O Sangue Black (REESCREVENDO / HIATUS) escrita por Bonin


Capítulo 25
Debaixo do Visgo


Notas iniciais do capítulo

AMOOORES! Londres é M A R A! Tudo lá foi incrível e totalmente inspiracional, cada detalhe que eu via lembrava da fic, de vocês, meu leitores. Principalmente em Oxford, me senti MESMO dentro de um mundo mágico. *Se vocês quiserem ver as fotos que eu tirei de lá e minhas lá, tem algumas no meu instagram @fafasrib*
Desculpas por ter postado só agora, mas assim que voltei de viagem já entrei no mundo estudantil e pior que entrar no Ensino Médio é entrar no Ensino Médio do Curso Normal (aka curso de formação de professores). Professor já sofre antes de exercer a profissão, pq eita hein. O colégio é em horário integral (manhã e tarde) e os professores passam toneladas de trabalho todo dia, mas como se trata de colégio público com o Estado em crise, alguns professores não vão à a aula e com isso eu tenho aula livre, em que eu acho que vai dar pra eu dar continuidade a fic sem tantos problemas. Outro motivo pra eu ter demorado é que o teclado do meu Laptop tá todo bugado, ai eu roubei um teclado avulso da minha mãe por enquanto pra escrever haha
Espero que gostem e acho que o capitulo vai compensar, eu gostei muito dele! Eu aliás fiz meus amigos morrerem de fofura quando eles leram isso AKSOPKSPOKAOSK



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Acabei voltando para casa depois da festa. Minha avó Zelinda veio do Brasil para passar o natal conosco e ela se oferecera para fazer a comida. Mesmo amando os dotes culinários da Molly, minha “avó postiça”, a comida da minha verdadeira avó tem gosto de infância.

Mas até depois de acordar, abraçar minha velha gostosa favorita e me jogar no sofá da sala para ver algum programa qualquer na caixa de metal tão aclamada por trouxas, televisão, as cenas de ontem não paravam de se passar na minha mente.

Fred havia me levado para dentro da sala dos Potter sem que ninguém notasse. E por isso, é claro, que James viu e nos mandou um joinha junto de uma cara maliciosa. O Weasley ignorou e continuou andando até parar na árvore de natal que ficava na sala.

— Uh, uma árvore. – Eu disse aletoriamente. – E ela tem folhas!

Caramba Lynx, você é um gênio! Tá, tá. Parei com essa ironia mental.

Fred me olhou e riu.

— Eu realmente fui babaca em ficar longe de você.

Eu olhei para ele e me sentei no chão, com as costas apoiadas na parede.

— Essa é a parte que eu digo que você não foi babaca? Por que pode crer, você não foi. Você é. E é mais que só babaca. 

O ruivo se sentou do meu lado e pegou minha mão, brincando com os meus dedos.

— Mas você tem sorte, já que eu tenho um fraco por garotos ruivos mais que babacas. – Falei e olhei para o seu rosto, que me encarava.

— É, eu realmente tenho sorte por isso. – Ele sorriu e finalmente se inclinou para me beijar.

Ficamos ali abraçados até ele se lembrar por que havia me levado até a árvore de natal.

— Ei! – Ele se levanta num pulo e vai até a árvore, procurando um pacote.

— Cuidado ai, o presente que eu comprei pra Lily quebra!

— Ok... Achei! – Fred diz e volta pro meu lado, só que com um embrulho xadrez na mão. Ele me entrega o pacote.  – Quero que você abra agora.

O abracei e sorri abertamente. Caramba, ganhar presentes é uma das melhores coisas! Até se for um par de meias. Rasguei o saco rapidamente e peguei o que estava dentro. Era macio, com pelos e... Laranja?

— WHAT DOES THE FOX SAY?!  - Gritei animada assim que vi o presente.

— Wapapapapow! – Ele respondeu rindo e eu  o abracei de novo, com a minha mais nova raposa de pelúcia entre nós.

— Adorei, obrigada Fredicutico! – Eu agradeci. – Mas o seu presente você só vai abrir de manhã.

— Eu fico surpreso só de saber que você comprou alguma coisa pra mim.

— Meu plano era mandar sem dizer de quem foi... - Dei de ombros.  Dei um beijo no canto da boca dele, que reclamou.

— É assim? – Ele disse e puxou a varinha, fazendo um feitiço baixinho para eu não ouvir e então sorriu de canto. – Olha pra cima.

Eu obedeci, mas por curiosidade do que qualquer coisa. E então eu vi, pairando sobre nós, um pequeno visgo de natal e ri.

— Sabem o que dizem sobre visgo, não é mesmo? – Ele argumentou e então me beijou, um beijo de verdade.

Ficamos enrolando por mais tempo, namorando e discutindo por um nome para a minha raposa de pelúcia. Por fim, lembrei que existia uma festa rolando no jardim.

 – Fred, não que eu não queira ficar por aqui, mas se demorarmos mais as pessoas vão perceber que sumimos.

Realmente estavam sentindo nossa falta. Assim que voltamos para o salão, depois de passar de Lily para eu guardar a pelúcia no meu malão, meu pai me achou e veio falar comigo sobre a minha avó, que chegou dia 25 bem cedo, antes de eu acordar, para começar a preparar o almoço.

Quando o programa que eu assistia na televisão acabou, um especial de natal do Doctor Who, me levantei do sofá e fui à cozinha, sentindo o cheiro de algo que não comia há muito tempo...

— Pão de queijoo! – Gritei feliz e meti a mão na forma metálica que minha avó havia tirado do forno, pegando uma das bolinhas.

— Vai queimar a mão, menina! – Ela reclamou, mas riu.

