Naquele verão escrita por Cyn
Notas iniciais do capítulo
Só falta apenas mais um capitulo não percam
Um festival de Surpresas
Chegámos e havia já imensa gente lá. O palco estava pronto e Pandora estava em cima dele. Ela acenou para mim quando me viu, acenei de volta.
A minha animação era palpável.
Eu queria estar ali de cima e em breve estaria.
– Boa-noite a todos.- Disse.- Eu sou a Pandora e sou eu que vou apresentar o festival.
Desta não sabia eu.
Houveram aplausos e ela continuou.
– Esta noite promete, senhoras e senhores. Vamos ter grandes vozes hoje e uma estreia muito especial. Eles decidiram começar uma nova banda e escolheram hoje, principalmente, para se apresentarem.
Olhei para Mary que me sorriu.
– Eles são incríveis, mas vou deixar para vós as vossas opiniões. Mas agora vamos ouvir os DMans.
Mais aplausos ocorreram enquanto os DMans entravam no palco.
– Uma bebida?- Perguntou-me Travis.
– Claro.
Andámos até a uma barraca e Travis pediu cervejas com groselha.
– Obrigado.- Agradeceu ao empregado e deu-me uma.
Sorri-lhe e olhei em volta.
Só espero que Mikey chegue logo.
– Andas á procura do Mikey?
Olhei para ele.
Os olhos dele estavam tristes.
– Sim, mas… não é para o que tu pensas.
– Então é para quê?
– É uma surpresa.
Ele suspirou e passou a mão pelo cabelo.
– Travis, eu não gosto de Mikey.
Ele olhou-me.
– Mas ele gosta de ti.
Revirei os olhos.
– Ele não gosta, ele é um rapaz. Anda atrás de todos os rabos de saia. Mas é apenas meu amigo.
– Juras?
Eu sorri e mordi o lábio inferior.
– Juro.
Ele sorriu e aproximou-se de mim.
Os nossos lábios estavam a centímetros de se tocarem, mas Mikey decidiu aparecer nessa altura.
– Olá aos dois.
– Ei.- Disse.
Travis apenas suspirou e acenou com a cabeça.
– Pronta?
– Sim.
Ele trazia a guitarra pendurada nas costas e o cabelo espetado.
– Apanhas-te um choque ou algo assim?
Ele sorriu e espetou alguns cabelos ainda mais para cima.
– Temos de dar espectáculo.
– Espectáculo em quê?- Perguntou Travis.
– Supressa.- Disse.- Bora.
Andamos até às nossas famílias.
– Ei, malta. Eu tenho de ir a um sítio, mas já venho.- Dei o meu copo a Jace.
– Aonde?- Perguntou minha mãe.
– Logo ides ver.
– Um aplauso para os DMans.- Disse Pandora no palco.- Agora convosco, a nova estreia na música. A nova revolução do momento, uma salva de palmas para Mikey e Sam.
Meu pai piscou-me o olho enquanto que os outro olhavam espantados.
– Arrasa com eles, miúda.
– Boa sorte, Sam.- Disse Mary.
–Prontos para o Rock!- Revirei os olhos e ri empurrando Mikey para o palco.
Assim que subimos no palco o meu coração aumentou e segurei o colar que meu pai me dera.
Vi Rock, Gabe, Nádia e Jai na multidão a gritar por nós.
– Vamos mostrar-lhe como é que se faz- Sussurrou-me Mikey.
– Vamos nessa.
Pandora passou por nós e abraçou-me.
– Boa sorte.
– Obrigado.
– BOA NOITE MALTA!- Gritou Mikey.
Ouviram gritos na multidão.
– Eu sou o Mikey e esta é a Sam.
Mais assobios aconteceram.
– Vamos cantar “Não vou ficar” e esperamos que gostem.- Disse eu.
Mikey começou com a guitarra.
–É suposto gostareis da música e não aqui da gatinha.
–Idiota.- Resmunguei sorrindo enquanto o público ria.
A melodia começou primeiro lento, mas ia aumentando. A primeira a cantar era eu.
Não digas que não te avisei
Esta noite tudo mudará.
Não me pode impedir
Pois,
Hoje tudo acabará.
Agora o ritmo era rápido e a multidão enlouqueceu.
Miúda, sei que pode ser difícil.
Mas ouve, não te quero mais.
Miúda, ouve o que eu te digo,
Não foi feito para durar,
Hoje tudo acabará.
Nunca digas que não te avisei.
Não venhas mais atrás de mim.
Aqui já não vou ficar.
A ti não vou pertencer.
Deixa-me ir.
Deixa-me partir.
Tudo o que sempre quis foi,
Poder me divertir.
Aqui não vou ficar,
Aqui não é o meu lugar.
Miúda, deixa-me ir.
Hoje, deixa-me ir.
Pois eu não vou ficar!
Repetimos os versos e acabámos canção. As pessoas aplaudiram e Mikey deu-me a mão e fizemos uma vénia.
