou-me.

– Estives-te tão bem, meu anjo.

– Maravilhosa.- Disse minha mãe.

– Ainda bem que gostastes.

Abracei cada um deles e perguntei á Mary e meus irmãos se queriam beber.

Eles aceitaram e fomos para o bar.

Eu fiquei com a bebida que estava com Jace e eles pediram para eles.

– Tenho que admitir, já estava na hora de arranjares uma banda.- Disse Zack.

Olhei para ele, espantada.

– A sério?

Ele sorriu.

– Claro. És uma cantora incrível, Sam.

– Obrigado.

– Ei, baby.- Uma voz sou do meu lado direito.

Olhei para os meus irmãos e para Mary. Eu conhecia aquela voz bem demais.

Virei-me devagar e lá estava ele.

– Saudades, minhas?

– Alex.

Ele aproximou-se sorrindo o sorriso que eu amei um dia. Agora? Agora enjoava-me.

– É bom ver-te. Estás linda.

Ele tentou tocar-me mas afastei-me.

– O que se passa, baby? Não tiveste saudades minhas?

Ele foi mais rápido que eu desta vez e puxou-me para ele.

– Larga-me.

– Vamos, baby. Tu sabes que gostas.

– Ela disse para a largares.

Olhei para trás e vi Travis com os pulsos serrados. Alex olhou para ele e depois para mim e riu.

– Quem és tu?

– O teu pior pesadelo se não a largares.- Disse Travis com raiva.

Alex olhou-o com raiva.

– Ela é minha namorada.

– Não sou nada.

Alex olhou-me espantado.

– Tu traíste-me, lembras-te? Agora larga-me.

Forcei-me a sair mas não adiantou.

– Larga-a Alex!- Disse Zack aproximando-se.

Alex riu e olhou-o.

– Nunca quiseste saber dela, porque agora?

– Larga-a! Agora!

– E se eu não quiser?

– Vais pagá-las.- Rosnou Travis.

Ele ia a avançar mas parei-o.

– Não, Travis. Pára.- Ele olhou-me confuso.- Eu trato disto.

Ele hesitou mas assentiu.

– Desde quando andas com menino de gravata, Sam? Mudas-te muito.- Disse Alex.

–Sim, eu mudei. Já não sou a menina que fazia tudo o que tu querias. Que levava as culpas por ti. Isso acabou. Ó me deixas ou eu vou contar o que na verdade aconteceu á três anos atrás.

Ele olhou para mim assustado.

– Não te atrevias.- Rosnou.

– Queres apostar? E vamos ver em quem eles acreditam. E não te poderás livrar de uns bons anos na prisão.

Ele olhou-me com raiva e mandou para trás com tanta força que acabei caindo.

– Filho da mãe.- Rosnou Travis e foi para cima dele.

Mary e Jace ajudaram-me a levantar enquanto Zack tirava Travis de cima de Alex.

Pete apareceu do nada e segurou em Alex afastando-o de nós.

– Vai te embora A. – Mandou.

Alex olhou para mim com raiva antes de ir. Ele sangrava do nariz e eu desejei que amanhã estivesse com um olho roxo.

Fui até Travis e virei-o para mim.

– Estás bem?

Ele tinha o lábio cortado e nada mais. Mas era um grande estrago no seu lindo rosto. Tudo graças aquele palerma.

Canalha de merda.

– Sim. Tu?

Sorri-lhe agradecida e aliviada.

– Tudo bem.

Ele puxou-me para ele e beijou-me na cabeça.

– Ei, boneca.

Afastei-me de Travis e abracei Pete.

– Ainda bem que vieste.- Disse-lhe.

– Eu queria saber como ias. Desculpa não te ligar, perdi o telemóvel.

– Tudo bem.

– Estives-te bem hoje. Tens uma voz linda. Eu disse-te que não pertencias ali.

– Sim, sim, sim. Tinhas razão. Satisfeito?

Ele sorriu.

– Muito. Agora tenho de ir, antes que A faça alguma asneira. Até um dia.

– Adeus, Pete.

Ele piscou-me o olhou e saiu atrás de Alex. Virei-me para trás. Minha família e meus amigos e talvez um pouco mais, e sorri.

– Isto foi giro.


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Notas finais do capítulo

beijos



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