— Nem ligo, é comida. Comida brasileira. – Falei enquanto mastigava, ganhando um olhar de repreensão.  – Que saudade!

Minha avó sorriu, acentuando as rugas em volta dos olhos.

— Como vai em Hogwarts? – Perguntou, enquanto preparava uma salada com umas coisas de natal.

Sentei em uma cadeira que ficava numa mesinha da cozinha e respondi, falando sobre minhas aulas, professores, amigos, as partidas de quadribol e tudo mais.

— Aquele professor Harkiss que me é meio estranho.  Eu sempre enrolo e apronto pegadinhas na frente dele e nunca sou repreendida. E eu nem tento não ser repreendida!

— Harkiss? Acho que já conheci alguém com esse sobrenome... - Ela parou para pensar, e se virou para mim, balançando um descascador em uma mão e uma cenoura na outra. – Conheci, sim! Mas foi há muitos anos... Kiki nem sonhava em conhecer  seu pai. Ah, é! Foi logo que André entrou em Portinacci.

André é o meu tio, irmão mais velho da minha mãe e a pessoa que mais brigou com meu pai na época de escola. Eles não se bicavam até a minha mãe aparecer com meu pai em casa nas férias do que seria o primeiro ano do ensino médio trouxa e a minha avó obrigar a eles se entenderem. Então eles ficaram amigos, só que ai meu tio se apaixonou por uma mineira. Ele se casou com ela antes mesmo de eu nascer e vive em BH desde então. Minha avó vive em Juiz de Fora. Meus pais e eu vivíamos no Rio, onde o Ministério Brasileiro ficava (aparentemente só a capital trouxa que havia se movido para Brasília) e então BUM, Londres.

— Namoradinho, vó?

Ela riu, muito.

— Que nada... Tinha ido procurar seu avô, que Deus o tenha. Nem sabia que Thadeu já tinha morrido. Era um moço tão jovem, também. Bruxo. Devia ser algum jornalista atrás de detalhes maiores do acidente, eles não me deixavam em paz! Esse Harkiss especificamente me fez muitas perguntas indelicadas e ainda deixou um cartão para eu manter o contato. Claro que assim que ele saiu eu queimei aquele cartão. Desrespeito, isso sim!

E então suspirou, talvez com saudade do meu avô. Quase vinte e cinco anos de morte e ela nunca nem tentou um relacionamento com outra pessoa.

— Como ele era, vó?

— Ah, menina... – Ela sorriu, mesmo com a feição triste. – Ele era a pessoa mais corajosa que eu conheci. Lembro-me até hoje da primeira vez que ele falou comigo... Uns meninos estavam me insultando por ser nascida trouxa, então ele foi todo pomposo fazer piadas deles, falando que não era assim que se tratava uma dama e que se eles ainda não tivessem ciência de que os trouxas são importantes para a existência dos bruxos, eles que não mereciam estar naquele lugar. A gente estava em um resort ou coisa do tipo para uma convenção bruxa, sabe? Thadeu estudava em casa, com um tio. Depois disso ele veio falar comigo e me convenceu a sair dali e dar uma volta pelas áreas de trilha e cachoeiras.  E até hoje eu vejo o momento que me vi apaixonada  quando visito André e vejo o sol batendo nos cachos loiros dele, tão iguais...

Sorri, levantei e a abracei antes que ela começasse a chorar. Mas orgulhosa como aquela velha é, ela só deu tapinhas no meu ombro, sorriu nostalgicamente e voltou a cozinhar.

— E os seus namoradinhos?

Naquele momento, minha mãe entrou na cozinha e riu antes que eu respondesse.

— Melhor deixar pra contar pra sua avó depois por que Orion já está descendo.  Bom dia, mãezinha! – Ela beijou minha avó e roubou um dos pães de queijo.

— Orion ainda não percebeu a filha que tem?

— Nem sonha! – Eu respondi e ri.

— Sonha o que? – Perguntou meu pai, entrando também na cozinha.

Eita que já virou a casa da mãe Joana! Mentira, depois de passar uns tempos n’A Toca a gente pensa direito antes de falar que uma casa tá cheia.

— Sonho! Sabe? Com creme ou chocolate... Hmm, tava com muita vontade de comer um! – Eu falei.

Logo o assunto foi esquecido, mas a leveza de passar o natal em família – digo, minha real família – continuou ali, até depois do café ou do almoço, enquanto preparávamos a ceia todos juntos. E claro que com isso quis dizer todos menos eu. Eu fiquei escrevendo cartas enchendo a Lizzie e mandando torpedos para a Rose, que só veria umas semanas depois, do jeito que é desacostumada com celular e aparelhos trouxas.

Ganhei dinheiro dos meus pais e um colar tipo medalhão, relíquia da família, que a minha avó me deu dizendo que foi da mãe do meu avô ou coisa assim. Os Weasleys e Potters também me mandaram presentes, entre eles um suéter preto com cinza com L e um estoque de Poções Animadoras. Sabia que o suéter era coisa da Senhora Weasley, e o presente de Rose foi muito bem apreciado. James, para fazer onda, me mandou uma caixa cheia daqueles anéis de plástico colorido. Entre os anéis tinha um vale presente da Gemialidades.  Ai sim!


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Notas finais do capítulo

Eaaai?? Mereço um comentário? Conversem comigo! Como foi de fim de férias, carnaval, volta às aulas... Sei que não devo merecer muito, mas se quiserem recomendar a história me deixariam mais felizes ainda! Quero me empenhar esse ano pra terminar essa fic e a segunda temporada ela (opa, spoiler alert) pra poder investir nos meus originais e fics de banda/cantor haha Mal consigo administrar uma, quem dirá várias, né nom?
Beijoooos sonolentos!



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