O melhor dia de sempre!
Descemos do palco e os nossos amigos abraçaram-nos.
– Fostes incríveis.- Disse Nádia.
– Sois os maiores!- Disse Gabe pegando-me e rodopiando.
Eu estava a rir quando ele me abaixou.
– Tenho de ir. Falamos mais tarde.- Disse-lhes.
Corri até á minha família, mas antes de chegar vi Travia a falar com Beka num canto.
Ciúmes, apareceu em mim quando ela tocou na cara dele.
Mary tinha razão, se não me despachasse eu ia perde-lo. Eu não queria perde-lo. A ele não.
Ele é meu.
O meu Travis!
Só esperava que não fosse tarde demais.
Quando cheguei á minha família meu pai abraçou-me.
– Estives-te tão bem, meu anjo.
– Maravilhosa.- Disse minha mãe.
– Ainda bem que gostastes.
Abracei cada um deles e perguntei á Mary e meus irmãos se queriam beber.
Eles aceitaram e fomos para o bar.
Eu fiquei com a bebida que estava com Jace e eles pediram para eles.
– Tenho que admitir, já estava na hora de arranjares uma banda.- Disse Zack.
Olhei para ele, espantada.
– A sério?
Ele sorriu.
– Claro. És uma cantora incrível, Sam.
– Obrigado.
– Ei, baby.- Uma voz sou do meu lado direito.
Olhei para os meus irmãos e para Mary. Eu conhecia aquela voz bem demais.
Virei-me devagar e lá estava ele.
– Saudades, minhas?
– Alex.
Ele aproximou-se sorrindo o sorriso que eu amei um dia. Agora? Agora enjoava-me.
– É bom ver-te. Estás linda.
Ele tentou tocar-me mas afastei-me.
– O que se passa, baby? Não tiveste saudades minhas?
Ele foi mais rápido que eu desta vez e puxou-me para ele.
– Larga-me.
– Vamos, baby. Tu sabes que gostas.
– Ela disse para a largares.
Olhei para trás e vi Travis com os pulsos serrados. Alex olhou para ele e depois para mim e riu.
– Quem és tu?
– O teu pior pesadelo se não a largares.- Disse Travis com raiva.
Alex olhou-o com raiva.
– Ela é minha namorada.
– Não sou nada.
Alex olhou-me espantado.
– Tu traíste-me, lembras-te? Agora larga-me.
Forcei-me a sair mas não adiantou.
– Larga-a Alex!- Disse Zack aproximando-se.
Alex riu e olhou-o.
– Nunca quiseste saber dela, porque agora?
– Larga-a! Agora!
– E se eu não quiser?
– Vais pagá-las.- Rosnou Travis.
Ele ia a avançar mas parei-o.
– Não, Travis. Pára.- Ele olhou-me confuso.- Eu trato disto.
Ele hesitou mas assentiu.
– Desde quando andas com menino de gravata, Sam? Mudas-te muito.- Disse Alex.
–Sim, eu mudei. Já não sou a menina que fazia tudo o que tu querias. Que levava as culpas por ti. Isso acabou. Ó me deixas ou eu vou contar o que na verdade aconteceu á três anos atrás.
Ele olhou para mim assustado.
– Não te atrevias.- Rosnou.
– Queres apostar? E vamos ver em quem eles acreditam. E não te poderás livrar de uns bons anos na prisão.
Ele olhou-me com raiva e mandou para trás com tanta força que acabei caindo.
– Filho da mãe.- Rosnou Travis e foi para cima dele.
Mary e Jace ajudaram-me a levantar enquanto Zack tirava Travis de cima de Alex.
Pete apareceu do nada e segurou em Alex afastando-o de nós.
– Vai te embora A. – Mandou.
Alex olhou para mim com raiva antes de ir. Ele sangrava do nariz e eu desejei que amanhã estivesse com um olho roxo.
Fui até Travis e virei-o para mim.
– Estás bem?
Ele tinha o lábio cortado e nada mais. Mas era um grande estrago no seu lindo rosto. Tudo graças aquele palerma.
Canalha de merda.
– Sim. Tu?
Sorri-lhe agradecida e aliviada.
– Tudo bem.
Ele puxou-me para ele e beijou-me na cabeça.
– Ei, boneca.
Afastei-me de Travis e abracei Pete.
– Ainda bem que vieste.- Disse-lhe.
– Eu queria saber como ias. Desculpa não te ligar, perdi o telemóvel.
– Tudo bem.
– Estives-te bem hoje. Tens uma voz linda. Eu disse-te que não pertencias ali.
– Sim, sim, sim. Tinhas razão. Satisfeito?
Ele sorriu.
– Muito. Agora tenho de ir, antes que A faça alguma asneira. Até um dia.
– Adeus, Pete.
Ele piscou-me o olhou e saiu atrás de Alex. Virei-me para trás. Minha família e meus amigos e talvez um pouco mais, e sorri.
– Isto foi giro.
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beijos